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2) O que são as intumescências, onde elas estão localizadas e qual sua importância?
Existem 2 intumescências, a cervical e a lombar. Elas correspondem à origem dos nervos espinhais que
suprem os membros superiores e inferiores, respectivamente.
3) Quais são os sulcos e fissuras existentes na superfície medular? Você sabe identificá-los nas
peças práticas?
Existem 31 pares de nervos espinhais. São 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
Segmento medular corresponde a porção da medula que dá origem a um par de nervos espinhais. A raiz
dorsal e ventral entram pelos sulcos laterais posterior e anterior, respectivamente, onde a conexão se dá
pelos filamentos radiculares.
6) Se ocorrer uma lesão na vértebra T5, qual segmento medular será afetado?
7) E se ocorrer uma lesão em uma vértebra lombar, qual segmento será afetado?
Existem 3 meninges: dura-máter, aracnoide e pia-máter. Entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral
está o espaço epidural; entre a dura-máter e a aracnóide é o espaço subdural e entre a aracnóide é a pia-
máter é o espaço subaracnóideo.
A pia-máter forma de cada lado da medula uma prega, o ligamento denticulado. Além desses 2 pontos, o
filamento da dura-máter espinhal se insere no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constituindo o
ligamento coccígeo.
11) Qual é o melhor local de realização da punção lombar? Por quê preconiza-se esse local?
O melhor local para punção lombar é abaixo da vértebra L2. Isso porque, a medula espinhal termina em L2
e ali, a dura-máter junto com a aracnóide forma um fundo cego na altura de S2. Logo, não há perigo de
lesionar alguma parte da medula.
12) Qual é a diferença básica que você conhece entre as anestesias raquidiana e epidural?
13) Você sabe conceituar: substância branca e cinzenta, núcleo, córtex, trato, lemnisco,
decussação e comissura?
Substância branca: tecido nervoso formado por fibras, sendo a maioria mielínica, e neuróglia.
Substância cinzenta: tecido nervoso formado por corpos celulares de neurônios, fibras predominantemente
amielínicas e neuróglia.
Núcleo: massa de substância cinzenta dentro de substância branca ou grupo delimitado de neurônios com
a mesma estrutura e mesma função.
Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro ou cerebelo.
Trato: feixe de fibras com a mesma função, origem e destino.
Lemnisco: feixes de fibras sensitivas que levam impulsos ao tálamo (fita).
Decussação: fibras que cruzam obliquamente o plano mediano.
Comissura: fibras que cruzam perpendicularmente o plano mediano.
No funículo lateral há o trato corticoespinhal lateral e rubroespinhal, que são motores (descendentes); e os
tratos espinocerebelar posterior, espinocerebelar anterior e espinotalâmico lateral que são sensitivos
(ascendentes).
No funículo posterior há apenas 2 fascículos, que são sensitivos (ascendentes): grácil e cuneiforme.
18) Quais são as colunas que você conhece e quais são os conteúdos de cada coluna?
Coluna anterior, coluna lateral (apenas na torácica e lombar alta) e coluna posterior.
A coluna lateral está presente na medula torácica e lombar alta, está presente os neurônios radiculares
viscerais. Ela faz parte da substância cinzenta intermédia lateral.
Uma eminência disposta lateralmente à fissura mediana anterior. É onde passa o trato corticoespinhal (liga
as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula).
Entre os sulcos lateral anterior e posterior, existe uma eminência, a oliva. Ela é uma grande massa de
substância cinzenta, o núcleo olivar inferior. Liga-se ao cerebelo através das fibras olivocerebelares e estão
envolvidas na aprendizagem motora.
4) Quais são os pares de nervos cranianos que fazem conexão com o bulbo?
Os 4 últimos pares. O nervo hipoglosso (XII), o n. glossofaríngeo (IX), o n. vago (X) e o n. acessório (XI).
5) Quais são as origens aparentes no encéfalo dos nervos cranianos que emergem do
bulbo?
O nervo hipoglosso (XII) emerge do sulco lateral anterior, enquanto que o n. glossofaríngeo (IX), o n. vago
(X) e o n. acessório (XI) emergem do sulco lateral posterior.
O trato corticoespinhal é o trato que passa pelas pirâmides bulbares e são repsonsáveis pela motricidade
voluntária da musculatura. Ao passar pela pirâmide, ele cruza (decussação).
Assim, se ocorrer uma lesão supra-piramidal, o trato corticoespinhal ainda não terá cruzado e assim,
resultará numa hemiplegia do lado controlateral, que, no caso, é hemiplegia do lado direito.
Como a lesão ocorreu abaixo da decussação, o quadro será de hemiparesia do mesmo lado da lesão, ou
seja, hemiparesia do lado direito.
As fibras arqueadas internas são compostas por axônios dos neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme e o
lemnisco medial; outras são as fibras olivocerebelares.
Núcleo do hipoglosso ES
Núcleo do salivatório inferior EVG
Núcleo dorsal do vago EVG
Núcleo ambíguo EVE
Núcleo do trato solitário AV
Núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo ASG
Núcleos vestibulares (inferior e medial) ASE
Na classificação anatômica, o bulbo corresponde ao Sistema Nervoso Central (SNC); enquanto que na
classificação segmentar ele é considerado Sistema Nervoso Segmentar, na medida em que faz conexões
com os nervos típicos.
Fibras que constituem o fascículo longitudinal medial (correspondem ao fascículo próprio da medula). Ele
liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos e é importante para a realização de reflexos que
coordenam os movimentos da cabeça com os do olho.
A parte fechada do bulbo é continuação do canal central da medula e se situa na metade caudal do bulbo.
Esse canal se abre, formando o IV ventrículo, na metade rostral do bulbo, correspondendo a sua parte
aberta.
Lucas Layber – Med 120
19) Qual é a irrigação do bulbo?
Lesões na base do bulbo geralmente comprometem, principlamente, a pirâmide e o nervo hipoglosso. Logo,
lesão na base acarretará em um dano MOTOR.
Tegmento do bulbo é onde passam os tratos descendentes, portanto, sensitivos. Uma lesão nessa área,
acarretará em dano SENSITIVO.
Limite cranial: linha imaginária que passa pelos corpos mamilares (do diencéfalo) e pela comissura branca
posterior.
Limite caudal: sulco ponto-mesencefálico (ponto-peduncular).
2) Quais são os pares de nervos cranianos que fazem conexão com o mesencéfalo?
3) Quais são as origens aparentes no encéfalo dos nervos cranianos que emergem do mesencéfalo?
Nervo oculomotor: inervação motora de quase todos os músculos extrínsecos do olho (movimentação do
bulbo do olho) e sua parte eferente visceral geral inerva motoramente os músculos intrínsecos do olho e é
responsável pelo controle do diâmetro da pupila.
Nervo troclear: responsável pela movimentação do olho, inervando motoramente o músculo oblíquo
superior.
Núcleo rubro
Substância negra tegmento do pedúnculo cerebral
Substância cinzenta central ou periaquedutal
Lemnisco medial
Lemnisco trigeminal
Lemnisco lateral
Lemnisco espinhal
Pedúnculo cerebelar superior
Braço do colículo superior
Braço do colículo inferior
O colículo superior recebe aferência da retina e do córtex occipital, e mandam eferência para a medula (trato
tetoespinhal) e para o núcleo do nervo oculomotor.
O tegmento possui formação reticular, substância cinzenta homóloga, substância cinzenta própria e
substância branca (fibras ascendentes, aferentes).
O núcleo do nervo troclear é responsável pela inervação motora do músculo oblíquo superior.
Lesão na base = lesão de tratos eferentes = perda da motricidade do lado oposto ao lado lesado
Lesão tegmentar = pode ocorrer lesão nos núcleos dos nervos de pares cranianos, lesão em tratos
aferentes sensitivos, pode ocorrer lesão da formação reticular etc.
Núcleo rubro recebe fibras do cerebelo e do córtex cerebral e mandam eferência para a medula (trato
rubroespinhal) e para o núcleo olivar inferior (fibras rubro-olivo-cerebelares).
Uma agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma
rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico. Sua estrutura seria uma
intermediária, não correspondendo exatamente a da substância branca nem a da substância cinzenta.
Preenche todos os espaços que não são ocupados pelos fascículos, tratos e núcleos do tronco, se
estendendo um pouco ao diencéfalo e aos níveis mais altos da medula.
Os núcleos da rafe se dispõem ao longo da linha mediana do tronco encefálico (rafe mediana). Contêm
neurônios ricos em serotonina. Além disso, possuem papel importante na via de analgesia supraespinhal.
Localiza-se no assoalho do IV ventrículo. Formado por neurônios ricos em noradrenalina. Eles possuem
papel importante no despertar, já que aumentam a atividade do sono REM para tal ação.
Está situada na parte ventral do tegmento do mesencéfalo, medialmente à substância negra. Contém
neurônios ricos em dopamina.
Projeta fibras para todo o córtex cerebral, diencéfalo, cerebelo e a medula (fibras rafe-espinhais e tratos
reticuloespinhais).
Recebe fibras de várias áreas do córtex cerebral, do hipotálamo, do sistema límbico, do cerebelo, medula
(fibras espinorreticulares), e dos núcleos de nervos cranianos sensitivos. Também recebe fibras visuais e
olfatórias através das fibras teto-reticulares e do feixe prosencefálico medial.
Ramo dorsal: termina no tálamo (núcleos intralaminares) que, por sua vez, projeta impulsos ativadores para
todo o córtex.
Ramo ventral: dirige-se ao hipotálamo lateral e recebe fibras histaminérgicas do núcleo tuberomamilar do
hipotálamo posterior, e sem passar pelo tálamo, dirige-se diretamente ao córtex, com ação ativadora.
Durante o dia, o Sistema Ativador Ascendente emite continuamente potenciais de ação para o córtex e este
recebe normalmente as aferências dos núcleos talâmicos sensitivos.
No final do período de vigília, um grupo de neurônios do hipotálamo anterior (núcleo pré-óptico ventrolateral)
inibe as atividades dos neurônios monoaminérgicos do Sistema Ativador Ascendente, desativando o córtex.
Simultaneamente, o núcleo reticular do tálamo inibe as atividades dos núcleos talâmicos sensitivos, barrando
a passagem dos impulsos sensoriais para o córtex.
Inicia-se o período de sono de ondas lentas, o córtex está funcionando apenas com os impulsos oriundos
de circuitos internos, sem a influência de informações sensoriais externas. = EEG é sincronizado
Pouco antes do despertar, os neurônios do Sistema Ativador Ascendente voltam a disparar, cessa a inibição
dos núcleos talâmicos sensitivos pelo núcleo reticular e inicia-se, assim, um novo período de vigília.
Sono não REM: sono de ondas lentas; o cérebro repousa; sua taxa de consumo de oxigênio está em nível
baixo; predomina o tônus parassimpático, com redução de frequência cardíaca e respiratória. Cérebro
ocioso em um corpo móvel.
Sono REM: sono paradoxal; intenso relaxamento muscular, porém com atividade cortical; o
eletroencefalograma mostra um traçado de vigília; o consumo de oxigênio pelo cérebro é igual ou maior do
que em vigília; os olhos se movem rapidamente; é nessa fase que as pessoas sonham e consolidam suas
memórias. Cérebro ativo em um corpo imóvel.
A formação reticular participa da regulação das informações sensoriais que devem ser repassadas ao córtex
e em qual intensidade elas devem ser transmitidas (modulação). Essas vias eferentes reguladoras de
sensibilidade explicam a nossa capacidade de atenção seletiva, habituação e ainda fibras que participam
das vias de analgesia (espinhal e supraespinhal).
A formação reticular recebe aferências dp cerebelo e do córtex cerebral e, através dos tratos
reticuloespinhais pontino e bulbar, exerce influência na manutenção da postura e motricidade voluntária axial
e apendicular proximal, além de gerar impulsos próprios para executar padrões de movimentos complexos
e estereotipados (locomoção).
A formação reticular é importante na manutenção reflexa dos movimentos respiratórios, mesmo na ausência
de aferências..
Informações sobre o grau de distensão dos alvéolos pulmonares e o teor de CO2 no sangue continuamente
são levadas, pelas fibras aferentes viscerais gerais do nervo vago, até o núcleo do trato solitário.
Do centro respiratório, saem fibras reticuloespinhais que terminam fazendo sinapse com os neurônios
motores da porção cervical e torácica da medula.
Da porção cervical, são originadas fibras que, pelo nervo frênico, vão ao diafragma.
Da porção torácica, são originadas fibras que, pelos nervos intercostais, vão aos músculos intercostais.
Lucas Layber – Med 120
15) Como a formação reticular exerce o controle vasomotor?
A formação reticular é importante na regulação do calibre vascular e a pressão arterial pelo centro
vasomotor.
Informações sobre a pressão arterial chegam ao núcleo do trato solitário a partir de receptores situados
principalmente no seio carotídeo, trazidas pelas fibras aferentes viscerais gerais do nervo vago.
A partir do núcleo do trato solitário, os impulsos passam para o centro vasomotor, no bulbo.
Do centro vasomotor, saem fibras para os neurônios pré-ganglionares do núcleo dorsal do vago, resultando
em impulsos parassimpáticos e fibras reticuloespinhais para os neurônios pré-ganglionares da coluna lateral
da medula, resultando em impulsos simpáticos.
Quando as fibras do Sistema Ativador Reticular Ascendentes (SARA) são seccionadas, o córtex cerebral
não será mais ativado e o indivíduo ficará em estado de sono permanente = coma.
Está situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, na parte posterior do tronco encefálico. Repousa sobre a
fossa cerebelar do osso occipital.
Existem 3 pedúnculos cerebelares na qual o cerebelo está preso: pedúnculo cerebelar superior, médio e
inferior.
pedúnculo cerebelar superior está ligado ao mesencéfalo;
pedúnculo cerebelar médio está ligado à ponte;
pedúnculo cerebelar inferior liga-se à medula e ao bulbo.
Classificação anatômica: Sistema Nervoso Central, já que está alojada em um estojo ósseo.
Classificação segmentar: Sistema Nervoso Supra-segmentar, já que não possui conexão direta com os
nervos típicos.
Não podemos dizer que o cerebelo é exclusivamente, e sim funcionalmente (em sua maioria) motor,
involuntário e ipsilateral. Isso porque estudos mais recentes mostraram que o cerebelo também participa de
funções cognitivas, além das funções motoras. Além disso, diz-se que o cerebelo é um órgão ipsilateral,
pois tanto suas vias aferentes como eferentes, quando não são homolaterais, sofrem duplo cruzamento, ou
seja, vão para o lado oposto e voltam para o mesmo lado.
Distingue-se em uma porção ímpar, o vérmis, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios
cerebelares.
O cerebelo é constituído por uma fina camada externa de substância cinzenta - o córtex cerebelar, que
reveste toda a superfície do órgão, e por um centro de substância branca - o corpo medular do cerebelo.
No interior do corpo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, os núcleos centrais
do cerebelo: denteado (maior e mais lateral), interpósito, subdividido em emboliforme e globoso, e fastigial.
Dos núcleos centrais saem a maioria das fibras eferentes do cerebelo.
Do corpo medular do cerebelo irradiam finas lâminas de substância branca, as lâminas brancas do cerebelo.
O conjunto formado por uma lâmina branca e a fina camada de córtex que a reveste é denominado folha do
cerebelo.
As folhas do cerebelo são delimitadas na superfície do órgão por sulcos de direção predominantemente
transversal. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos,
cada um deles podendo conter várias folhas.
Vestibulocerebelo = compreende o lobo floculonodular e tem conexões com o núcleo fastigial e os núcleos
vestibulares (lateral e medial).
Cerebrocerebelo = compreende a zona lateral (núcleo denteado) e tem conexões com o córtex cerebral.
As fibras aferentes do cerebelo se dirigem ao córtex e são de dois tipos: fibras trepadeiras e fibras
musgosas.
Fibras trepadeiras são axônios de neurônios situados no complexo olivar inferior, que excitam os neurônios
dos núcleos centrais do cerebelo e terminam enrolando-se em torno dos dendritos das células de Purkinje
(ação excitatória).
Fibras musgosas são as terminações dos demais feixes de fibras que penetram no cerebelo. As fibras
musgosas, ao penetrar no cerebelo, emitem ramos colaterais que fazem sinapses excitatórias com os
neurônios dos núcleos centrais do cerebelo. Em seguida, elas estabelecem sinapses excitatórias com as
células granulares e, através das fibras paralelas, atingem a camada molecular e se ligam às células de
Purkinje. Resumindo, os impulsos que entram pelas fibras musgosas ativam sucessivamente os neurônios
dos núcleos centrais, as células granulares e as células de Purkinje, as quais, por sua vez, inibem os próprios
neurônios dos núcleos centrais.
Os núcleos centrais do cerebelo são, de medial para lateral: núcleo fastigial, interpósito (subdivido em
globoso e emboliforme) e núcleo denteado.
Aferências:
núcleos vestibulares -> lobo floculonodular (as informações vem pelo fascículo vestibulocerebelar)
Eferências:
lobo floculonodular -> núcleos vestibulares medial e lateral (as informações vão diretamente ou passam
pelo núcleo fastigial)
núcleo vestibular medial -> pelo fascículo longitudinal medial controlam movimentos oculares e coordenam
os movimentos da cabeça e dos olhos
núcleo vestibular lateral -> pelo trato vestibuloespinhal medial e lateral controlam a musculatura
axial/proximal e extensora dos membros para manter o equilíbrio e postura.
Aferências:
trato espino cerebelar anterior -> espinocerebelo (pelo pedúnculo cerebelar superior, levam informações de
propriocepção inconsciente e atividade motora do trato corticoespinhal)
trato espino cerebelar posterior -> espinocerebelo (pelo pedúnculo cerebelar inferior, levam informações de
propriocepção inconsciente)
Eferências:
espinocerebelo zona medial -> núcleo fastigial, de onde sai o trato fastigiobulbar com 2 tipos de fibras:
fastígio-vestibulares (chegam aos núcleos vestibulares) e fastígio-reticulares (chegam à formação reticular).
Ambos levam informações até neurônios motores do grupo medial da coluna anterior da medula, pelo trato
vestibuloespinhal e reticuloespinhal, participando do controle da musculatura axial e proximal de membros,
no sentido de manter equilíbrio e postura.
espinocerebelo zona intermédia -> núcleo interpósito para influenciar os neurônios motores do grupo lateral
da coluna anterior da medula, participando do controle da musculatura distal dos membros responsáveis por
movimentos delicados. Isso acontece por 2 vias.
via interpósito-rubro-espinhal: do núcleo interpósito sai fibras para o núcleo rubro que, pelo trato
rubroespinhal, chega até a medula.
via interpósito-tálamo-cortical: do núcleo interpósito sai fibras para o tálamo, que seguem para as áreas
motoras do córtex cerebral, onde se origina o trato corticoespinhal.
Aferências:
córtex cerebral -> núcleos pontinos -> cerebrocerebelo (via córtico-ponto-cerebelar, penetram no cerebelo
pelo pedúnculo cerebelar médio)
Eferências:
cerebrocerebelo zona lateral -> núcleo denteado -> tálamo -> córtex (via dento-tálamo-cortical) (do córtex
chegam até a medula pelo trato corticoespinhal para influenciar os os neurônios motores do grupo lateral da
coluna anterior da medula, participando do controle da musculatura distal dos membros responsáveis por
movimentos delicados.
Síndrome do Espinocerebelo = perda da influência cerebelar nas vias descendentes, com redução do
tônus muscular, da precisão dos movimentos (dismetria), ataxia dos membros e tremores finais. Podem
ocorrer nistagmo e alterações na fala.
Lesão dos hemisférios = manifestam-se nos membros do lado lesado e dão sintomatologia relacionada à
coordenação de movimentos.
17) Por que a tonsila tem importância clínica nos casos de hipertensão intracraniana?
Em casos de hipertensão intracraniana, as tonsilas podem sofrer herniação e penetrar no forame magno,
comprimindo o bulbo e causando lesão aos centros respiratório e vasomotor ali localizados, geralmente
ocasionando em óbito.
O diencéfalo está situado entre o telencéfalo e o mesencéfalo, é uma porção ímpar e mediana do cérebro,
além de constituir as paredes do III ventrículo.
O diencéfalo é dividido em relação ao III ventrículo em 4 partes: hipotálamo, tálamo, subtálamo e epitálamo.
Tálamo: o tálamo se situa acima do sulco hipotalâmico, inferiormente continua com o hipotálamo e o
subtálamo, lateralmente é separado do telencéfalo pela cápsula interna, medialmente forma o limite lateral
do III ventrículo e sua porção superior lateral faz parte do assoalho do ventrículo lateral, enquanto que sua
porção superior medial compreende o assoalho da fissura transversa do cérebro.
Hipotálamo: está situado abaixo do tálamo, compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III
ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além de formar o assoalho do III ventrículo.
Epitálamo: limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o
mesencéfalo.
III ventrículo.
São duas massas ovóides de substância cinzenta unidas pela aderência intertalâmica.
A extremidade anterior de cada tálamo possui uma eminência = tubérculo anterior do tálamo;
A extremidade posterior apresenta uma eminência ainda maior = pulvinar, se projetando sobre os corpos
geniculados.
1. quiasma óptico (recebe as fibras dos nervos ópticos, que aí cruzam em parte e continuam em tratos
ópticos e vão até o corpo geniculado lateral);
2. infundíbulo (formação nervosa em forma de funil que prende a hipófise ao túber cinéreo);
3. túber cinéreo (área ligeiramente cinzenta, onde a hipófise se prende);
4. corpos mamilares (duas eminências arredondadas, de substância cinzenta).
O epitálamo compreende as seguintes estruturas, de cranial para caudal: comissura das hâbenulas, glândula
pineal e comissura posterior.
O subtálamo não possui conexões com as paredes do III ventrículo; está situado lateralmente ao hipotálamo,
medialmente à cápsula interna e inferiormente ao tálamo. Se confunde com o mesencéfalo, já que está em
uma zona de transição. Inclusive, algumas estruturas mesencefálicas se continuam até o subtálamo = zona
incerta.
Grupo anterior = recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam para o córtex = Circuito de Papez
(memória)
Grupo mediano = tem conexões com o hipotálamo e se relacionam com as funções viscerais.
Grupo medial
Núcleos intralaminares = recebem fibras da formação reticular e têm importante papel ativador sobre o córtex
(SARA).
Núcleo dorsomedial = recebe fibras do corpo amigdaloide e possui conexões recíprocas com o córtex pré-
frontal = emoções.
Grupo posterior
Núcleo pulvinar = possui conexões recíprocas com a área temporoparietal do córtex e sua função parece
estar envolvida nos processos de atenção seletiva.
Corpo geniculado lateral = recebe fibras pelo trato óptico e projeta fibras para a área visual primária do
córtex. Faz parte, portanto, da via óptica. Se comunica com o colículo superior.
Corpo geniculado medial = recebe pelo braço do colículo inferior fibras desse colículo e do lemnisco lateral,
projetando fibras para a área auditiva do córtex. Faz parte, portanto, da via auditiva.
Grupo lateral
Núcleo reticular = é atravessado por fibras tálamo-corticais e diferentemente dos demais, não possui
conexões diretas com o córtex e sim com os outros núcleos talâmicos e utiliza como neurotransmissor o
GABA (inibitório). Portanto, esse núcleo modula as atividades dos núcleos talâmicos, atuando como porteiro
que barra ou deixa passar informações para o córtex. Além disso, também recebe aferências dos núcleos
intralaminares (fazem conexões com o SARA) e, logo, possui papel no ciclo de vigília-sono.
Ventral anterior = se comunica com os núcleos da base e projeta-se para as áreas motoras do córtex. Têm,
portanto, função ligada ao planejamento motor e execução da motricidade somática.
Ventral lateral = recebe fibras do cerebelo e projeta-se para as áreas motoras do córtex. Têm, portanto,
função ligada ao planejamento motor, integrando a via cerebelo-tálamo-cortical.
Ventral posterolateral = recebe fibras dos lemniscos medial e espinhal e as envia para a área somestésica
do córtex. Portanto, pertence a via sensitiva do corpo.
Ventral posteromedial = recebe fibras do lemnisco trigeminal (sensibilidade geral da cabeça) e fibras
gustativas do trato solitário e projeta fibras para a área somestésica e gustativa do córtex. Portanto, pertence
a via sensitiva da cabeça.
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10) O tálamo é capaz de interpretar alguma sensação? Qual?
Todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, passam por algum núcleo talâmico, exceto a
olfação. O tálamo, portanto, tem a função de distribuir as vias sensoriais para as áreas específicas do córtex,
integrando-os e modificando-os.
=> Inclusive, alguns impulsos, como dor, temperatura e o tato protopático, tornam-se conscientes já no
tálamo. Porém, convém mencionar que essa sensibilidade não é discriminativa.
O hipotálamo medial é rico em substância cinzenta, onde se encontram os núcleos hipotalâmicos; enquanto
que o hipotálamo lateral é constituído, em sua maioria, por fibras longitudinais, onde se destaca o feixe
prosencefálico medial, que estabelece conexões recíprocas entre a área septal e a formação reticular.
12) Quais são as colunas de núcleos hipotalâmicos e quais núcleos cada uma contém?
Os núcleos hipotalâmicos são divididos por três planos frontais: supraóptico, tuberal e mamilar.
Hipotálamo Supraóptico
Núcleo supraquiasmático
Núcleo supraóptico
Núcleo paraventricular
Hipotálamo Tuberal
Núcleo arqueado (infundibular)
Núcleo ventromedial
Núcleo dorsomedial
Hipotálamo Mamilar
Núcleo mamilar
Núcleo tuberomamilar
Núcleo posterior
O hipotálamo tem um papel regulador sobre o sistema nervoso autônomo e o sistema endócrino, integrando-
o às necessidades do dia a dia, além de participar do ciclo circadiano e ciclo sono-vigília. Também participa
do controle de processos motivacionais importantes, como a fome, sede, saciedade, frio (regulação da
temperatura) e sexo. Isso tudo, para garantir a constância do meio interno = homeostase e,
consequentemente, a sobrevivência do indivíduo.
Ritmo circadiano é como se fosse um relógio biológico que estabelecesse parâmetros fisiológicos,
metabólicos e comportamentais que sofrem oscilações que se repetem no período de 24 horas,
independente de estímulo luminoso.
O principal responsável por esse marca-passo (relógio biológico) é o núcleo supraquiasmático. Para que
esse núcleo sincronize as suas atividades com o ritmo natural de dia e noite, este recebe informações de
luminosidade diretamente da retina pelo trato retino-hipotalâmico.
A pineal é responsável pela secreção da melatonina, logo, sua função se deve a esse hormônio:
1. Sincronização do ritmo circadiano de vigília-sono com o ciclo dia-noite através das conexões com o
núcleo supraquiasmático;
2. Ação antigonadotrópicas (poucas evidências);
3. Regulação da glicemia (inibe secreção de insulina);
4. Regulação da morte celular por apoptose (inibe em células normais e acelera em células cancerosas);
5. Ação antioxidante;
6. Regulação do sistema imunitário (↑).
A pineal é muito vascularizada e seus capilares são fenestrados, logo, não possui barrei hematocefálica
(orgãos circuventriculares).
Sua inervação se dá por fibras simpáticas pós-ganglionares oriundas do gânglio cervical superior, que
entram no crânio pelo plexo carotídeo e terminam em relação com os pinealócitos (células secretoras de
melatonina) e com os vasos.
O núcleo mais importante do subtálamo é o núcleo subtalâmico e possui conexões recíprocas com o globo
pálido, importante na regulação da motricidade somática (circuito dos núcleos da base).
Sua lesão provoca uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizado por movimentos anormais
das extremidades.
Claustrum
Núcleo caudado
Corpo amigdalóide
Núcleo accumbens
Corpo estriado ventral
Núcleo Basal de Meynert
2) Localize nos cortes horizontais todos os núcleos da base e os elementos interpostos entre eles.
De medial para lateral: III VENTRÍULO → TÁLAMO + CABEÇA DO NÚCLEO CAUDADO → CÁPSULA
INTERNA → PARTE INTERNA DO GLOBO PÁLIDO → LÂMINA MEDULAR MEDIAL → PARTE EXTERNA
DO GLOBO PÁLIDO → LÂMINA MEDULAR LATERAL → PUTÂMEN → CÁPSULA EXTERNA
→ CLASTRUM → CÁPSULA EXTREMA CÓRTEX DA ÍNSULA.
Corpo estriado dorsal é formado pelo núcleo caudado e pelo núcleo lentiforme (putâmen = globo pálido).
Divisão filogenética:
Striatum (neoestriado): mais recente = caudado e putâmen
Pallidum (paleoestriado): mais antiga = globo pálido
Circuito oculomotor = começa e termina no campo ocular motor e está relacionado aos movimentos
oculares.
Lesões hipercinéticas são aquelas que resultam no aumento dos movimentos, ou ainda comportamentais e
emocionais. Elas tendem a favorecer a via direta do circuito motor. Um exemplo é o Hemibalismo e Coréia
de Sydenham.
Lesões hipocinéticas são aquelas que resultam na redução dos movimentos. Elas tendem a favorecer a via
indireta do circuito motor. Um exemplo é a Doença de Parkinson.
Interagindo com o circuito motor, há um circuito subsidiário, no qual o pûtamem interage reciprocamente
com a substância negra do mesencéfalo (via nigro-estriatal ou estriato-nigral).
As fibras nigroestriatais são dopaminérgicas e exercem ação modulatória sobre o circuito motor. Essa ação
é excitatória na via direta e inibitória na via indireta. Portanto, essa via tende a permitir o movimento.
A Doença de Parkinson acontece quando há uma disfunção na substância negra, resultando em diminuição
de dopamina nas fibras nigroestriatais. Dessa maneira, a ação modulatória sobre a via direta e indireta fica
comprometida, resultando em aumento da inibição dos núcleos talâmicos = dificultando o movimento.
Logo, as principais características dessa doença é: bradicinesia (lentidão e redução da atividade motora
espontânea, tremor de repouso e rigidez (hipertonia).
Lucas Layber – Med 120
9) Quais os tipos de fibras encontradas no centro branco medular?
As fibras do centro branco medular podem ser de associação ou de projeção. As fibras de associação são
assim chamadas porque unem áreas corticais em pontos diferentes do cérebro. Já as de projeção, ligam o
córtex a centros subcorticais.
Essas fibras ligam áreas corticais em pontos diferentes do cérebro, porém sempre dentro de um mesmo
hemisfério. Elas podem ser curtas (arqueadas/U) ou longas (fascículos).
Corpo caloso (conecta áreas corticais simétricas, exceto aquelas unidas pela comissura anterior)
Comissura anterior (conexão entre tratos e bulbos olfatórios e entre os lobos temporais)
Comissura do fórnix (conexão entre os dois hipocampos)
Fascículo longitudinal superior (fascículo arqueado). Esse fascículo une os lobos frontal, parietal e
occipital, unindo as áreas anterior (motora da linguagem) e posterior da linguagem (área de Wernicke =
compreensão das palavras/articulação de frases).
13) Qual é o trato que passa pela perna anterior da cápsula interna?
14) Quais são os tratos que passam pela perna posterior da cápsula interna?
Lobo frontal: Anterior ao lobo parietal (do qual é separado pelo sulco central) e súpero-anterior ao lobo
temporal (do qual é separado pelo sulco lateral)
Lobo occipital: posterior ao lobo parietal (do qual é separado pelo sulco parieto-occipital) e posterior ao
lobo temporal.
Lobo parietal: superior ao lobo occipital (do qual é separado pelo sulco parieto-occipital) e posterior ao lobo
frontal (do qual é separado pelo sulco central)
Lobo temporal: ínfero-posterior ao lobo frontal (do qual é separado pelo sulco lateral
Ínsula: profundo ao sulco lateral, na junção dos lobos frontal, parietal e temporal.
Lobo frontal
sulcos: pré-central, frontal superior, frontal inferior
giros: frontal superior, frontal médio, frontal inferior e giro pré-central.
Lobo temporal
sulcos: temporal superior e temporal inferior.
giros: temporal superior, temporal médio e temporal inferior.
Lobo parietal
sulcos: pós central e intrapariental.
giro: pós central e lóbulo parietal superior e lóbulo parietal inferior (giros supramarginal e angular).
Além desses, nessa face é visível o sulco central, o sulco lateral e parte do sulco parietoccipital.
Lobo occipital
sulcos: calcarino e parietoccipital.
giros: cúneos, occípito-temporal medial (se continua com o giro parahipocampal).
Lobo frontal
Sulcos: olfatório e orbitários.
Giros: reto e orbitários.
Lobo temporal
Sulcos: occípito temporal, colateral, rinal, do hipocampo e calcarino.
Giros: temporal inferior, occipitotemporal lateral, occipitotemporal medial, parahipocampal.
“Lobo límbico”: úncos, giro parahipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo.
I- camada molecular: situada na superfície do córtex, é rica em fibras de direção horizontal e contém poucos
neurônios.
II- camada granular externa: células estreladas, com dendritos que se ramificam próximo ao corpo celular
que estabelecem conexões com células das camadas vizinhas. Essas células são as principais receptoras
do córtex.
III- camada piramidal externa: células com corpo celular de formato piramidal. Os axônios dessas células
têm direção descendente e ganham a substância branca como fibra eferente do córtex. Logo, é uma camada
predominantemente efetuadora.
IV- camada granular interna: mesma característica da camada II, porém é mais desenvolvida em áreas
sensitivas de projeção, recebendo as radiações talâmicas.
V- camada piramidal interna: mesma característica da camada III, porém é mais desenvolvida em áreas
motoras de projeção do córtex.
VI- camada de células fusiformes: possuem axônios descendentes que penetram no centro branco
medular. Logo, são células efetuadoras.
Arquicórtex = hipocampo
Paleocórtex = úncus e parte do giro para-hipocampal.
Neocórtex = ocupa todo o resto do córtex, correspondendo às áreas filogenéticamente mais recentes.
O giro pré-central corresponde a área motora primária (M1), responsável pela etapa de realização do
movimento. Logo, uma lesão nessa área causaria uma plegia no lado oposto do corpo.
O giro pós-central corresponde a área somestética primária (S1), responsável pela sensibilidade somática
geral. Logo, uma lesão nessa área causaria uma perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto à
lesão.
O cúneos corresponde a área visual primária, responsável, principalmente, por um esboço primitivo do
objeto. Uma lesão nessa área, bilateralmente, causa cegueira completa.
As áreas sensitivas secundárias são áreas de associação, responsáveis pela percepção de características
específicas desse estímulo. São unimodais.
13) Quais são e onde se localizam as áreas motoras secundárias? Qual é a função principal delas?
Área pré-motora: localiza-se no lobo frontal, adiante do giro pré-central. É responsável pela manutenção da
postura básica e pelo planejamento motor resultante de influências externas. Além disso, essa área está
associada ao sistema de neurônios-espelhos.
Área suplementar: localiza-se no lobo frontal, no giro frontal superior. Está relacionada com o planejamento
motor, principalmente de sequências complexas de movimentos, decorrentes de decisão própria.
Neurônios-espelhos é um tipo de neurônio que é ativado não só quando o indivíduo executa o movimento,
mas também quando ele vê outra pessoa executando ou imaginando a mesma ação.
Esses neurônios têm ação moduladora da excitabilidade dos neurônios responsáveis pelo ato motor
observado, facilitando sua execução. Logo, estão relacionados com a aprendizagem motora por imitação.
A área pré-frontal é uma área terciária, responsável, em síntese, por nosso comportamento inteligente.
Sua parte dorsolateral é responsável pela escolha de estratégias comportamentais com inteligência e pela
memória operacional. Uma lesão nessa área, portanto, poderia prejudicar o comportamento inteligente de
determinada pessoa e, ainda, comprometer sua memória operacional.
Sua outra parte, que é a orbitofrontal, está relacionada com o processamento das emoções, pela
manutenção da atenção e pela supressão de comportamentos indesejados. Uma lesão nessa área, portanto,
poderia comprometer essas funções e pode resultar, por exemplo, no “tamponamento psíquico”, em que o
paciente deixa de reagir às situações que normalmente resultam em alegria ou tristeza além do déficit de
atenção e comportamentos inadequados, como urinar, defecar ou mastubar-se em público.
A área parietal posterior é responsável pela integração das áreas somestésicas, visuais e auditivas.
Assim, essa área é importante para a percepção espacial, permitindo ao indivíduo determinar as relações
entre os objetos no espaço extrapessoal. Além disso, essa área também participa no planejamento de
movimentos e na atenção seletiva. Essa área também permite que se tenha uma imagem das partes
componentes do próprio corpo e sua relação com o espaço (área do esquema corporal). Em lesões
bilaterais, o doente pode ficar incapaz de explorar o ambiente e alcançar objetos de interesse e um dos
sintomas pode ser desorientação espacial generalizada.
Entretanto, o quadro mais característico de lesões do lado direito é a chamada síndrome de negligência ou
síndrome de inatenção.
Na síndrome da negligência corporal, o paciente perde a noção do seu esquema corporal e deixa de
perceber a metade esquerda do corpo como fazendo parte do seu “eu”, e passa a negligenciá-la. Já na
síndrome da negligência em relação ao espaço peri e extrapessoal, o paciente passa a agir como se do lado
esquerdo do mundo deixasse de existir.
Afasias são distúrbios da linguagem resultantes de lesões nas áreas relacionadas com a linguagem.
Lesões na área de Broca causam afasias motoras, em que o indivíduo é capaz de compreender a linguagem,
mas tem dificuldade de se expressar adequadamente. Geralmente, o doente produz frases telegráficas, de
poucas palavras.
Lesões na área de Wernicke causam afasias sensitivas, em que a compreensão da linguagem, tanto falada
como escrita, é muito deficiente.
Lesões na área do fascículo longitudinal superior (arqueado), que é o fascículo que liga essas duas áreas,
causam afasia de condução, em que o doente não consegue linkar compreensão com que é expressado,
prejudicando, portanto, sua capacidade de conversar.
18) O que significa dizer que existe uma assimetria das funções corticais?
Os hemisférios cerebrais, do ponto de vista funcional, não são simétricos. Existe uma especialização dos
hemisférios, em suas áreas de associação:
Hipotálamo
Área Septal
Núcleo Accumbens
Habênula
Amígdala
5) Qual é o componente mais importante no processamento das emoções? Qual a sua constituição?
O corpo amigdalóide (amígdala). Ela é constituída por 12 núcleos, que são agrupados em 3: corticomedial
(conexões olfatórias, comportamento sexuais), basolateral (aferências) e central (eferências).
Amigdalofuga dorsal (“lenta”): núcleos septais; núcleo accumbens; núcleos hipotalâmicos e núcleos
habenulares.
O Sistema de Recompensa do Encéfalo (Sistema Mesolímbico) está relacionado com a sensação de prazer.
Esse sistema premia com essa sensação os comportamentos importantes para a sobrevivência e também
é ativado por situações cotidianas que causam alegria.
Memória declarativa = os conhecimentos são explícitos, podendo ser descritos e explicados por meio de
palavras ou símbolos.
Memória não declarativa = os conhecimentos são implícitos e, assim, não podem ser descritos de maneira
consciente. Nesse caso, temos a memória de procedimento ou memória motora.
10) Quais são os tipos de memória declarativa e os prováveis locais de seu armazenamento?
Memória operacional (ou de trabalho) = informações são retidas por pouquíssimo tempo, suficiente para
dar sequência a uma raciocínio. Esse tipo de memória é organizada pela área pré-frontal dorsolateral e não
deixa arquivos.
Memória de curta duração = retenção de informações durante algumas horas até que sejam armazenadas
de forma mais duradoura (ou não) nas áreas responsáveis pela memória de longa duração. Esse tipo de
memória permanece no hipocampo por algumas horas até ser consolidada.
Memória de longa duração = após a memória de curta duração ser consolidada pelo hipocampo, esta fica
armazenada em áreas corticais de associação de acordo com seu conteúdo, podendo permanecer durante
muitoo tempo.
O hipocampo recebe aferências de grande números de áreas neocorticais. Além disso, destaca-se duas
aferências: amígdala (memória ligada a emoções) e área tegmentar ventral e núcleo accumbens (memória
ligada ao prazer.
Dentre as suas funções, o hipocampo relaciona-se com as memórias de curta e longa duração, sendo o
principal consolidador das memórias, mas convém lembrar que ele não as armazena. Além disso, o
hipocampo também é responsável pela memória espacial (topográfica), mais especificamente com
caminhos, rotas.
O córtex entorrinal recebe fibras do fórnix e envia fibras para o giro denteado. Ele funciona como se fosse
um porteiro (portão de entrada para o hipocampo).
15) Esquematize o circuito de Papez, demonstrando nas peças todos os seus componentes.
Essa síndrome resulta da degeneração dos corpos mamilares e dos núcleos anteriores do tálamo, e é
consequência, principalmente, do alcoolismo crônico. Os principais sintomas são amnésias anterógradas e
retrógradas.
A Doença de Alzheimer é uma doença degenerativa que ocorre graves problemas de memória. A perda é
progressiva: há perda gradual da memória operacional e de curta duração; evolui gradativamente para
comprometimento da memória de longa duração e, na fase mais avançada, há uma completa deterioração
de todas as funções psíquicas, com amnésia total.
A doença começa com uma degeneração dos neurônios da área entorrinal (porteiro), levando a um
isolamento do hipocampo, havendo grave comprometimento desta estrutura. Além disso, também há um
comprometimento dos neurônios colinérgicos do Núcleo Basal de Meynert, levando a perda das projeções
mudalatórias colinérgicas de quase todo o córtex cerebral.