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Vasos sanguíneos
Autoria L Leticia Fonseca Sadrak Lyon

Carimbo @December 11, 2023 9:28 PM

Semestre 2 Semestre

Sistema 🫀 Sistema Cardiovascular


Status Concluído
Características gerais das artérias e das veias
Camadas da parede vascular
Túnica íntima
Túnica média
Túnica adventícia
Endotélio
Artérias
Artérias de grande calibre (elásticas)
Túnica íntima
Túnica média
Túnica adventícia
Artérias de médio calibre (musculares)
Túnica íntima
Túnica média
Túnica adventícia
Artérias de pequeno calibre e arteríolas
Capilares
Classificação dos capilares
Capilares contínuos
Capilares fenestrados
Capilares sinusoides (descontínuos)
Pericitos
Anastomoses ou derivações arteriovenosas
Veias
Vênulas e veias de pequeno calibre
Vênulas pós-capilares

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Vênulas de endotélio alto (VEAs)
Vênulas musculares
Veias de pequeno calibre
Veias de calibre médio
Veias de grande calibre
Correlações histoclínicas
Aterosclerose
Hipertensão arterial

Os vasos sanguíneos são tubos ocos, como canos, que transportam sangue
pelo corpo. O sangue distribui oxigênio e nutrientes para todas as partes do
corpo e remove resíduos, como dióxido de carbono.

Existem dois tipos principais de vasos sanguíneos → artérias e veias;

As artérias transportam sangue fresco do coração para os órgãos;

As veias transportam o sangue repleto de resíduos de volta para o coração;

As artérias e veias são conectadas por vasos sanguíneos microscópicos,


denominados capilares;

Características gerais das artérias e das


veias
Camadas da parede vascular
As três camadas da parede vascular, do lúmen para fora:

Túnica íntima
Endotélio → tecido epitelial simples pavimentoso;

Lâmina basal → fina camada extracelular composta, principalmente, de


colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas;

Camada subendotelial → TCPD frouxo, com algumas células musculares


lisas que podem ser encontradas dispersas;

Lâmina elástica interna (artérias e arteríolas) → camada semelhante a


um folheto ou lamela fenestrada de material elástico.

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As fenestrações possibilitam a difusão fácil de substâncias através da
camada, que assim alcançam células localizadas mais profundamente na
parede do vaso.

A espessura da túnica íntima varia com a idade e com outros fatores.


Em crianças pequenas, ela é muito fina. Nas artérias musculares de
adultos jovens, a túnica íntima representa cerca de um sexto da
espessura total da parede. Nos indivíduos idosos, a túnica íntima pode
estar expandida por depósitos de lipídios, frequentemente na forma de
“estrias gordurosas” irregulares.

Túnica média
Camadas de células musculares lisas vasculares dispostas
circunferencialmente;

Fibras elásticas, fibras reticulares e proteoglicanos estão interpostos


entre as células musculares;

Todos os componentes extracelulares da túnica média são produzidos


pelas células
musculares lisas vasculares.

Túnica adventícia
Tecido conjuntivo composto principalmente de fibras colágenas e de
algumas fibras elásticas dispostas longitudinalmente;

Relativamente fina na maior parte do sistema arterial;

Bem espessa nas vênulas e nas veias.

Vasa vasorum → vaso dos vasos, um sistema de vasos das grandes


artérias e veias, que supre de sangue as próprias paredes vasculares;

Vasculares → nervos dos vasos, que controlam a contração do


músculos liso nas paredes dos vasos.

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Vasa vasorum na túnica adventícia da aorta.

Vasculares na túnica adventícia de uma veia cava.

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Endotélio
O endotélio é um tipo especial de epitélio simples pavimentoso;

Formado por uma camada contínua de células endoteliais poligonais,


alongadas e achatadas, com seus eixos longos na direção do fluxo
sanguíneo;

Desempenham importante papel na homeostasia do sangue (hemostasia)


→ suas propriedades mudam de acordo com os diversos estímulos →
ativação endotelial;

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🦠 Os indutores da ativação endotelial incluem antígenos bacterianos
e virais, citotoxinas, produtos do complemento, produtos lipídicos e
hipóxia. As células endoteliais ativadas exibem novas moléculas de
adesão de superfície e produzem diferentes classes de citocinas,
linfocinas, fatores de crescimento e moléculas vasoconstritoras e
vasodilatadoras, bem como moléculas que controlam a coagulação
sanguínea.

As células endoteliais são participantes ativas em uma variedade de


interações do sangue com o tecido conjuntivo subjacente e são
responsáveis por muitas propriedades dos vasos:

Manutenção de uma barreira de permeabilidade seletiva → possibilita


o movimento seletivo de moléculas grandes e pequenas do sangue
para o tecido e do tecido para o sangue:

Permeável à pequenas moléculas hidrofóbicas;

Moléculas hidrofílicas → precisam ser transportadas ativamente


através da membrana plasmática e liberados no espaço extracelular
(via transcelular) ou transportadas através das zônulas de oclusão
entre duas células epiteliais (via paracelular).

Manutenção de uma barreira não trombogênica → acontece entre as


plaquetas sanguíneas e o tecido subendotelial:

Produção de anticoagulantes.

Modulação do fluxo sanguíneo e da resistência vascular → obtida pela


secreção de vasoconstritores e vasodilatadores;

Regulação e modulação das respostas imunes;

Por meio do controle da interação dos linfócitos com a superfície


endotelial, o que é obtido principalmente pela expressão de
moléculas de adesão e seus receptores sobre a superfície livre
endotelial, bem como pela secreção de três classes de interleucinas
(IL1, IL6 e IL8)

Síntese hormonal e outras atividades metabólicas;

Modificação de lipoproteínas → as lipoproteínas, principalmente as


que têm alto conteúdo de colesterol (como a LDL, por exemplo), são

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oxidadas por radicais livres produzidos pelas células endoteliais.

O endotélio normal não possibilita a adesão de plaquetas ou a formação


de trombos em sua superfície. No entanto, a lesão das células
endoteliais faz com que elas liberem agentes pró-trombogênicos (i. e.,
agentes que promovem a formação de trombos), como o fator de von
Willebrand ou o inibidor do ativador de plasminogênio.

O endotélio dos vasos sanguíneos controla a contração e o


relaxamento das células musculares lisas da túnica médica,
influenciando o fluxo sanguíneo e a pressão arterial local.

O endotélio dos vasos sanguíneos controla a contração e o relaxamento


das células musculares lisas da túnica média, influenciando o fluxo
sanguíneo e a pressão arterial locais.

Fator de relaxamento derivado do endotélio → pode ser atribuída ao


óxido nítrico (NO) e seus compostos relacionados;

O estresse de cisalhamento produzido durante a interação do fluxo


sanguíneo com as células endoteliais inicia o relaxamento dos vasos

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sanguíneos promovido pelo óxido nítrico (NO):

Regula o diâmetro de vasos;

Inibe a adesão dos monócitos ;

Mantém ambiente antiproliferativo e antiapoptótico;

Estresse de cisalhamento → aumento a síntese do fator de


crescimento endotelial (estimulador da óxido-nítrico-sintetase
endotelial);

Agente anti-inflamatório em condições normais (superprodução induz


inflamação);

Envolvida nas reações imunes;

Potente neurotransmissor;

Regulação de apoptose;

Estresse metabólico de células endoteliais → relaxamento do músculo:

Prostaciclina (PGI2);

Fator de hiperpolarização derivado do endotélio;

As endotelinas produzidas pelas células endoteliais vasculares


desempenham importante papel nos mecanismos tanto fisiológicos quanto
patológicos do sistema circulatório:

Vasoconstritores mais potentes → endotelinas (peptídeos), atuando


como agentes parácrinos e autócrinos nas c. epiteliais e no m. liso
vascular

Endotelina 1 (ET-1) → vasoconstritor de ocorrência natural mais


potente;

Os níveis elevados de expressão gênica da ET1 estão associados


a muitas doenças causadas, em parte, pela manutenção da
vasoconstrição induzida pelo endotélio. Incluem: hipertensão
sistêmica, hipertensão pulmonar, aterosclerose, insuficiência
cardíaca congestiva, miocardiopatia idiopática e insuficiência
renal.

Endotelina 2 (ET-2);

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Endotelina 3 (ET-3).

Outros → tromboxano A2 e prostaglandina A2;

Artérias
Artérias de grande calibre (elásticas)

Aorta, carótida comum, subclávia, ilíacas comuns e tronco pulmonar.

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Múltiplos folhetos de lamelas elásticas nas suas paredes;

Tubos de condução → facilitam o movimento contínuo e uniforme do


sangue;

A distensão das grandes artérias elásticas é limitada pela rede de fibras


colágenas da túnica média;

A retração elástica inicial força o sangue tanto para longe quanto de volta
ao coração;

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Túnica íntima

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Revestimento endotelial com lâmina basal, camada subendotelial e
lâmina elástica interna

Endotélio + lâmina basal → as células são caracteristicamente planas e


alongadas, com seus eixos longos orientados paralelamente à direção do
fluxo sanguíneo na artéria;

Células endoteliais → produzem agentes vasoativos, que causam


constrição e relaxamento dos músculos lisos subjacentes.

Apresentam corpúsculos de Weibel-Palade → contem Fator de von


Willebrand (coagulação) e selectina P (adesão celular →
reconhecimento de neutrófilos-células endoteliais).

Unidas por zônulas de oclusão e junções gap (comunicantes).

Camada subendotelial → o principal tipo de célula nessa camada é a célula


muscular lisa;

Tecido conjuntivo + fibras elásticas e colágenas

Lâmina elástica interna → nas artérias elásticas não é evidente.

Túnica média

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Mais espessa das três camadas;

Fenestrações entre as lamelas → facilitam a difusão;

Número e espessura das lamelas → proporcional à idade;

Células musculares lisas → fusiformes, com núcleos alongados;

Revestidas por lâmina basal, exceto nas junções comunicantes;

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Não há fibroblastos, pois são as células musculares lisas vasculares que
sintetizam o colágeno, bem como os proteoglicanos;

Em resposta a fatores de crescimento (i. e., PDGF, FGF) produzidos pelas


células endoteliais, as células musculares lisas podem proliferar e migrar
para a túnica íntima adjacente. Essa característica é importante na
reparação fisiológica da parede vascular e também naqueles decorrentes
de processos patológicos como os que ocorrem na aterosclerose.

Túnica adventícia

Camada de tecido conjuntivo com fibras colágenas, elásticas,


fibroblastos, macrófagos, vasos dos vasos, nervos dos vasos

Camada de tecido conjuntivo relativamente fina nas artérias;

Fibras colágenas → impedem a expansão da parede arterial além dos


limites fisiológicos;

Fibras elásticas → não formam lamelas;

Fibroblastos e macrófagos → principais células da T.A.;

Vasos dos vasos → pequeno ramos arteriais, rede capilar, veias-satélite

Função → fornecer nutrientes e oxigênio à parede vascular e remover


os produtos de degradação

Há forte associação entre a maior densidade de vasa vasorum na


parede arterial e a formação da placa ateromatosa. O impacto
hemodinâmico (i. e., pressão arterial aumentada, baixa tensão de
oxigênio e liberação aumentada ou remoção diminuída de LDL
colesterol) sobre a função dos vasa vasorum pode desempenhar uma
função na patogenia das placas ateromatosas.

Nervos dos vasos → fibras nervosas simpáticas pós-sináptica não


mielinizada

Norepinefrina → vasoconstrição

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Artéria elástica no aumento de 4x, corada por Rosenfeld. Em 1, observa-se a túnica íntima;
em 2, a túnica média; em 3, a túnica adventícia.

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Artéria elástica em aumento de 40x, corada por Rosenfeld. A seta aponta o endotélio (tecido
epitelial pavimentoso simples) da túnica íntima. Em 1, é possível identificar o tecido conjuntivo
subendotelial. No interior dos círculos, identificam-se células musculares lisas da túnica
média.

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Artéria elástica em aumento de 40x, corada por Rosenfeld. As setas apontam as lâminas
elásticas em abundância na túnica média. Na túnica adventícia, observa-se vasa vasorum
delimitado.

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Artérias de médio calibre (musculares)

Artérias radial, tibial, poplítea, axilar, esplênica, mesentérica e


intercostal.

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Apresentam maior quantidade de músculo liso e menor quantidade de
elastina na túnica média do que as artérias elásticas;

Não podem ser nitidamente diferenciadas das artérias elásticas;

Difíceis de classificar → características intermediárias entre os dois tipos.

Túnica íntima

Revestimento endotelial apoiado em lâmina basal, camada


subendotelial esparsa de TC e membrana elástica interna proeminente.

Mais fina nas artérias musculares do que na elástica;

Camada subendotelial pode ser muito escassa → impressão da lâmina


basal do endotélio tocar a membrana elástica interna;

Espessura → proporcional à idade

Membrana elástica interna proeminente.

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Túnica média

Células musculares lisas vasculares entremeadas por fibras colágenas


e poucas fibras elásticas.

Não há fibroblastos nessa camada;

Lâmina basal → lâmina externa exceto nos locais das junções


comunicantes;

C. musculares lisas produzem colágeno extracelular, elastina e substância


fundamental.

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Túnica adventícia

Camada de tecido conjuntivo com fibroblastos, fibras colágenas, fibras


elásticas e, em alguns vasos, células adiposas dispersas.

Frequentemente, está separada da túnica média por uma membrana


elástica externa (concentração de material elástico) evidente;

Relativamente espessa → aproximadamente a mesma espessura que a


túnica média;

Fibras colágenas → principal componente extracelular.

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Artérias de pequeno calibre e arteríolas
Distinguem-se umas das outras pelo número de camadas de músculo liso
na túnica média;

Arteríolas → túnica média com apenas um ou duas camadas de músculo


liso;

Membrana elástica externa → pode estar ou não presente.

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Artéria de pequeno calibre → pode ter até 8 camadas de músculo liso na
túnica média;

Apresenta membrana elástica externa.

Em ambas, pode-se observar junções comunicantes entre as células


endoteliais;

Túnica adventícia → consiste em uma fina e pouco definida bainha de


tecido conjuntivo que se mistura com o tecido conjuntivo no qual esses
vasos seguem o seu percurso.

As arteríolas controlam o fluxo sanguíneo para as redes de capilares


por meio da contração das células musculares lisas → o ligeiro
espessamento do músculo liso na origem do leito capilar a partir de uma
arteríola é denominado esfíncter pré-capilar. Em sua maioria, as
arteríolas podem se dilatar 60 a 100% em relação a seu diâmetro de
repouso e podem manter uma constrição de até 40% por um longo
período de tempo. Por conseguinte, a ocorrência de uma grande
diminuição ou aumento na resistência vascular tem efeito direto sobre a
distribuição do fluxo sanguíneo e a pressão arterial sistêmica.

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Capilares

Única camada de células endoteliais e suas lâminas basais.

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Os capilares são os vasos sanguíneos de menor diâmetro, frequentemente
menor que o diâmetro de um eritrócito;

Em muitos capilares, o lúmen é tão estreito, que os eritrócitos literalmente


se dobram sobre eles próprios para conseguir atravessar o vaso;

Minimizando a via de difusão para gases e nutrientes entre o capilar e o


tecido extravascular.

Em virtude de suas paredes finas e da grande proximidade física com


células e tecidos metabolicamente ativos, os capilares são
particularmente apropriados para a troca de gases e metabólitos entre
as células e a corrente sanguínea.

Função:

Fluxo sanguíneo capilar → sinais locais e sistêmicos;

Extensão ou densidade da rede de capilares → área da superfície total


disponível para a troca entre sangue e tecido;

Relacionada com a atividade metabólica do tecido.

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Classificação dos capilares

Capilares contínuos

Tecido conjuntivo; músculos cardíaco, esquelético e liso; pele;


pulmões e no SNC.

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Endotélio contínuo sob uma lâmina basal contínua.

Células endoteliais

Unidas por junções de oclusão → permite passagem de moléculas


pequenas apenas;

Apresentam vesículas pinocitóticas → atuam na transcitose (transporte


de moléculas maiores entre lúmen e TC).

Capilares fenestrados

Glândulas endócrinas e locais de absorção de líquidos e de nutrientes,


como vesícula biliar, rins, pâncreas e TGI.

Endotélio fenestrado sob uma lâmina basal que recobre esses espaços.

Fenestrações (poros de filtração) → proporcionam canais:

São provavelmente formadas quando uma vesícula pinocitótica em


formação estende-se pela estreita camada citoplasmática e abre-se
simultaneamente na superfície oposta;

Diafragma → camada não membranosa que pode estar presente ou


não nas fenestrações:

Origina-se do glicocálice anteriormente envolvido pela vesícula


pinocitótica, a partir da qual a fenestração pode ter sido formada.

Não são locais de passagem livre de plasma;

As alterações iônicas no tecido conjuntivo perivascular, causadas pelos


solutos absorvidos, estimulam a pinocitose.

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No trato gastrintestinal e na vesícula biliar, os capilares fenestrados
apresentam menor quantidade de fenestrações e uma parede mais
espessa quando não está ocorrendo absorção; se houver absorção,
as paredes se adelgaçam, e o número de vesículas pinocitóticas e
de fenestrações aumenta rapidamente.

Capilares sinusoides (descontínuos)

Fígado, baço e medula óssea.

Endotélio descontínuo que repousa sob lâmina basal descontínua.

Percurso tortuoso e mais diâmetro em comparação aos outros capilares;

As células endoteliais que revestem esses capilares exibem grandes


aberturas em seu citoplasma e são separadas umas das outras por lacunas
intercelulares amplas e irregulares, que possibilitam a passagem de
proteínas plasmáticas do sangue;

As características estruturais desses capilares variam de um órgão para


outro e incluem células especializadas:

Fígado

Células de Kupffer → macrófagos sinusoidais estrelados;

Células de Ito (armazenamento de vitamina A)→ células estreladas


hepáticas.

Baço:

Células endoteliais → formato fusiforme peculiar, com lacunas entre


células vizinhas

Lâmina basal subjacente → rudimentar ou ausente

Pericitos

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Representam uma população de células-tronco mesenquimatosas
indiferenciadas que estão associadas aos capilares.

Os capilares e algumas vênulas pós-capilares estão associados a células


perivasculares que exibem prolongamentos celulares que circundam as
células endoteliais vasculares;

Tais células circundam o capilar, com seus prolongamentos citoplasmáticos


ramificados, e são circundadas por uma lâmina basal contínua com a
membrana basal do endotélio;

Contráteis e controlados por NO;

Função → suporte ao leito vascular e estabilidade dos capilares e vênulas


(complexa comunicação física e química bidirecional com as células
endoteliais);

Podem se diferenciar em vários tipos celulares → adipócitos, fibroblastos,


condrócitos, osteócitos e células musculares esqueléticas.

Durante o desenvolvimento embrionário ou a angiogênese (p. ex.,


cicatrização de feridas), os pericitos dão origem tanto a células
endoteliais quanto a células musculares lisas. Os pericitos estão
diretamente envolvidos na gênese das doenças vasculares (p. ex.,
retinopatia diabética e angiogênese tumoral). Além disso, proliferação
descontrolada dos pericitos dá origem ao hemangiopericitoma, um
tumor vascular raro, que pode se originar em qualquer local no corpo
onde haja capilares.

Anastomoses ou derivações
arteriovenosas

Pele das pontas dos dedos, nariz, lábios, tecido erétil do pênis e do
clitóris.

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Vias diretas entre as artérias e as veias, que desviam a passagem do
sangue pelos capilares.

Arteríola das anastomoses AV → frequentemente espiralada, apresenta


uma camada de músculo liso relativamente espessa e é envolvida em uma
cápsula de tecido conjuntivo ricamente inervada;

Contração → envia sangue pala leito capilar;

Relaxamento → envia sangue para uma vênula, desviando do leito capilar;

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As anastomoses AV atuam na termorregulação da superfície corporal. O
fechamento de uma anastomose AV na pele faz com que ocorra fluxo de
sangue através do leito capilar, intensificando a perda de calor. A
abertura de uma anastomose AV na pele diminui o fluxo sanguíneo nos
capilares cutâneos, conservando, desse modo, o calor do corpo. No
tecido erétil, como o pênis, o fechamento da anastomose AV direciona o
fluxo sanguíneo para dentro do corpo cavernoso, iniciando a resposta
erétil.

Metarteríola → vias de comunicação preferenciais;

Esfíncter pré-capilar → músculo liso proveniente da metarteríola ou


arteríola que dá origem ao capilar

Controlam a quantidade de sangue que atravessa o leito capilar.

Veias

As túnicas das veias não são tão distintas e nem bem definidas quanto as
das artérias;

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As veias de grande e médio calibre geralmente seguem juntas das artérias
de grande e médio calibres, assim como as arteríolas e as vênulas;

Possuem paredes mais finas que as artérias;

Lúmen maior que das artérias;

Costuma estar colapsado nas veias, enquanto nas artérias está aberto.

Muitas veias, principalmente aquelas que transportam o sangue contra a


gravidade, como as veias dos membros, possuem válvulas;

Válvulas → bordas semilunares formadas por um núcleo fino de tecido


conjuntivo recoberto por células endoteliais → possibilitam o fluxo de
sangue apenas de volta ao coração.

Vênulas e veias de pequeno calibre


Vênulas pós-capilares
As vênulas pós-capilares coletam sangue da rede de capilares e se
caracterizam pela existência de pericitos;

Revestimento endotelial, lâmina basal e pericitos;

Endotélio das vênulas pós-capilares → principal local de ação dos agentes


vasoativos, como a histamina e a serotonina.

A resposta a esses agentes (vasoativos) resulta em extravasamento de


líquido e migração dos leucócitos do vaso durante a inflamação e as
reações alérgicas. As vênulas póscapilares dos linfonodos também
participam na migração transmural de linfócitos do lúmen do vaso para o
tecido linfático.

Vasos sanguíneos 39
Arteríola, vênula e pequeno nervo na ponta de um dedo humano.

Vênulas de endotélio alto (VEAs)


São vênulas pós-capilares do sistema linfático;

São chamadas assim por causa do formato cuboide das suas células
endoteliais;

São encontradas em todos os órgãos linfáticos secundários;

Complexo de Golgi proeminente e abundante quantidade de


polirribossomos.

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Vênulas musculares
Localizadas distalmente às vênulas pós-capilares na rede venosa de
retorno;

Apresentam uma ou duas camadas de músculo liso;

Em geral, não há pericitos.

Veias de pequeno calibre


São continuação das vênulas musculares;

Túnica média com duas ou três camadas de músculo liso;

Túnica adventícia mais espessa.

Veias de calibre médio

Veias radial, tibial e poplítea.

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As válvulas são um aspecto característico desses vasos → impedem o
movimento retrógrado do sangue decorrente da gravidade.

Válvula de uma veia.

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Com frequência, as veias profundas dos membros inferiores constituem o
local de formação de trombo (coágulo sanguíneo), uma condição
conhecida como trombose venosa profunda (TVP). A TVP está
associada à imobilização dos membros inferiores, devido a repouso
prolongado no leito (após cirurgia ou hospitalização), uso de aparelhos
ortopédicos ou movimento restrito durante voos de longa distância. A
TVP pode ser uma condição que abrange risco à vida, devido ao
potencial de desenvolvimento de embolia pulmonar (bloqueio das artérias
pulmonares) por um coágulo sanguíneo eventualmente desalojado das
veias profundas.

A três túnica da parede venosa são evidentes.

Veia poplítea.

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Túnicas da veia poplítea bem evidentes e distinguíveis.

Veias de grande calibre

Subclávia, veia porta e veias cava.

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Túnica íntima → com frequência, o limite entre a túnica íntima e a túnica
média não está totalmente definido, e nem sempre é fácil discernir se as
células musculares lisas próximas ao endotélio da túnica íntima pertencem
à túnica íntima ou à túnica média;

Túnica média → relativamente fina, com células musculares lisas dispostas


circularmente, fibras colágenas e alguns fibroblastos;

Túnica adventícia → relativamente espessa, contendo fibras elásticas,


colágenas, fibroblastos e células musculares lisas dispostas
longitudinalmente;

Bainhas miocárdicas → são extensões miocárdicas atriais encontradas


na adventícia das veias cava superior e inferior, bem como na artéria
pulmonar.

Correlações histoclínicas
Aterosclerose

Fatores de risco → elevado LDL colesterol, hiperlipidemia, hiperglicemia (na


diabetes), hipertensão, tabagismo, infecção por citomegalovírus ou
clamídia;

Consequências da alteração endotelial → aumento na expressão de


moléculas de adesão na superfície, maior permeabilidade ao LDL e maior

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adesão de leucócitos ao endotélio (principalmente monócitos);

Pode-se destacar os seguintes eventos:

1. Lesão → aumento de EROs;

2. EROs oxidam o LDL na t. íntima da artéria;

3. Em resposta, os monócitos entram na túnica e diferenciam-se em


macrófago ;

4. Macrófagos → fagocitam LDL oxidadas, transformando em células


espumosas;

5. C. espumosas + linfócitos T infiltrados formam a estria gordurosa (lesão


aterosclerótica inicial;

a. Devido a isso, as c. musculares lisas vasculares da T.M proliferam e


migram para a estria, em resposta ao fator de crescimento derivado
das plaquetas.

6. Em estágios avançados, a lesão cresce e se remodela → placa


fibroadiposa;

a. C. musculares lisas migram e sintetizam colágeno → formando capa


protetora de T.C ao núcleo do lipídio em crescimento.

7. Placa ateromatosa → camada espessa de TC fibroso contendo c.


musculares lisas dispersas, macrófagos, c. espumosas, linfócitos T,
cristas de colesterol e resíduos celular;

8. Lesões avançadas → adelgaçamento da t. média, calcificação dos


acúmulos de lipídios extracelulares e acúmulo de cristais de colesterol.

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Hipertensão arterial

Ocorre em cerca de 25% da população;

Definição;

PA diastólica persistente e superior a 90 mmHg;

PA sistólica persistente e superior a 140 mmHg;

Associado a doença vascular aterosclerótica;

Fator de risco para AVE e angina de peito;

Maior parte dos casos → diminuição do diâmetro luminal de pequenas


artérias musculares e arteríolas (aumento da resistência vascular);

Também pode resultar da contração ativa do músculo liso, do aumento


na quantidade de células musculares lisa ou ambos.

Músculo liso adicional multiplicado nessa comorbidade gera maior


espessura da túnica média:

Podem acumular lipídios → fator de risco para aterosclerose.

Hipertensão arterial crônica → hipertrofia ventricular esquerda


compensatória:

Aumento do diâmetro das células cardíacas e não do comprimento;

Núcleos hipertrofiados e retangulares característicos;

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Parede mais espessa e menos elástica → precisa trabalhar com maior
intensidade.

Pode levar à insuficiência cardíaca.

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