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Aluno: João Luís Lima Passini Matricula: 201900110355

1) Morfologia envolvida no processo de dinâmica capilar.


A dinâmica circulatória envolve os sistemas vasculares e linfáticos, juntamente com
órgão, integralmente de tecido conjuntivo, denominado interstício. Nesse tópico serão
demonstradas as morfologias envolvidas no processo de dinâmica capilar.
Sistema Vascular
O sistema vascular sanguíneo é composto pelas seguintes estruturas: coração, artérias,
vasos capilares e veias. É comum dividir esse sistema em vasos da macrocirculação,
mais calibrosos e responsáveis em transportar sangue aos órgãos e de levar o sangue de
volta ao coração (artérias e veias de grande calibre), e da microcirculação, vasos com
menos de 100 μm e dentro deles há os vasos capilares, que são responsáveis pelo
intercâmbio dos componentes dissolvidos no plasma para o tecido adjacente e vice
versa. A seguir, serão explicados componentes desse vaso, auxiliando o estudo da
dinâmica capilar.
Estrutura da Parede Capilar
A superfície interna, como de todos os vasos sanguíneos, dos capilares é revestida por
uma única camada de epitélio pavimentoso, originado do mesênquima, denominado
endotélio, contudo, diferentemente dos demais vasos sanguíneos, ele é só composto por
esse epitélio. A espessura da parede capilar gira em torno de 0,5 micrômetro.
Uma das características desse epitélio nos capilares é a presença de “poros”, que servem
como via de passagem do interior do capilar ao exterior. Uma dessas passagens é a
fenda intercelular e as cavéolas (vesículas plasmalêmicas).
Fenda intercelular: um fino canal curvado entre células endoteliais adjacentes. Cada
fenda é interrompida por curtas cadeias de proteínas aderidas que mantêm as células
endoteliais unidas, contudo, o líquido pode se difundir livremente pela fenda. Moléculas
de água, de outros íons hidrossolúveis e dos pequenos solutos difundem-se por esse
“poro”.
Cavéolas (vesículas plasmalêmicas): são formadas a partir de oligômeros de proteínas
associadas às moléculas de colesterol e esfingolipídios. A função delas é desempenhar
endocitose e transcitose de macromoléculas.
Importa salientar, em cada órgão há diferentes tipos, tamanhos e quantidades de
“poros”, em virtude da sua necessidade metabólica. Como exemplo:
 No cérebro, as junções entre as células endoteliais capilares são, em sua maior
parte, junções “oclusivas”, permitindo somente a passagem de moléculas
extremamente pequenas, como água, oxigênio e dióxido de carbono.
 No fígado, as fendas intracelulares são maiores, possibilitando que quase todas
as substâncias dissolvidas no plasma, incluindo proteínas plasmáticas, podem
passar do sangue para os tecidos hepáticos.
 No trato gastrointestinal, apresentam um tamanho intermediário.
 Nos glomérulos capilares renais, há muitas pequenas aberturas ovais,
denominadas de fenestrações, atravessam pelo meio as células endoteliais.
Sistema Vascular Linfático
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfoides, linfonodos, ductos
linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e
transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório.
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Nesse sistema, há três funções inter-relacionadas:


 Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; (relacionado à dinâmica
capilar)
 Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema
circulatório;
 Produção de células imunes
Os finos canais linfáticos terminam em dois troncos, que irão desaguar no sistema
circulatório vascular.
 Ducto linfático direito: conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes
regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro
superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face
diafragmática do fígado. Desemboca na junção da veia subclávia direita com a
veia jugular interna direita.
 Ducto torácico: Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue, exceto
aos de cima citados no ducto linfático direito e desemboca no ângulo formado
pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda.

Canais Linfáticos do Corpo


Praticamente todos os tecidos corporais têm canais linfáticos, que drenam o excesso de
líquido dos espaços intersticiais. A exceção disso são as porções superficiais da pele, o
sistema nervoso central, o endomísio dos músculos e os ossos. Contudo, esses tecidos
detêm canais minúsculos, pelos quais o líquido intersticial pode fluir, para depois, serem
drenados para vasos linfáticos ou para o líquido cerebrospinal (no caso do encéfalo).
Cerca de um décimo do líquido segue para os capilares linfáticos e retorna ao sangue
pelo sistema linfático.
Os capilares linfáticos originam-se como vasos finos e sem aberturas terminais, que
consistem em uma única camada de endotélio e uma lâmina basal. Nas junções entre as
células endoteliais adjacentes, a borda de uma das células se sobrepõe à borda da célula
seguinte, formando, desse modo, uma pequena válvula, que se abre para o interior do
capilar linfático. A partir dessas pequenas válvulas que as partículas suspensas
juntamente no líquido intersticial podem adentrar no vaso linfático.
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Cerca de 120 mL/h, ou 2 a 3 L por dia, de linfa flui de volta para o sistema vascular.
Formação da Linfa
Derivada do líquido intersticial que flui para os linfáticos, apresentando praticamente a
mesma composição que o líquido intersticial.
Intensidade do Fluxo Linfático
Cerca de 120 mL/h, ou 2 a 3 L por dia, de linfa flui de volta para o sistema vascular.
A pressão detém uma grande importância sobre o fluxo linfático. Ao analisar o gráfico
abaixo, infere-se que pressões abaixo de -6 mmHg no líquido intersticial sobre o fluxo
linfático, diminuem-no drasticamente, e subindo para 0 mmHg, aumenta-o em 20 vezes.

Dessa forma, ao aumentar os fatores abaixo, que aumentam a pressão do líquido


intersticial, vai aumentar o fluxo também, se os vasos linfáticos estiverem funcionando
normalmente. Sendo eles:
 Pressão hidrostática capilar elevada.
 Pressão coloidosmótica diminuída do plasma.
 Pressão coloidosmótica aumentada do líquido intersticial.
 Permeabilidade aumentada dos capilares.
Contudo, no gráfico ainda acima, o fluxo linfático para de aumentar, mesmo sob
pressões maiores, porque esse aumento de pressão irá comprimir também as superfícies
externas dos vasos linfáticos, impedindo o fluxo de linfa.
Vale ressaltar que todos os canais linfáticos têm válvulas, impedindo o refluxo e
direcionando o fluxo de líquido.
Quando uma determinada parte do vaso linfático, que está delimitada pelas válvulas, se
enche e é estirado, o músculo liso na parede desse vaso se contrai automaticamente,
levando a linfa até escoar na circulação sanguínea.
Além dessa compreensão, qualquer fator externo, que comprima o vaso linfático
também de modo intermitente, pode provocar o bombeamento. Em ordem de
importância, está listado:
 Contração dos músculos esqueléticos circundantes.
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 Movimento de partes do corpo.


 Pulsações de artérias adjacentes aos linfáticos.
 Compressão dos tecidos por objetos externos ao corpo.
Como o fluxo linfático é determinado pela pressão do líquido intersticial e pela
atividade da bomba linfática, infere-se que a intensidade do fluxo linfático é
determinada pelo produto da pressão do líquido intersticial pela atividade da bomba
linfática.
Mecanismo de transbordamento: excesso de proteína acaba regulando a quantidade de
líquido intersticial. Esse processo funciona pelo fato das proteínas, que acabaram de
passae para o interstício e não conseguem retornar para o vaso capilar, aumentam a
pressão coloidosmótica dos líquidos intersticiais. Em virtude disso, o balanço das forças
na membrana do capilar sanguíneo se favorece para filtração de líquido para o
interstício, aumentando o volume e a pressão do líquido intersticial. A elevação dessa
pressão aumenta o fluxo linfático que remove o líquido intersticial e a proteína em
excesso que se acumularam nos espaços.
Interstício
Cerca de um sexto do volume corporal total consiste em espaços entre as células que
são referidas como interstício. O líquido nesse espaço é designado como líquido
intersticial.
Este espaço contém dois tipos principais de estruturas sólidas, que são:
 Fibras de colágeno: estendem-se por longas distâncias pelo interstício, sendo
extremamente fortes, fornecendo, assim, maior parte da força tensional dos
tecidos.
 Filamentos de proteoglicanos: são moléculas bem delgadas e espiraladas ou
retorcidas, extremamente finas, compostas por cerca de 98% de ácido
hialurônico e 2% de proteínas.
O líquido presente nesse espaço é derivado da filtração e da difusão dos capilares. Dessa
forma, ela apresenta praticamente os mesmos constituintes que o plasma, menos na
concentração bem menor das proteínas, pelo fato delas não passarem com facilidade
pelos poros.
A combinação das estruturas sólidas e o líquido retido geram uma característica de um
gel, denominada gel tecidual. Nesse meio com essa característica, o líquido tem
dificuldade em fluir, possibilitando, unicamente, que o ocorra movimento de molécula a
molécula (difusão através do gel).
Contudo, nem todo líquido, em condições normais, no interstício estará no gel tecidual,
podendo, por vezes, em pequenas correntes de líquido livre ou pequenas vesículas de
líquido livre que fluem sem a interferência dos filamentos de proteoglicanos, por entre
os feixes de fibra de colágeno. Geralmente, a quantidade de líquido livre presente nos
indivíduos é menor do que 1%. Quando a geração de edema, esse líquido livre se
expande.

2) Processo da dinâmica capilar.


Os processos de dinâmica capilar incluem forças que proporcionam trocas entre o
plasma sanguíneo e líquido intersticial.
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O sistema linfático ainda capta líquido e proteína extras que extravasam para o
interstício.
Há quatro forças, denominadas forças de Starling, que determinam se o líquido moverá
do sangue para o liquido intersticial ou no sentido inverso. Tais forças são classificadas
como: Pressão hidrostática capilar, Pressão do líquido intersticial, e Pressão
coloidosmótica capilar e do líquido intertícial.
Pressão hidrostática capilar (Pc): Pressão que força o líquido e substâncias
dissolvidas nele a passarem para o interstício, através da membrana capilar. Vale
ressaltar que essa pressão é muito maior nas extremidades capilares que estão próximas
das arteríolas e vai decaindo até chegar nas extremidades das vênulas.
Pressão do líquido intersticial (Pli): Pressão exercida pelo líquido no interstício, sendo
geralmente negativa – neste caso tende a pressão para dentro do capilar. Contudo,
tecidos circundados por estruturas rígidas (caixa craniana, esclera do olho, bainha dos
músculos, cápsula fibrosa do rim), essa pressão é positiva, favorecendo nesse caso, a
força para fora dos capilares.
A explicação dos diversos tecidos deterem a Pli negativa, é explicada pelo
bombeamento que o sistema linfático faz, removendo o excesso de líquido, proteínas,
detritos orgânicos e outros materiais dos espaços teciduais, bombeando o líquido para o
sangue, e, assim, favorecendo a entrada de liquídos do plasma sanguíneo para o
interstício (Pli -).
Alguns dos valores médios, em alguns tecidos:
 Tecido conjuntivo frouxo: -3 mmHg.
 Espaço interpleural: -8 mmHg.
 Espaços sinoviais nas articulaçõe: -4 a -6 mmHg.
 Espaço epidural: -4 a -6 mmHg.
Pressão coloidosmótica plasmática capilar (πp): Pelo fato, das proteínas serem as
únicas constituintes dissolvidas no plasma e nos líquidos intersticiais que não
atravessam facilmente os poros capilares, são elas as responsáveis pelas pressões
osmóticas. Neste caso, essa pressão é exercida pelas proteínas que estão dentro dos
capilares e tende a provocar a osmose para dentro do vaso do sistema circulatório
sanguíneo.
O seu valor, em média e em um indivíduo normal, é de 28 mmHg, sendo que, desse
valor, 19 mm é feito pela própria proteína e 9 pelo efeito Donnan.
Efeito Donnan: é a o acréscimo dessa pressão provocada por Na, K e outros cátions
mantidos pelas proteínas, pois as proteínas detêm carga negativa no pH fisiológico,
atraindo os íons de carga positiva e repelindo os de carga negativa, criando
concentrações diferentes entre o íons no plasma sanguíneo e pelo interstício.
Vale ressaltar, que o valor de 19 mmHg é exercido principalmente pela albumina (em
torno de 80% desse valor) , pois o que irá que irá ditar essa pressão é concentrações
relativas de massa (g/dL).
Pressão coloidosmótica do líquido intersticial (πli): Como pequena parte da
quantidade de proteína acaba “vazando” para o intertício, a pressão coloidosmótica
também ocorre no interstício, sendo que, neste caso, ele tende provocar osmose do
líquido para dentro do vaso capilar.
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Contudo a concentração de proteína nesse meio é baixa, em torno de 40% em relação ao


plasma sanguíneo, ou cerca de 3 g/dl, que equivale, em média, 8 mmHg.
A relação das forças de Starling resulta em uma pressão efetiva de filtração (PEF),
sendo que, se for positiva, ocorrerá filtração de líquido pelos capilares, e, se dor
negativa, ocorrerá reabsorção de líquidos pelos capilares.
PEF=Pc−Pli−πp−πli

Em condições normais, a PEF é ligeralmente positiva na maioria dos órgãos, contudo a


intensidade pode ser diferente nos tecidos, pois cada um contêm números e tamanhos
diferentes de poros capilares, bem como quantidades de capilares pelos quais o sangue
flui. Esses fatores, em geral, são expressos como coeficiente de filtração capilar (Kf),
que é dado em ml/min por mmHg da PEF. Logo, a intensidade/velocidade da filtração
pode ser calculado como:
Filtração : Kf x PEF
Trocas de Fluido através da Membrana Capilar
A pressão média nas extremidades arteriais dos capilares é 15 a 25 mmHg maior que
nas extremidades venosas. Por conta desse fato, o líquido é filtrado nas extremidades
capilares, mas nas extremidades venosas é reabsorvido de volta para os capilares.
As médias das forças que provocam a filtração na extremidade arterial do capilar são:
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Através das somas das forças de Starling, a pressão efetiva de filtração que tende a fazer
os líquidos passarem para fora dos poros dos capilares é 13 mmHg.
Forças que realizam a reabsorção nas extremidades capilares venosas:

Como a força que faz com que o líquido se mova dentro do capilar seja maior do que a
que se mova para fora, o líquido tende a mover-se para dentro dos capilares, com a
pressão efetiva de reabsorção do líquido para dentro do capilar é 7 mmHg.
Como a PEF nas extremidades capilares é maior do que das venosas, em uma
quantidade pequena, isso faz com que cerca de nove décimos do líquido, que foi filtrado
para fora nas extremidades arteriais, sejam reabsorvidos nas extremidades venosas. Em
condições normais, esse 1/10 irá fluir pelos vasos sanguíneos.
Equilíbrio de Starling para a Troca Capilar
Ernest H. Starling demonstrou que em condições normais há um certo equilíbrio na
quantidade de líquido filtrado e no que retorna a circulação por absorção. No quadro a
seguir, são apresentadas as médias das pressões nas extremidades arteriais e venosas dos
capilares, para determinar pressão capilar funcional média, em toda sua extensão. O
valor dessa pressão é de 17,3 mmHg.
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O pequeno desequilíbrio (0,3 mmHg) é que faz com que uma parte do líquido retorne a
circulação pelos vasos linfáticos. Esse excesso de filtração é denominado filtração
efetiva, que detém uma intensidade de 2 mL/min, sem ser nos rins.
Como 0,3 mmHg da resultante das forças equivale a 2 ml/min de filtração, logo, em 1
mmHg – seguindo a lógica de proporção direta – equivale a 6,67 mL/min de líquido
por mmHg, em todo o corpo. Esse valor recebe o nome de coeficiente de filtração
capilar corporal total.
Esse coeficiente também pode ser expresso em termos da intensidade da filtração por
minuto por mmHg por 100 gramas de tecido, detendo o valor de cerca de 0,01
mL/min/mmHg/100 g de tecido. Isso varia até 100x em cada tecido, no cérebro e
músculo é pequeno, já no tecido subcutâneo, alto., o que depende da concentração de
proteínas no líquido intersticial.
Efeito da falha de balanceamento das forças de membrana capilar
Se a pressão média capilar aumentar acima de 17 mmHg, a filtração aumenta e para
suprir seria necessário o fluxo de líquido aumentar proporcionalmente, porém como
acontece ocorre a formação de edemas pelo acumulo de líquido nos espaços
intersticiais.
Ao passo que se ela cair, há grande reabsorção de líquido, levando ao aumento do
volume de sanguíneo.

3) Formação do edema e os fatores que evitam o mesmo.


Edema refere-se à presença de excesso de líquido nos tecidos do corpo. Esse excesso de
líquido pode ocorrer de duas formas, no compartimento de líquido extracelular ou no
compartimento do líquido intracelular.
Edema Intracelular
Há três conduções propensas para causar edema intracelular:
 Hiponatremia: a célula fica hipertônica em relação ao líquido extracelular que
perdeu NaCl ou ganhou água;
 Depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos;
 Falta de nutrição adequada para as células: quando cai o fluxo sanguíneo a
nutrição e a oxigenação ficam deficitárias, assim, as bombas iônicas passam a
funcionar inadequadamente ou não funcionam, e o sódio que deveria sair da
célula o permanece. Então, a osmose aumenta.
A Inflamação nos tecidos, que advém de um processo inflamatório, aumenta a
permeabilidade da membrana celular, permitindo maior entrada de sais na celular,
aumentando a osmose, logo, causando inchaço.
Geralmente, esse tipo de edema é conhecido como não depressível, pois ao apertar esse
edema e retirado o dedo, é deixada depressão na pele por poucos segundos até que o
líquido volte a ocupar o local comprimido. Importa salientar que esse tipo de edema,
não se aplica somente no intracelular, como, por exemplo, quando líquido no interstício
é coagulado pelo fibrinogênio, também causa edema não depressível.
Edema Extracelular
Neste caso, ocorre quando se acumula um excesso de líquido nos espaços
extracelulares. Basicamente, existem dois tipos de causas, sendo o vazamento anormal
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de líquido plasmático para os espaços intersticiais através dos capilares e a falha do


sistema linfático, causando linfedema.
Analisando a equação de intensidade de filtração:
Filtração=Kf x ( Pc−Pli−πp−πli)
A alteração de qualquer um desses termos, pode aumentar a velocidade de filtração.
Sendo eles:
 Aumento do coeficiente de filtração capilar (Kf)
 Elevação da pressão hidrostática capilar. (Pc)
 Redução da pressão coloidosmótica do plasma (πp)
Linfedema: falha do sistema linfático em retornar o líquido à circulação sanguínea.
Geralmente, pode ocorrer pelo bloqueio do fluxo, como em infecções por filaria
nematodes, e em certos tipos de câncer ou após cirurgia, onde os vasos linfáticos são
removidos ou obstruídos. É a falência de vasos linfáticos no retorno de líquido e
proteína para o sangue.
Há diversas condições que podem levar a geração de edema, sendo os principais,
listados no infográfico abaixo:
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Alguns explicados particularmente:


 Ocasionado por Insuficiência Cardíaca: Nessa situação, não ocorrerá um bom
bombeamento do sangue das veias para as artérias, aumentando assim a pressão
venosa e a pressão capilar, causando elevação da filtração capilar. Em meio
disso, a pressão arterial nos rins cai acarretando redução da filtração renal e,
assim, há menos excreção de sal e água pelos rins, o que resulta em mais edema.
Além disso, como há menos fluxo nos rins, há um aumento da formação da
angiotensina II e da secreção de aldosterona, retendo sal e água pelos rins.
 Causado pela Redução na Excreção Renal de Sal e Água: doenças que
comprometem a excreção renal, há acumulo de NaCl no sangue, bem como de
água e extravasamento para o líquido intersticial – causando edema – bem como
hipertensão.
 Causado pela Redução das Proteínas Plasmáticas: redução da concentração
de proteínas plasmáticas leva a diminuição da pressão coloidosmótica do
plasma, logo, o aumento filtração capilar, formando edema.
Fatores de Segurança Que Normalmente Previnem o Edema
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Há três fatores de segurança que evitam acumulo excessivo nos espaços intersticiais:
 Baixa complacência do interstício: na maior parte dos tecidos subcutâneos
frouxos, a pressão média é de -3 mmHg. Essa pressão negativa causa uma
sucção nos tecidos, mantendo-os bem compactos (baixa complacência). Nessa
situação, pequenas alterações no volume líquido do interstício, há uma grande
elevação da pressão hidrostática, impedindo o acumulo maior de líquido.
Contudo, essa segurança só funciona quando a pressão do líquido intersticial
está negativa, logo, a pressão deve variar 3 mmHg para dar início ao acúmulo
nos tecidos. Ao passar para valores positivos de pressão, há um grande acúmulo
de líquido livre. Essa característica do fato, desse tipo de edema ser classificado
como depressível.
 Capacidade do fluxo linfático de aumentar: O fluxo linfático pode aumentar
de 10 a 50 vezes o normal, quando há acúmulo de líquidos nos tecidos, evitando
que a pressão intersticial eleve para valores positivos. O fator de segurança,
causado pelo aumento do fluxo linfático, é de 7 mmHg.
 Diluição das proteínas do líquido intersticial: quando há aumento da filtração
de líquido para o interstício, ocorre, também, o aumento da pressão do líquido
intersticial, com conseqüente, aumento fluxo linfático, o qual transporta as
proteínas do interstício. Esse processo impede que ocorra aumento da
coloidosmótica do liquido intersticial, evitando o acúmulo. O fator de segurança
para esse efeito é de 7 mmHg.
Somando-se os três fatores de segurança, o fator de segurança total contra o edema gira
em torno de 17 mmHg. Logo, a pressão pressão capilar no tecido periférico pode
aumentar para 17 mmHg ou o dobro do valor normal, antes que ocorra edema
acentuado.

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