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Instituto Superior de Ciências de Saúde

Licenciatura em Enfermagem Geral

Cadeira: Fisiologia Humana

 Alexandrina
 Ana Guida
 Ecrecia Mambane
 Hercilia Mucache
 Madalena Frazao
 Maria Helena
 Momade Abdala
Maputo, Novembro de 2022
Introdução
Fluxo Sanguíneo

Define a quantidade de sangue que flui por um vaso ou por


grupo de vasos sanguíneos em determinado período de tempo.

Função: transportar nutrientes, eliminar produtos do


metabolismo, levar hormônios de uma parte do corpo para
outra, a intensidade do fluxo sanguíneo depende da sua
necessidade de nutrientes.
Fluxo sanguíneo nos capilares

O sangue, não flui de modo contínuo pelos capilares. É


intermitente, ocorrendo ou sendo interrompido a cada poucos
segundos ou minutos. A causa é o fenômeno chamado
vasomotilidade " que consiste na contração intermitente das
metarteríolas e dos esfíncteres pré-capilares"
Continuação

A concentração de oxigênio nos tecidos é factor mais importante


para determinação do grau de abertura e fechamento das
metarteríolas e dos esfíncteres pré-capilares.

Se a intensidade do consumo de oxigénio for maior, a sua


concentração cai abaixo do normal, os períodos intermitentes
ocorrem com maior frequência e a duração de cada período
aumenta, permitindo que o sangue capilar transporte maior
quantidade de oxigénio.
Função média do sistema capilar

• Existem vários capilares nos tecidos que seu funcionamento


é a média do funcionamento de todos os capilares
individuais.
Troca de água e nutrientes e outras
substâncias entre o sangue e o líquido
intersticial
• Difusão através da membrana capilar

A difusão resulta da movimentação térmica das moléculas


de água e das substâncias dissolvidas no líquido; as
diferentes moléculas e os íons se movem, inicialmente, em
uma direção e, a seguir em outra, deslocando-se
aleatoriamente em todas as direções.
Difusão através da membrana capilar
Substâncias que podem se difundir
através da membrana celular do
endotelio capilar
Uma substancia lipossoluvel, ela pode se difundir diretamente
através das membranas celulares do capilar sem ter de
atravessar os poros ( incluem água e dióxido de carbono).

A intensidade/velocidade de transporte através da membrana


capilar é maior que as lipoinsoluveis, ( íons sódio e glicose)
que só podem atravessar a membrana passando pelos poros.
Substâncias hidrossoluveis difundem-
se através de poros intracelulares na
membrana capilar

A velocidade da movimentação térmica molecular pelas


fendas é tão grande que mesmo essa pequena área é suficiente
para permitir a enorme difusão de água e substâncias
hidrossolúveis. Ou seja, a intensidade da difusão de moléculas
de água, através da membrana capilar, é cerca de 80 vezes
maior que a do fluxo linear do próprio plasma ao longo do
capilar.
Efeito do Tamanho Molecular sobre a Passagem
através dos
Poros.

Os diâmetros das moléculas das proteínas plasmáticas são


ligeiramente maiores que a largura dos poros. Outras
substâncias, como íons sódio, íons cloreto, glicose e ureia,
apresentam diâmetros intermediários. A permeabilidade dos
poros capilares para as diferentes substâncias varia de
acordo com seus diâmetros moleculares.
Permeabilidade Relativa dos Poros Capilares
do Músculo Esquelético a Moléculas de
Diferentes Tamanhos
Efeito da Diferença de Concentração sobre a
Intensidade
Efetiva da Difusão através da Membrana Capilar

A intensidade “efetiva” de difusão de uma substância, através de


qualquer membrana, é proporcional à sua diferença de
concentração entre os dois lados da membrana. As intensidades
da difusão através das membranas capilares, da maioria das
substâncias nutricionalmente importantes, são tão grandes que
mesmo pequenas diferenças de concentração são suficientes para
provocar o transporte adequado entre o plasma e o líquido
intersticial.
Interstício e o líquido intersticial
Gel no interstício

O líquido derivado da filtração e da difusão pelos capilares contém os


mesmos constituintes do plasma com concentrações menores de proteínas.
Esse líquido fica retido nos espaços entre os filamentos protoglicanos, tem
a característica de um gel, é chamada gel tecidual, se move molécula a
molécula por um movimentação térmica cinética.

A velocidade da difusão pelo gel é de 95 a 99% em relação a difusão livre


pelo líquido. Permite a passagem rápida pelo interstício ( água, nutrientes,
de baixo peso molecular, eletrólitos, oxigénio, dióxido de carbono).
Líquido livre no interstício

A quantidade de líquido “livre” presente nos tecidos normais


é pequena, usualmente menor que 1%. Quando os tecidos
desenvolvem edema, essas pequenas porções e correntes de
líquido livre se expandem de modo muito acentuado, até que
a metade ou mais do líquido do edema passe a ser líquido
livre, independentemente dos filamentos de proteoglicanos.
A filtração do líquido pelos capilares

É determinada pelas pressões osmóticas hidrostáticas e


coloidais e também pelo coeficiente de filtração capilar

A pressão hidrostática nos capilares força o líquido e as


substâncias nele envolvidas através dos poros capilares para os
espaços interstíciais.

A pressão osmótica ( pressão coloidosmotica), faz com que o


líquido se movimente por osmose do interstício para o sangue.
Continuação

A pressão osmótica impede a perda de líquidos do sangue para


os espaços interstíciais.

O sistema linfático é o que traz de volta para a circulação


pequenas quantidades de proteínas e de líquidos em excesso
que extravasam do sangue para os espaços interstíciais.
Forças osmótica hidrostática e coloidais
determinam o movimento de líquido através
da membrana capilar

• Forças de Starling:
• 1- A pressão capilar força o líquido para fora através
da membrana capilar;
• 2- A pressão do líquido intersticial força o líquido
para dentro da membrana capilar, quando for
posetiva, se for negativa para fora;
• 3- A pressão coloidosmotica plasmática capilar
provoca osmose de líquido para dentro através da
membrana;
Continuação
• 4- A pressão coloidosmotica do líquido intersticial
provoca osmose de líquido para fora através da
membrana capilar.

Se a soma dessas forças for posetiva ocorrerá


filtração de líquido pelos capilares, se for negativa
ocorrerá absorção do líquido.

PEF= PC - Pli- Pp+ Pli


Continuação
Pressão hidrostática capilar

• Quando o sistema circulatório no tecido na área capilar


temos a força do sangue na parede do vaso- pressão
hidrostática, é tão grande extravasando, sai do capilar
e imunda todos os tecidos. A medida que o sangue
extravasa a pressão hidrostática cai dentro do sistema
vascular e uma outra força entra- pressão osmótica.
O sangue por perder água fica mais concentrado,
começa a puxar água de volta. A entrada no sistema
arterial, a pressão hidrostática sera maior que a
osmótica. Quando o sangue sai do sistema arterial sera
menor que a osmótica.
Pressão hidrostática do líquido
intersticial
• : É a força exercida pelo fluido intersticial na parede
vascular externa. No tecido subcutâneo frouxo a pressão
do líquido intersticial é geralmente alguns milímetros de
mercúrio abaixo da pressão atmosférica. São pressões
negativas do líquido intersticial, em tecidos cercados por
cápsulas é positiva.
• São utilizados os métodos:
• 1- Medida de pressão com uma micropipeta;
• 2- Medida de pressão por meio de cápsulas implantadas;
• 3- Medidas de pressão por mrio dr prévias de algodão
inseridos no tecido.
O Bombeamento pelo Sistema
Linfático
É a Causa Básica da Pressão Negativa do Líquido Intersticial.
O sistema linfático remove o excesso de líquido,
proteínas, detritos orgânicos e outros materiais dos espaços
teciduais. Quando o líquido penetra nos capilares linfáticos
terminais, as
paredes dos vasos linfáticos se contraem, de forma
automática, por alguns
segundos e bombeiam o líquido para a circulação
sanguínea. Esse processo
cria a ligeira pressão negativa, medida nos líquidos dos
espaços intersticiais.
Pressão Coloidosmótica do Plasma

• Somente os íons que não são capazes de passar


pelos poros da membrana exercem a pressão
osmótica. As proteínas são responsáveis pelas
pressões osmóticas nos dois lados da membrana
capilar, essa pressão é chamada de coloidosmotica
ou oncotica.
Os valores normais da pressão coloidosmotica do
plasma é de 28 mmHg, 19 mm causadas por efeitos
das proteínas dissolvidas, 9 mm pelo efeito Donnam-
pressão osmótica adicional causada por sódio,
potássio etc.
Pressão Coloidosmótica do Líquido
Intersticial
• A quantidade de proteínas nos 12 litros do líquido
intersticial capilar total é maior que a quantidade
no próprio plasma, sendo assim, a concentração
média de proteínas no líquido intersticial da
maioria dos tecidos é apenas 40% em relação ao
plasma ou cerca de 3g/ dl, a concentração de
proteína é cerca de 8 mmHg.
Trocas de Fluido através da Membrana
Capilar
• A pressão média nas extremidades arteriais dos
capilares é 15 a 25 mmHg maior que nas
extremidades dos capilares, nas extremidades
venosas o líquido é reabsorvido de volta para os
capilares.

Pequena quantidade de líquido flui pelos tecidos das


extremidades arteriais para as extremidades venosas
dos capilares.
Equilíbrio de Starling para a Troca
Capilar
• A quantidade de líquido filtrado para fora nas
extremidades arteriais dos capilares é igual ao
líquido que retorna à circulação por reabsorção.

• O líquido que retorna à circulação pelos sistemas


linfáticos causa um desequilíbrio.
Coeficiente de Filtração Capilar

O coeficiente de filtração pode ser expresso em relação a partes


separadas do corpo, em termos da intensidade da filtração por
minuto por mmHg por 100 gramas de tecidoo. O coeficiente de
filtração capilar do tecido médio é de cerca de 0,01
mL/min/mmHg/100 g de tecido. Esse coeficiente varia por mais de
100 vezes entre os vários tecidos. É muito pequeno no cérebro e no
músculo, moderadamente grande no tecido subcutâneo, grande no
intestino, e extremo no fígado e nos glomérulos renais, onde os
poros são muito numerosos ou muito abertos
Efeito da Falha de Balanceamento
Anormal das Forças na
Membrana Capilar
Se a pressão capilar média aumentar acima de 17 mmHg, a
força efetiva que tende a produzir filtração de líquido para os
espaços teciduais aumenta. Assim, aumento de 20 mmHg da
pressão capilar média provoca elevação da pressão de filtração
efetiva de 0,3 mmHg para 20,3 mmHg, o que resulta em
filtração efetiva de líquido, para os espaços intersticiais, 68
vezes maior que a normal.
Continuação

Como consequência, o líquido tenderia a se acumular nos


espaços intersticiais resultando em edema, se a pressão capilar
cair a valor muito baixo, ocorrerá reabsorção efetiva de líquido
pelos capilares em vez de filtração, e o volume sanguíneo
aumentará à custa do volume de líquido intersticial.
Considerações finais
Referencias Bibliograficas

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