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Anatomia 5

SISTEMA CIRCULATÓRIO .

1. CORAÇÃO, PERICÁRDIO E VASOS SANGUÍNEOS

Pulmão direito, pulmão esquerdo, coração localizado no mediastino médio.

Pericárdio – pericárdio fibroso, pericárdio seroso

-Envolve, protege o coração e limita o coração à sua posição no mediastino, e ao mesmo


tempo lhe permite liberdade suficiente de movimento para contração rápida e vigorosa.

-Pericárdio fibroso é superficial, composto por tecido conjuntivo denso não modelado
resistente e inelástico, repousa sobre o diafragma, fixando-se nele; a sua extremidade é
fundida aos tecidos conjuntivos dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração.
-O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais delicada, mais fina, que forma
uma camada dupla em torno do coração. A lâmina parietal externa do pericárdio seroso é
fundida com o pericárdio fibroso. A lâmina visceral interna do pericárdio seroso, também
chamada epicárdio, quando combinada com o tecido adiposo ou areolar, adere firmemente à
superfície do coração. E entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso se encontra
uma película fina de líquido pericárdico, que é uma secreção lubrificante das células
pericárdicas que reduz o atrito entre as membranas enquanto o coração se move. O espaço
que contém o líquido é chamado de cavidade do pericárdio.
Coração In situ – face esternocostal, ápice do coração, maior parte do ventrículo direito é
visível na face esternocostal, a menor parte é referente ao ventrículo esquerdo. São visíveis
também átrio direito e aurícula direita; artéria torácica interna, veia torácica interna.

*O miocárdio, intermediário, é responsável pela ação de bombeamento do coração e é


composto de tecido muscular cardíaco, formando aproximadamente 95% da parede do coração.
2. CORAÇÃO ISOLADO
Face esternocostal, face diafragmática, base e ápice do coração.
- Na face esternocostal estão visíveis os ventrículos direito e esquerdo, átrio direito e
aurícula direita, átrio esquerdo e aurícula esquerda.

Observe a base do coração e a artéria aorta que se origina do ventrículo esquerdo, o ventrículo
direito e cone arterial, tronco pulmonar que dá origem às artérias pulmonares, direita e
esquerda. No átrio esquerdo, observe os óstios das veias pulmonares, no átrio direito, as veias
cavas superior e inferior.
base do cor.

O cone arterial, uma bolsa arterial crônica também chamada de infundíbulo,


pode ser encontrado no canto superior esquerdo do ventrículo, e dá origem à
artéria pulmonar.

Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. O
orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário

3. IRRIGAÇÃO DO CORAÇÃO
Artéria coronária direita, artéria interventricular posterior, artéria coronária esquerda, artéria
interventricular anterior, nos respectivos sulcos interventriculares.
-A Artéria Coronária Direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem
direita e a parte posterior do coração, são ela artéria marginal direita e artéria
interventricular posterior.
-A Artéria Coronária Esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco
pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da
aurícula esquerda.

Sulcos interventriculares anterior e posterior marcam na superfície do coração o local do


septo interventricular, visível internamente.
*Sulcos são fendas alongadas e estreitas contendo vasos sanguíneos e gordura, e marcam os
limites externos entre as diversas câmaras.

Ramo circunflexo da artéria coronária esquerda.

- Artéria coronária esquerda → Seus dois principais ramos consistem: ramo circunflexo,
que fornece sangue para a superfície posterior do coração ao cursar em seu lado
esquerdo no interior do sulco atrioventricular.

No sulco interventricular posterior, observa-se a veia interventricular posterior ou veia cardíaca


média, que desemboca no seio coronário, o principal vaso de drenagem do coração.

Veia cardíaca magna também desemboca no seio coronário e é visível na face esternocostal.
4. ÓSTIOS DO CORAÇÃO
Óstios atrioventriculares, direito e esquerdo, são aberturas localizadas entre os átrios e
ventrículos, e providos de valvas, as valvas atrioventriculares direita ou tricúspide e
esquerda ou bicúspide ou mitral.
- A valva atrioventricular esquerda ou bicúspide ou mitral é composta por duas cúspides
ou válvulas e a direita por três cúspides ou válvulas.
- Observe que as válvulas estão ligadas às cordas tendíneas e estas presas aos músculos
papilares que são projeções das paredes dos ventrículos.
- A artéria aorta e o tronco pulmonar também possuem valvas compostas por válvulas
semilunares.
*Quando os ventrículos se
contraem, a pressão do sangue
“empurra” as válvulas para cima
até que suas margens se
encontrem e fechem a abertura.
Ao mesmo tempo, os músculos
papilares também se contraem, o
que puxa e retesa as cordas
tendíneas, evitando a eversão
(abertura na direção oposta, em
direção aos átrios, em virtude da
pressão ventricular mais alta) das
válvulas da valva.
sistole

diastole

5. VISTA INTERNA DO CORAÇÃO

- Septo interventricular, localizado entre os ventrículos, possui uma parte membranosa e uma
parte muscular.
- Valva atrioventricular direita ou tricúspide, com suas valvas ligadas às cordas tendíneas e
estas, presas aos músculos papilares.
- Das paredes dos ventrículos são vistas outras projeções chamadas trabéculas cárneas.
- Na espessura das paredes dos ventrículos, a do esquerdo é mais espessa em comparação com a
do direito.
- Septo interatrial, localizado entre os átrios, separando-os, fossa oval e limbo da fossa oval.
- Parte das paredes dos átrios são lisas e parte marcada pela presença dos músculos pectíneos
ou pectinados.

*ramo circunflexo, que fornece sangue para a superfície posterior do coração ao cursar em seu
lado esquerdo no interior do sulco atrioventricular
*ramo interventricular, que cursa inferiormente no sulco interventricular para o ápice cardíaco,
onde ele se anastomosa com a artéria interventricular posterior
6. NO CADÁVER
Coração, face esternocostal do coração, átrios direito e esquerdo com suas aurículas,
ventrículos direito e esquerdo. Cone arterial e tronco pulmonar, artéria aorta ascendente. Veia
cava superior, veia cava inferior ambas chegando ao átrio direito. Curvando-se para a esquerda
observe o arco da aorta, do qual partem alguns ramos. À direita, nasce do arco da aorta o
tronco braquiocefálico, que se divide em artéria carótida comum direita e artéria subclávia
direita. A artéria carótida comum direita bifurca-se em artéria carótida interna que é parte da
irrigação do encéfalo e a artéria carótida externa que irriga as partes superficiais e profundas da
face e algumas estruturas do pescoço. Ainda, do arco da aorta, tem origem as artérias carótida
comum esquerda e subclávia esquerda. O arco da aorta, curvado à esquerda, descreve trajeto
descendente, dando origem à artéria aorta torácica. Feixe vásculo-nervoso intercostal, formado
pela veia, artéria e nervo intercostais, responsáveis pela irrigação da parede torácica posterior.
As artérias intercostais posteriores são ramos da aorta torácica.
Com relação à artéria subclávia, em ambos antímeros, passando pela borda externa da primeira
costela, adentra a axila e passa a ser chamada de artéria axilar, que emite seus ramos como, por
exemplo as artérias circunflexas do úmero, anterior e posterior, artéria subescapular (que
origina a artéria circunflexa da escápula e artéria toracodorsal). Quando a artéria axila cruza a
borda inferior do músculo redondo maior, adentra o braço, passa a ser chamada de artéria
braquial, irriga todas as estruturas do braço e emite seus ramos como a artéria braquial
profunda (que irriga o compartimento posterior do braço). A artéria braquial é acompanhada
pelas veias braquiais. Na fossa cubital, região do cotovelo, divide-se em duas artérias – a
radial, que é lateral e a ulnar, que é medial. A artéria radial, na região do punho, está localizada
lateral ao tendão do músculo flexor radial do carpo. É neste ponto e nesta artéria que se faz a
tomada da pulsação. A artéria ulnar transita no antebraço lateral ao tendão do músculo flexor
ulnar do carpo e junto ao nervo ulnar. As artérias, radial e ulnar, através dos seus ramos,
irrigam a mão, formando o arco palmar superficial do qual se originam as artérias digitais
comuns das quais surgem as artérias digitais próprias. A artéria ulnar contribui para formar o
arco palmar superficial em maior extensão em relação à artéria radial (que contribui para o arco
palmar superficial com o ramo palmar superficial). A artéria radial, se dirige para a tabaqueira
anatômica, passa entre as duas cabeças do primeiro interósseo dorsal, adentra a palma da mão,
profundamente aos tendões dos flexores e se encontra com ramo palmar profundo da artéria
ulnar, formando o arco palmar profundo.

7. ARTÉRIA AORTA NO CADÁVER

A artéria aorta torácica passa pelo hiato aórtico no musculo diafragma, e ganha a cavidade do
abdome, passando a ser denominada artéria aorta abdominal, que se divide em artérias ilíacas
comuns direita e esquerda. Cada artéria ilíaca comum se divide em artéria ilíaca externa e
interna, que irrigarão os membros inferiores e a pelve e região glútea, respectivamente. A
aorta abdominal é acompanhada pela veia cava inferior, formada pela união das veias ilíacas
comuns, estas formadas pela reunião das veias ilíacas externa e interna, de cada lado. Ao longo
do seu trajeto na cavidade abdominal, assim como na cavidade torácica, a aorta emite ramos
parietais e viscerais, sendo um deles a artéria renal, acompanhada da veia renal.
Tronco celíaco, ramo visceral da aorta abdominal, origina três artérias: artéria esplênica, artéria
hepática comum, artéria gástrica esquerda. Artéria mesentérica superior, ramo visceral da aorta
abdominal, artéria mesentérica inferior, artéria renal acompanhada da veia renal, que é
tributária da veia cava inferior. A veia testicular/ovárica é tributária da veia renal.
Artérias ilíacas comuns, direita e esquerda, são ramos terminais da aorta abdominal. Cada
artéria ilíaca comum origina a ilíaca externa e a ilíaca interna.
A artéria ilíaca externa, de cada lado, passa sob o ligamento inguinal, entra no trígono femoral
e passa a ser chamada de artéria femoral (no trígono femoral, está acompanhada pela veia
femoral, na qual desemboca uma veia superficial importante, a veia safena magna. Ainda no
trígono femoral, a artéria femoral emite um ramo denominado artéria femoral profunda e
artéria circunflexa femoral lateral). A artéria femoral, corre na coxa, até o hiato adutor, passa
para a região posterior do joelho, onde passa a ser denominada de artéria poplítea.
Artéria poplítea, continuação da femoral, depois que ela passa pelo hiato adutor, está
acompanhada de veia poplítea (que se continua na coxa como veia femoral). Na borda inferior
do músculo poplíteo, a artéria poplítea se divide em (1) artéria tibial anterior que corre no
compartimento anterior da perna e (2) tronco tibiofibular que origina a artéria fibular e a artéria
tibial posterior, que corre profundamente aos músculos sóleo e gastrocnêmio no
compartimento posterior da perna, passa posterior ao maléolo medial, para entrar na região
plantar do pé e originar as artérias plantares medial e lateral.

8. NA HEMI-PELVE
Artéria ilíaca comum direita, artéria ilíaca externa, artéria ilíaca interna. A artéria ilíaca interna
emite ramos parietais e viscerais na pelve, como artérias umbilical, artéria vesical, artéria
obturatória. São vistos os ramos viscerais da artéria ilíaca interna na pelve, as artérias glúteas,
superior e inferior, respectivamente acima e inferior ao músculo piriforme.

9. NA HEMI-CABEÇA
Veia facial desembocando na veia jugular interna.
Veia jugular externa é formada pela união das veias retromandibular e auricular posterior.
10. NO TRONCO
Observar o sistema ázigos de drenagem. No antímeros direito, tem-se a veia ázigos, que drena
a metade direita da parede torácica posterior; no antímero esquerdo tem-se a veia hemi-ázigos.
Ambas drenam as veias intercostais posteriores.

11. NO MEMBRO SUPERIOR


No dorso da mão tem-se uma rede venosa dorsal, cujos vasos confluem e dão origem a duas
veias superficiais: no lado radial, a veia cefálica e no lado ulnar, a veia basílica, interligadas
pela veia intermédia do cotovelo, utilizadas para punções venosas. A veia cefálica tem um
trajeto ascendente do lado lateral (radial), ocupa o sulco deltopeitoral e desemboca na veia
axilar. A veia basílica, no terço médio do braço, se torna profunda, corre com as veias
braquiais, e com estas, forma a veia axilar.

12. NO MEMBRO INFERIOR


No dorso do pé, vasos se reúnem, no lado medial, e formam a veia safena magna, que sobe
medialmente na perna, póstero-medial no joelho,
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medialmente na coxa e chegando na região do trígono femoral, desemboca na veia femoral. No


lado lateral do arco venoso forma-se a veia safena parva, que descreve trajeto ascendente e
desemboca na veia poplítea.

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