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Cerca de 120 mL/h, ou 2 a 3 L por dia, de linfa flui de volta para o sistema vascular.
Formação da Linfa
Derivada do líquido intersticial que flui para os linfáticos, apresentando praticamente a
mesma composição que o líquido intersticial.
Intensidade do Fluxo Linfático
Cerca de 120 mL/h, ou 2 a 3 L por dia, de linfa flui de volta para o sistema vascular.
A pressão detém uma grande importância sobre o fluxo linfático. Ao analisar o gráfico
abaixo, infere-se que pressões abaixo de -6 mmHg no líquido intersticial sobre o fluxo
linfático, diminuem-no drasticamente, e subindo para 0 mmHg, aumenta-o em 20 vezes.
O sistema linfático ainda capta líquido e proteína extras que extravasam para o
interstício.
Há quatro forças, denominadas forças de Starling, que determinam se o líquido moverá
do sangue para o liquido intersticial ou no sentido inverso. Tais forças são classificadas
como: Pressão hidrostática capilar, Pressão do líquido intersticial, e Pressão
coloidosmótica capilar e do líquido intertícial.
Pressão hidrostática capilar (Pc): Pressão que força o líquido e substâncias
dissolvidas nele a passarem para o interstício, através da membrana capilar. Vale
ressaltar que essa pressão é muito maior nas extremidades capilares que estão próximas
das arteríolas e vai decaindo até chegar nas extremidades das vênulas.
Pressão do líquido intersticial (Pli): Pressão exercida pelo líquido no interstício, sendo
geralmente negativa – neste caso tende a pressão para dentro do capilar. Contudo,
tecidos circundados por estruturas rígidas (caixa craniana, esclera do olho, bainha dos
músculos, cápsula fibrosa do rim), essa pressão é positiva, favorecendo nesse caso, a
força para fora dos capilares.
A explicação dos diversos tecidos deterem a Pli negativa, é explicada pelo
bombeamento que o sistema linfático faz, removendo o excesso de líquido, proteínas,
detritos orgânicos e outros materiais dos espaços teciduais, bombeando o líquido para o
sangue, e, assim, favorecendo a entrada de liquídos do plasma sanguíneo para o
interstício (Pli -).
Alguns dos valores médios, em alguns tecidos:
Tecido conjuntivo frouxo: -3 mmHg.
Espaço interpleural: -8 mmHg.
Espaços sinoviais nas articulaçõe: -4 a -6 mmHg.
Espaço epidural: -4 a -6 mmHg.
Pressão coloidosmótica plasmática capilar (πp): Pelo fato, das proteínas serem as
únicas constituintes dissolvidas no plasma e nos líquidos intersticiais que não
atravessam facilmente os poros capilares, são elas as responsáveis pelas pressões
osmóticas. Neste caso, essa pressão é exercida pelas proteínas que estão dentro dos
capilares e tende a provocar a osmose para dentro do vaso do sistema circulatório
sanguíneo.
O seu valor, em média e em um indivíduo normal, é de 28 mmHg, sendo que, desse
valor, 19 mm é feito pela própria proteína e 9 pelo efeito Donnan.
Efeito Donnan: é a o acréscimo dessa pressão provocada por Na, K e outros cátions
mantidos pelas proteínas, pois as proteínas detêm carga negativa no pH fisiológico,
atraindo os íons de carga positiva e repelindo os de carga negativa, criando
concentrações diferentes entre o íons no plasma sanguíneo e pelo interstício.
Vale ressaltar, que o valor de 19 mmHg é exercido principalmente pela albumina (em
torno de 80% desse valor) , pois o que irá que irá ditar essa pressão é concentrações
relativas de massa (g/dL).
Pressão coloidosmótica do líquido intersticial (πli): Como pequena parte da
quantidade de proteína acaba “vazando” para o intertício, a pressão coloidosmótica
também ocorre no interstício, sendo que, neste caso, ele tende provocar osmose do
líquido para dentro do vaso capilar.
Aluno: João Luís Lima Passini Matricula: 201900110355
Através das somas das forças de Starling, a pressão efetiva de filtração que tende a fazer
os líquidos passarem para fora dos poros dos capilares é 13 mmHg.
Forças que realizam a reabsorção nas extremidades capilares venosas:
Como a força que faz com que o líquido se mova dentro do capilar seja maior do que a
que se mova para fora, o líquido tende a mover-se para dentro dos capilares, com a
pressão efetiva de reabsorção do líquido para dentro do capilar é 7 mmHg.
Como a PEF nas extremidades capilares é maior do que das venosas, em uma
quantidade pequena, isso faz com que cerca de nove décimos do líquido, que foi filtrado
para fora nas extremidades arteriais, sejam reabsorvidos nas extremidades venosas. Em
condições normais, esse 1/10 irá fluir pelos vasos sanguíneos.
Equilíbrio de Starling para a Troca Capilar
Ernest H. Starling demonstrou que em condições normais há um certo equilíbrio na
quantidade de líquido filtrado e no que retorna a circulação por absorção. No quadro a
seguir, são apresentadas as médias das pressões nas extremidades arteriais e venosas dos
capilares, para determinar pressão capilar funcional média, em toda sua extensão. O
valor dessa pressão é de 17,3 mmHg.
Aluno: João Luís Lima Passini Matricula: 201900110355
O pequeno desequilíbrio (0,3 mmHg) é que faz com que uma parte do líquido retorne a
circulação pelos vasos linfáticos. Esse excesso de filtração é denominado filtração
efetiva, que detém uma intensidade de 2 mL/min, sem ser nos rins.
Como 0,3 mmHg da resultante das forças equivale a 2 ml/min de filtração, logo, em 1
mmHg – seguindo a lógica de proporção direta – equivale a 6,67 mL/min de líquido
por mmHg, em todo o corpo. Esse valor recebe o nome de coeficiente de filtração
capilar corporal total.
Esse coeficiente também pode ser expresso em termos da intensidade da filtração por
minuto por mmHg por 100 gramas de tecido, detendo o valor de cerca de 0,01
mL/min/mmHg/100 g de tecido. Isso varia até 100x em cada tecido, no cérebro e
músculo é pequeno, já no tecido subcutâneo, alto., o que depende da concentração de
proteínas no líquido intersticial.
Efeito da falha de balanceamento das forças de membrana capilar
Se a pressão média capilar aumentar acima de 17 mmHg, a filtração aumenta e para
suprir seria necessário o fluxo de líquido aumentar proporcionalmente, porém como
acontece ocorre a formação de edemas pelo acumulo de líquido nos espaços
intersticiais.
Ao passo que se ela cair, há grande reabsorção de líquido, levando ao aumento do
volume de sanguíneo.
Há três fatores de segurança que evitam acumulo excessivo nos espaços intersticiais:
Baixa complacência do interstício: na maior parte dos tecidos subcutâneos
frouxos, a pressão média é de -3 mmHg. Essa pressão negativa causa uma
sucção nos tecidos, mantendo-os bem compactos (baixa complacência). Nessa
situação, pequenas alterações no volume líquido do interstício, há uma grande
elevação da pressão hidrostática, impedindo o acumulo maior de líquido.
Contudo, essa segurança só funciona quando a pressão do líquido intersticial
está negativa, logo, a pressão deve variar 3 mmHg para dar início ao acúmulo
nos tecidos. Ao passar para valores positivos de pressão, há um grande acúmulo
de líquido livre. Essa característica do fato, desse tipo de edema ser classificado
como depressível.
Capacidade do fluxo linfático de aumentar: O fluxo linfático pode aumentar
de 10 a 50 vezes o normal, quando há acúmulo de líquidos nos tecidos, evitando
que a pressão intersticial eleve para valores positivos. O fator de segurança,
causado pelo aumento do fluxo linfático, é de 7 mmHg.
Diluição das proteínas do líquido intersticial: quando há aumento da filtração
de líquido para o interstício, ocorre, também, o aumento da pressão do líquido
intersticial, com conseqüente, aumento fluxo linfático, o qual transporta as
proteínas do interstício. Esse processo impede que ocorra aumento da
coloidosmótica do liquido intersticial, evitando o acúmulo. O fator de segurança
para esse efeito é de 7 mmHg.
Somando-se os três fatores de segurança, o fator de segurança total contra o edema gira
em torno de 17 mmHg. Logo, a pressão pressão capilar no tecido periférico pode
aumentar para 17 mmHg ou o dobro do valor normal, antes que ocorra edema
acentuado.