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Introdução
Bulbo
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Capítulo 7 – Tronco Encefálico
bulbo é separado da ponte por um sulco que forma um contorno bem visível
entre os dois na vista anterior do tronco, o sulco bulbo-pontino.
Existem dois pares de sulcos que dividem o bulbo em três regiões: o
sulco lateral anterior (um de cada lado) demarca a área anterior (ou ventral)
do bulbo; a região entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior é
a área lateral; e, por fim, a região entre os dois sulcos laterais posteriores é a
área posterior (ou dorsal).
Na área anterior do bulbo vemos um sulco que o corta pela metade em
toda sua extensão, chamado fissura mediana anterior (continuação da
fissura de mesmo nome vista na medula), terminando superiormente no
forame cego. De cada lado dessa fissura vemos uma elevação, as pirâmides.
Existe uma porção interrompida da fissura (uma área em que a depressão não
é vista), a decussação das pirâmides. Lembre-se que pelas pirâmides
passam os tratos córtico-espinhais originados em M1 no córtex cerebral, e que
uma parte dessas fibras se cruza na decussação das pirâmides e desce a
medula pelo funículo lateral oposto (trato córtico-espinhal lateral), enquanto a
outra parte segue direto pela pirâmide para acabar percorrendo o funículo
anterior do mesmo lado (trato córtico-espinhal anterior). Das bordas do sulco
lateral anterior emerge o nervo hipoglosso, XII par craniano.
Na área lateral do bulbo, posteriormente à emergência do nervo
hipoglosso de cada lado, há uma eminência oval chamada oliva. Atrás da oliva,
emergindo das bordas do sulco lateral posterior, vemos de cima para baixo os
nervos cranianos glossofaríngeo (IX) e vago (X). Até algum tempo
defendia-se existir também nesta região a emergência dos filamentos da ―raiz
craniana‖ do nervo acessório (XI NC), mas baseando-se em estudos anatômicos
recentes (Lachman et al., 2002) alguns autores (Moore et al., 2007) defendem
que eles sejam, na verdade, raízes do próprio nervo vago.
A área posterior do bulbo possui duas regiões distintas, tendo em vista
que a metade superior desta região abriga a parte inferior do IV ventrículo. A
metade caudal, ou porção fechada do bulbo, é percorrida internamente por um
estreito canal que se continua inferiormente com o canal central da medula.
Este canal se abre superiormente para formar o IV ventrículo, na porção aberta
do bulbo. As estruturas da porção aberta do bulbo serão discutidas a seguir, no
tópico do IV ventrículo; vamos discutir agora a porção fechada da área
posterior do bulbo. Há um sulco central dividindo a área posterior do bulbo em
duas metades (semelhante à fissura mediana anterior na área anterior),
chamado sulco mediano posterior. A área posterior do bulbo é uma
continuação do funículo posterior da medula, e portanto vemos aqui a parte
final do fascículo grácil (medialmente) e do fascículo cuneiforme
(lateralmente), terminados respectivamente no tubérculo grácil e tubérculo
cuneiforme, duas eminências que abrigam os núcleos grácil e cuneiforme.
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Capítulo 7 – Tronco Encefálico
Ponte
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Capítulo 7 – Tronco Encefálico
IV ventrículo
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Capítulo 7 – Tronco Encefálico
Mesencéfalo
Formação reticular
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Não confunda com o sistema renina-angiotensina-aldosterona, também chamado SRAA.
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Não confunda com a síndrome da angústia respiratória aguda, também chamada SARA.
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Capítulo 7 – Tronco Encefálico
Referências
1. Bear MF, Connors BW, Paradiso MA. Neurociências: Desvendando o Sistema
Nervoso. 3rd ed. Porto Alegre: Artmed; 2008.
2. Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11th ed. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2006.
3. Haines DE. Neurociência Fundamental. 3rd ed. São Paulo: Elsevier; 2006.
4. Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM. Princípios da Neurociência. 4th ed.
Barueri: Manole; 2003.
5. Lent R. Cem Bilhões de Neurônios. 1st ed. São Paulo: Atheneu; 2005.
6. Machado ABM. Neuroanatomia Funcional. 2nd ed. São Paulo: Atheneu; 2006.
7. Rubin M, Safdieh JE. Netter Neuroanatomia Essencial. 1st ed. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2008.