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Cavidades nasais
Mucosa olfactiva
As cavidades nasais e os seios nasais proporcionam uma extensa superfície de contacto com o ar
inspirado:
o filtrando-o
o aquecendo-o
o humedecendo-o
Epitélio olfactivo - epitélio
pseudoestratificado ciliado com
células caliciformes
Epitélio mais espesso que na
porção condutora, com cerca de 60
μm de espessura
Encontra-se na porção mais
superior (tecto) das fossas nasais
Seios paranasais
Revestidos por epitélio cilíndrico
pseudoestratificado ciliado com poucas
células caliciformes.
A lâmina própria dos seios paranasais tem
apenas algumas glândulas.
Funções: aquecimento, humidificação e
filtração
o Quando o ar entra na cavidade
nasal, cria-se correntes de
convexão que permite o
aquecimento e humidificação do ar –
condição importante para as trocas gasosas.
o Humidificação
Quantidade enorme de células caliciformes na
mucosa e seios paranasais.
Filme mucociliar à superfície da mucosa –
glândulas mucosas
o Aquecimento – rede vascular muito intensa
o Orifícios de drenagem dos seios
Permitem a humidificação, aquecimento e filtração
Não tem uma grande espessura de vascularização
Ventilador com um anexo – panela de humidificação. Quando se ventila um doente, é necessário
aquecer o ar para depois entrar no organismo.
Sinusite – inflamação do muco dos seios paranasais – o aumento do diâmetro dos vasos sanguíneos
leva ao aumento da espessura da mucosa, obstruindo os canais de drenagem
Faringe
Tubo músculo-fibroso comum ao aparelho digestivo e ao aparelho respiratório.
A parte superior da faringe constitui a nasofaringe, revestida internamente por um epitélio pseudo-
estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes – epitélio respiratório.
A porção inferior da faringe, a orofaringe, que se continua com o esófago é revestida internamente
por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado – epitélio digestivo.
O tecido conjuntivo subjacente ao epitélio contém glândulas mucosas, serosas e mistas e abundante
tecido linfático que, em alguns locais específicos forma a tonsila faríngea ou adenoide e as tonsilas
tubares, em redor dos orifícios faríngeos das trompas de Eustáquio.
Laringe – epiglote
A laringe continua-se da faringe até à traqueia.
Formada por um conjunto de formações cartilaginosas
o Cartilagem hialina – cartilagem tiroide, cricoide e parte das aritenoides
o Cartilagem elástica – epiglote, cartilagens corniculadas e o topo das cartilagens aritenoides
As várias formações cartilaginosas estão ligadas entre si e ao osso hióide por feixes de tecido
conjuntivo que formam as membranas tiróide e cricotiroideia.
Desempenha funções de fonação.
O epitélio de revestimento varia com a sua extensão
o face anterior e metade da face posterior – epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado, que pode conter corpúsculos gustativos
o na restante superfície interna – o epitélio é pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células
caliciformes;
Lâmina própria: tecido conjuntivo laxo, com um grande número de mastócitos e com glândulas
mucosas e seromucosas.
Visão real das cordas vocais com epiglote – laringoscopia
1. Epiglote
2. Entrada para a laringe com as cordas vocais e as falsas cordas vocais
Epiglote
Impede a entrada de alimentos e saliva na traqueia e pulmões
Face inferior ou posterior – epitélio idêntico das vias respiratórias – cilíndrico pseudo-estratificado
ciliado
Face superior ou anterior – epitélio idêntico à cavidade bucal – pavimentoso estratificado não
queratinizado
Eixo da epiglote – cartilagem elástica com pericôndrio
Glândulas na lâmina própria nas
duas faces
Traqueia e brônquios
Formação tubular que se segue à
laringe, descendo através do
mediastino e, termina, bifurcando-se em brônquio principal direito e esquerdo.
A parede da traqueia e dos brônquios principais, apresenta uma organização histológica idêntica,
constituída por uma mucosa, túnica média fibro-mio-cartilaginosa e uma adventícia.
Mucosa
Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com 4 tipos de células:
o Células caliciformes
o Células cilíndricas ciliadas – mais apicais
o Células basais
o Células endócrinas/ Kulchitsky;
São células difíceis de ver em MO, mas bem visíveis
à ME e à imunocitoquímica
Produzem: ADH, calcitonina, somatostatina,
serotonina.
Podem ser comparadas com as células enteroendócrinas do sistema digestivo, pois
pertencem ao tecido endócrino difuso;
Nos brônquios, as células endócrinas podem agrupar-se formado corpos neuro-
epiteliais, que são quimiorreceptores capazes de detectar variações de e de .
Lâmina própria
o Fibras elásticas
o Glândulas serosas e mucosas acinosas, cujos canais excretores se abrem no lúmen da
traqueia e dos brônquios;
o Células de tecido conjuntivo – mastócitos
o Vasos sanguíneos.
Túnica fibro-mio-cartilaginosa
Traqueia – composta por anéis cartilagíneos incompletos na face posterior (forma de C) – 16 a 20
anéis;
Brônquios principais – Composto por anéis cartilaginosos completos;
Os anéis estão unidos por
o Tecido fibro-elástico – fibras conjuntivas, que permitem a mobilidade
o Músculo liso – músculo traqueal
Adventícia
Tecido conjuntivo laxo com células adiposas.
Bronquíolo
Aspecto de diferenciação entre os brônquios e os
Superfície bronquíolos
Epitélio cilíndrico simples com cílios e Os bronquíolos:
algumas/nenhumas células caliciformes, podendo
Aspecto mais pregueado resultante da
ser cúbico simples em bronquíolos de menores
contração do músculo liso;
dimensões;
Sem cartilagem;
Presença de células de Clara no epitélio
Sem glândulas;
Lâmina própria – ausência de glândulas;
Sem células caliciformes;
Aumento da espessura da camada contínua de
Presença de células de Clara.
músculo liso;
Ausência de placas de cartilagem;
Profundidade
Porção respiratória
Cada bronquíolo terminal ramifica-se em dois ou mais
Bronquíolos respiratórios (nestes bronquíolos aparecem
“bolas” nas paredes – alvéolos pulmonares, marcando o início
da porção respiratória).
O território pulmonar ventilado por cada bronquíolo terminal
tem a designação de lóbulo pulmonar e o território ventilado
por cada bronquíolo respiratório corresponde ao ácino
pulmonar.
Bronquíolo respiratório
O bronquíolo respiratório corresponde à primeira parte da porção respiratória, estabelecendo a
transição entre uma zona exclusivamente condutora e uma zona exclusivamente respiratória.
Inicialmente o bronquíolo respiratório é revestido por epitélio cúbico simples, mas depois vai-se
achatando progressivamente;
Os alvéolos surgem na parede do bronquíolo respiratório, revestidos por epitélio pavimentoso
simples (uma parede muito pouco espessa), que já
permite a ocorrência de trocas gasosas; Há medida que nos aproximamos dos alvéolos,
Há medida que os bronquíolos respiratórios se vão A musculatura lisa vai diminuindo
ramificando, vão surgindo mais alvéolos na sua As fibras elásticas vão aumentando
parede.
O bronquíolo respiratório ainda apresenta musculatura lisa
Canais alveolares
A porção mais distal dos bronquíolos respiratórios continua-se com os canais alveolares, de cujas
paredes surge uma grande quantidade de alvéolos;
A aparência de tubo é assegurada pela presença de pequenos feixes de fibras colagénicas, elásticas e
de células musculares lisas.
Sacos alveolares
Os canais alveolares terminam em espaços irregulares, sacos alveolares;
Um saco alveolar é constituído por uma série de alvéolos.
A porção mais distal do pulmão é constituída por alvéolos e septos interalveolares com capilares,
que permitem as trocas gasosas
Alvéolos
Têm um aspecto poliédrico com 200μm de diâmetro e com uma ampla abertura que permite a
entrada de ar;
Parede muito fina, revestida por epitélio pavimentoso simples;
Em cada pulmão adulto existem 300 milhões de alvéolos = 140 de superfície para trocas gasosas;
Os alvéolos adjacentes estão separados entre si por septos interalveolares, por onde circulam
capilares, e através dos quais o sangue é exposto ao ar inspirado, havendo trocas gasosas;
Nos septos interalveolares, compostos por fibras colagénicas e elásticas, existem fibroblastos, células
de armazenamento de lípidos e vitamina A e macrófagos;
O Parênquima pulmonar é constituído por:
Alvéolos pulmonares
Septos interalveolares
Rede de capilares sanguíneos
Interstício pulmonar – conjunto de capilares e dos elementos do tecido conjuntivo dos septos
interalveolares;
Os septos interalveolares apresentam aberturas,
revestidos por epitélio alveolar, que permitem a
comunicação entre alvéolos – poros alveolares
ou de Kohn – ausentes nos primeiros anos de
vida
Nos alvéolos existem dois tipos de células:
Pneumócito tipo I:
o Revestem 95 % da superfície alveolar;
o Responsáveis por formar o epitélio
pavimentoso simples
o Com citoplasma muito fino de forma a
permitir as trocas gasosas,
Pneumócito tipo II:
o Revestem 5% da superfície alveolar;
o Têm aspecto globoso
o São os produtores de surfactante –
substância tênsio-activa
o Encontram-se nos vértices dos alvéolos.
o Possui grânulos no seu citoplasma que
contêm o surfactante. Estes grânulos
estão dispostos em múltiplas lamelas,
por isso são denominados corpos
multilamelares.
o Os grânulos são lançados para a superfície do
alvéolo e as múltiplas membranas acabam por
se abrir e distender, dispondo-se em toda a
superfície do alvéolo.
o A sua função é reduzir a tensão superficial na
superfície alveolar, impedindo o colapso dos
alvéolos.
o O surfactante é 90% constituído por
fosfolípidos e 10% por proteínas (com função
anti-infecciosa).
o Os pneumócitos tipo 2 apresentam mitoses,
sendo as células que asseguram a renovação
do revestimento alveolar, diferenciando-se em
pneumócitos de tipo I.
o Os bebés prematuros, normalmente, têm de ser tratados com surfactante, pois ainda não o
conseguem produzir e, se não tiverem, os pulmões colapsam.
Membrana do
Célula Membrana
Capilar pneumócito Alvéolo
endotelial basal
tipo 1
Pleura
É uma membrana serosa constituída por 2 folhetos:
o Folheto visceral, que reveste a superfície externa dos pulmões;
o Folheto parietal, que reveste a superfície interna da caixa torácica
Os 2 folhetos são revestidos por epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o mesotélio.
Subjacente ao folheto visceral existe um tecido conjuntivo que contém fibras colagénicas e uma rede
de fibras elásticas muito desenvolvida, que permite que a pleura acompanhe os movimentos dos
pulmões.
Neste tecido existe também muitos capilares sanguíneos e linfáticos.
As células mesoteliais segregam uma pequena quantidade de fluido que permite o deslizamento dos
folhetos, sem haver fricção.
Entre eles existe um espaço virtual, a cavidade pleural, com pressão negativa, para a entrada do ar.
Quando há perfuração, deixa de haver uma pressão negativa, e ocorre um pneumotórax.
Eventração diafragmática – o diafragma fica muito “plástico” e é empurrado pelas vísceras. Há 1 película
de diafragma que entra na cavidade torácica.