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PROFª JACKELINE MOURA E

DUTRA
MORFOLOGIA
• O sistema linfático assemelha-se com o sistema
sanguíneo -> intimamente relacionado anatômica e
funcionalmente;
• Porém há diferenças, como ausência de um órgão
central bombeador.

• OBS:( O sistema cardiovascular é um sistema fechado,


onde o sangue fica dentro dele e não sai).
FUNÇÃO

1. Retorno do liquido intersticial para a


corrente sanguínea ;
2. Destruição de microorganismos e
partículas estranhas da linfa;
3. Respostas imunes especificas – produção
de anticorpos.
CONSTITUIÇÃO

1. Sistema vascular-
capilares linfáticos, vasos
coletores e troncos
linfáticos;
2. Linfonodos - filtros do
líquido coletado pelos
vasos;
3. Órgãos linfoides - tonsilas,
baço e o timo.
VIA ACESSÓRIA
• Quando o líquido intersticial
passa para dentro dos
capilares linfáticos recebe o
nome de Linfa.
• A linfa apresenta
composição semelhante a
do plasma sanguíneo (
água , eletrólitos, proteínas
plasmáticas) .
• Ausência de células
sanguíneas.
SISTEMA LINFÁTICO
• Vasos superficiais - mais numerosos, porém, do que os
vasos sanguíneos;
• Vasos profundos - seguem as veias profundas;

➢Os vasos linfáticos possuem uma grande capacidade


de reparação e de formação de novos vasos após
danos. A partir da divisão mitótica das células
endoteliais dos vasos que permanecem.
CAPILARES LINFÁTICOS Linfático inicial
• A pressão do líquido intersticial fora dos
capilares linfáticos empurra as margens das
células endoteliais para dentro, permitindo ao
liquido penetrar nos capilares;
• Uma vez no interior dos capilares esse
líquido não pode voltar aos espaços
intercelulares devido a pressão no interior
dos capilares, que força as bordas da células
endoteliais a se juntar e fechar a válvula;
• Absorvem macromoléculas – proteínas e
microrganismos.
• Apresentam fundo cego, são fechados com
sua extremidade ligeiramente dilatada sob
forma de pequenos bulbos.
VASOS PÓS CAPILARES OU PRÉ-
COLETORES
• Apresentam válvulas no
seu lúmem, ao contrário
dos capilares;
• Apresentam duas
cúspides que auxiliam o
fluxo da linfa em direção
ao coração;
• Como o calibre do vaso é
menor próximo as
válvulas, ele apresenta-se
irregular e lembra as
contas de um rosário.
• Os vasos pré- coletores , além de apresentarem a
estrutura dos capilares, são envolvidos internamente
por tecido conjuntivo, elementos elásticos e
musculares;
• Os segmentos valvulados possibilitam a contratilidade e
a distensão destes vasos.
COLETORES LINFÁTICOS
• Apresentam estruturas
semelhante às veias de
grande calibre;
• Revestimento composto por 3
camadas:
➢Túnica íntima
➢Túnica média
➢Túnica adventícia
➢Túnica íntima – é a camada mais interna, onde há
fibras elásticas dispostas longitudinalmente;

➢Túnica média – compõe a maior parte do coletor,


formada por musculatura lisa arranjada em forma de
aspiral, seguindo a contratilidade do vaso;
➢Túnica adventícia – é a mais externae espessa,
formada por fibras colágenas dispostas
longitudinalmente, entre as quais existem fibras
elásticas e feixes de musculatura longitudinal.
• Ao seguimento do coletor linfático delimitado por uma
válvula proximal e distal dá-se o nome de Linfangion;
• Possui contratilidade própria;
• Configura a unidade motriz do sistema linfático;
• “Coração” do sistema linfático;
• Impulsiona a linfa por:
• Contração da musculatura lisa da
parede dos vasos: essas contrações
impulsionam o fluido através dos vasos
6 a 7 vezes por minuto. As válvulas
permitem que a linfa caminhe em uma
única direção;
• Estiramento reflexo dos vasos. Quando
há o enchimento de um vaso, ele
causa uma distensão que impulsiona a
linfa através da válvula para o próximo
segmento.
SISTEMA LINFÁTICO

Pós-Capilares ou Pré-Coletores

LINFANGION
• Ações que podem interferir na motilidade dos
linfangions:
➢Bombeamento do sistema arterial;
➢Bombeamento dos músculos;
➢Movimentos respiratórios ( mudanças na pressão da
cavidade torácica, estimulando o ducto torácico);
➢Peristaltismo intestinal;
➢A massagem de drenagem linfática;
➢Pressão externa promovida por enfaixamentos e
contensão elástica.
LINFONODOS
• Situados geralmente na face
anterior das articulações;
• Desempenham em geral o papel de
reguladores da corrente linfática (
filtrando as impurezas da linfa e
produzir linfócitos – céls. de
defesa);
• Os vasos aferentes são os mais
numerosos e mais finos do que os
eferentes, por isso o fluxo é mais
lento nesta região.
• A linfa que chega percorre
numerosas cavidades, os seios
linfáticos, onde as impurezas são
retiradas e passam para a linfa os
linfócitos recém produzidos.
• Em condições patológicas os linfonodos podem
construir um obstáculos à corrente linfática.
• São formados por uma cápsula de tecido fibroso, seios
linfáticos, tecido linfoide e vasos sanguíneos .
• Localizados nas axilas,virilhas, pescoço, perna, bem
como em várias regiões profundas do corpo;
• O aumento do volume e da sensibilidade dos nodos
linfáticos localizados próximo a áreas acometidas, é
conhecido popularmente como “íngua”. ( em condições
patológicas - infecção)
ÓRGÃOS LINFÓIDES
Medula óssea- Além de produzir células do sangue como as hemácias e
plaquetas, também produz LINFÓCITOS ( tipo de leucócitos, principais
células do sistema linfático) faz parte do sistema imunológico. Esses
linfócitos são produzidos na medula óssea a partir das células tronco e
depois de produzidos vão colonizar os outros órgãos linfoides ( Timo,
baço, linfonodos).
Timo – Cresce durante a infância, a partir da puberdade regride e é
substituído em grande parte por tecido gorduroso e tecido conjuntivo.
Produz o Linfócito T. * As células continuam funcionais.
* Órgãos linfoides primários- Porque são órgãos onde se originam ou se
diferenciam os linfócitos .
ÓRGÃOS LINFÓIDES
• Baço – Controle , armazenamento e destruição de células
sanguíneas . Contém linfócitos. Tem papel importante em
transformar os linfócitos B em plasmócitos ( células importantes
para produção de anticorpos)
• Tonsilas – Agregados de linfonodos encapsulados.
• Linfonodos- Agregados de tecidos linfáticos e possuem uma
grande quantidade de células de defesa.
Órgãos Linfóides
Tonsilas
ÓRGÃOS LINFÓIDES
•Filtrar o sangue e reter
micro organismos e outros
corpos estranhos a serem
fagocitados.

•Produzir linfócitos B e
linfócito T
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
• Os capilares linfáticos são dotados de alta permeabilidade ;

• O fluxo é relativamente lento, em média 3L de linfa penetra no


sistema cardiovascular em 24h;

• Porque depende de forças externas e internas: Gravidade,


movimentos passivos , massagem ou contração muscular,
pulsação das artérias próximas aos vasos, peristaltismo
visceral e os movimentos respiratórios;
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA

Passa através de
Transportada por vários Linfonodos
Linfa absorvida nos
vasos pré coletores (filtrada e Vasos sanguíneos
capilares linfáticos
e coletores recolocada
circulação)
TRONCOS LINFÁTICOS
• Toda linfa do organismo acaba retornando ao sistema vascular
sanguíneo através de 2 grande troncos:
1. Ducto torácico – recebe a linfa proveniente dos membros inferiores,
hemitronco esquerdo, do pescoço e da cabeça , além do MSE. Se
origina na cisterna do quilo, dilatação situada anteriormente à
segunda vértebra lombar.
2. Ducto linfático direito – recolhe a linfa provenientedo MSD,
hemitórax direito,do pescoço e da cabeça. Formado pela união dos
troncos subclávio, jugular e broncomediastinal direito.
PRESSÕES
• De acordo com Leduc e Leduc, várias pressões são responsáveis pelas
trocas através do capilar sanguíneo:
✓Pressão hidrostática (PH): depende da atividade cardíaca , por isso
está ligada à existência da corrente sanguínea . O valor de
aproximadamente 30 mmHg no nível arterial cai a aproximadamente
20mmHg no nível capilar venoso.
✓Pressão oncótica (PO): está ligada à presença de proteínas no sangue.
É de aproximadamente 25mmHg. Permanecendo este valor mais ou
menos constante em todo trajeto do capilar.
• A quantidade de líquido nos espaços intersticiais depende:
✓Pressão capilar;
✓Da pressão do liquido intersticial,
✓Pressão oncótica ;
✓Permeabilidade dos capilares;
✓Quantidade de capilares ativos;
✓Fluxo linfático ;
✓Volume total de liquido extracelular.
• Alterações em algum destes parâmetros leva a variações no
volume do liquido intersticial. O excesso EDEMA
Edema
• Aumento da pressão hidrostática;
• Diminuição da pressão oncótica ;
• Obstrução da drenagem linfática;
• Aumento da permeabilidade vascular.
 Fisioterapia Dermato – Funcional
Elaine Guirro, Rinaldo Guirro

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