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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

TROCAS ENTRE OS CAPILARES E


TECIDOS
RETORNOS VENOSO E LINFÁTICO
Microcirculação

www.ccb.ufsc.br
INTRODUÇÃO

Microcirculação (corresponde aos) refere-se às


funções dos menores vasos sangüíneos, os
capilares e os linfáticos vizinhos

Os capilares representam o local da troca de


nutrientes , de dejetos metabólicos nos tecidos,
assim como o local de troca de líquido entre os
compartimentos vascular e intersticial

As trocas são controladas pela resposta do endotélio

Linda Costanzo,2004
Vasos de troca da microcirculação

• Capilares e vênulas: vasos de troca

• Vasos sinusóides: fígado, baço, medula


óssea

• Vasos anastomóticos: anastomoses


arteriovenosas e os canais preferenciais

Apresentam fluxo contínuo ≉ fluxo


intermitente dos capilares verdadeiros

Margarida Aires, 1999


Estrutura x função
A densidade capilar varia de um tecido para o outro metabolismo
tecidual

O fluxo sangüíneo não é uniforme Sua distribuição depende do


estado contrátil das arteríolas e da contração dos esfíncteres pré-
capilares

A velocidade do FS nos capilares pode ser alterada por contração ou


relaxamento das pequenas artérias, arteríolas e metarteríolas

Margarida Aires, 1999


Estrutura x função
• Circulação do sangue dentro dos tecidos e órgãos

• Membrana semipermiável → transporte de


substâncias entre sangüíneo e as células
Margarida Aires, 1999

• Estreita relação entre sangue e as células dos órgãos


→ circulação através de pequenos vasos

• Arranjo espacial
Margarida Aires, 1999
Tipos de Capilares

TIPO
S
Contínu Fenestrad Sinusóide
o o
Tipos de capilares
Contínuos Fenestrados Descontínuos

Pele, pulmão, sistema Articulações sinoviais, Medula óssea,


nervoso, tecidos mucosa intestinal, baço, fígado
muscular, gorduroso e túbulos renais, plexo
conjuntivo, organelas coróide, glândulas
e proteínas contráteis endócrinas

Permeáveis a Capilares
substâncias permeáveis até às
hidrossolúveis e proteínas
pequenos solutos plasmáticas
hidrofílicos

Fendas com até 20 Perfurações de 20 a Falhas


nm 100 nm intercelulares de
100 nm
TRANSPORTE TRANSCAPILAR
Trocas transcapilares solventes e solutos
difusão, filtração ou pinocitose. Em alguns leitos
ocorre transporte ativo (Circ Cerebral).

Movimento de fluido pela parede capilar é determinado


pelo gradiente pressórico imposto pelo coração

A difusão é um dos principais mecanismos


responsáveis pela troca de gases, substratos e
produtos da secreção entre os capilares e as células
teciduais
Forças Hidrostáticas e Osmóticas

A direção e a intensidade do movimento da água, através da parede


capilar, podem ser determinadas pela soma algébrica das pressões
hidrostática e osmótica, que existem através da membrana

Pressão hidrostática ”pressão do sangue”

Depende da:
• pressão arterial
• pressão venosa
• resistências pré-capilar e pós-capilar

Pressão osmótica pressão oncótica


Permeabilidade de algumas substâncias
Filtração Capilar

A permeabilidade da membrana
endotelial não é uniforme em
todos os tecidos corporais.

Diferenças:

• Diâmetro dos poros

• Presença de fenestrações

• Presença de endotélio
descontínuo
Importância do retorno linfático

Débito cardíaco de 6L/min

15 mL/min
filtrado

4 L/ dia

12 mL/min 3 mL/min retorno


linfático
reabsorvido
Características do retorno linfático
Volume diário drenado: 2 a 4 Litros

Fluxo depende:
•Movimentos da musculatura esquelética e arterial
•Pressão Intratorácica
•Contrações rítmicas das paredes dos grandes
ductos linfáticos

Possuem válvulas que impedem refluxo


São permeáveis a macromoléculas
Edema
Formado pelos seguintes mecanismos:

1. Aumento da pressão hidrostática intravascular

2. Alterações da pressão oncótica

3. Aumento da permeabilidade capilar

4. Obstrução da drenagem linfática


EDEMA LOCALIZADO:

1.Edema de membros inferiores


pode ser provocado por ICC ou
causas locais:

b)Obstrução da veia cava inferior

c)Obstrução linfática (ex: filariose)

d)Insuficiência valvular venosa

5.Edema pulmonar ICC


esquerda, agressão dos capilares

Prejuízo da distensibilidade
pulmonar, prejudicando a aeração;
prejuízo das trocas gasosas e
Retorno Venoso
AS VEIAS
1- INTRODUÇÃO
2- CONSTITUIÇÃO DAS VEIAS
RETORNO VENOSO
Vis a Tergo: forças atuantes antes de chegar ao capilar (pressão sistólica)

Vis a Fronte: forças atuantes após o capilar (pressão venosa, bomba muscular,
bomba respiratória)

1- FATORES QUE DETERMINAM O RV

A) PRESSÃO MÉDIA DE ENCHIMENTO CIRCULATÓRIO.

B) VÁLVULAS VENOSAS

C) BOMBA MUSCULAR ESQUELÉLICA

D) BOMBA RESPIRATÓRIA

E) RESISTÊNCIA AO RETORNO VENOSO

2- ALTERACÕES NO RETORNO VENOSO (VARIZES)


VALVULAS VENOSAS
E aqui termina a nossa circulação sistêmica!
ESTUDEM VIU!!!!!!!!!
Fluid Movement (continued)
Movimento Transcapilar de Fluido

Força Hidráulica Sucção Osmótica

Sucção Osmótica Força Hidráulica

Cedido por: Thiago de M. C.


Capilares contínuos
Capilares fenestrados
Capilares Descontínuos ou Sinusóides
Principais vias de transporte através da parede
vascular

Margarida Aires, 1999


TRANSPORTE TRANSCAPILAR
Trocas transcapilares solventes e solutos
difusão, filtração ou pinocitose

Movimento de fluido pela parede capilar é determinado


pelo gradiente pressórico imposto pelo coração

A difusão é um dos principais mecanismos


responsáveis pela troca de gases, substratos e
produtos da secreção entre os capilares e as células
teciduais
Difusão
1ª Lei de Fick: expressa o fluxo de difusão em
função da diferença de concentração

J = - DA [dC/dx]

J = quantidade de substância movimentada por unidade de


tempo
D = coeficiente de difusão livre para determinada molécula
A = área transversal da via de difusão
dC/dx = gradiente de concentração do soluto
MOVIMENTO TRANSCAPILAR DE FLUIDO

● Processo passivo determinado pelas pressões que


atuam nos dois lados da parede

● Carl Ludwig; 1861: observou que a pressão


sangüínea capilar forçava a filtração na direção do
tecido

● Ernest Starling; 1896: a pressão de “sucção’’


osmótica das proteínas plasmáticas promove a
absorção através do tecido
Movimento Transcapilar de Fluido

Força Hidráulica Sucção Osmótica

Sucção Osmótica Força Hidráulica

Cedido por: Thiago de M. C.


EQUAÇÃO DE STARLING
Jv Lp. S (Pc – Pi) – ( p – i)

Jv: Taxa e direção de filtração

Lp: Condutância hidráulica da parede

S: Área de superfície da parede


Pc: Pressão hidrostática capilar *

Pi: Pressão hidrostática intersticial


: Coeficiente de reflexão
Guynton & Hall, 1997
p: Pressão coloidosmótica capilar

i: Pressão coloidosmótica intersticial


Forças Hidrostáticas e Osmóticas

A direção e a intensidade do movimento da água, através da parede


capilar, podem ser determinadas pela soma algébrica das pressões
hidrostática e osmótica, que existem através da membrana

Pressão hidrostática ”pressão do sangue”

Depende da:
• pressão arterial
• pressão venosa
• resistências pré-capilar e pós-capilar

Pressão osmótica pressão oncótica


SISTEMA LINFÁTICO
Lymph capillaries

Lymph node Pulmonary blood


capillaries

Lymphatic vessel

Valve

Lymph node Systemic blood


capillaries
Lymphatic vessel
Lymph capillaries
Importância do retorno linfático

Débito cardíaco de 6L/min

15 mL/min
filtrado

4 L/ dia

12 mL/min 3 mL/min retorno


linfático
reabsorvido
Características do retorno linfático
Volume diário drenado: 2 a 4 Litros

Fluxo depende:
•Movimentos da musculatura esquelética e arterial
•Pressão Intratorácica
•Contrações rítmicas das paredes dos grandes
ductos linfáticos

Possuem válvulas que impedem refluxo


São permeáveis a macromoléculas
Edema
Formado pelos seguintes mecanismos:

1. Aumento da pressão hidrostática intravascular

2. Alterações da pressão oncótica

3. Aumento da permeabilidade capilar

4. Obstrução da drenagem linfática


EDEMA LOCALIZADO:

1.Edema de membros inferiores


pode ser provocado por ICC ou
causas locais:

b)Obstrução da veia cava inferior

c)Obstrução linfática (ex: filariose)

d)Insuficiência valvular venosa

5.Edema pulmonar ICC


esquerda, agressão dos capilares

Prejuízo da distensibilidade
pulmonar, prejudicando a aeração;
prejuízo das trocas gasosas e
Estrutura vascular

Smooth
Endothelial muscle
cells Arteriole

Precapillary
sphincters

Capillary

Metarteriole
Venule
Componentes do endotélio importantes para
a transferência de solutos

• Junções intercelulares: fendas paralelas que ocupam 0,1-


0,3% da superfície capilar

• Vesículas endoteliais e transporte vesicular:


endocitose e tranocitose

• Glicocálice: reveste a superfície endotelial


peneira para macromoléculas

• Lâmina basal:protege o capilar com força suficiente para se


opor à pressão sanguínea

• A tensão de na parede é baixa, em decorrência do pequeno


raio de curvatura - lei de Laplace

Margarida Aires, 1999


MOVIMENTO TRANSCAPILAR DE FLUIDO

● Processo passivo determinado pelas pressões que


atuam nos dois lados da parede

● Carl Ludwig; 1861: observou que a pressão


sangüínea capilar forçava a filtração na direção do
tecido

● Ernest Starling; 1896: a pressão de “sucção’’


osmótica das proteínas plasmáticas promove a
absorção através do tecido
SISTEMA LINFÁTICO
Lymph capillaries

Lymph node Pulmonary blood


capillaries

Lymphatic vessel

Valve

Lymph node Systemic blood


capillaries
Lymphatic vessel
Lymph capillaries

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