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SISTEMA LINFÁTICO APLICADO À REFLEXOLOGIA

A principal função do Sistema Linfático é drenar líquidos que estejam acumulados


no espaço intersticial. O sistema linfático está intimamente ligado ao Sistema
cardiovascular, por isso é fundamental entender primeiro o funcionamento do
sistema cardio para entender o funcionamento do sistema linfático.

Para entender estes líquidos acumulados, precisamos saber que grande parte do
nosso corpo é formado por água, aproximadamente 60% de um organismo adulto é
água. Ou ela vai estar no sangue mantendo o sangue em estado líquido formando o
plasma sanguíneo. Ela também pode estar dentro da célula, e na verdade a maior
parte da água do nosso corpo é intracelular, ela está dentro das células, ou ela pode
estar também no meio extracelular, entre as células, formando o que se chama de
líquido intersticial. E estes líquidos têm uma dinâmica, ou seja estes líquidos, esta
água no nosso organismo possui uma dinâmica, ela não fica parada dentro desses
compartimentos.

A água no nosso organismo é um meio de transporte, ela é um veículo por meio do


qual as substâncias conseguem sair do sangue e entrar nas células ou sair das
células e entrar no sangue. Então, a água ela é fundamental e a água que está
dentro do sangue ela pode sair do sangue, ir para o espaço intersticial, entrar nas
células e vice-versa. Então existe uma dinâmica de fluidos, e sabendo que estes
líquidos podem mudar de local, dependendo de onde eles estiverem eles vão
ganhar um nome diferente.

A água que está dentro do sangue é chamada de plasma, a que está dentro das
células é chamada de hialoplasma e a água que está entre as células, fora das
células é chamado de líquido intersticial.

Bom, ​onde entra então o papel do sistema linfático? Ele é o sistema responsável
por drenar o excesso de fluidos que fica preso entre as células.

Quando o excesso de líquido intersticial entra nos capilares linfáticos ela passa a se
chamar linfa. Só que junto com a água o sistema linfático acaba recolhendo também
algumas substâncias que não conseguiram voltar para os capilares sanguíneos
como proteínas, macromoléculas, gorduras, fragmentos de células ou fragmentos
de bactérias e resíduos do metabolismo celular que as pessoas gostam de chamar
de toxinas.

O sistema linfático tem uma função importante também no nosso sistema


imunológico, já que ele contém células imunes como os linfócitos.

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Já falamos então quais são as principais funções do sistema linfático: recolher o
excesso de líquido intersticial e toxinas acumuladas e devolvê-los para a circulação
sanguínea e atuar na imunidade corporal por conter células de defesa.

Agora vamos falar sobre quais são as principais estruturas: o sistema linfático tem
algumas semelhanças com o sistema vascular, ele também é formado por vasos.
Mas no sistema cardiovascular nós temos vasos sanguíneos que transportam
sangue. Já no sistema linfático nós temos os vasos linfáticos que transportam a
linfa. Além disso, o sistema cardiovascular é um sistema fechado onde o sangue
fica dentro dele e não sai. Já o sistema linfático é um sistema aberto que tem
começo e fim. O sistema linfático começa no meio intersticial, entre as células com
os capilares linfáticos que vão drenar o líquido intersticial e ele termina na circulação
venosa já que este sistema precisa devolver para a circulação sanguínea os líquidos
que foram recolhidos.

Então, um dos componentes do sistema linfático são os vasos linfáticos. Outro


componente é a própria linfa, que veio do líquido intersticial. A linfa tem uma
composição semelhante ao plasma, mas dependendo do tecido que ela drena, ela
pode variar um pouco na sua composição. Tem uma linfa que vem dos intestinos,
dos rins. O nosso organismo em condições normais tem a capacidade de produzir
de 3 a 4 litros de linfa por dia. E é importante lembrar também que esta linfa é
devolvida diretamente para a corrente sanguínea. Este sistema também possui
células e as principais são os linfócitos. O sistema linfático também possui órgãos
linfáticos ou órgãos linfóides, temos os linfonodos ou gânglios linfáticos, as tonsilas,
e órgãos que são responsáveis pela produção, maturação ou renovação dos
linfócitos, das células de defesa, que são a medula óssea, timo e baço.

Principais funções do Sistema Linfático

1 - Absorção e transporte de líquidos.


2 - Reabsorção de proteínas e outras substâncias vitais, retornando-as à corrente
sanguínea.
3 - Absorção das gorduras do Intestino Delgado através dos Linfáticos Intestinais.
4 - Filtração e remoção de partículas orgânicas como vírus e bactérias.
5 - Produção de linfócitos para proteção e defesa do corpo contra a invasão de
bactérias.

Composição do Sistema Linfático - Principais

Linfa
Capilares Linfáticos
Coletores Linfáticos
Vasos Linfáticos
Linfonodos

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Órgãos relacionados ao Sistema Linfático

Três são os órgãos linfóides relacionados ao Sistema Linfático.


Estes órgãos não filtram a linfa, mas são fundamentais para o Sistema Imunológico,
pois contém células de defesa que destroem os micro-organismos invasores.

1 - Baço
2 - Timo
3 - Tonsilas

Circulação Sanguínea e Linfática

Os Linfonodos situados ao longo dos vasos linfáticos são formações ovóides,


também conhecidos como Nódulos Linfáticos. Essas importantes estruturas são
responsáveis pela produção de glóbulos brancos chamados linfócitos que defendem
o corpo contra doenças, filtrando os microorganismos como as bactérias, à medida
que a linfa passa por eles.

Linfa - ​Lympha vem do latim, que define seu aspecto aquoso, que vem por sua vez
da palavra grega (nymphé = ninfa), nome dado às divindades femininas das fontes.
Cerca de dois terços de toda a linfa são derivados do fígado e do Intestino Delgado.
O líquido encontrado nos tecidos forma o líquido intersticial e constitui a “pré-linfa”.
Recebe o nome “Linfa” apenas quando penetra no interior dos Capilares Linfáticos.
A linfa é um líquido incolor e viscoso. Sua composição se assemelha à do plasma
sanguíneo, porém em concentração muito menor. Possui grande número de
leucócitos (principalmente linfócitos) e poucas hemácias.
A linfa circula cinco a seis vezes mais lentamente que o sangue e seus fatores de
coagulação também são mais lentos que os do sangue.

Fatores que determinam o movimento da linfa:

Movimentos respiratórios
Contração da muscular esquelética
Pulsação das artérias sanguíneas
Peristaltismo intestinal
Gravidade: da linfa que circula pelos vasos da cabeça, pescoço, nuca e face
Formação contínua de nova linfa, empurrando a antiga para a frente
Compressão externa através da DLM e de exercícios físicos e respiratórios
Assim, o Sistema Linfático através da linfa, promove o retorno à Circulação
Sanguínea das proteínas e do líquido dos espaços intersticiais, colaborando assim
para um balanceamento estável, até que, por alguma razão, a intensidade do
vazamento de proteína e de líquido pelos capilares sanguíneos venha a se alterar. A

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Drenagem Linfática natural do organismo, que não esteja funcionando
adequadamente, pode gerar uma condição chamada edema.

Edema - ​Presença de excesso de líquido nos tecidos corporais.


Os edemas podem ser causados por:
1 - Deficiência dos capilares linfáticos em retornar o líquido à corrente sanguínea
2 - Traumatismos acidentais e cirúrgicos: os vasos sanguíneos e linfáticos lesados,
vertem seu conteúdo para o espaço intersticial, fazendo aparecer hematomas
3 - Insuficiências da circulação venosa em consequência de varizes avançadas,
tromboses, tromboflebites, etc.
4 - Falta de nutrição celular adequada pela obstrução da drenagem linfática por:
- infecção dos linfonodos
- hipertensão
- inflamação
- algumas doenças renais ou cardíacas
- certos tipos de câncer
Alguns “Linfedemas” (edemas resultantes da drenagem linfática deficiente) podem
causar grandes deformidades, um exemplo é a “Elefantíase”: um linfedema
resultante de bloqueio dos vasos linfáticos dos membros inferiores que causam
deformidades nas pernas por acúmulo de água e deixam a pele áspera, rugosa e
dura assemelhando-se à dos elefantes. Daí o nome “Elefantíase”.

Outro exemplo bem apropriado são as grávidas, que ​com o fluxo sanguíneo mais
lento, o organismo passa a enviar mais água para certas regiões do corpo,
aumentando o volume de líquidos, o que gera um acúmulo e causa o inchaço. As
partes mais afetadas, normalmente, são pernas, tornozelos e ​pés​, mas braços e
mãos também podem ser atingidos. Sendo assim, o inchaço na gravidez faz parte
de um processo fisiológico, porém quando detectar um inchaço anormal nas
grávidas? O médico que acompanha o pré-natal consegue identificar as causas
graves de ​inchaço com base em resultados de um exame físico, aferição da
pressão arterial, exames de urina e, às vezes, ultrassonografia. Ou seja, cuidar de
uma grávida com a reflexoterapia faz parte de um cuidado integrativo em conjunto
com outros profissionais, pensando sempre primariamente no benefício da futura
mamãe e bebê.

Linfonodos - ​A Linfa passa através de vários grupos de Linfonodos, antes de


retornar à corrente sanguínea.
Os Linfonodos, também conhecidos como Nódulos Linfáticos, são pequenas
estruturas encapsuladas em corpos ovais situados por toda parte do corpo, ao longo
dos Vasos Linfáticos, assumindo tamanhos variados.
Existe uma média de 400 a 600 linfonodos no corpo.
Os mais volumosos, concentram-se no pescoço, nas axilas, nas virilhas, nos
intestinos e ao longo do tórax.

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Em um dos lados do linfonodo penetram vários vasos linfáticos que trazem a linfa
dos órgãos e músculos das proximidades, são chamados Vasos Linfáticos
Aferentes. Do lado oposto, numa pequena depressão chamada Hilo, saem os Vasos
Linfáticos Eferentes que levam para os órgãos e músculos a linfa já filtrada.
Através do Hilo também passam as artérias, veias e vasos sanguíneos do
Linfonodo.

Funções dos Linfonodos

1 - Atua como Filtro: ​A linfa pode transportar resíduos, microorganismos e outras


substâncias que podem causar dano ao organismo. Quando a linfa passa pelo
interior dos Linfonodos, estes agem como filtros, recolhendo a linfa da parte afetada
pela inflamação, dificultando sua passagem e sua propagação.
2 - Atua no Sistema Imunológico: Quando há uma invasão de agentes nocivos no
organismo, os linfonodos produzem os Linfócitos que são as células de defesa do
corpo.
Os linfonodos são capazes de filtrar e reter células cancerosas, embora nesses
casos os próprios linfonodos possam tornar-se sede para novos tumores. Daí a
necessidade de constante observação dos Nódulos Linfáticos encarregados de
drenar a zona do tumor original.
3 - Atua como Depósito: ​Por vezes armazenam bactérias que infectam os
linfonodos, provocando abscessos. Em alguns casos pode tornar-se necessária sua
extração através de cirurgia.
Alguns fisiologistas referem-se aos Linfonodos como “depósitos de lixo do
organismo”.
4 - Regula a concentração de Proteínas: Os linfonodos dissolvem as grandes
partículas de proteínas para depois de dissolvidas retorná-las à corrente sanguínea.

Produção e filtragem

A intensidade de Produção de linfócitos e de filtragem da linfa pode variar de acordo


com a situação do organismo como um todo, ou mesmo conforme a localização do
linfonodo, indicando que há uma intensificação de suas atividades; assim, os
linfonodos pulmonares de pessoas que fumam ou que trabalham em minas de
carvão, por exemplo, podem tornar-se escuros e até mesmo endurecidos pela
presença de partículas de carvão que retiraram da linfa (antracose). Os macrófagos
dos alvéolos pulmonares podem fagocitar as partículas de carvão inspiradas e, por
intermédio da linfa, chegar aos linfonodos, onde se depositam e originam nódulos
linfáticos quase tão duros e negros como o carvão. Além disso, os linfonodos são
mais desenvolvidos nas proximidades do aparelho digestório, onde o contato com
micróbios é maior, ou nas proximidades dos pulmões, onde há entrada de partículas
do ar.

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O Intestino Delgado e seu mecanismo de defesa contra as infecções

Em 1677, um médico suíço, Johan Peyer, descreveu pequenas placas de tecido


linfático no intestino delgado que se encontravam envolvidas numa espécie de
secreção e constituíam uma parte importante do mecanismo de defesa que o
intestino delgado desenvolvia contra as invasões de bactérias que conseguiam
sobreviver aos rigores dos ácidos gástricos.
Essas placas hoje contém seu nome: Placas de Peyer e contém um elevado
número de linfócitos, as células “M” isoladas ou “micropregas” que atraem para si
bactérias e outras substâncias tóxicas, encaminhando-as depois para os linfócitos.
Trata-se de um sistema engenhoso, pois os linfócitos são responsáveis pela defesa
do organismo contra as bactérias invasoras e outros microorganismos. Grandes
quantidades de linfócitos são produzidos nas placas de Peyer e nos gânglios
adjacentes preparados para repelir esses micro invasores.

A Linfa no Intestino Delgado

O intestino delgado trabalha com a absorção. Um fator extremamente importante


para esse trabalho é a superfície. Quanto mais larga, maiores quantidades podem
ser absorvidas. No entanto, ele tem que se restringir aos limites físicos do corpo. A
imagem utilizada para o intestino é a de “dedos”.

Quatro são os fatores que aumentam a absorção de nutrientes:

1º Fator: ​O que faz aumentar a área de absorção de nutrientes é o comprimento: O


intestino delgado é bastante comprido, enrolado sobre si mesmo e extremamente
bem arrumado na cavidade abdominal.
2º Fator: A superfície interna do intestino fica dobrada e pregueada aumentando
assim a sua área.
3º Fator: As pregas e as rugas apresentam uma superfície parecida com a de um
tapete de onde saem milhares de projeções em forma de dedos que se chamam
“vilosidades”.
4º Fator: As membranas exteriores das células que revestem as vilosidades
projetam filamentos ainda mais finos que são as “microvilosidades”.
Se o Intestino Delgado fosse um tubo liso, teria uma superfície interna de mais ou
menos 3,20 m2. Mas os fatores 2,3 e 4 fazem essa superfície aumentar para 202, 5
m2 ou mais.
O Intestino Delgado não fica solto dentro da cavidade abdominal, senão ele daria
nós sobre si mesmo, obstruindo a passagem dos alimentos. As suas múltiplas voltas
ficam fixas à parede posterior do abdome por uma membrana chamada
“mesentério”. Com seus longos e finos terminais, o mesentério não só mantém o
intestino no lugar como também dá suporte a rede de vasos sanguíneos e linfáticos.

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Processo de Absorção

Parte do que sobra das grandes moléculas de alimento, passa para as vilosidades
que vão sofrer a ação de diversas enzimas. Os Troncos Lombares Direito e
Esquerdo levam a linfa dos membros inferiores, testículos ou ovários, paredes e
vísceras da pelve, dos rins, das glândulas suprarrenais e dos linfáticos profundos
das paredes abdominais; e o Tronco Intestinal leva a linfa proveniente do estômago,
do baço, do pâncreas e da maior parte do fígado e do intestino.
Assim o Sistema Linfático (cuja principal função é a de defender e combater a
infecção) transforma-se no principal receptor de gorduras.

Órgãos Linfóides - ​Órgãos linfóides que não filtram a linfa, mas são fundamentais
para o Sistema Imunológico, pois contém células de defesa que destroem os
micro-organismos invasores.
1 - Baço
2 - Timo
3 - Tonsilas

1 – BAÇO:
Maior órgão linfóide do corpo. Atua como um filtro para a corrente sanguínea
produzindo linfócitos e plasmócitos, que fabricam anticorpos. Atua também como
um reservatório sanguíneo, auxiliando em casos de hemorragia.
2 – TIMO:
Órgão linfóide que auxilia a produção de células denominadas Linfocitos “T”, que
atacam microorganismos específicos causadores de doença para destruí-los e
ajudar a defender o corpo contra infecção.
O Timo é mais ativo nas crianças e atrofia-se gradativamente na idade adulta.
3 – TONSILAS:
Órgãos Linfóides da região faríngea. De acordo com sua localização denominam-se:
A - Tonsilas palatinas (conhecidas como amígdalas)
B - Tonsilas faríngeas ou adenóides
C - Tonsila lingual - sua função é combater as infecções do ouvido, nariz e garganta.

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SISTEMA LINFÁTICO

Circulação Linfática Inchaço nos membros, principalmente nos superiores.​I

Gânglios Superiores Baixa de resistência, retenção de líquidos.

Gânglios Médios Baixa de resistência.


Emocional: Confusão de pensamentos quanto à
defender-se.

Gânglios Inferiores Baixa de resistência (facilidade para entrada de vírus no


organismo), inflamação na garganta, corrimento vaginal.

Baço Dor local ao correr, baixa de resistência e problemas


relacionados ao órgão.
Emocional: Necessidade de ajudar outros.

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