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Objetivo Anatomia (tutoria 2)

1) Compreender a vascularização, inervação e drenagem venosa e linfática do útero.

Considerações gerais: situado entre a bexiga e o reto, o útero tem o tamanho e o formato de uma
pera invertida. Em mulheres que nunca engravidaram, tem cerca de 7,5 cm de comprimento, 5 cm de
largura e 2,5 cm de espessura. O útero é maior em mulheres que estiveram grávidas recentemente, e
menor (atrofiado) quando os níveis de hormônios sexuais são baixos, como ocorre depois da
menopausa. As subdivisões anatômicas do útero são: (1) uma porção em forma de cúpula, superior
às tubas uterinas, o fundo do útero; (2) uma porção central afilada, o corpo do útero; e (3) uma
porção estreita inferior, o colo do útero, que se abre na vagina. Entre o corpo e o colo do útero está o
istmo do útero, uma região constrita com comprimento aproximado de 1 cm. O interior do corpo do
útero é a cavidade do útero, e o interior do colo estreito é o canal do colo do útero. O canal do colo
abre-se para a cavidade do útero, no óstio anatômico interno do útero, e para a vagina, no óstio do
útero.

VASCULARIZAÇÃO: (artéria = a.; artérias DRENAGEM VENOSA: (veia = v.; veias =


= aa.). O útero é predominantemente suprido vv.). Uma rede venosa bem desenvolvida
pela a. uterina (ramo da artéria ilíaca interna) a formada por veias avasculares constitui, ao
qual excursiona pelo tecido conjuntivo redor do corpo e do colo do útero, o plexo
subperitoneal, por sobre o ureter até a base do uterino que por meio das vv. uterinas drena nas
ligamento largo do útero, penetrando na parede vv. ilíacas internas. Esse plexo venoso se
uterina no nível do colo do útero. Neste nível ela localiza no paramétrio. As veias do ovário se
se divide, ao longo da parede lateral do útero em unem no plexo venoso ovárico do qual
ramo principal ascendente e ramo descendente emergem as vv. ováricas, esta última é
(a. vaginal). No fundo do útero, o ramo principal tributária da v. renal (lado esquerdo) e v. cava
ascendente se anastomosa com os ramos inferior (lado direito). As vv. tubárias fluem
correspondentes do lado oposto e ainda origina o para o plexo venoso uterino.
ramo ovárico, que se anastomosa novamente
com a a. ovárica (ramo da aorta abdominal), e
um ramo tubário que supre a t411uba uterina.

DRENAGEM LINFÁTICA: (linfonodos = INERVAÇÃO: (nervo = n.; nervos = nn.). A


lnn). A linfa do corpo do útero e do fundo do inervação autônoma do útero origina-se,
útero flui, essencialmente, em três direções: 1º - principalmente do plexo hipogástrico inferior
ao longo do ligamento suspensor do ovário para (pélvico) e dos nn. esplâncnicos pélvicos que
os lnn pré-aórticos e aórticos laterais; 2º - ao formam, lateralmente ao colo do útero, uma
longo do ligamento redondo do útero para os lnn rede com grandes células ganglionares, o plexo
inguinais superficiais; 3º - através do ligamento uterovaginal. Oriundas dos plexos celíaco,
largo do útero para os lnn. ilíacos comuns, onde mesentérico superior e renal, neurofibras
chega também a linfa do colo do útero. O colo simpáticas, principalmente, alcançam o útero
ainda leva sua linfa para os lnn. ilíacos internos cursando junto aos vasos ováricos. A inervação
e, principalmente e posteriormente, para os lnn parassimpática é oriunda, especialmente, do
sacrais. A linfa do ovário alcança os lnn plexo hipogástrico inferior.
lombares. A drenagem linfática da tuba uterina é
conduzida, ao mesmo tempo, também para os
lnn. ilíacos internos.
Objetivo Anatomia tutoria 3
2) Compreender a vascularização, inervação, drenagem venosa e linfática do pulmão, bem
como sua lobação e segmentação broncopulmonar.

Lobação
Critério Pulmão direito Pulmão esquerdo
Número de lobos 3 2
Terminologia dos lobos Lobos superior, médio e Lobos superior e inferior
inferior
Número de fissuras 2 1
Terminologia das fissuras Fissuras horizontal e oblíqua Fissura oblíqua
Segmentação broncopulmonar

Os brônquios segmentares são assim denominados, pois cada um se ramifica em uma unidade de
tecido pulmonar funcionalmente e independente e, ainda, estruturalmente separada por tecido
conjuntivo denominada de segmento broncopulmonar. Entretanto, essa estrutura não é visível na
superfície pulmonar. Tanto o pulmão direito quanto o esquerdo apresentam 10 segmentos, contudo, o
7º segmento do pulmão esquerdo frequentemente não é desenvolvido. Portanto, são considerados
funcionalmente 10 segmentos no pulmão direito e 9 segmentos no pulmão esquerdo. Ainda alguns
autores relatam apenas 8 segmentos no pulmão esquerdo - estes autores consideram a união dos
segmentos SI e SII (apicoposterior). Cada segmento pulmonar, em gral, apresenta forma de uma
pirâmide ou cone, cujo ápice é direcionado para o hilo do pulmão. No ápice do segmento pulmonar
entram o brônquio segmentar e a artéria segmentar, enquanto as veias segmentares normalmente se
projetam entre os segmentos pulmonares, em sua superfície e sua confluência ocorre somente
próximo ao hilo do pulmão, onde foram as grandes veias pulmonares.

Atenção: No pulmão esquerdo há o segmento apicoposterior que é formado pelos segmentos SI e


SII. Ainda é importante lembrar que, ainda no pulmão esquerdo, o segmento basilar medial (SVII)
não é funcionalmente bem desenvolvido sendo, anatomicamente e frequentemente inseparável do
segmento basilar anterior (SIII).

Enfoque clínico: devido esta incrível disposição independente de cada segmento do pulmão, a sua
remoção cirúrgica pode ocorrer, sem perigo de grande sangramento, sem abertura das vias bronquiais
e sem afetar a função dos demais segmentos.

Segmentação do Pulmão direito


Lobo superior
Segmento apical (SI)
Segmento posterior (SII) Segmentação do Pulmão esquerdo
Segmento anterior (SIII) Lobo superior
Lobo médio Segmento apicoposterior (SI e SII)
Segmento lateral (SIV) Segmento anterior (SIII)
Segmento medial (SV) Segmento lingular superior (SIV)
Lobo inferior Segmento lingular inferior (SV)
Segmento superior (SVI) Lobo inferior
Segmento basilar medial (SVII) Segmento superior (SVI)
Segmento basilar anterior (SVIII) Segmento basilar medial (SVII)
Segmento basilar lateral (SIX) Segmento basilar anterior (SVIII)
Segmento basilar posterior (SX) Segmento basilar lateral (SIX)
Segmento basilar posterior (SX)
Esquerdo
Direito

VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM VENOSA: (artéria = a.; artérias = aa.; veia = v.; veias =
vv.). Os pulmões possuem vasos funcionais, vasos gerais, pertencentes à pequena circulação, e vasos
nutricionais, vasos próprios, correspondentes a grande circulação. 1º - Vasos da circulação geral: Estão a
serviço do organismo e conduzem sangue pobre em oxigênio proveniente da circulação sistêmica, para as
trocas gasosas, até o sistema capilar dos alvéolos, e o sangue rico em oxigênio de volta ao coração.
Importante: Na circulação pulmonar, as artérias (aa. pulmonares direita e esquerda, lobares e segmentares)
conduzem sangue desoxigenado. As veias (vv. pulmonares direitas e esquerdas), promovem a retirada do
sangue oxigenado dos pulmões pelas vv. lobares, interlobulares e inter/intrasegmentares. 2º - Vasos
nutridores: Para o suprimento do pulmão esquerdo, frequentemente, emergem dois ramos bronquiais
diretamente da face anterior da aorta. Para o pulmão direito, originam-se ramos bronquiais da 3ª ou 4ª a.
intercostal posterior. A retirada de sangue venoso é realizada pelas vv. bronquiais que desembocam nas
vv. ázigo e hemiázigo, principalmente.

DRENAGEM LINFÁTICA: (linfonodos = lnn). A INERVAÇÃO: (nervo = n.; nervos = nn.). O


drenagem linfática do pulmão tem uma importância n. vago e o tronco simpático formam uma rede
clínica especial. Distinguem-se dois sistemas linfáticos nervosa ao redor dos brônquios principais, o
(sistema pulmonar e sistema subpleural). Os plexo pulmonar, que acompanha os brônquios e
linfonodos regionais mais importantes do sistema os vasos, inervando-os, e que também supre a
pulmonar (peribronquial) são os lnn. intrapulmonares e pleura visceral. Neurofibras eferentes do
broncopulmonares. Os intrapulmonares situam-se nos n.vago (ramos bronquiais) levam à contração
locais de emergência dos brônquios segmentares e no da musculatura bronquial, enquanto neurofibras
tecido pulmonar, enquanto os broncopulmonares eferentes do tronco simpático (ramos
situam-se na divisão dos brônquios lobares. Os pulmonares) promovem, ao contrário, sua
linfonodos regionais do sistema subpleural são, dilatação e também a constrição dos vasos
principalmente, os lnn. traqueobronquiais superiores e pulmonares. Neurofibras aferentes do n. vago
inferiores que representam os linfonodos coletores do transportam o estímulo gerado nos
sistema pulmonar e os lnn. justaesofágicos. Os lnn. mecanorreceptores de estiramento que se
traqueobronquiais superiores situam-se superiormente encontram na traqueia, nos brônquios, nos
aos brônquios principais e a traqueia, enquanto os lnn. bronquíolos e na pleura visceral.
traqueobronquiais inferiores situam-se inferiormente à
bifurcação da traqueia. Os lnn. justaesofágicos situam-
se junto ao esôfago, mas pertencentes aos pulmões.
OBS: os vasos eferentes destes linfonodos
supracitados dirigem-se ao tronco broncomediastinal
que desemboca no ducto torácico e no ducto linfático
direito, porém com frequência, do lado direito,
desemboca diretamente na veia subclávia (variação
anatômica).
Objetivo Anatomia tutoria 4
2) Compreender a vascularização, inervação e drenagem venosa e linfática do intestino grosso (ceco,
colo, reto e ânus)

Ceco: o ceco e o apêndice vermiforme são vascularizados pela a. ileocólica - emergindo como um ramo da
a. mesentérioca superior. A a. ileocólica se divide em a. apendicular (para o apêndice vermiforme); a. cecal
anterior (para a parede anterior do ceco); a. cecal posterior (para a parede posterior do ceco) e ramos ileais
(para a parte terminal do íleo). A drenagem venosa é feita por veias homônimas que, através da v.
mesentérica superior alcançam a v. porta do fígado. A drenagem linfática é pelos lnn. regionais - no ângulo
entre o íleo e o ceco se localizam os lnn. ielocólicos, os pré cecais, os retrocecais e os apendiculares, através
dos quais a linfa do ceco e do apêndice vermiforme é coletada e, então, levada, através dos lnn mesentéricos,
aos troncos intestinais. A inervação autônoma é realizada pelos plexos mesentéricos, sendo as neurofibras
parassimpáticas originadas dos troncos vagais e as neurofibras simpáticas, dos gânglios celíacos e dos
gânglios mesentéricos superiores.

Segmentos Colo Colo Colo Colo sigmoide Reto


ascendente transverso descendente
Características Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura O limite do colo
retroperitoneal intraperitoneal. retroperitoneal intraperitoneal. sigmoide com o
gerais
secundária, Segue, a partir do secundária, em Cruza os vasos reto se encontra na
localizado do lado lado direito, em direção caudal, e ilíacos e o ureter altura da 2ª ou 3ª
direito da sentido oblíquo e na região inguinal esquerdo vertebra sacral. Na
cavidade cranial para o esquerda, pelve feminina, o
abdominal em lado esquerdo em continua-se como reto se relaciona
direção cranial. direção à flexura o colo sigmóide ventralmente com
Logo abaixo do esquerda do colo. o útero e com a
lobo direito do É fixado ao vagina, enquanto
fígado encontra-se diafragma pelo no homem ele faz
a flexura direita ligamento relações com as
do colo – onde frenocólico glândulas sexuais
ocorre a transição acessórias (próstata
para o colo e glândulas
transverso seminais), o ducto
deferente e a
bexiga urinária

Vascularização aa. cólicas direita aa. cólicas direita a. cólica média a. sigmódieas a. retal superior
e média (ramos da e média (ramos (ramo da a. (ramo da a. (ramo da a.
A. = artérias
a. mesentérica da a. mesentérica mesentérica mesentérica mesentérica
Aa. = artérias
superior superior superior) e a. inferior) e em sua inferior), pela a.
cólica esquerda porção mais distal retal média (ramo
(ramos da a. suprido pela a. retal da a. ilíaca interna)
mesentérica superior (também e pela a. retal
inferior). E em ramo da a. inferior (ramo da a.
sua porção mais mesentérica pudenda interna –
distal suprido inferior) que é ramo da a.
também pela a. ilíaca interna).
sigmóidea
(também ramo da
a. mesentérica
inferior).
Drenagem vv. cólicas direita vv. cólicas direita v. cólica média vv. sigmódieas As veias
e média (ramos da e média (ramos (ramo da v. (ramo da v. correspondem às
venosa *
v. mesentérica da v. mesentérica mesentérica mesentérica artérias. As vv.
V. = veia
superior superior superior) e v. inferior) e em sua retais médias
Vv. = veias cólica esquerda porção mais distal (drenagem direta) e
(ramos da v. drenado pela v. vv. retais inferiores
mesentérica retal superior (através da v.
inferior). E em (também ramo da pudenda interna)
sua porção mais v. mesentérica conduzem o sangue
distal drenado inferior) para a v. ilíaca
pela v. sigmóidea interna que, por sua
(também ramo da vez, é tributária da
v. mesentérica v. cava inferior. As
inferior) vv. retais
superiores drenam
para a v.
mesentérica
inferior que é
tributária da v.
porta do fígado

Drenagem Por meio dos Por meio dos As vias linfáticas Por meio dos Se faz para os lnn.
linfonodos linfonodos do lado esquerdo linfonodos pararretais e a
linfática
regionais (lnn. regionais (lnn. são menos regionais para o partir daí para os
cólicos direitos e cólicos direitos e desenvolvidas. A tronco lombar lnn. retais
médios e, ainda, médios e, ainda, drenagem é esquerdo (lnn. superiores e, ainda,
pelos lnn. pelos lnn. realizada por meio cólicos esquerdos para os lnn.
mesentéricos mesentéricos dos linfonodos e, especialmente, mesentéricos
superiores) para o superiores) para o regionais (lnn. os lnn. sigmóideos inferiores e/ou para
tronco intestinal. tronco intestinal. cólicos esquerdos e destes para os os lnn. ilíacos
e sigmóideos e lnn. mesentéricos internos e,
destes para os lnn. inferiores) para o finalmente, para o
mesentéricos tronco lombar tronco lombar
inferiores) para o esquerdo,
tronco lombar principalmente. Os
esquerdo. lnn. retais
superiores também
podem drenar esta
região e,
finalmente, para o
tronco lombar

Inervação Simpática: pelos Simpática: 2/3 Simpática: pelos Simpática: pelos n. Simpática – pelas
n. esplâncnicos proximais pelos n. esplâncnicos esplâncnicos maior fibras derivadas do
N. = nervo
maior e menor e n. esplâncnicos maior e menor e e menor e n. plexo hipogástrico
Nn. = Nervos
n. esplâncnicos maior e menor e n. esplâncnicos esplâncnicos superior e inferior e
lombares que se n. esplâncnicos lombares que se lombares que se dos nn.
estendem para o lombares fazem estendem para o estendem para o esplâncnicos
gânglio sinapse no gânglio gânglio lombares e sacrais
mesentérico gânglio mesentérico mesentérico através dos plexos
superior mesentérico inferior inferior retais.
Parassimpática: superior e o 1/3 Parassimpática: Parassimpática: Parassimpática –
pelo tronco vagal distal no gânglio pelos nervos pelos nervos pelos nn.
posterior mesentérico esplâncnicos esplâncnicos esplâncnicos
inferior pélvicos pélvicos pélvicos (ramo dos
Parassimpática: segmentos S2 e S4)
pelo tronco vagal e fazem sinapse
posterior com neurônios pós-
ganglionares no
plexo hipogástrico
inferior.

*A veia mesentérica superior se une finalmente à veia esplênica para formar a veia porta do fígado. No
entanto, também pode ocorrer o caso de as duas veias mesentéricas se unirem em um mesmo tronco venoso
mesentérico que, em seguida, se junta com a v. esplênica.

Anus: A a. retal inferior (ramo da a. pudenda interna) supre o canal anal e o m. esfíncter externo do anus. A
drenagem venosa é realizada pelo plexo venoso retal, por mio das vv. retais (superior, média e inferior),
sendo que a v. retal superior é tributária da v. mesentérica inferior e daí para a v. porta do fígado; e as vv.
retais médias e inferiores tributárias da v. ilíaca interna e dessa para a v. cava inferior. Já a drenagem
linfática do anus é por conta dos lnn. inguinais superficiais. Os nervos autônomos do canal anal emergem da
parte sacral (parassimpático) e da parte lombar (trono simpático) e, assim, alcançam os órgãos através do
plexo hipogástrico inferior.
Objetivo Anatomia tutoria 5

1) Compreender vascularização, inervação, drenagem venosa e linfática da próstata, bem como sua
lobação e sua topografia que viabiliza o exame de “toque retal”.

**OBS: Vou pedir os alunos para abordarem as zonas prostáticas também**

Lobação: Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto e sua parte superior é chamada, paradoxalmente,
de base, e a inferior de ápice. Essa glândula apresenta os lobos direito e esquerdo unido por um istmo
(anteriormente a uretra) e por um lobo médio (posteriormente a uretra). Os lobos direito e esquerdo são
separados, posteriormente, por um sulco longitudinal palpável. Cada lobo divide-se em lóbulos (lóbulo
ínfero-posterior, lóbulo ínfero-lateral e lóbulo súpero-medial e lóbulo ântero-medial) - ver figura A e B, pag.
205 Feneis. O lobo médio, formado pelos lóbulos súpero-medial e ântero-medial, está situado entre o ducto
ejaculatório e a uretra. Tende, por causa hormonal, a se hipertrofiar na velhice, podendo assim, agindo como
uma válvula, ocluir a saída da bexiga urinária. O istmo da próstata é uma ligação mediana entre os dois
lóbulos ântero-mediais, consistindo em tecido conjuntivo e musculatura lisa.

Zonas: A próstata pode ainda ser dividida em três zonas: 1) A zona periférica (externa) envolve a porção
mais posterior, lateral e apical (inferior) da próstata e constitui 70% do tecido glandular e também, em 70%
dos casos, é a sede inicial do câncer de próstata. 2) A zona central (interna) está localizada superior e
posteriormente à uretra proximal, constitui 20% do tecido glandular, porém somente 5% dos casos de câncer
de próstata começam nessa região. 3) A zona de transição (glandular periuretral) está localizada
imediatamente anterior e lateral à uretra proximal, constitui 5% do tecido glandular e é a sede inicial de 25%
dos casos de câncer de próstata.

Exame “toque retal”: É realizado por médico urologista no próprio consultório e dura, em média, apenas
um minuto. O médico introduz o dedo indicador no ânus do paciente para apalpar a próstata, que está
localizada adjacente e anterior ao reto. Ao introduzir o dedo no ânus, o urologista consegue perceber a
presença de um nódulo e até mesmo sentir a consistência da próstata. O exame pode ser feito com a
inclinação do paciente sobre uma mesa ou, ainda, deitado lateralmente, etc. Com o avançar da idade, o
tecido glandular da zona interna tende aumentar de forma benigna, a hiperplasia da próstata. Tal fato leva a
um estreitamento da parte prostática da uretra e, com isso, uma dificuldade de micção. É importante que,
após os 50 anos, a recomendação é a de que o exame de toque retal seja realizado anualmente. A idade cai
para 45 anos caso existam casos de câncer de próstata em familiares, como pai e irmãos, diagnosticados
antes dos 60 anos.
VASCULARIZAÇÃO: (artéria = a.; artérias = DRENAGEM VENOSA: (veia = v.; veias = vv.).
aa.). Suprimento arterial: ramos prostáticos (aa. O sangue venoso é drenado pelos plexos venosos
prostáticas) originam-se das aa. vesical inferior e vesical e prostático, para as vv. vesicais que
retal média, ramos da a. ilíaca interna. drenam para as v. ilíacas internas.

DRENAGEM LINFÁTICA: (linfonodos = lnn). INERVAÇÃO: (nervo = n.; nervos = nn.). As


A maior parte da linfa é drenada para os lnn. ilíacos fibras autônomas originam-se, principalmente, do
internos. Isto pode ocorrer diretamente ou através plexo hipogástrico inferior. Fibras simpáticas pré-
de grupos de linfonodos conectados em série. Há ganglionares originam-se de corpos celulares na
também uma importante drenagem para os lnn coluna intermédia de células dos segmentos T12-
sacrais e, também, para os lnn. paravesicais. L2 (ou L3) da medula espinal. As fibras
parassimpáticas pré-ganglionares dos segmentos S2
e S3 da medula espinal atravessam os nn.
esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos
plexos hipogástricos inferiores.

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Objetivo Anatomia tutoria 6


1) Compreender a vascularização, inervação e drenagem venosa e linfática da mama.

Considerações gerais: A mama são órgãos pares separadas pelo sulco intermamário. Anatomicamente pode
ser dividida em 4 quadrantes (superior lateral; superior medial; inferior lateral; inferior medial). A glândula
mamária é formada pelo processo axilar (que se estende em direção à axila), pelos lobos da glândula
mamária (de 15 a 20 lobos em forma cônica) e lóbulos da glândula mamária (partes de casa lobo divididos
por tecido conjuntivo). Os lobos convergem para formar de 15 a 20 ductos lactíferos, que se desembocam
independentemente na papila mamária. A papila mamária contém orifícios de drenagem dos ductos
lactíferos e é rica em musculatura lisa. Além disso, é rodeada por uma área circular pigmentada chamada
aréola da mama contendo pequenos tubérculos esparsos, produzidos pelas glândulas areolares.

VASCULARIZAÇÃO: (artéria = a.; artérias = DRENAGEM VENOSA: (veia = v.; veias = vv.).
aa.). A mama está relacionada à parede torácica e Principalmente, o recolhimento venoso é tributário
às estruturas associadas ao membro superior; da v. axilar, oriunda do plexo venoso areolar e das
portanto, a irrigação e a drenagem vascular podem veias de mesmo nome das artérias. Também há
ocorrer por múltiplas vias: 1) lateralmente, através alguma drenagem para a v. torácica interna.
de vasos da artéria axilar – aa. torácica superior,
tóraco-acromial, e da torácica lateral por meio dos
ramos mamários laterais (todas essas artérias são
ramos da a. axilar); 2) medialmente, através de
ramos da a. torácica interna por meio dos ramos
mamários mediais (ramos da a. subclávia); 3) da
segunda até a quarta a. intercostais posteriores, por
meio dos ramos mamários laterais (ramificação da
aorta torácica) .
DRENAGEM LINFÁTICA: (linfonodos = lnn). INERVAÇÃO: (nervo = n.; nervos = nn.). Ocorre
A drenagem linfática da mama é complexa e, de através dos ramos cutâneos anteriores e laterais do
modo geral, ocorre da seguinte maneira: segundo ao sexto nn. intercostais conduzindo fibras
Aproximadamente 75% da drenagem ocorre através sensitivas e simpáticas eferentes. Além disso, a
de vasos que drenam lateral e superiormente para os papila mamária tem suprimento nervoso dado pelo
lnn. axilares, interpeitorais e paramamários. A ramo anterior do ramo cutâneo lateral de T4.
maior parte da drenagem restante ocorre pelos lnn.
paraesternais profundos à parede torácica e
associados à artéria torácica interna. Os lnn.
paramamários drenam para os lnn axilares e, estes
últimos, drenam para os lnn. apicais que, por sua
vez, dirigem-se, à esquerda, ao ducto torácico ou à
veia subclávia; à direita, diretamente à veia
subclávia ou após unirem-se ao tronco jugular. Os
lnn. paraesternais drenam para os troncos linfáticos
broncomediastinais e estes, por sua vez,
desembocam no ducto linfático direito ou no ducto
torácico do lado esquerdo.

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