Você está na página 1de 40

Transcrição – Revisão de Neuroanatomia

Medula

Limite cranial: forame magno e bulbo e caudal L2. Nessa peça dá pra ver as intumescências –
não dá pra ver, mas podem te pedir. A intumescência cervical dá fibras pro plexo braquial e a
intumescência lombar dá fibras pro plexo lombossacral. Outra coisa que dá pra ver é a cauda
equina que dá pra ver porque os ossos crescem mais do que a medula, a medula acaba em L3 e
as fibras que tem que sair nas suas correspondentes vértebras continuam.

Dá pra ver também o filamento terminal que é uma camada de pia-mater que vai continuar e
em S2 ela vai perfurar a dura máter e então irá se ligar ao periósteo do cóccix formando o
ligamento coccígeo, uma das formas de fixação da medula.

As outras formas de fixação da medula são os processos triangulares da medula, que ficam entre
as raízes. Existem 21 processos triangulares de cada lado, formando o ligamento denticulado, a
outra forma de fixação da medula.
Agora nós vamos pra outra peça, onde tem uma questão que sempre cai, que é pra delimitar a
medula. Você delimita falando as fissuras e os sulcos.

A medula tem a fissura mediana anterior, o sulco lateral anterior, o sulco lateral posterior e o
sulco mediano posterior. Na medula cervical eu vou ter o sulco intermédio posterior que divide
os fascículos grácil e cuneiforme. É importante também delimitar os funículos da medula –
anterior, lateral e posterior. Outra coisa que dá pra ver são as colunas da medula.

 Coluna anterior – motricidade;


 Coluna posterior – sensibilidade;
 Coluna lateral – sistema nervoso autônomo simpático porque eu só tenho a coluna
lateral na porção toracolombar de onde sai o simpático.

As fibras da coluna anterior vão sair pela sulco lateral anterior e a coluna posterior recebe fibras
do sulco lateral posterior. As fibras posteriores vão ter o gânglio e as anteriores não o possuem.
As duas se juntam formando um gânglio.

Como eu vou saber se é anterior ou posterior? Cuidado ao olhar o gânglio porque aqui na neuro
tem algumas peças em que o gânglio está trocado, então a minha dica é olhar sempre a coluna
posterior que é maior, mais comprida.

Outra coisa que dá pra ver é o canal central da medula, onde passa o líquor que comunica com
a medula.

É importante também observar as meninges, dura máter, aracnoide e pia máter. Eu tenho o
espaço epidural que possui tecido adiposo e plexo venoso, entre a dura mater e a aracnoide eu
tenho espaço virtual e em baixo da aracnoide há o espaço subaracnoide que tem líquor.

Existem dois tipos de punção: a punção subaracnóide e a epidural. A epidural é mais difícil de
ser feita, mas pode ser feita em qualquer nível e não dá dor de cabeça. A subaracnóide é mais
fácil de ser feita, mas só pode ser feita entre L2 e S2 e pode dar dor de cabeça. Perfura-se:
Pele – Tecido Subcutâneo – Ligamento Interespinhoso – Ligamento Amarelo – Espaço
Epidural (Tecido Adiposo e Plexo Venoso) – Dura Máter – Espaço Virtual entre a Dura Máter
e a Aracnóide – Aracnóide – Espaço Subaracnóide

Agora vamos ver a microscopia da medula. É importante falar o que passa em cada funículo. No
funículo posterior passa os fascículos grácil e cuneiforme. No funículo lateral passam os mais
importantes, trato corticoespinhal lateral, trato rubroespinhal, espinotalamico lateral e os tratos
espinocerebelares anterior e posterior. No funículo anterior passa o corticoespinhal anterior,
tetoespinhal, reticuloespinhal pontino e bulbar e vestibuloespinhal e o espinotalamico anterior.

 É importante lembrar que o corticoespinhal lateral passa sempre anteriormente às


estruturas do tronco encefálico.
 Foi pedida em uma prova também uma questão do cerebelo em que se perguntava
todas as conexões aferentes e eferentes de cada núcleo. Quando você vai falar das
eferentes, você não pode deixar de falar das fibras das células de Purkinje.
 Na medula pode pedir pra apontar as meninges, cauda equina, filamento terminal, as
intumescências e pode pedir um processo triangular.
Transcrição – Revisão de Neuroanatomia
Bulbo

O bulbo vai ser a porção mais caudal do tronco encefálico estando relacionado ao quarto
ventrículo. O tronco encefálico tem a ponte, o bulbo e o mesencéfalo em cima dela. O que o
bulbo tem de importante? A sua macroscopia e a sua conexão com os nervos cranianos, os
quatro últimos, IX, X, XI e XII. Essa conexão se dá nos sulcos do bulbo, que são iguais aos da
medula – fissura mediana anterior, sulco mediano posterior, sulco lateral anterior e sulco lateral
posterior.

De onde saem os nervos? O hipoglosso sai do sulco lateral anterior e os outros nervos saem do
sulco lateral posterior.

Uma questão muito recorrente na prova são as pirâmides bulbares, localizadas na porção
anterior do bulbo, onde passa o trato corticoespinhal. O único que decussa é o trato
corticoespinhal lateral. Em algumas peças a decussação é visível.

BULBO | Elisandra Pontes, MED 110.


Outra coisa importante são as olivas, as bolinhas. As olivas possuem o núcleo olivar inferior,
parte do complexo olivar inferior, relacionado com a aprendizagem motora – o complexo olivar
inferior envia fibras para o cerebelo onde ocorrerá o processamento da aprendizagem motora.
É importante visualizar também os tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme, que são coisas
fininhas de dilatam. Eles dão passagem as fibras que seguem pelo fascículo grácil e cuneiforme.

Dá pra ver também o IV ventrículo que recebe o líquor de cima e drena pra baixo através dos
forames de Luschka e Magendie, aberturas media e laterais do IV ventrículo. Os lados de baixo
do IV ventrículo vão formar os pedúnculos cerebelares inferiores.

De micro pode ser cobrado os núcleos presentes no bulbo, aqueles do sorvete:

 Núcleo Ambíguo – engolir


 Núcleo Hipoglosso – mexer a língua
 Núcleo Dorsal do Vago – parassimpático do corpo
 Núcleos Vestibulares – equilíbrio
 Núcleo do Trato Solitário – sensibilidade visceral e gustação
 Núcleo do Trato Espinhal do Nervo Trigêmio – sensibilidade da face
 Núcleo Salivatório Inferior – salivação da parótida

Lembrando que podem cair os núcleos grácil e cuneiforme – os seus tubérculos, a oliva, outra
coisa também pode ser as fibras do bulbo – sendo as mais importantes o trato corticoespinhal
e o espinotalâmico lateral, que passa dentro do bulbo.

Outra coisa importante é a formação reticular do bulbo – se ela for lesada por exemplo por uma
hérnia de tonsila, pode levar à óbito. Há perda da função do centro respiratório, vasomotor e
do vômito.

Pode cair pra apontar a oliva, pirâmide bulbar, quarto ventrículo, os sulcos em geral, tubérculo
do núcleo grácil e cuneiforme e pedúnculo cerebelar inferior. Pode cair por exemplo o que se
abre atrás do bulbo e da ponte – quarto ventrículo ou onde se abre o quarto ventrículo – atrás
do bulbo e da ponte.

BULBO | Elisandra Pontes, MED 110.


Transcrição – Revisão de Neuroanatomia
Ponte

A ponte repousa sobre a parte basilar do osso occipital e sobre o dorso da sela túrcica do
esfenoide. O limite inferior da ponte é o sulco bulbo-pontino e o superior é o mensecéfalo. A
ponte é dividida em base e tegmento.

A parte ventral é a base e a parte dorsal é o tegmento (a seta azul o tegmento e a amarela a
base). A base da ponte está relacionada com as fibras que vem do córtex, fibras longitudinais e
um circuito transversal. As fibras longitudinais são do trato corticoespinhal, corticopontino e
corticonuclear. Pra onde vai o corticonuclear? Para os núcleos motores da ponte, V, VI e VII – se
exclui o VIII que é sensitivo.

O circuito transversal é o cortico-ponto-cerebelar, importante no planejamento motor. As fibras


vem do córtex para os núcleos pontinos, cruzam nas fibras transversais, entram pelo pedúnculo
cerebelar médio e chegam no cerebelo.

O tegmento é a porção dorsal e está relacionado com os núcleos dos nervos cranianos. Temos
o núcleo vestibulococlear, a parte coclear está relacionada com a via auditiva, as aferências
seguem da cóclea, pelo gânglio espiral da cóclea, passam pela parte coclear do vestíbulococlear
e pelos núcleos cocleares ventral e dorsal. Essas fibras podem cruzar ou não cruzar no corpo
trapezoide e essa é uma das coisas mais importantes porque isso vai fazer com que você não
perda a audição completa de um lado caso lese um lado só. Depois de cruzar ou não no corpo
trapezoide elas vão contornar o núcleo olivar superior formando o lemnisco lateral, indo para o
diencéfalo, colículo inferior, corpo geniculado medial e córtex.

Temos a porção vestibular com os núcleos superior e lateral. Os núcleos inferior e medial
localizam-se no bulbo. As aferências vem do ouvido interno e do cerebelo, já as suas eferencias
relacionam-se com:
 Fascículo Vestibulocerebelar;
 Fascículo longitudinal medial;
 Trato vestibuloespinhal;
 Fibras vestíbulo talâmicas que partem para o córtex, no giro temporal transverso
anterior, pode ir para áreas secundárias.

Temos também na ponte o núcleo do nervo facial que vai contornar o abducente e formar o
colículo facial na porção dorsal da ponte.

Temos o núcleo salivatório superior e lacrimal sendo que as fibras pré-ganglionares seguem
através do nervo intermédio que inervam as glândulas submandibular, sublingual e lacrimal.

Além disso, temos os núcleos do trigêmeo, sendo o primeiro o núcleo do trato espinhal do
trigêmeo, estando relacionado com a sensibilidade de parte da cabeça. O sensitivo principal
relaciona-se com a mesma função do trato espinhal, o do trato mesencefálico e o núcleo motor
que se relaciona com os músculos da mastigação. Além disso temos os núcleos sensitivos que
vão cruzar o plano mediano formando o lemnisco trigeminal.

Um outro lemnisco que passa pela ponte é o medial – estando relacionado com os fascículos
grácil e cuneiforme. Temos também o lemnisco espinhal que é formado pelo trato
espinotalamico anterior e lateral e o pedúnculo cerebelar superior que cruza.

Temos a formação reticular: locus ceruleus, noradrenalina e núcleos da rafe que tem serotonina,
estando relacionado com o mecanismo do sono. A formação reticular faz a ativação do córtex.
Ficar atento à emergência do trigêmeo na ponte.
Na última prova caiu pra delimitar a medula – seus sulcos, fissuras e funículos, caiu o trajeto do
trato corticoespinhal no tronco encefálico, quais eram os tratos no funículo lateral e suas
funções, um trato do funículo anterior e sua função, o que estava atrás da ponte e do bulbo –
quarto ventrículo.

Na outra prova caiu medula também, o que estava no funículo posterior e suas funções, mostrar
a emergência do trigêmeo, o trajeto do corticoespinhal pelo tronco encefálico, as estruturas
anatômicas do hipotálamo, pediu pra demonstrar a face dorsolateral, o lobo frontal e quais as
principais áreas do cérebro e suas funções.
Transcrição – Revisão de Neuroanatomia
Mesencéfalo

A questão disso aqui que pode cair é perguntando o caminho do trato corticoespinhal pelo
tronco encefálico, que é:

Base do Pedúnculo Cerebral – Base da Ponte – Pirâmide Bulbar – Decussação das Pirâmides

Aí vem a divisão anatômica do mesencéfalo, vocês lembram dela?

Primeiro, o que é esse buraquinho aqui? (Seta azul na imagem) É o aqueduto cerebral que
comunica o terceiro ventrículo com o quatro. As orelhinhas do Mickey são anteriores e o
buraquinho é posterior. Então se eu passo uma linha imaginária no buraquinho, o que a gente
tem pra trás? Teto do mesencéfalo e pra frente os pedúnculos cerebrais.

MESENCÉFALO | Elisandra Pontes, MED 110.


Aí a gente tem a substância negra – mais escura – e a base do pedúnculo cerebral. O importante
saber é que na base passam os tratos descendentes – corticonuclear, corticopontino e
corticoespinhal. Além disso é preciso saber que no tegmento fica a substância homóloga da
medula – que são os núcleos que estão envolvidos com os nervos cranianos, a substância própria
que é o núcleo rubro e pra trás os colículos – superior e inferior.

O colículo superior ele não manda fibras pra lugar nenhum, ele só recebe fibras. Qual o outro
nome do colículo superior? Teto do mesencéfalo, de onde sai o trato teto espinhal. Então você
pega informações visuais e está controlando reflexos.

O colículo inferior recebe as fibras dos núcleos cocleares e manda para o corpo geniculado
medial. O superior manda para o corpo geniculado lateral.

Importante é saber dessa questão da base do pedúnculo cerebral, onde passam os tratos,
aqueduto cerebral e etc.

Outra coisa, identificar o sulco medial do pedúnculo cerebral e o sulco lateral do mesencéfalo.

Onde passa o nervo oculomotor? No sulco medial do pedúnculo cerebral que fica na fossa
interpeduncular – que tem a substância perfurada posterior.

É importante saber os núcleos do mesencéfalo, a substância própria e a homóloga à medula,


sendo a homóloga o nervo oculomotor – que o núcleo é o complexo oculomotor com a parte
motora e a parte de Edinger Westphal, núcleo do SNA, núcleo do nervo troclear e núcleo do
trato mesencefálico do nervo trigêmico. A substância própria é o núcleo rubro (surgiu uma
dúvida aqui sobre a participação da substância negra e da substância cinzenta periaquedutal, o
monitor disse que estava escrito só o núcleo rubro, checar no roteiro e o Machado).

MESENCÉFALO | Elisandra Pontes, MED 110.


Outra coisa, é importante saber que a substância negra está envolvida com os núcleos da base
com fibras dopaminérgicas que vão para os núcleos da base – pálido medial e pálido lateral. A
degeneração da substância negra pode causar o Parkinson.

Além disso, a dopamina da substância negra não é a mesma do sistema mesolímbico de


recompensa da área tegmentar ventral. A outra formação reticular do mesencéfalo são os
núcleos da base que são serotoninérgicos. Então no mesencéfalo a gente só tem os
neurotransmissores dopamina e serotonina.

Na frente sai o oculomotor e atrás sai o nervo troclear, em baixo dos colículos inferiores. Pra
apontar eles podem pedir o aqueduto cerebral, base do mesencéfalo, fossa interpeduncular que
estão entre as orelhas do Mickey, tegmento do mesencéfalo.

Os lemniscos são o medial, espinhal, trigeminal e lateral.

Mesencéfalo é tranquilo, mas eu acho que deve cair o tronco como um todo. A questão do
cerebelo eram os núcleos do cerebelo de medial para lateral, na peça não pode ver porque é
bem difícil, mas não sei se essa questão pode cair por causa do TBL.

MESENCÉFALO | Elisandra Pontes, MED 110.


Transcrição – Revisão de Neuroanatomia
Cerebelo

O cerebelo vocês lembrar, está localizado na parte posterior do tronco encefálico – na fossa
cerebelar no osso occipital e ele vai fazer conexão com o tronco encefálico através de três
pedúnculos – inferior, conectando a medula e o bulbo ao cerebelo, o médio dá pra ver na peça
entrando no cerebelo ligando a ponte e o pedúnculo cerebelar superior que liga o mesencéfalo
ao cerebelo.

Uma das característica do cerebelo são as lâminas transversais. Temos sulcos que delimitam as
folhas do cerebelo – que são várias lâminas. Alguns sulcos são mais pronunciados, mais fundos,
que chamamos de fissuras – a prima e a posterolateral. A porção mediana e ímpar do cerebelo
é o vérmis, mas no corte sagital não dá pra ver.

As fissuras delimitam lóbulos, um lóbulo então é composto por várias folhas sendo delimitados
por fissuras, que são sulcos mais pronunciados.

Então, a gente vai ter o vérmis bem no meio e na porção mais posterior do vérmis a gente vai
ter o nódulo. Aí pra identificar você coloca a peça na posição anatômica, lembra da barriguinha
da ponte pra frente e o cerebelo pra trás. A gente vai ter outro lóbulo que vai ser o flóculo, que
faz parte do hemisfério. O flóculo se liga ao nódulo dando origem ao lobo floculonodular.
Dividindo o meu lóbulo floculonodular do meu corpo do cerebelo eu vou ter a fissura
posterolateral.

O corpo do cerebelo também vai ser dividido, mas pela fissura prima, a mais pronunciada que
divide o meu corpo do cerebelo em um lóbulo anterior e em um lóbulo posterior. Outra coisa
que eu queria falar, a gente tem também a tonsila que é como se fosse uma linguinha. A gente
tem a hérnia de tonsila, que pressiona o bulbo.

CEREBELO | Elisandra Pontes, MED 110.


Vocês lembram que o cerebelo tem uma porção mais interna que é o corpo medular do cerebelo
feito de substância branca. O córtex é de substância cinzenta. Dentro do corpo medular temos
quatro pares de núcleos, o mais lateral é o denteado e é o único que dá pra ver na peça.

CEREBELO | Elisandra Pontes, MED 110.


Ele pode ficar bem clarinho por estar há muito tempo no formol. Ele é o maior e o mais lateral
dos núcleos. Percebam que o contorno dele é cheio de dentinhos. Eles podem te pedir na prática
pra falar os núcleos e pra mostrar o que você está vendo. Ainda podem te perguntar onde os
outros estariam, aí você segue a sequência de lateral para medial:

Denteado – Interpósito, formado pelo Globoso e Emboliforme – Fastigial

Nessa peça então dá pra ver o centro branco medular e a árvore da vida, perceba que ele envia
lâminas pra substância cinzenta o que se assemelha bastante a uma árvore. Dá pra ver
basicamente os pedúnculos, de um feixe bem grande ele vai entrando e afinando um pouco, é
o que dá pra ver.

De micro é importante lembrar das divisões funcionais – espinocerebelo (vermis e zona


paravermiana), vestibulocerebelo (lóbulo floculonodular) e cerebrocerebelo (parte mais lateral
do hemisfério). Lembrar das conexões aferentes e eferentes do cerebelo porque uma das
questões foi “fale pra mim as conexões do cerebrocerebelo”, o que a gente queria era que vocês
falassem o que chega até o córtex e vai até o núcleo. Então vocês tem que lembrar que o núcleo
denteado faz conexões mais com o cerebrocerebelo, o fastigial com o lobo floculonodular e o
interpósito com a zona do espinocerebelo, a medial e a intermédia.

Então o que a gente queria que vocês falassem – que vão chegar as fibras aferentes, que vão
pro córtex do cerebrocerebelo que é a porção mais lateral do hemisfério, vai fazer sinapse com
as células de purkinje e pro córtex vai pro núcleo denteado. O pessoal estava falando dento-
tálamo-cortical, já saindo do núcleo e não é. Vocês começam de um caminho desde antes.

CEREBELO | Elisandra Pontes, MED 110.


Transcrição – Revisão de Neuroanatomia

Núcleos da Base

Minha parte é de núcleos da base e centro branco medular, questão que sempre caí na prova
prática. Geralmente eles pedem pra descrever as estruturas de medial para lateral e eu vou falar
pra vocês onde o pessoal geralmente “tropeça”.

Primeiro: as vezes as pessoas batem o olho e ficam perdidas sem saber nem o que é medial e o
que é lateral por causa de nervosismo. Então assim, chegou numa peça e eu não faço ideia de
onde eu estou, eu vou mostrar pra vocês como a gente identifica as estruturas.

Essa peça aqui ela não está boa – essa foto de cima é da internet, mas a peça não estava legal –
só pra vocês acharem o terceiro ventrículo.

Primeiro, o que eu tenho certeza aqui nessa peça? – Sempre que vocês pegarem qualquer peça
na vida e você não sabe o que é, ache uma coisa que você conhece. O que eu tenho certeza
nessa peça aqui? Ventrículo lateral (setas azuis na imagem acima). Se eu achei o ventrículo
lateral eu sei que acima dele tem o que? O corpo caloso. Abaixo eu vou chegar no terceiro
ventrículo. Pelo restante das relações anatômicas a gente acharia o resto, por exemplo, essa
bolotinha aqui é o comecinho da cabeça do núcleo caudado, mas não tem o resto porque esse
corte – o utilizado na aula – está muito anterior.

Quando eu corto a peça, eu não tenho mais quem? O terceiro ventrículo que é a minha
referência principal. Então o que eu vou fazer, tem uma coisa aqui que bate e já me salta os
olhos. O que vocês veem aqui de diferente nessa peça? Tá vendo o putâmen? O putâmen tá
gritando ali, que nem uma sobrancelha – observe a imagem abaixo –. Se eu achei por exemplo
o putâmen, eu sei que a parte gordinha dele vai dar de frente pra cabeça do núcleo caudado e

NÚCLEOS DA BASE | Elisandra Pontes, MED 110.


o rabinho dele termina ou inferiormente ou posteriormente porque essa peça é tridimensional
e independente do corte eu vejo esse formato.

Então eu já comecei a me achar. Então se eu achei o putâmen, eu sei que lá mais medial de tudo
eu vou ter o Tálamo, então pronto. Qual a estrutura mais medial de todos? Terceiro ventrículo.
Então eu vou começar a falar:

Terceiro Ventrículo – Tálamo – Cabeça do Núcleo Caudado – Cápsula Interna – Pálido Medial
- Lâmina Medular Interna (não dá pra ver) – Pálido Lateral – Lâmina Medular Externa –
Putâmen – Cápsula Externa – Claustrum – Lâmina Extrema – Córtex da Ínsula

Então as pessoas cometem três erros. Elas esquecem a cabeça do núcleo caudado, o córtex da
ínsula e o pior de tudo é não saber nem se localizar. Não esquece também de falar do terceiro
ventrículo, ele não está aqui – na peça cortada, a que estará na prova –, mas ele está.

Outra coisa, essa questão é muito batida e quando a Alice foi conversar comigo ela disse “Jéssica,
dá só macro”. O que eu acho que poderia ser uma variação dessa questão seria: aponte a perna
anterior da cápsula interna. Lembra que a perna anterior é aquela que está entre o putâmen e
a cabeça do núcleo caudado; e então me dê o trato que passa – o corticopontino – e o joelho,
aponta pra mim? Qual o trato que passa? Corticonuclear. E na perna posterior, o que passa?
Corticoespinhal e radiações talâmicas. A maior dificuldade que alguém poderia colocar nessa
questão seria: me fale um trato ascendente que passa na perna posterior da cápsula interna –
seriam as radiações talâmicas, um trato descendente – trato corticoespinhal.

Identificação na peça cortada e mais feia (não consegui encontrar nenhuma imagem na internet)

Mostra pra mim o que é medial e o que é lateral nessa peça. Não está tão difícil, procura um
giro em algum lugar, aí você identifica o lateral e identifica o medial. Aí você identifica uma

NÚCLEOS DA BASE | Elisandra Pontes, MED 110.


estrutura. A cápsula interna é diferente, tem algumas estriações, mas ai eu não sei o que é perna
anterior e perna posterior, sabe o que eu faço? Eu procuro a cabeça do núcleo caudado e o
putâmen que não tem erro. Olha de pertinho, ele – putâmen – é gordinho e mais escurinho,
parece uma vírgula, as vezes eu falo sobrancelha e as pessoas não entendem.

Qual é a primeira coisa que eu falo? Terceiro ventrículo, em seguida o tálamo, a cabeça do
núcleo caudado, cápsula interna, pálido medial, lâmina medular interna, pálido lateral, lâmina
medular externa, putâmen, cápsula externa, claustrum, cápsula extrema e córtex da ínsula.

Fora isso, o que cai:

 A questão de tronco encefálico foi falar o trajeto do corticoespinhal pelo tronco


encefálico;
 Caiu a área de Broca e de Wernicke, era uma pecinha de acrílico e você tinha que
identificar o que era anterior e o que era posterior porque os sulcos não são muito bons
nessas peças. Então você acha o lobo frontal e acha mais ou menos o que é o giro frontal
inferior e mais ou menos a área opercular e triangular e lá está a área de Broca. A área
de Wernicke é só achar o sulco lateral.

NÚCLEOS DA BASE | Elisandra Pontes, MED 110.


Transcrição – Revisão de Neuroanatomia
Telencéfalo

A macro de telencéfalo é bem fácil. É do tipo “identifique a área de Broca, Wernicke, giro pré-
central”. Não precisa preocupar muito com o macro, são coisas mais batidas como as áreas e os
giros que eu falei e alguns lobos.

Córtex é a camada mais externa do cérebro que recebe aferências, envia eferências, está
relacionado com a cognição e torna consciente os estímulos que não se tornaram no tálamo,
que é a maioria.

Arquitetura do córtex – ou classificação estrutural – eu tenho isocórtex que pode ser homotípico
e heretotípico e alocórtex (que nunca tem seis camadas). O isocórtex tem as seis camadas, sendo
que o homotípico tem as seis camadas iguais e o heterotípico tem uma mais desenvolvida.
Vamos por exemplo falar do isocórtex heterotípico granular – característica de área de
afarência, onde eu tenho a camada IV, granular interna mais desenvolvida que as outras. Eu
tenho também o isocórtex heterotípico agranular que é o isocórtex das áreas motoras, camada
V piramidal interna.

É bom lembrar que a gente tem uma organização horizontal – camadas ou lâminas – e uma
vertical que são as colunas ou raias. Eu tenho um exemplo dessas raias, por exemplo no córtex
occipital, onde eu tenho uma divisão olho direito, olho esquerdo, olho direito, olho esquerdo e
dentro dessas divisões eu tenho as camadas horizontais.

As fibras de projeção – temos as aferentes que são as talâmicas, ativadoras do córtex e a


extratalâmicas, que são moduladoras. Temos também as fibras eferentes, que são os tratos ou
qualquer outra fibra que vá fazer conexão fora do córtex.

Na classificação anatômica temos os giros, os sulcos e os lobos e na classificação filogenética


temos o arquicórtex que é só o hipocampo. Lembrar que o hipocampo se parece com a patinha
de leãozinho na peça de acrílico.

TELENCÉFALO | Elisandra Pontes, MED 110.


Aí temos o úncus que fica ao lado do hipocampo e o giro parahipocampal é o mais medial de
todos. O hipocampo é arquicórtex, mais antigo. O giro parahipocampal e o úncus são
paleocórtex, um pouquinho mais desenvolvido e o neocórtex é tudo que sobra, menos esses
três que a gente já falou.

Lembrar que o arqui e o paleocórtex estão ligados com olfação, a memória está ligada com a
olfação já que as três estruturas que eu falei compõe o Circuito de Papez.

Agora a gente vai falar da divisão funcional que é a mais importante delas. A área primária é
visual, somestésica, auditiva, vestibular, gustativa e motora. As pessoas sempre esquecem a
área gustativa e a vestibular sendo que a gustativa está no córtex insular posterior. O anterior é
nojo, por isso nojo e gustação tem que estar muito próximas. A vestibular está próxima da área
relacionada com a face.

É importante lembrar que existe somatotopia em área motora e somestésica, retinotopia em


área visual e tonotopia em área auditiva. Área secundária ligada indiretamente com a área
primária correspondente. Temos a área gustativa secundária, área visual secundária, área
somestésica secundária e área auditiva secundária, além das motoras. A mais diferente é a
gustativa que não está no entorno da sua área primária, ela sai da ínsula posterior e vai pra área
pré frontal orbitofrontal. A ligação das duas áreas é a emoção. O córtex insular anterior está
ligado à empatia, ao nojo e a área pré frontal orbitofrontal é processamento emocional, então
a gustação está sempre ligado com a emoção.

Há uma diferença entre as áreas motoras suplementares e as pré motoras, sendo que a motora
suplementar faz planejamento motor e a pré motora relaciona-se com o controle da postura.
Numa lesão de área pré-motora a pessoa não consegue por exemplo andar por uma perda de
postura. Já em uma lesão da área motora suplementar, a pessoa tem apraxia – que é a
dificuldade do movimento.

Já no caso de uma lesão de área sensitiva secundária temos as agnosias – que são dificuldades
no reconhecimento. As duas mais características são a cegueira verbal, uma lesão no giro
angular que caracteriza a deslexia, uma dificuldade em ler; já a surdez verbal é característica de
lesão só da área de Wernicke em que a pessoa fala comigo, eu ouço o que ela falou, mas eu não
entendo.

Agora de áreas terciárias a gente tem a pré-frontal que se divide em orbitofrontal e dorsolateral.
A área dorsolateral está ligada com o planejamento e execução de funções comportamentais,

TELENCÉFALO | Elisandra Pontes, MED 110.


avaliação das consequências das estratégias que eu tomei e memória operacional. A
orbitofrontal está ligada com o processamento emocional, supressão de comportamentos
socialmente indesejados e manutenção da atenção. Uma coisa que é muito importante – se eu
leso a área orbitofrontal toda eu tenho o tamponamento psíquico.

A área parietal posterior dá a síndrome da negligência, sendo essa área relacionada com a
percepção corporal e espacial. O córtex insular anterior está relacionado com empatia, nojo,
percepção da própria fisionomia e percepção dos componentes subjetivos das emoções.

O planejamento motor no telencéfalo começa em áreas pré-frontais que ativam as áreas


motoras suplementares e por último será ativada a área motora primária.

Os neurônios espelho encontra-se na área fronto-parietal e eles possuem somatotopia.

Linguagem sempre cai. Broca, área de expressão da fala, se eu leso essa área e ao redor eu
entendo, mas eu não falo. Wernicke, se eu leso ao redor eu não entendo, mas eu falo, a minha
resposta não tem nada a ver com o que eu ouvi. Se eu leso o fascículo longitudinal superior eu
entendo, eu falo, mas o que eu falo não tem nada a ver com o que eu falo.

TELENCÉFALO | Elisandra Pontes, MED 110.


REVISÃO NEUROANATO PRÁTICA

● TELENCÉFALO:
● Macro:

O telencéfalo é constituído por cinco lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e


ínsula. Lembrar dos principais sulcos: lateral, central, calcarino, etc.

Na prova, a macro que cai é bem fácil, exemplos: aponte giro pré central, aponte
área de Broca, de Wernick.

● Micro:

O córtex é a camada mais fininha que se encontra mais externa no cérebro, pra cima da
substancia branca medular. Recebe toda informação sensitiva, emite toda informação
motora, interpreta a sensibilidade que chega, ou seja, os impulsos se tornam
conscientes, e é responsável por cognição. Uma pessoa que tem Alzheimer, que tem
uma lesão difusa do Córtex cerebral, começa a perder função psíquica superior (ex.:
memória, capacidade de falar)

Arquitetura:

⮚ Isocortex: pode ser heterotipico ou homotipico.

O heterotipico tem as 6 camadas e uma camada vai ser mais desenvolvida que a
outra. Por exemplo, o heterotipico granular predomina em área sensitiva pois tem a
camada IV mais desenvolvida (granular interna). Toda aferência cortical chega pela
camada quatro, e toda eferência cortical sai pela camada V (piramidal interna).

▪ isocortex heterotipico granular: área sensitiva.


▪ Isocortex heterotipico agranular: área motora.

⮚ Alocortex: córtex que em nenhum momento da evolução teve as 6


camadas: hipocampo, giro para-hipocampal e úncus.

Existe uma divisão no córtex em horizontal (são as camadas) e vertical (colunas ou


raias). Exemplo, o córtex occipital é dividido em olho direito, olho esquerdo. Há uma
divisão funcional tanto horizontal quanto vertical.

As fibras de projeção chegam ou saem do córtex. As aferentes são fibras de duas


formas talâmicas e extratalâmicas. As talâmicas são ativadoras, exemplo, sara ou fibras

Maria Isabella Castro |MED


110
de sensibilidade (toda sensibilidade passa no tálamo com exceção da olfação). As
extratalamicas são moduladoras: fibras do sara que não passam pelo tálamo e todas as
fibras que vão para o cerebro, mas não passam pelo tálamo. Tem origem na formação
reticular. As fibras de projeção eferentes saem do córtex: tratos corticoespinhal,
corticonuclear, corticopontino e todas que saem que não fazem parte necessariamente
de um trato. É impotante porque ligam o córtex a estruturas subcorticais: tronco
encefálico, medula, diencéfalo, etc.

⮚ Classificação anatômica:
Giro, sulco e lobo (usadas no diagnóstico topográficos)
⮚ Classificação filogenética:
Arquicortex, paleocortex (medial ao sulco rinal - embaixo do lobo temporal)
e neocortex (lateral ao sulco rinal). Arquicortex só hipocampo. Paleocortex:
uncus e giroparahipocampal. Neocortex corresponde a todo o resto.

Divisão no machado: O paleocortex corresponde ao úncus e giro parahipocampal:


relacionados ao sistema límbico e olfação). O arquicortex ao hipocampo e o
neocortex a todo o resto.

⮚ Classificação estrutual:
Isocortex (homo e heterotipico) e alocortex (são o arqui e o paleocortex).
⮚ Classificação funcional:
Áres primarias, secundarias e terciárias.

Áreas primárias: somestésica, visual, auditiva, vestibuar (lobo parietal próximo ao


território sensitivo da face), olfatória e gustativa (posterior da ínsula) e motora.

OBS.: Se a gustação esta na insula posterior e a sensação de nojo e emoções estão


na insula anterior, há uma relação muito grande entre elas. Área vestibular
primaria esta no lobo parietal ao lado da área somestésica da fala.

Áreas secundárias: indiretamente relacionadas com motricidade e sensibilidade.


Principais: área somestésica (lóbulo parietal superior), visual, auditiva e gustativa
(órbito frontal da área pré frontal. A única que muda drasticamente é a área
gustativa. Conexão da insula com a área pré frontal orbito frontal (associação muito
grande de gustação com tomada de decisão). Áreas motoras: motor suplementar e
pré motora. Diferenciação importante que já caiu em prova. A motora suplementar
faz principalmente planejamento motor. Área pré motora envia fibras para
formação reticular e participa da manutenção da postura através do controle de
musculatura axial e proximal.

Lesão de área pré motora: ela terá dificuldades de andar, ficar sentada sem um
apoio nas costas, etc. Lesão de áreas sensitivas secundarias: agnosias

Maria Isabella Castro |MED


110
(incapacidades de percepção e reconhecimento). Agnosia visual, tática, auditiva por
exemplo. Lesão do giro angular (lóbulo parietal posterior) causa cegueira verbal
(dislexia: olha para uma coisa e não consegue ler). Lesão de área de Wernick causa
surdez verbal: uma pessoa fala comigo mas não entendo o que ela ta falando.
Lesão de áreas motoras secundarias geram apraxia: dificuldade de movimento,
incoordenação.

Áreas terciárias: responsáveis por função psíquica superior.

I. Área pré frontal responsável por estratégias comportamentais, manutenção


da atenção, controle do comportamento emocional, memória operacional;
dividida em:
⮚ Dorsolateral (liga-se ao putâmen): planejamento e execução de estratégias
comportamentais, avaliação de consequências, e memória operacional.
⮚ Orbito frontal (liga-se ao caudado): processamento emocional, supressão de
comportamentos indesejados e manutenção da atenção. área Lesão causa
tamponamento psíquico, ou seja, não tem emoção.

II. Área parietal posterior (somestésica, auditiva e visual, giro supramarginal e


angular- lobo parietal inferior): percepção espacial e corporal. Lesão causa
síndrome de negligência: ignora parte do corpo.
III. Córtex insular anterior: ligado com nojo, empatia, percepção do
componente subjetivo da emoção, ou seja, interpreta a tristeza, dor
psíquica, etc; conhecimento da própria fisionomia.
IV. As áreas límbicas: giros do cíngulo, para-hipocampal, denteado, hipocampo,
insula anterior e área pré frontal orbito frontal.

Planejamento motor:

Neurônio espelho: Ativa quando vê e faz o movimento, distribuição frontoparietal e


somatotópica, ação moduladora da excitabilidade dos neurônios responsáveis por
ato motor (aprendizagem por imitação).

Linguagem:

Broca: expressão -> lesão causa afasia motora

Maria Isabella Castro |MED


110
Wernick: compreensão -> lesão causa afasia sensitiva

Fascículo longitudinal superior ou fascículo arqueado: ligação -> lesão causa afasia
de condução.

NOTE:
I. Indicar face dorsolateral e lobo frontal, falar quais são as principais áreas e
suas funções:

Resposta: giro pré central: motricidade somática contralateral (M1)

Área pré motora: planejamento motor e neurônios espelho (M2)

Broca: expressão da linguagem: hemisfério esquerdo na maioria

Pré frontal dorsolateral: memória operacional e estratégia comportamental


relacionada a situação do indivíduo.

(Créditos da imagem a Elisandra Pontes, MED 110)

● NÚCLEOS DA BASE:

Maria Isabella Castro |MED


110
Ao ver a peça, procurar os ventrículos laterais (são mais superiores) e a abertura
mais abaixo, ou seja, o III ventrículo. Imediatamente acima dos ventrículos laterais,
situa-se o corpo caloso (acima da substância branca medular).

Maria Isabella Castro |MED


110
Maria Isabella Castro |MED
110
Sequência do medial para lateral: III ventrículo > tálamo > cabeça do núcleo
caudado > perna anterior da cápsula interna (trato corticopontino) > globo pálido
medial > lâmina medular interna > globo pálido lateral > lâmina medular externa >
putâmen > cápsula externa > claustrum > cápsula extrema > córtex da ínsula

Pernas da cápsula interna: perna medial -> corticonuclear; posterior -> radiações
talâmicas e corticoespinhal; perna anterior -> trato corticopontino (encontra-se
entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado)

O tálamo se encontra lateralmente ao III ventrículo.

Maria Isabella Castro |MED


110
Maria Isabella Castro |MED
110
Maria Isabella Castro |MED
110
NOTE:
i. O que causa abaulamento das olivas?

R.: nucleo olivar inferior

ii. Qual trajeto do trato corticoespinhal no tronco encefálico?

R.: base do pedúnculo mesencéfalo > base da ponte > pirâmides bulbares >
decussação das pirâmides.

iii. Identificar área de Broca e de Wernick

R.: Para identificar a área de Broca tem que achar o lobo frontal e mais ou menos onde é o
giro frontal inferior (área opercular e triangular). A área de Wernick é só achar o sulco
lateral.

● DIENCÉFALO:
Pergunta frequente: assoalho do III ventrículo?

R.: quiasma óptico, infundíbulo, tuber cinério e corpo mamilar. Pertencem ao


hipotálamo.

Maria Isabella Castro |MED


110
Anterior situa-se a lamina terminal e a comissura anterior, pertencentes ao
telencéfalo.

⮚ HIPOTÁLAMO:

Estrutura cortada pelo fórnix (chega ao corpo mamilar).

Maria Isabella Castro |MED


110
Medialmente ao hipotálamo existem 3 grupos:

▪ grupo supra óptico -> acima do quiasma óptico


▪ grupo tuberal -> acima do tuber cinério
▪ grupo mamilar -> acima do corpo mamilar

Lateralmente existem feixes de fibras de neurônios, sendo o mais importante o feixe


prosencefalico medial, que liga a área septal a formação reticular do mesencéfalo.
Importante função no circuito mesolímbico (recompensa e prazer).

✔ Função do hipotálamo (homeostase):


● Endócrina: relacionada com a hipófise: feixe hipotálamo hipofisario
(neurohipofise) e túbero infundibular (adenohipofise);
● Sistema nervoso autônomo: parte parassimpática (anterior) e simpática
(posterior). Hipotálamo recebe toda as aferencias provenientes do núcleo do
trato solitário através das fibras solitárias hipotalâmicas e manda eferencia para
o grupo do SNA que deve ser ativado;
● Estimulo de sobrevivência: fome, sede e reprodução.

⮚ TÁLAMO:

Maria Isabella Castro |MED


110
Separado do hipotálamo pelo sulco hipotalâmico. Estrutura oval, ligados entre si
através da aderência intertalamica. Cortado no meio pelas estrias medulares internas,
provenientes do estrato zonal que fica em cima do tálamo e separa o tálamo em
grupos: anterior, medial, mediano, posterior e lateral (mais importante).

O grupo anterior faz parte do circuito de papez (memória); no grupo posterior situa-se
os corpos geniculares lateral e medial. O grupo lateral é o mais importante,
principalmente a sua parte ventral, que é dividida em ventral anterior, lateral e
posteriores.

Ventrais anterior e lateral são relacionados com motricidade, relacionam-se com o


circuito do núcleo das bases. Além disso, o ventral lateral relaciona-se com o cerebelo.
Ventral posterior se divide em posterior medial e lateral. Ambos relacionados com
sensibilidade:

▪ Lateral: origem na medula e recebe informação sensorial pelos lemniscos


medial e espinhal;
▪ Medial: origem no tronco encefálico e recebe informação sensorial pelo
lemnisco trigeminal e informação sobre a gustação.

⮚ EPITÁLAMO:

Situa-se posterior ao terceiro ventrículo. Referencia anatômica: começar pela glândula


pineal (visível em tomografias). A glândula produz melatonina, que é estimulada pelo
escuro. Em cima da glândula pineal tem as comissuras das habenulas e em baixo, a
comissura posterior. Do lado da comissuras das habenulas tem o trigono das habenulas
e em cima dela tem as estrias medulares do hipotálamo. O plexo corioide se encaixa na
estria medular.

Maria Isabella Castro |MED


110
⮚ Subtálamo:

Encontra-se em contato com parte lateral do hipotálamo (parte medial em contato


com o III ventrículo). Função de estimular o pálido medial, ou seja, inibir o movimento.

● SISTEMA LÍMBICO:
Relaciona-se com a emoção e com a memória. A emoção corresponde, também, a
comportamento, processos motivacionais e os próprios processos emocionais.
Existem dois componentes da emoção: central (o que é sentido) e periférico
(expressão do corpo a partir do sentimento).

O lobo límbico corresponde a: giro do cíngulo (encima do corpo caloso),


para-hipocampal e o hipocampo. As áreas da emoção se dividem em duas: área
cortical (tudo que é anterior) e subcortical.

✔ Cortical:
▪ Cortex cingular anterior (parte anterior do giro cingular)
▪ Cortex insular anterior (parte anterior da ínsula): nojo, empatia,
reconhecimento da própria fisionomia e percepção da emoção.
▪ Cortex pré frontal orbito frontal: supressão de comportamentos
indesejados.
✔ Subcorticais (HANHA):
▪ Hipotálamo: expressão periférica da emoção (SNA);
▪ Área septal (A = -> 3 lados, 3 funções): prazer, regulação de atividades
viscerais (ex.: controle de respiração, ritmo cardíaco) e raiva;
▪ Núcleo accubens: área do prazer, faz parte do sistema mesolímbico;
▪ Habênula: inibição do sistema mesolímbico;
▪ Amígdala: grupo de 12 núcleos, mais importantes: corticomedial (olfato e
comportamento sexual), basolateral (aferência) e central (eferência).
Responsável pelo processamento das emoções, divide em 4: medo e fuga,
defesa e agressividade, comportamento sexual e reconhecimento de face
com emoção.

Síndrome de emergência de Cannon (não é doença, é um processo que ocorre no


cérebro): processamento do medo.

Caso: você vê/ouve um boi no pasto, ou seja, informação sensitiva chega no córtex. No
caso da visão, no lobo occipital, em cima do sulco calcarino. Vai para V2 e de lá, pode ir
diretamente para o grupo central da amígdala (aferencia). Envia informação pelo

Maria Isabella Castro |MED


110
basolateral para o hipotálamo. Ele é responsável pelo componente periférico da
emoção. Está intrinsecamente ligado a hipófise, mandando hormônios para ela. Pode,
também, agir através das fibras hipotálamos espinhais gerando respostas pela ação dos
nervos espinhais.

⮚ VIA DIRETA:

Caso: você vê/ouve um boi no pasto, ou seja, informação sensitiva chega no córtex. No
caso da visão, no lobo occipital, em cima do sulco calcarino. Vai para V2 e de lá, pode ir
diretamente para o grupo central da amígdala (aferencia). Envia informação pelo
basolateral para o hipotálamo. Ele é responsável pelo componente periférico da
emoção. Está intrinsecamente ligado a hipófise, mandando hormônios para ela. Pode,
também, agir através das fibras hipotálamos espinhais gerando respostas pela ação dos
nervos espinhais.

⮚ VIA INDIRETA:

Maria Isabella Castro |MED


110
⮚ Sistema mesolimbico: sistema dopaminérgico mesolimbico. Área tegmentar
ventral (feixe prosencefálico medial) - área pré frontal orbitofrontal. Pode seguir
dois caminhos: accubens ou área septal. A habênula pode inibir qualquer uma
dessas partes.
⮚ Memória: parte medial do lobo temporal. Lateralmente ao hipocampo, situa-se
o giro denteado, que tem função de memória temporal.

CIRCUITO DE PAPEZ:
Hipocampo – Fórnix – Corpo Mamilar – Trato Mamilotalâmico – Núcleos Anteriores do
Tálamo – Cápsula Interna – Giro do Cíngulo – Giro Parahipocampal – Hipocampo

● CEREBELO:

Maria Isabella Castro |MED


110
Localizado na fossa cerebelar no osso occipital e posteriormente ao tronco
encefálico. Conecta-se com esse último através de 3 pedunculos: PCS- mesencéfalo,
PCM- ponte, PCI- bulbo.

Lembrar do que passa no pedúnculo e relação à microscopia. Há, no cerebelo,


lâminas de direção transversal, sulcos que delimitam as folhas do cerebelo, e
fissuras (prima e póstero lateral). Há, ainda, região mediana e ímpar, o vérmix.

As fissuras delimitam os lobos: nódulo (porção mais posterior do vérmix), flóculo


(faz parte do hemisfério, conecta com o nódulo) e tonsilas. A fissura póstero lateral
divide o lobo floculo nodular do corpo do cerebelo. A fissura prima separa o corpo
do cerebelo em uma porção anterior e uma porção posterior.

Porção interior formada por substância branca (centro medular do cerebelo)


envolto pelo cortex. Dentro da subst branca terão os núcleos denteado, interpósito
(emboliforme e globoso) e fastigial.

Maria Isabella Castro |MED


110
NOTE: qual o núcleo que vocês estão vendo na peça?

O núcleo denteado é o maior e mais lateral.

Sequência dos núcleos (lateral para medial): Denteado > interpósito > fastigial

Maria Isabella Castro |MED


110
Classificação funcional do cerebelo: divisão em 3 zonas: medial - vérmis,
paramediana - intermediana e lateral. Vestibulocerebelo – floculonodular,
espinocerebelo - medial e intermédia, cerebrocerebelo - lateral. Os nucleos acima
tem preferência de conexão: denteado - lateral, interposito - intermédio e medial,
fastigial – floculonodular.

NOTE:
I. Conexões do cerebrocerebelo:
R.: falar o que chega até o córtex e vai até o núcleo: vão chegar fibras aferentes, que
vão pro córtex do cerebrocerebelo (porção mais lateral do hemisfério), vai fazer
sinapse com as células de purkinje e do córtex vai pro núcleo denteado.

● PONTE:
Divisão anatômica:

No teto encontra-se colículos superiores (teto do mesencéfalo) e inferiores. O


superior só recebe fibras provenientes da retina, não emite. O trato tetoespinhal
(responsável pela coordenação da musculatura ocular com a do corpo). O colículo

Maria Isabella Castro |MED


110
inferior recebe fibras do ouvido interno, passa pelo lemnisco lateral e chega no
corpo geniculado medial.

Na base da ponta passam apenas os tratos descendentes: corticoespinhal,


corticonuclear e corticopontino. No tegmento encontra-se todo o resto.

Núcleos homólogos estão envolvidos com nervos cranianos (núcleos do complexo


oculomotor e do troclear). Núcleos próprios não estão (núcleo rubro, substância
negra e substância cinza periaquedutal). a substância negra faz conexão co os
núcleos da base através das fibras nigroestriatais, mediando-os com dopamina.
Chegam no pálido medial e lateral, estimulando o movimento. Em caso de
degeneração dessa substância, há desenvolvimento de Parkinson. A área tegmentar
ventral participa do sistema mesolímbico, mediando-o com dopamina.

Sulcos do mesencéfalo: sulco interpeduncular (entre os pedúnculos cerebelar


superior), sulco medial do pedúnculo cerebral (de onde emerge o nervo
oculomotor) e sulcos laterais. O nervo troclear emerge abaixo do colículo inferior
(único nervo que sai posteriormente).

As formações reticulares que se encontram no teto do cerebelo são os núcleos da


rafe (serotonina) e área tegmentar ventral (dopamina).

Maria Isabella Castro |MED


110

Você também pode gostar