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Brenda Fonseca

Irrigação arterial: acompanha a divisão dos brônquios de forma que ao chegar em


CA DE PULMÃO cada segmento broncopulmonar, esse é suprido por uma artéria segmentar e
brônquio terciários.

ANATOMIA DO PULMÃO Drenagem venosa: O trajeto das veias pulmonares é independente do trajeto das
Cada pulmão tem: artérias e brônquios no pulmão, elas seguem entre segmentos broncopulmonares
adjacentes e recebem sangue no trajeto em direção ao hilo.
• Ápice
Drenagem linfática:
• Base
• Lobos • Plexo linfático superficial/subpleural: parênquima e pleura visceral
• Fissuras • Linfonodos pulmonares: brônquios lobares
• Linfonodos broncopulmonares: hilo do pulmão
• Faces (Costal, Mediastinal e Diafragmática)
• Troncos linfáticos broncomediastinais direito e esquerdo (terminam
o A face mediastinal compreende o hilo, que recebe a raiz do
direta ou indiretamente no ducto torácico)
pulmão, formada por:
▪ Artéria pulmonar, Veias pulmonares superior e inferior
e Brônquio principal
• Margens (Anterior, Inferior e Posterior)
• Pleura visceral + Pleura parietal

Árvore Traqueobronquial (anéis de cartilagem hialina)

• Traqueia
• Brônquios principais
• Brônquios lobares (3 à direita e 2 à esqueda)
• Brônquios segmentares → Segmentos broncopulmonares
• Bronquíolos:
o Condutores
o Terminais
o Respiratórios
▪ Ductos Alveolares
▪ Sacos alveolares

Cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar para irrigação e duas veias
pulmonares que drenam seu sangue
Brenda Fonseca

HISTOLOGIA DO PULMÃO • Adelgaçamento da camada muscular lisa e de fibras elásticas ao longo


das ramificações
Epitélio Respiratório: Reveste as regiões que se estendem da traqueia aos
bronquíolos terminais Bronquíolos terminais:

Formado principalmente por epitélio ciliado pseudoestratificado colunar com • Epitélio simples colunar baixo ou cúbico, com células ciliadas e não
muitas células caliciformes ciliadas
• Células de Clara: não ciliadas, granulares
• Célula Colunar Ciliada
• Células caliciformes Bronquíolos respiratórios:
• Células basais – células tronco
• Epitélio simples colunar baixo ou cúbico, com cílios na porção inicial
• Células em escova
Neuroepitélio (porção não ocupada por alvéolos)
• Células granulares
Ducto alveolar
Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. Contém
glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen das estruturas
• Epitélio simples pavimentoso
traqueobronquiais
• Uma matriz rica em fibras elásticas e contendo também fibras
Seguida à mucosa, nos brônquios, há ainda uma camada muscular lisa (espiral). reticulares constitui o suporte para os ductos e alvéolos

Alvéolos

• Epitélio simples pavimentoso


• responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar
• suas paredes são constituídas por uma camada epitelial fina que se apoia
em um tecido conjuntivo delicado, no qual há uma rica rede de capilares
sanguíneos
• Essa parede alveolar é comum a dois alvéolos adjacentes, constituindo,
portanto, uma parede ou septo interalveolar. Formada por três tipos
celulares principais:
o células endoteliais dos capilares
Bronquíolos o pneumócitos tipo I
o pneumócitos tipo II
• Epitélio simples ciliado
• Sem cartilagem, glândulas ou nódulos linfáticos
• Menos células caliciformes
• Regiões de corpos neuroepiteliais
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EPIDEMIOLOGIA • Transversões de G – T que transformam proto-oncogenes em oncogenes


RAS
Atualmente, o câncer de pulmão é o diagnosticado com maior frequência no • Transversões do tipo G:C para T:A levam à mutações no gene TP53
mundo entre os tipos principais e a causa de mortalidade por câncer mais comum • Polimorfismos específicos do citrocromo P-450
mundialmente.
• Indivíduos cujos linfócitos do sangue periférico mostram quebras
No Brasil, estimam-se 18.740 casos novos entre homens e 12.530 nas mulheres cromossômicas mais numerosas depois da exposição a carcinógenos
relacionados ao tabaco (genótipo de sensibilidade mutagênica) – variação
para cada ano do biênio 2018-2019.
genética em genes envolvidos no reparo do DNA.
Uma variedade de tumores benignos e malignos pode surgir no pulmão, porém
90% a 95% são carcinomas, aproximadamente 5% são carcinoides brônquicos e 2% RISCOS OCUPACIONAIS
a 5% são neoplasias mesenquimais e outros tipos diversos.
• Asbestos
• Radiação Ionizante
ETIOPATOGENIA
• Urânio
TABAGISMO
POLUENTES DO AR
Aproximadamente 80% dos cânceres de pulmão ocorrem em fumantes ativos
ou naqueles que pararam de fumar recentemente. Não é certo se a poluição do ar, por si só, aumenta os riscos de câncer no pulmão,
mas ela provavelmente aumenta o risco nos indivíduos que fumam e dos fumantes
• Correlação com a quantidade de maços consumida: Risco aumentado em passivos.
60 vezes em fumantes pesados (dois maços ao dia, por 20 anos)
Mecanismos: Irritação, inflamação e reparo crônicos
• Mulheres têm maior susceptibilidade – razões desconhecidas
• Abandono do hábito de fumar reduz os riscos, mas não aos níveis basais GENÉTICA MOLECULAR:
• Fumantes passivos: risco aumentado em aproximadamente 2 vezes
• Correlação linear entre a intensidade de exposição à fumaça do tabaco e Adenocarcinoma:
a aparição de alterações epiteliais que começam preferivelmente com
uma hiperplasia de células basais de aparência inócua e com metaplasia • Ganho de função das vias de sinalização dos receptores de fator de
escamosa e progridem para displasia escamosa e carcinoma in situ. crescimento, principalmente receptores tirocina-cinase (EGFR, ALK, ROS,
o Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos – carcinoma de células MET e RET)
escamosas
Carcinoma de células escamosas: deleções cromossômicas envolvendo os loci
o Nitrosaminas – adenocarcinomas
supressores de tumor.
Mecanismos:
• superexpressão da proteína p53
Acúmulo gradativo de mutações oncogênicas “condutoras” que resultam na • perda de expressão do gene supressor de tumor do retinoblastoma (RB)
transformação neoplásica das células epiteliais pulmonares
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• Inativação do gene inibidor de cinase dependente de ciclina CDKN2A e Preferencialmente de localização periférica, envolvendo muitas vezes a pleura
consequente perda de seu produto proteico, p16. visceral.

Carcinoma de células pequenas: Histologia: Crescem em vários padrões, incluindo acinar, lepídico, papilar,
micropapilar, e sólido com produção de mucina.
• Perda de função de TP53 e genes RB
• Deleções no cromossomo 3p Imunoistoquímica: Positivo para TTF-1 (fator de transcrição da tireoide-1) e
• Amplificações do MYC napsina

Adenocarcinomas mucinosos: tendem a se espalhar pelos espaços aéreos,


formando tumores satélites. Estes podem apresentar-se como nódulos solitários
ADENOCARCINOMA ou múltiplos, ou um lobo inteiro pode estar consolidado pelo tumor.
Lesões precursoras:

A hiperplasia adenomatosa atípica é uma pequena lesão (≤ 5 mm) caracterizada CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
por pneumócitos displásicos revestindo paredes alveolares que são levemente
fibróticas. Ela pode ser única ou múltipla e pode estar no pulmão adjacente ao Frequentemente são precedidos por metaplasia escamosa ou displasia do epitélio
tumor invasivo ou longe dele. brônquico, que então se transforma em um carcinoma in situ, uma fase que pode
durar vários anos (levando a um crescimento mais lento que os demais)
O adenocarcinoma in situ é uma lesão de menos de 3 cm, composta inteiramente
por células displásicas que crescem ao longo do septo alveolar preexistente. As Localização usualmente central, isto é, tende a aparecer nos grandes brônquios.
células exibem mais displasia que na hiperplasia adenomatosa atípica e podem ter
Ao tornar-se invasivo, apresenta:
ou não mucina intracelular.
• Crescimento dentro da luz brônquica, produzindo uma massa
• Bem diferenciado com crescimento ao longo dos septos alveolares e
intraluminal. Com o aumento subsequente, o brônquio fica obstruído,
disseminação aérea, sem invasão do estroma, vasos ou pleura (padrão
causando atelectasia distal e infecções
lepídico)
• Penetração nas paredes dos brônquios e infiltrar o tecido peribrônquico,
Tumor epitelial maligno invasivo com atingindo a carina ou o mediastino.
diferenciação glandular ou produção de mucina • Crescimento ao longo de uma frente ampla para produzir massa
pelas células tumorais. intraparenquimatosa em forma de couve-flor, que empurra a substância
pulmonar à sua frente.
Macroscopicamente: lesão com superfície de corte
homogênea, sólida e de coloração marfim, às Como em quase todos os tipos de câncer de pulmão, o tecido neoplásico é
vezes com aspecto translúcido devido à produção brancoacinzentado e firme a endurecido. Especialmente quando os tumores são
de muco. volumosos, as áreas focais de hemorragia ou necrose podem parecer produzir um
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pontilhado vermelho ou amarelo-esbranquiçado. Algumas vezes, esses focos pouco evidentes. As células são redondas, ovais ou fusiformes, e com núcleo
necróticos são cavitados. denso.

Histologia: As células crescem em grupamentos que não exibem nem organização glandular
nem diferenciação escamosa. Necrose é comum e frequentemente extensa.
• Caracterizado pela presença de
pontes intercelulares entre as células A coloração basofílica das paredes vasculares, em virtude da incrustação de DNA
epiteliais, e queratinização individual das células tumorais necróticas (efeito de Azzopardi), frequentemente está
(com citoplasma denso e presente.
acentuadamente eosinófilo e núcleo
hipercromático - setas) ou sob a forma É um dos mais comumente associados com a produção ectópica de hormônios.
de pérolas córneas.
• ADH, ACTH (Síndrome de Cushing), Hipercalcemia, Calcitonina,
• Metaplasia escamosa, displasia
Gonadotrofinas (ginecomastia), Serotonina e Bradicinica (síndrome
epitelial e focos de carcinoma in situ franco podem ser vistos no epitélio
carcinoide)
brônquico adjacente à massa tumoral
Imunoistoquímica: frequentemente positiva para marcadores neuroendócrinos
Suas mestástases ocorrem nos linfonodos regionais, com disseminação
(cromogranina, sinaptofisina, CD56 e TTF-1)
hematogênica tardia.
Ao diagnóstico, frequentemente já existem metástases linfonodais e na medula
Imunoistoquímica: positiva para p53, mas negativa para TTF-1
óssea.
CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS
ASPECTOS CLÍNICOS
Podem surgir nos brônquios principais ou na periferia do pulmão.
Tumores centrais
Não há fases pré-invasivas conhecidas.
• Início: a mucosa se torna espessa, esbranquiçada, verrucosa e friável.
São os tumores pulmonares mais agressivos, amplamente metastáticos, e Manifestação: tosse seca por irritação da mucosa
virtualmente sempre provam ser fatais. • Avançada: crescimento do tumor para fora do brônquio e invasão do
parênquima e vasos linfáticos peribrônquicos, gerando obstrução
Histologia: brônquica.
Manifestação: obstrução incompleta – hipersinsuflação pulmonar (nem
Composto por células relativamente
todo o ar que penetra consegue sair); obstrução completa – atelectasia e
pequenas (pouco maiores que um linfócito)
infecções.
com citoplasma escasso, bordas celulares
pouco definidas, cromatina nuclear • Invasão de mediastino, pericárdio, vasos (VCS, V. Azigo) e esôfago
finamente granular e nucléolos ausentes ou (estenose e/ou fístula)
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Tumores periféricos uma agulha muito fina, para aspirar algumas células do tumor, que são
posteriormente enviadas para análise. Na punção por agulha grossa (core biopsy),
• Causam sintomatologia quanto atingem a pleura (dor, derrame pleural) o médico utiliza uma agulha de calibre maior para remover um ou mais núcleos de
ou um brônquio. tecido.
• Podem também invadir costelas e coluna vertebral, se possuírem
localização no ápice, podem causar a síndrome de Horner (dor no ombro A punção é um procedimento rápido, realizada com anestésico local, raramente
e braço, paralisia dos nervos ulnar e mediano, ptose palpebral, miose e causa grande desconforto, e não deixa cicatriz. O posicionamento da agulha é
anidrose – por infiltração do tumor no tecido conjuntivo do pescoço, comumente guiado por tomografia computadorizada ou equipamento de raios X
vasos linfáticos e plexo braquial) com fluoroscopia.

Metástases A PAAF também pode ser realizada para retirar amostras dos linfonodos próximos
à traqueia e brônquios. Isto pode ser feito durante a broncoscopia ou ultrassom
Via linfática: Ocorrem primeiramente nos linfonodos do hilo pulmonar, mais tarde,
endoscópico.
atingem os linfonodos cervicais e abdominais, pleura e pericárdio
Se existe suspeita que o tumor está localizado na parte externa dos pulmões é
Via hematogênica: ocorrem sobretudo no fígado, ossos, cérebro e suprarrenais
realizada a biópsia transtorácica, que consiste na inserção da agulha direto no
tórax, sob anestesia local. O procedimento é orientado com exame de raios X com
DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL
fluoroscopia ou tomografia computadorizada.
Manifestações clínicas: Tosse (50 – 75%), perda de peso (40%), dor torácica (40%)
e dispneia (20%) – geralmente encontrados em pacientes por volta dos 50 anos de Possível complicação: pneumotórax
idade ou mais, cujos sintomas têm vários meses de duração.
• Broncoscopia: É um procedimento invasivo que utiliza o broncoscópio,
Exames complementares: um tubo flexível, com uma pequena câmera na extremidade. O médico
insere o broncoscópio pelas vias aéreas superiores (nariz ou boca) do
Exames de imagem paciente até atingir a região onde se encontra a lesão suspeita de câncer.
Instrumentos minúsculos no interior do broncoscópio são utilizados para
Radiografia de tórax: é utilizada para detectar a presença de alguma imagem retirar amostras de secreção ou tecido para posterior análise. Durante a
suspeita de tumor em algum dos pulmões. broncoscopia o paciente é sedado.
Biopsia: A biópsia é a única maneira de fazer o diagnóstico definitivo de câncer Exame citológico
de pulmão de não pequenas células
• Citologia de Escarro: Neste procedimento, o médico colhe material da
• Punção por Agulha expectoração do paciente e envia para análise. Este exame tem mais
probabilidade de encontrar cânceres que começam nas vias aéreas
Muitas vezes a biópsia pode ser realizada com auxílio de agulhas, que consiste na
principais do pulmão, como a maioria dos cânceres de pulmão de células
coleta de uma pequena amostra do tecido pulmonar, para exame
anatomopatológico. Na punção aspirativa por agulha fina (PAAF), o médico utiliza
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escamosas. Essa técnica não é útil para diagnosticar outros tipos de


câncer de pulmão de não pequenas células.

ESTADIAMENTO
Brenda Fonseca

• Radio-oncologista
• Broncoscopista
• Radiologista
• Patologista
• Geneticista em casos de síndromes familiares possíveis/prováveis

Exames recomendados

• Broncoscopia
• Tomografia computadorizada (TC) de tórax e abdome total com
contraste. A tomografia convencional possui baixa sensibilidade (cerca de
50%) e moderada especificidade (cerda de 80%) para a detecção de
acometimento ganglionar mediastinal. Nos casos em que a presença de
doença no mediastino definirá a conduta, progredir com investigação
sempre que possível.
• Ressonância nuclear magnética (RNM) do encéfalo obrigatória para
pacientes sintomáticos e sugerida para todos os pacientes independente
dos sintomas.
• Tomografia computadorizada com emissão de pósitrons (PET-CT ou
PETScan Oncológico) para pacientes candidatos a tratamento localizado
(cirurgia ou radioterapia). No geral, o PET-CT apresenta boa acurácia e
valor preditivo negativo alto para avaliação de acometimento ganglionar
mediastinal. Porém, a sensibilidade para avaliação de mediastino no PET-
CT é comprometida em tumores centrais, adenocarcinoma, tumor
primário > 3 cm ou lesões primárias com SUV > 3,9. Além disso, vale
CONDUTAS destacar que pela grande incidência de doença granulomatosa em nossa
população, a história de doença pulmonar prévia aumenta a chance de
PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS: DOENÇA LOCALIZADA E falso positivo.
LOCALMENTE AVANÇADA • Mediastinoscopia com biópsia linfonodal para pacientes candidatos a
procedimento cirúrgico que persistiram com dúvida quanto ao
Casos suspeitos de neoplasia de pulmão devem, idealmente, ser avaliados por um
acometimento ganglionar mediastinal.
grupo multidisciplinar para o melhor planejamento do diagnóstico, estadiamento
e tratamento do tumor. Seguem as especialidades envolvidas nesse planejamento: Medidas de suporte sugeridas

• Cirurgião oncológico ou cirurgião torácico • Medidas aplicáveis para cessação do tabagismo


• Oncologista clínico
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• Avaliação funcional/geriátrica em pacientes idosos (≥ 70 anos) composto por 4 ciclos de quimioterapia composta pelos mesmos esquemas
• Avaliação nutricional descritos anteriormente para a adjuvância.
• Avaliação psicossocial
O tratamento padrão para os casos irressecáveis é a quimiorradioterapia
• Assistência de enfermagem
definitiva.
• Assistência farmacêutica
• Quando disponível, a ultrassonografia endobrônquica (EBUS) com Estágio IIIA (pN2) – Todos os casos devem ser discutidos de maneira
biópsia linfonodal é uma opção menos invasiva que a mediastinoscopia multidisciplinar. O tratamento de escolha para a maioria dos pacientes é a
para pacientes candidatos a procedimento cirúrgico que persistiram com quimiorradioterapia definitiva.
dúvida quanto ao acometimento ganglionar mediastinal.
• Cintilografia óssea apenas em casos de sintomas ósseos ou suspeita de Estágio IIIA (localizado no ápice – Tumor de Pancoast) – Quimiorradioterapia
acometimento esquelético. seguida de cirurgia ou dose definitiva de radiação. (Considerar resgate cirúrgico
• Exames laboratoriais gerais (p. e. hemograma completo, ureia, creatinina, sempre que possível para pacientes sem resposta completa.)
sódio, potássio, cálcio iônico, magnésio, fósforo, glicose, bilirrubinas,
Estágio IIIB – Quimiorradioterapia definitiva
TGO, TGP e fosfatase alcalina).
• Prova de função pulmonar para pacientes candidatos a tratamento CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS: DOENÇA METASTÁTICA
cirúrgico.
• Toracocentese diagnóstica para pacientes com derrame pleural suspeito Exames de estadiamento
para acometimento neoplásico.
• PETCT (se não disponível, substituir por: tomografia de tórax, abdome e
Candidatos à ressecção do tumor: pelve e acrescentar cintilografia óssea).
• RNM de crânio.
Estágio IA e IB, Estágio IIA - IIIA (pN0-1) • Laboratório incluindo função hepática, renal, hemograma e marcadores
tumorais (CEA, CA19-9, CA125).
TRATAMENTO
• Pesquisa de mutação de EGFR e de fusão de ALK para todos os pacientes
Estágio IA – apenas seguimento com histologia não escamosa (se disponível, painel de sequenciamento
genético).
Estágio IB: quimioterapia adjuvante para pacientes com lesões > 4 cm.
Câncer de pulmão células não-pequenas não escamoso – Perfil molecular
Estágio IIA – IIIA (pN0-1): Deverão ser submetidos a quimioterapia adjuvante desconhecido ou não mutados

TRATAMENTO DOS CASOS COM TUMORES IRRESSECÁVEIS 1) ECOG 0-1, < 70 anos: 1ª Linha: quimioterapia baseada em platina em
combinação com outro agente citotóxico por não mais que 6 ciclos (4 a 6
Estágio IIIA (cT3-4 pN0-1) ciclos)

Todos os casos devem ser discutidos de maneira multidisciplinar. Pacientes com


tumores potencialmente ressecáveis podem receber tratamento neoadjuvante
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2) ECOG 2 ou idosos (>70 anos): Devem ser tratados com esquemas de Pacientes ECOG 0-2 – Quimioterapia paliativa de primeira linha
combinação (esquema preferencial carboplatina e pemetrexede).
Esquemas com cisplatina devem ser evitados. Pacientes ECOG 3-4 – Suporte clínico: considerar quimioterapia paliativa em casos
muito selecionados, onde a queda do PS tenha sido claramente causada pela
Doença metastática com mutação alvo (driver mutation) neoplasia.

1) EGFR: Inibidor de tirosina cinase (3 linhas de tratamento) Seguimento


2) EML4-ALK: inibidor de ALK (2 linhas de tratamento)
• Exame clínico: a cada 1-2 meses.
CÂNCER DE PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS
• TC de tórax, abdome e pelve: a cada 6-9 semanas (pacientes em terapia
sistêmica) e a cada 2-3 meses (pacientes em seguimento).

• RM de crânio: pacientes com sintomas neurológicos.

TRATAMENTO

Doença limitada (estádio T1, 2 N0)

• Mediastinoscopia: se negativa, prosseguir com cirurgia (se possível lobectomia


seguida de linfadenectomia mediastinal ou amostragem linfonodal.)2 (NE2 GRC)
Radioterapia
• Se linfonodo negativo – quimioterapia exclusiva adjuvante com 4 ciclos de
quimioterapia baseada em platina.
Doença extensa
• Se linfonodo positivo – quimioterapia associada à radioterapia • Radioterapia torácica para doença localmente extensa com boa resposta à
quimioterapia com doença residual pequena.
Doença limitada (estádio clínico T3, 4 ou linfonodo positivo)
Radioterapia profilática cerebral (PCI)
• Quimioterapia associada à radioterapia
• Para doença torácica limitada, pacientes com resposta completa ao tratamento
Doença avançada (estádio IV ou doença extensa)
inicial.

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