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HISTOLOGIA DO SIST.

RESPIRATÓRIO
→ Porção Condutora: sequência de tubos extra e intrapulmonares (fossas nasais,
nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos terminais)
● Permite a passagem de ar, purifica, umedece e aquece o ar inspirado
→ Porção Respiratória: segmento constituído por bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares e alvéolos (intrapulmonares)
● Local das trocas gasosas
→ Epitélio Respiratório
● Epitélio pseudoestratificado
colunar ciliado com várias cél.
caliciformes
- Apesar do nome, não
participa das trocas
gasosas
● A maior parte da porção
condutora é revestida
internamente por ele
● O epit. consiste em 5 tipos de
cél.
● Células
- Colunar ciliada (tem
muita mitocôndria) ⇒
mais abundante
- Caliciforme ⇒ secretora
de muco (glicoproteínas)
- Cél. em escova ⇒ muitas microvilosidades e tem receptores sensoriais na
região basal (terminações nervosas aferentes)
- Cél. basal ⇒ cél-tronco em constante mitose, forma as outras cél.
- Cél. granulares ⇒ semelhante à basal mas com vários grânulos
→ Porção Condutora - Defesa
● Cél. caliciformes e glândulas na mucosa dos tubos produzem muco, o qual permite a
adesão de poeira e microrganismos do ar, pra que eles não alcancem os alvéolos
● A barreira de linfócitos consiste numa camada de linfócitos isolados que estão
abaixo do epitélio, além de nódulos linfáticos e linfonodos
● Apresenta grande quantidade de macrófagos e plasmócitos
- Na lâmina própria existem nódulos linfáticos recobertos por cél. M, que
captam antígenos e levam pra região com macrófagos e linfócitos

FOSSAS NASAIS (3 regiões)


→ Vestíbulo
● Porção mais anterior e dilatada
● Sua mucosa é a continuação da pele do nariz ⇒ o ep. estrat. plano da pele perde a
queratina e tec. conj. e forma a lâmina própria da mucosa
● Os pelos e a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas existentes no
vestíbulo formam uma barreira à entrada de partículas grosseiras na via resp.
→ Área Respiratória
● Mucosa recoberta por epit. pseud. colunar ciliado e com muita cél. caliciforme
● Lâminas próprias com glândulas mistas (mucosa e serosa)
● Na superfície lateral, existem as conchas (expansões ósseas)
- Na conchas inferior e média, a lâmina própria tem um abundante plexo venoso
● O ar que passa é aquecido, filtrado e umedecido (função do plexo venoso no aquec.)
→ Área Olfatória
● Região situada na parte superior das fossas
nasais
● Responsável pela sensibilidade olfatória
● Revestida pelo epitélio olfatório
- Neuroepitélio colunar pseudoestratificado,
com 3 tipos de cél.
● Células
- Cél de sustentação ⇒ prismáticas, com
microvilosidades na superfície
- Cél. basal ⇒ cél. tronco do epitélio olfatório
- Cél. olfatória ⇒ neurônios bipolares (seus
núcleos estão na região mais basal) com
quimiorreceptores estimuladas por subt.
odoríferas
● Na lâmina própria dessa mucosa, tem vasos, nervos e glândulas tubuloacinosas
alveolares (glândulas de Bowman)
- Libera secreção líquida contínua que limpa os cílios das cél. olfatórias,
facilitando o acesso de novas subst. odoríferas
SEIOS PARANASAIS
→ Cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmoide e esfenoide revestidas por epitélio do tipo
respiratório
→ Poucas cél. caliciformes
→ Lâmina própria é contínua com o periósteo adjacente e contém glândulas pequenas
→ Produzem muco que vão pras fossas nasais
FARINGE
→ A nasofaringe é a primeira parte da faringe, que se
continua caudalmente com a orofaringe, porção oral
desse órgão
→ Nasofaringe é revestida por epitélio respiratório
→ Orofaringe é revestida por epit. estratificado
pavimentoso

LARINGE
→ Tubo que liga faringe e traqueia e contém paredes com peças cartilaginosas de formas
irregulares, unidas por tec. fibrelástico
→ As cartilagens mantêm o lúmen da laringe sempre aberto, garantindo a passagem de ar
→ As peças maiores (tireoide, cricoide e boa parte das aritenoides) são do tipo hialina
→ A epiglote é um curto prolongamento da laringe, que se estende em direção à faringe
● Tem um eixo de cartilagem elástica revestida por tec. conj e epitélio
● Na face ventral/anterior da epiglote, o epit. é estratificado pavimentoso e na face
dorsal/posterior é respiratório
→ A mucosa da laringe forma dois pares de pregas salientes
● Pregas vestibulares têm a lâmina própria formada por tec. conj. frouxo e contém
glândulas
● Pregas vocais (inferior) apresentam um eixo de tec. conj. muito elástico, externos a
elas estão os músc. intrínsecos da laringe, do tipo estriado esquel.
- Quando o ar passa pela laringe, os músc. contraem, modificando a posição
das cordas vocais, modificando as diferentes tonalidades
→ O revestimento epitelial não é uniforme ao longo de toda a laringe
● Nas pregas vocais, o epit. está sujeito a mais atritos e desgaste e é estratificado
pavimentoso não queratinizado
● Nas outras regiões é respiratório
→ A lâmina própria é rica em fibras elásticas e contém pequenas glândulas mistas (serosas
e mucosas)
→ A laringe contém dois conjuntos de músc. (intrínsecos e extrínsecos)
TRAQUEIA

→ Revestida internamente por epit. respiratório


→ Lâmina própria da mucosa é formada por cnj. frouxo, rico em fibras elásticas e glândulas
seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen traqueal
→ A secreção das glândulas forma uma lâmina viscosa sobre o epit. e serve, junto com os
cílios pra remover partículas de pó e microrganismos
→ Apresenta cartilagens hialinas (16 a 20), em forma de C
● Ligamentos fibroelásticos e feixes de músc. liso se prendem ao pericôndrio e unem
essas peças ⇒ o músc. contrai e aumenta a velocidade do ar expirado
→ Revestida externamente por tec. conj. frouxo
ÁRVORE BRÔNQUICA
→ A traqueia se ramifica originando os brônquios
primários, que entram no pulmão pelo hilo, onde entram
também A. pulmonares, A. brônquicas e saem vasos linf. e
veias
● Todas essas estruturas são envolvidas por tec. conj. e
formam a raiz do pulmão
→ Brônquios 1° se ramificam dentro dos pulmões e
originam os 2°
→ Cada brônquio 2° supre um lobo pulmonar ⇒ são
também chamados brônquios lobares
● Se ramificam várias vezes até formarem os bronquíolos, que se ramificam formando
de 5 a 7 bronquíolos terminais
● Cada bronquíolo terminal e suas ramificações (até os alvéolos) constitui um lóbulo
pulmonar e originam um ou mais bronquíolos respiratórios
→ Brônquios
● Os 1° na parte extrapulmonar têm mesma estrutura da traqueia, mas depois o epit.
pseud. é transformado em simples não ciliado ⇒ mudança é gradual
● Ramos maiores têm epit. igual à traqueia (epit. respiratório), já os ramos menores
têm epit. cilíndrico simples ciliado
● Lâmina própria rica em fibras elásticas e seguida por uma camada de músc. liso
● Em torno do músc., existem glândulas seromucosas, cujos ductos abrem no lúmen
brônquico, além de peças cartilaginosas que envolvem essa camada musc.
- As peças cartilaginosas são envolvidas por tec. conj. rico em fibras elásticas
⇒ camada adventícia
● Pode haver presença de nódulos do BALT (tecido linf. assoc. à mucosa brônquica)

→ Bronquíolos
● Se diferencia do brônquio por
não ter cartilagem nem glândulas
● Epit. cilíndrico simples ciliado no
início e cúbico simples ciliado e
finalmente não ciliado
- Apresenta regiões
especializadas, os corpos
neuroepiteliais, que contêm glândulas
de secreção e recebem terminações
colinérgicas
● O número de caliciformes
diminui
● A lâmina própria é delgada e
rica em fibras elásticas, coberta por
músc. liso (mais músc. que os
brônquios)
● Bronquíolos Terminais
- Estrutura semelhante à dos bronquíolos, mas com parede mais delgada e
revestimento de epit. colunar ou cúbico, com cél ciliadas e não ciliadas
- Epit. apresenta cél. de clava (cél. bronquiolares secretoras não ciliadas)
- Funções ⇒ proteção ao secretar proteases, subst. microbianas e citocinas;
secreção de mucinas; e destoxificação de subst. presentes no ar inspirado
PORÇÃO RESPIRATÓRIA
→ Bronquíolos Respiratórios
● Cada bronquíolo terminal se ramifica em
dois ou mais bronquíolos resp.
● A única diferença entre eles é a existência
de várias descontinuidades na parede do bronq.
resp., pelas quais o lúmen se comunica
diretamente com os alvéolos
● Superf. interna revestida por epit. simples
que varia de colunar a cuboide, podendo ter cílios
● Não apresenta caliciformes
● Tem músc. liso e fibras elásticas
→ Ductos Alveolares
● Quando o tubo passa a ser constituído
quase só de saídas de alvéolos, passa a ser
chamado de ducto alveolar
● Revestido de epit. simples cúbico mas pode
haver epit. simples pavimentoso
- A parede acaba se tornando botões
(constituído de músc. liso e epit.)
● Existe também uma matriz rica em fibras elásticas e reticulares, que serve na
distensão e contração e dão suporte pros capilares e pra parede dos alvéolos

→ Sacos Alveolares e Alvéolos


● Os ductos podem terminar em um único alvéolo ou em sacos alveolares, que
contém vários
● São responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar
● A parede dos alvéolos geralmente é comum a adjacentes ⇒ parede alveolar/septo
interalveolar
- Composto por duas camadas de cél. epiteliais separadas por uma lâmina de
tec. conj. com fibras reticulares e elásticas e capilares não fenestrados
● Os septos interalveolares são revestidos por pneumócitos tipo I e II (cél.)
● Pneumócito Tipo I
- Cél. pavimentosa, com citoplasma e
núcleo achatados
- Aderem entre si por desmossomos
e zônulas de oclusão, que impedem a passagem
de fluidos pro interior dos alvéolos
- Função ⇒ barreira com espessura
pequena pra possibilitar trocas gasosas e ao
mesmo tempo impedir que líq. passe
● Pneumócito Tipo II
- Localiza-se intercalado com os
pneumócitos I, aderidos entre si por desmossomos
e junções oclusivas
- Cél. arredondadas geralmente em
grupo, com RER e microvilos
- Contém corpos multilamelares, com
fosfolipídios, proteínas e glicosaminoglicanos ⇒
liberados por exocitose
- Essa secreção é o surfactante pulmonar, que se espalha sobre os alvéolos e
reduz a tensão superficial na parede alveolar, evitando colabamento alveolar
⇒ o surfactante é renovado constantemente
- O surfactante consiste em ma hipófise aquosa e proteica, coberta por uma
camada monomolecular de fosfolipídios (dipalmitoilfosfatidilcolina e
fosfatidilglicerol)
→ Macrófagos Alveolares e Cél. Dendríticas
● Tem grande quant. no sist respiratório
● Função de fagocitose e processamento/apresentação de antígenos a linfócitos T
● Os macrófagos estão no interior dos septos interalveolares e dos alvéolos
● O fluido alveolar é removido pra porção condutora por movim. ciliar e se junta ao muco
dos brônquios, formando o líq. broncoalveolar ⇒ remoção de partículas e subst.
- Esse líq. contém enzimas produzidas pelos macrófagos

→ Barreira Hematoaérea
● Formada pelo citoplasma do
pneumócito tipo I, a lâmina basal dele e do
capilar sang do septo interalveolar e o
citoplasma da cél. endotelial do capilar
● Geralmente as lâminas basais se
fundem, formando uma memb. única e
diminuindo a distância pra troca gasosa
● O O2 do ar passa pro sangue por
meio dessa barreira e o CO2 na direção
contrária

PLEURA
→ Envolve o pulmão e é formada por dois folhetos
(visceral e parietal) que são contínuos na região do
hilo
→ Folhetos formados por mesotélio e uma fina
camada de conjuntivo, com fibras elásticas e
colágenas
→ Delimitam uma cavidade revestida por mesotélio,
que contém líq. lubrificante
→ É bem permeável, podendo haver acúmulo de líq.
derivado do plasma sang. (derrame pleural)
VASOS SANGUÍNEOS E LINFÁTICOS
→ Vasos Linfáticos
● Acompanham os brônquios e os vasos
pulmonares, dirigindo-se a linfonodos da região do hilo
● Essa rede linf. é chamada de rede profunda e
se distingue da superficial, que se encontra na pleura visceral
→ Vasos Sanguíneos
● Vasos funcionais (pequena circ.) e vasos nutridores (sistêmica)
● As artérias pulm. são do tipo elástico, de paredes delgadas, porque nelas é baixa a
pressão sang. (sangue venoso)
● As A. pulmonares de ramificam e acompanham os brônquios e bronquíolos
● Nos ductos alveolares originam capilares, responsáveis pelas trocas gasosas
● Dos capilares originam-se vênulas, que ficam mais afastadas dos condutores de ar
nos lóbulos, mas depois acompanham a árvore brônquica, dirigindo-se pro hilo
● Os vasos nutridores são artérias e veias brônquicas, que levam sangue pra todo o
parênquima pulmonar

ANATOMIA DO SIST. RESPIRATÓRIO


→ Na região da cavidade torácica encontra-se as cavidades pulmonares D. e E. (contém
pulmões e pleuras), separadas pela região do mediastino central (contém traqueia, vasos…)
→ Cada cavidade pulmonar é revestida pela memb. pleural (pleura) ⇒ o pulmão é
revestido pela pleura (a que encosta no pulmão é a visceral)
→ Pleura
● Pleura visceral ⇒ torna a superf. do pulmão lisa e escorregadia, permitindo o livre
movim. com a pleura parietal
● Pleura parietal ⇒ reveste as cavidades pulm., aderindo à parede torácica,
mediastino e diafragma
- Em cirurgias, pode ser separada do resto
- A parte costal da pleura parietal tá separada da parede torácica pela fáscia
endotorácica
- A fáscia frenicopleural une a parte diafragmática da pleura ao diafragma
- A cúpula da pleura forma uma abóboda sobre o ápice (reforçada pela memb.
suprapleural)
→ Pulmão

→ Traqueia
● Tubo fibrocartilagíneo situado no mediastino superior
● Se bifurca no ângulo do esterno e dá origem aos brônquios principais
→ Brônquios
● Cada brônquio princ. se divide em lobares secundários e cada lobar se divide em
vários segmentares terciários (suprem os segmentos broncopulmonares)

● Bronquíolos terminais dão origem a diversos bronquíolos respiratórios,


caracterizados por bolsas (alvéolos)
→ Laringe
● Situada na região anterior do pescoço no nível das vértebras CIII e CVI
● Órgão de prod. da voz ⇒ pregas, ligamentos e músc. vocais
● Formada por 9 cartilagens unidas por memb. e ligamentos
→ Vascularização e Drenagem
Linfática da Laringe

● Aa. laríngeas, ramos das


tireoideas
● A. cricotireioidea, ramo
da tireoidea superior
● Vasos linf. superiores às
pregas vocais drenam pros linf.
cervicais profundos superiores e os
inferiores às pregas drenam pros
paratraqueais e seguem pros cerv.
prof. inf.
● N. laríngeo superior
origina-se do gânglio vagal inferior

→ Faringe
● Posterior às cavidades nasal
e oral (vai dos cóanos até a
cartilagem cricoidea)
● Nasofaringe: posterior ao
nariz e superior ao palato mole ⇒
função respiratória
● Orofaringe: posterior à boca
⇒ função digestória
● Laringofaringe: posterior à
laringe
● Passagem de comida e ar
● Vascularização
- A. tonsilar, palatina
ascendente e descendente e
faríngea ascendente
- V. palatina externa
● Drenagem Linfática
- Vasos linf. tonsilares drenam pro linf. jugulodigástrico
● Inervação
- Deriva do plexo nervoso faríngeo, cujas fibras motoras vêm do nervo vago
- Fibras sensitivas são derivadas do nervo glossofaríngeo
→ Nariz

● A cavidade nasal é revestida por túnica mucosa, exceto o vestíbulo nasal, revestido
por pele
● As cavidades nasais têm teto, assoalho e paredes medial e lateral
- O corpo do esfenoide forma o teto
- O maxila é o assoalho
- A parede medial é o septo nasal e a lateral é formada pelas conchas nasais
● Vascularização
- A. etmoidal anterior e posterior (vem da oftálmica), A. esfenopalatina (vem da
maxilar), A. palatina maior (vem da maxilar) e A. labial superior (vem da
facial)
- Plexo venoso submucoso drena por meio das V. esfenopalatinas, facial e
oftálmica
● Inervação
- N. maxilar, N. oftálmico e N. olfatório
→ Vascularização de Pulmão e Pleura
● Artérias e veias pulmonares
● Cada artéria pulmonar divide em Aa. lobares secundárias
● Lobares se dividem em segmentares terciárias, formam pares com os brônquios no
pulmão
● A. bronquial D. pode se originar diretamente da aorta (geralmente é indireta)
● As Vv. bronquiais drenam uma parte do sangue e as Vv. pulmonares outra
- A V. bronquial D. drena pra V. ázigo e a E. drena pra V. hemiázigo ou V.
intercostal superior E.
→ Linfático
● O excesso de líq. na cavidade pleural é drenado pros canais linfáticos, mantendo
certa tração entre as superfícies visceral e parietal da pleura
● O plexo linf. superficial drena pros linfonodos broncopulmonares no hilo
● O plexo linf. profundo drena as estruturas da raiz do pulmão e drenam pros linf. pulm.
● Depois, a linfa segue pros linfonodos traqueobronquiais superiores e inferiores,
broncomediastinais e vão pros ductos
→ Inervação
● Os nervos dos pulmões são derivados dos plexos pulmonares
● As fibras parassimp. são pré-ganglionares do nervo vago (X), broncoconstritoras,
vasodilatadoras e secretomotoras (secreção nas glândulas da árvore bronquial)
● As fibras simp. são pós-ganglionares, broncodilatadoras, vasoconstritoras e
inibitórias das glândulas
● As fibras aferentes viscerais são reflexas (sensações subconscientes) ou
nociceptivas (conduzem resposta a estímulos dolorosos ou prejudiciais)

FISIOLOGIA MECÂNICA DO SIST. RESPIRATÓRIO


→ Uma solução salina é liberada pelas cél. epiteliais quando Cl- é secretado e atrai Na+, o
movim. de solutos cria gradiente osmótico e a água segue os íons, ajudando no movim. do
muco
→ Para que ocorra as trocas gasosas, a respiração é dividida em 4 partes:
● Ventilação pulmonar ⇒ influxo e fluxo de ar entre alvéolos e atmosfera
● Difusão de O2 e CO2 entre alvéolos e sangue
● Transporte de O2 e CO2 no corpo e suas trocas nos tecidos
● Regulação da ventilação
MÚSCULOS DA EXPANSÃO E CONTRAÇÃO PULMONAR
→ Ocorre por meio de movimentos de subida e descida do diafragma pra aumentar ou
diminuir a cavidade torácica e da elevação e depressão das costelas pra elevar e reduzir o
diâmetro anteroposterior da cavidade torácica
→ A respiração tranquila é feita basicamente só pelos movim. diafragmáticos (+ interc. int.,
esternocleidomastoideo e escalenos)
● INSP: os músc. contraem, puxam a caixa torácica e o diafragma e levam o pulmão
junto, expandindo-o e diminuindo a pressão (ligados pelo líq. pleural)
- Pra expandir os pulmões, é necessário que a caixa torácica se eleve, pra que
os ossos da costela, inicialmente inclinados pra baixo, agora se inclinem na
direção anteroposterior (aumenta cerca de 20% o diâmetro anteroposterior
do tórax)
● EXP: diaf. relaxa e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das
estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar
- A pressão aumenta devido à diminuição do vol. e o fluxo de ar se inverte
→ Na respiração vigorosa, uma força extra é necessária pra empurrar o diaf. e comprimir os
pulmões (a principal é a contração da musculatura abdominal) ⇒ as forças elásticas não
são suficientes
→ Músculos da Inspiração
● Elevam a caixa torácica
● Intercostais externos
● Esternocleidomastóideos (eleva esterno)
● Serráteis anteriores
● Escalenos (elevam as duas primeiras costelas)
→ Músculos da Expiração
● Puxam a caixa torácica pra dentro (contração dos interc. int.)
● Reto abdominal (diminui o vol. abdominal e desloca as vísceras pra cima,
empurrando o diafragma)
● Intercostais internos
PRESSÕES DO MOVIMENTO
→ Pressão Pleural
● Pressão do líq. no espaço entre as pleuras
● No desenv. emb., a caixa torácica cresce mais rápido
que o pulmão, puxando pra fora e o pulmão tem retração
elástica que puxa pra dentro, a partir dai cria uma pressão
intrapleural
● É uma sucção (pressão negativa) ⇒ -5 cmH2O,
necessária pra manter os pulmões abertos no repouso
● Na inspiração, chega a -7,5 cmH2O ⇒ tendência do
pulmão a ficar cada vez mais distante da caixa tor.
→ Pressão Alveolar
● Quando não há fluxo de ar, as pressões são iguais a
Patm em todas as partes da árvore brônquica (0 cm de pressão
da água)
● Durante a insp., a pressão alveolar desce pra que o ar
vá pra região (-1cm) e depois sobe até a Patm
● Durante a exp., a Palveolar sobe pra que o ar saia (+1cm) e depois desce até a
Patm
→ Pressão Transpulmonar
● Diferença entre pressão alveolar e pleural
● Pressão de retração?? pág 1466
→ Complacência Pulmonar
● Grau de extensão dos pulmões a cada aumento de pressão transpulmonar
● Quanto mais alta, menos força os músc. precisam fazer pra inspiração
● É em média de 200mL/cm de pressão

● O livro faz uma comparação entre um


pulmão cheio de ar e outro de solução salina
pra representar as forças elásticas do pulmão,
que é dividida em:
- Força elástica do tecido
pulmonar ⇒ fibras de elastina e colágeno
- Força elástica resultantes da
tensão superficial do líq. que reveste as
paredes internas das estruturas pulmonares
(não tem efeito quando a interface é líq-líq)
● Pelo gráfico, é possível perceber que é mais difícil vencer as forças elásticas quando
a interface é líq-ar (tipo bolha de sabão), de forma que as forças elásticas de tensão
representam a maior parte da elasticidade pulmonar
- Essa tensão surge na interface líq-ar e o surfactante é responsável por diminuir
a tensão, então quando não tem, essa força elástica de tensão aumenta
● Os pulmões com elasticidade diminuída (alta complacência) não retornam à posição
de repouso durante a exp.
● As doenças restritivas pulmonares estão relacionadas com a baixa complacência ⇒
baixa produção de surfactante e/ou fibrose
→ Surfactante e Tensão Superficial
● Quando a água forma uma superf. de contato com o ar, as moléc de água da superf.
têm atração forte, tentando se juntar (no pulmão, essa força poderia fazer o pulmão se
fechar)
● O surfactante é produzido nos pneumócitos tipo II e contém inclusões lipídicas
secretadas no surfactante

● O surfactante é essencial pra reduzir a tensão e o esforço feito pelos músc. pra
expandir o pulmão (pressão vai de 18 cmH2O sem surfactante pra 4 com ele)
● Quanto menor o raio dos alvéolos, maior a tensão existente ali, pois as moléc. estão
ainda mais próx.
→ Resistência da Via Aérea
● Cerca de 90% está relacionada com a traqueia e os brônquios, já que os bronquíolos
têm área de secção transversal total bem grande
● Os bronquíolos são significativos quando ocorre broncoconstrição (aumenta resist.) ou
broncodilatação (diminui resist.), controladas pelo SN e por hormônios, ou quando tem
edema nas paredes e acúmulo de muco no lúmen

→ Complacência Torácica e Pulmonar


● Para encher o pulmão com a caixa torácica, é necessário quase 2x a quant. de
pressão necessária sem ela, portanto, a complacência do sistema pulmão-tórax é
quase metade do pulmão isolado (110 mL/cmH2O)
● As limitações do tórax alteram também a complacência ⇒ quando os volumes estão
perto dos limites, a complacência pulmão-tórax pode chegar a ser um quinto do pulmão
● Ou seja, a caixa torácica acaba dificultando a expansão pulmonar
→ Trabalho da Respiração
● Existe basicamente só na inspiração, já que na exp. a retração elástica dos pulmões e
da caixa torácica dão conta
● Dividido em 3:
- Trabalho necessário pra expandir os pulmões contra as forças elásticas do
pulmão e do tórax ⇒ trab. de complacência/elástico
- Trabalho necessário pra vencer a viscosidade pulmonar ⇒ trab. de resist.
tecidual
- Trabalho necessário pra vencer a resist do ar (movim. do ar pra dentro do
pulmão) ⇒ resist. das vias aéreas
→ Energia pra Respiração
● A energia necessária pra respirar é basicamente 3 a 5% da energia consumida pelo
corpo
● Durante exercício pesado, pode aumentar até 50x
VENTILAÇÃO ALVEOLAR
→ Ventilação Pulmonar Total (ou ventilação-minuto no Guyton)
● Quant. total de ar novo levado pro interior das vias aéreas por minuto, pra isso,
multiplica-se o Vc pela frequência respiratória por minuto (+/-12)
→ Espaço Morto
● Vias aéreas das áreas condutoras (traqueia, brônquios…), que contém ar que não
participam das trocas gasosas
● Na exp., o ar do espaço morto é expirado primeiro, portanto, esse espaço é
desvantajoso pra remover os gases expiratórios dos pulmões
● Geralmente, o vol. desse espaço é 150mL (aumenta com a idade)
● Enquanto essas estruturas são chamadas de espaço morto anatômico, alvéolos sem
função também são espaço morto, só que chamados fisiológicos
→ Ventilação Alveolar
● Importante pra renovar continuamente o ar nas áreas de trocas gasosas (região da
porção respiratória)
● O ar novo que fica no espaço morto não chega aos alvéolos então deve ser
desconsiderado no cálculo da ventilação alveolar (chamado no Guyton de volume de
ventilação alveolar por min.)
- Um dos principais determinantes das concentrações de O2 e CO2 nos alvéolos

FUNÇÕES DAS VIAS RESPIRATÓRIAS


→ Reflexo da Tosse
● Os brônquios e a traqueia são sensíveis, então quando algo estranho causa irritação,
se inicia o reflexo da tosse
● Impulsos neurais aferentes passam pro N. vago e vão até o bulbo
● Ocorre a inspiração de muito ar, que fica aprisionado nos pulmões (fecha epiglote e
cordas vocais), enquanto isso os músc. exp. se contraem e empurram o diafragma,
assim a pressão no pulmão aumenta muito
● Essa pressão depois é liberada e o ar é expelido em alta velocidade
→ Reflexo do Espirro
● Iniciado pela irritação das vias nasais
● Impulsos vão do N. trigêmeo até o bulbo
● Semelhante ao da tosse, além disso, a úvula é deprimida e o ar passa rapidamente

VOLUME E CAPACIDADE PULMONAR

→ Espirometria é o registro do movimento de ar pra dentro e pra fora dos pulmões, medindo
quanto de ar a pessoa move durante a respiração em repouso e depois em esforço máx.
VOLUME PULMONAR
→ Volume Corrente (Vc)
● Volume inspirado ou expirado em cada respiração normal
● Cerca de 500mL
→ Volume de Reserva Inspiratório (VRI)
● Volume extra de ar que pode ser inspirado quando a pessoa inspira com força total
● Cerca de 3000mL ⇒ junto com o Vc forma a capacidade inspiratória
→ Volume de Reserva Expiratório (VRE)
● Volume extra que pode ser expirado na expiração forçada
● Cerca de 1100mL
→ Volume Residual (VR)
● Volume que fica nos pulmões após a expiração forçada (impede de colabar)
● Cerca de 1200mL
CAPACIDADE PULMONAR
→ Combinações de dois ou mais volumes
→ A capacidade inspiratória é a capacidade total de inspiração, ou seja, deve somar Vc e VRI
● Cerca de 3500mL
CI = Vc + VRI
→ A capacidade residual funcional corresponde à quant. de ar que permanece nos
pulmões ao final da expiração normal, ou seja, soma de VRE e VR
● Cerca de 2300mL
CRF = VRE + VR
→ A capacidade vital é toda a capacidade de respiração, seja normal ou forçada (quant.
máx. de ar nos pulmões)
● Cerca de 4600mL
● Diminui com a idade, quando os músc. enfraquecem e os pulmões ficam menos elást.
CV = VRI + Vc + VRE
● Durante o teste, pode ser pedido pra que a pessoa expire o máx. o mais rápido
possível, tendo a medida do VEF1 (volume expiratório forçado em 1s)
- Serve pra verificar doenças, pois essa medida diminui (ex: asma), mas também
diminui com a idade
→ A capacidade pulmonar total é o volume máx. que pode ser expandido com o maior esforço
● Cerca de 5800mL
CPT = VRI + Vc + VRE + VR ou CV + VR
→ Todos os vol. e capacidades pulmonares são cerca de 20 a 25% menores nas mulheres e
maiores em pessoas atléticas e com massas corporais maiores
MÉTODO DE DILUIÇÃO DE HÉLIO
→ A CRF não consegue ser medida pelo espirômetro de forma direta, já que o VR não
consegue ser expirado pro interior do espirômetro e ai não consegue ser medido
→ O espirômetro precisa ser usado indiretamente, por meio da diluição de He nos gases
pulmonares e comparação da concentração inicial e final do gás no espirômetro

RELAÇÃO VENTILAÇÃO/PERFUSÃO SANG. ALVEOLAR


→ A ventilação do espaço morto (Vem) é obtida pela multiplicação do volume (150mL) pela
frequência
→ Distribuição da Ventilação
● A ventilação varia da base para o ápice pulm. ⇒ é maior na base e decresce em
direção ao ápice
● A razão pra isso acontecer é a desigualdade dos valores de pressão intrapleural ao
longo do pulmão, que se deve provavelmente à gravidade
- É mais negativa no ápice (-10 cmH2O) que na base (-2,5 cmH2O)
- Como a pressão é maior na base, os alvéolos são menores no repouso (menor
volume inicial)
- Os alvéolos do ápice enchem menos por terem um volume inicial maior, ou
seja, não é bem ventilado por ter baixa complacência
● A base é menos expandida, mas é mais bem ventilada
● No indivíduo de pé, a base é chamada de região dependente do pulmão, seria o ápice
se estivesse de cabeça pra baixo
→ Distribuição da Perfusão
● O fluxo normalmente é grande na circulação pulmonar (igual a DC), com resist. e
níveis de pressão baixos
● Na circulação sistêmica (brônquica), a resist. é elevada e a perfusão reduzida
● Os vasos pulmonares têm paredes delgadas, grande complacência e estão
circundados pelo parênquima pulmonar, sofrendo grande influência dos movim. resp.
- As pressões variam por terem influência da pressão hidrostática, ou seja, na
base é maior que no ápice
● A pressão arterial precisa ser maior que a alveolar pra que a perfusão ocorra ⇒ a
pressão arterial aumenta em direção à base e a alveolar é a mesma em todo o pulmão
● A perfusão decai quase linearmente da base pro ápice
● Como a diferença de pressão na base é maior, ali vai ter maior perfusão
→ Distribuição da Relação Ventilação-Perfusão

● Se a ventilação é maior, essa


relação é maior que 1
● Se a perfusão é maior, a relação
é menor que 1
● Por mais que a ventilação e a
perfusão sejam maiores na base, a
relação entre elas é maior no ápice

Q ⇒ perfusão
Va ⇒ ventilação

→ Efeitos da Alteração da Relação Ventilação-Perfusão em Unidade Alveolar


● As pressões parciais de O2 e CO2 são alteradas pela perfusão e pela ventilação
- Se a relação ventilação-perfusão aumenta (aumento da ventilação ou redução
da perfusão) a PO2 sobe e a PCO2 desce
● Numa obstrução da ventilação, o O2 cairá e o CO2 aumenta
● A composição gasosa se aproxima do sangue venoso misto (mais CO2) ou do ar
inspirado (mais O2)
● Ocorre alteração das trocas gasosas

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