Você está na página 1de 4

ANATOMIA MACROSCÓPICA DO

TRONCO ENCEFÁLICO
DIVISÃO ANATÔMICA
Formado por: bulbo, ponte e mesencéfalo
O QUE É?
Primeira região inferior é o bulbo, que está em contato com a medula espinal. É uma
estrutura dentro do crânio cujo formato se assemelha ao “pescoço e barriga” de um cavalo
marinho.
ONDE ESTÁ LOCALIZADO?
Encontra-se dentro do crânio, na região da base. Está anteriormente ao cerebelo e
inferiormente ao cérebro.
QUAIS AS FUNÇÕES?
Primeiramente, serve de conduto/passagem para os tratos nervosos (feixes de
axônios/fibras nervosas), que vão ascender pela medula espinhal até estruturas que estão
localizadas na cabeça, como: do diencéfalo, do telencéfalo, do cerebelo. Da mesma forma,
para passagem de tratos fazendo o caminho inverso.
Além disso, contém centros de reflexos importantes: controle da respiração, do sistema
cardiovascular, controle da consciência e o centro do vômito.
Por fim, temos que ele contém os núcleos de 10 dos pares de nervos cranianos (do III ao
XII). Qualquer lesão do tronco vai interferir na função dos nervos cranianos (p. ex. tumor, AVC).
O TRONCO ENCEFÁLICO
O BULBO (“medula oblonga”)
Limite inferior: forame magno. É quase uma continuação direta da medula espinal, sendo
que sua estrutura microscópica é muito semelhante. Seu limite superior é um sulco que divide
o bulbo da ponte: sulco bulbo-pontino.

Ele é responsável por conectar a ponte com a medula espinal. Ademais, nele podemos
encontrar neurônios responsáveis pelo centro respiratório.

O primeiro nervo cervical se origina na transição entre a medula espinal e o bulbo. O bulbo
contém os neurônios que vão originar os pares de nervos cranianos IX, X, XI e XII.

Na região temos uma elevação central em ambos os lados denominada pirâmide, e


lateralmente, temos uma
projeção – oliva.

Em uma vista posterior, é


possível observar duas
formações globosas na parte
superior do bulbo: tubérculo
cuneiforme (lateralmente) e
tubérculo grácil (medialmente).
Essas estruturas são
continuação dos fascículos
grácil e cuneiforme, que ascendem da medula espinhal trazendo fibras nervosas com fibras
sensitivas.

PONTE
Situada entre bulbo e mesencéfalo.
Contém núcleos dos seguintes pares de
nervos cranianos: V, VI, VII e VIII. Observar
que há muitos nervos cranianos se originando
na região bulbo-pontino. Assim, uma lesão na
região origina a síndrome do ângulo ponto-
cerebelar.
Toda a superfície da ponte possui uns
sulcos rasos, chamados fibras transversais da
ponte. No centro da ponte encontramos um
sulco longitudinal, chamado sulco basilar (por
onde passa a artéria basilar.
Bulbo, ponte e IV ventrículo
Numa vista posterior, é possível pouco ver da ponte. Vemos uma estrutura denominada IV
ventrículo, que é formado pelo bulbo e pela ponte. Corresponde à região superior posterior do
bulbo e por grande parte da região posterior da ponte.
É uma região em que há grande circulação de líquor e, por isso, está em contato com o
espaço subaracnóideo. Ele está, superiormente, contínuo com uma região em que também há
circulação de líquor: o aqueduto cerebral, o qual corta o mesencéfalo.
Na região superior, temos o véu medular superior. É uma membrana bem fina.
Em ambos os lados, temos o recesso lateral, por onde o líquor produzido nos ventrículos
mais superiores escoa para espaço subaracnóideo.
MESENCÉFALO

Região superior do tronco encefálico. É uma estrutura bem


pequena comparado ao bulbo e a ponte (aproximadamente 2 cm) e
é atravessado pelo aqueduto do mesencéfalo/cerebral.
Em azul, temos o IV ventrículo, e em vermelho, o aqueduto do
mesencéfalo. Em uma vista anterior, é possível observar duas
estruturas importantes: pedúnculos cerebrais. Neles, há passagem
de tratos, tanto da
medula, cerebelo,
bulbo e ponte em
direção ao diencéfalo e telencéfalo, quanto no
sentido contrário.
Entre essas estruturas, temos a fossa interpeduncular, a qual é toda perfurada. Chamamos
essa região de substância perfurada posterior, por onde passam vasos sanguíneos.
No mesencéfalo, originam os pares de nervos cranianos III e IV. O IV par é o único que se
origina na região posterior do tronco encefálico.
Em uma vista posterior, temos quatro “bolinhas”, denominadas colículos. Temos 2
superiores e 2 inferiores. Os colículos
superiores estão relacionados com os reflexos
visuais, e os inferiores, com os centros
auditivos. As continuações desses colículos são
denominados braços dos colículos.
Entre as quatro formações globosas, temos os
sulcos vertical e transverso.
Nessa região também temos o pedúnculo
cerebelar superior. Os pedúnculos cerebelares
(inferior, médio e superior) são responsáveis
pela comunicação do tronco encefálico com o
cerebelo.

Em um corte na região do sulco transversal do mesencéfalo: na região de tecto, temos a


ocorrência dos colículos. Abaixo, temos a região dos pedúnculos cerebrais. Os pedúnculos, por
sua vez, podem ser divididos em tegmento e bases.
Existe uma estrutura bem marcante que separa o tegmento das bases, que na figura
encontra-se hachurada. Trata-se da substância negra (com neurônios ricos em melanina) do
mesencéfalo.
Entre os pedúnculos, temos a fossa interpeduncular.
Lesões do mesencéfalo
Trata-se de uma região com neurônios de nervos cranianos, logo, a sintomatologia das
lesões está relacionada a essas estruturas.
A doença de Parkinson provoca a morte de diversas estruturas cerebrais, principalmente do
córtex (último estágio). No início da fase sintomática já começamos a ter morte neuronal na
substância negra, encontrada no mesencéfalo.

Você também pode gostar