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Sabrina Xavier – Medicina 1º Semestre

Tutoria – APG 9

1. Identificar os Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos contribuem para a homeostasia, possibilitando fluxo sanguíneo através do coração e a
troca de nutrientes e escórias metabólicas nos tecidos. Também têm participação importante no ajuste da
velocidade e do volume de fluxo sanguíneo.
O sistema circulatório contribui para a homeostasia de outros sistemas corporais, por meio do transporte e
distribuição de sangue por todo o corpo para fornecer materiais (como oxigênio, nutrientes e hormônios) e
remover escórias metabólicas. As estruturas envolvidas nestas importantes tarefas são os vasos sanguíneos,
que formam um sistema fechado de tubos que leva o sangue para fora do coração, transportam-no para os
tecidos do corpo e, em seguida, o devolvem ao coração.
Os cinco tipos principais de vasos sanguíneos são as artérias, as arteríolas, os capilares, as vênulas e as
veias.
As artérias transportam o sangue do coração para outros órgãos. Artérias grandes e elásticas deixam o
coração e se ramificam em artérias musculares, de médio porte, que emitem ramos a várias regiões do
corpo. As artérias de médio porte então se dividem em pequenas artérias, as quais por sua vez se
dividem em artérias ainda menores chamadas arteríolas. Conforme as arteríolas entram em um tecido, se
ramificam em diversos vasos minúsculos chamados capilares.
As paredes finas dos capilares possibilitam a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos do corpo.
Grupos de capilares no tecido se unem para formar pequenas veias chamados vênulas. Estas, por sua vez,
se fundem para formar vasos sanguíneos progressivamente maiores chamados veias. As veias são os vasos
sanguíneos que conduzem o sangue dos tecidos de volta para o coração.
As arteríolas, artérias e capilares são tubos cilíndricos, elásticos, que transportam o sangue sob alta
pressão. A aorta é a principal artéria do corpo humano, se divide em ascendente, arco aórtico, torácica e
descendente e, se ramificam até formar as demais artérias de grande importância na circulação sistêmica
chegando as arteríolas.
Essas se dividem em redes densas de
vasos microscópicos, intimamente em
contato com os tecidos e são
denominados capilares. Os capilares
são definidos por camadas de
endotélio, de paredes permeáveis
responsáveis pela troca de líquidos,
nutrientes e eletrólitos.
Já as veias são caracterizadas como
vasos que transportam o sangue dos
tecidos para o coração, promovendo
retorno de volume ao sistema
cardiovascular. Suas paredes são finas
e elásticas, devido à baixa pressão
sanguínea. Já as vênulas possuem
paredes mais finas, são constituídas
por músculo liso e tecido elástico
geralmente menor em relação às
paredes das arteríolas.
Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso:
→ Sistema Arterial – Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando,
cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.
→ Sistema Venoso – Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em
ramos de maior calibre até atingirem o coração.
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2. Explicar as características anatômicas e histológicas dos principais vasos


sanguíneos

2.1 Estrutura básica de um vaso sanguíneo


A parede de um vaso sanguíneo é composta por três camadas, ou túnicas, de tecidos diferentes:
• Um revestimento epitelial interno,
• Uma túnica média formada por músculo liso e tecido conjuntivo elástico
• Um revestimento externo de tecido conjuntivo.
As três camadas estruturais de um vaso sanguíneo
qualquer, da mais interna para a mais periférica, são a
túnica íntima, a túnica média e a túnica externa.
Modificações nessa estrutura básica respondem pelos
cinco tipos de vasos sanguíneos e pelas diferenças
estruturais e funcionais entre os vários tipos de vasos.

Túnica Íntima
A túnica íntima forma o revestimento interno de um vaso
sanguíneo e está em contato direto com o sangue que flui
pelo lúmen, ou luz, do vaso. Essa túnica contribui muito
pouco para a espessura do vaso.
A íntima apresenta uma camada de células endoteliais apoiada sobre uma lâmina basal. Em torno dessa
lâmina há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter,
ocasionalmente, células musculares lisas.
A parte mais externa da túnica íntima, que forma a fronteira
As células endoteliais são participantes ativas entre a túnica íntima e a túnica média, é a lâmina elástica
em inúmeras atividades relacionadas com
interna. A lâmina elástica interna é uma lâmina fina de fibras
vasos, incluindo influências físicas sobre o
fluxo sanguíneo, secreção de mediadores
elásticas com número variável de aberturas semelhantes a
químicos de ação local que influenciam o janelas (fenestrações) que lhe conferem o aspecto de um
estado contrátil do músculo liso sobrejacente queijo suíço. Estas fenestrações facilitam a difusão de
ao vaso e assistência com a permeabilidade materiais através da túnica íntima para a túnica média mais
capilar. espessa.

Túnica Média
É uma camada de tecidos muscular e conjuntivo que apresenta a maior variação entre os diferentes tipos de
vasos. A média consiste principalmente em camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas
helicoidalmente.
Entre as células musculares lisas existem quantidades variáveis de matriz extracelular composta de fibras e
lamelas elásticas, fibras reticulares (colágeno do tipo III), proteoglicanos e glicoproteínas.
A principal função das células musculares lisas, que se estendem circularmente em torno do lúmen como
um anel circunda o dedo, é regular o diâmetro do lúmen. O aumento da estimulação simpática estimula
tipicamente o músculo liso a se contrair, apertando a parede do vaso e estreitando o lúmen. As células
musculares lisas também ajudam a produzir as fibras elásticas na túnica média que possibilitam que os
vasos se estirem e retraiam à pressão exercida pelo sangue.
A separação entre a túnica média e a túnica externa se dá por uma rede de fibras elásticas, a lâmina elástica
externa, que faz parte da túnica média.

Túnica Externa ou Adventícia


O revestimento externo de um vaso sanguíneo, a túnica externa, é composto por fibras elásticas e
colágenas. A camada adventícia torna-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo
qual o vaso sanguíneo está passando.
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A túnica externa contém diversos nervos e, especialmente


nos grandes vasos, minúsculos vasos sanguíneos que
irrigam o tecido da parede do vaso. Esses pequenos vasos
que fornecem sangue para os tecidos do vaso são
chamados vasos dos vasos, ou vasa vasorum. Eles são
facilmente vistos em grandes vasos, como a aorta. Além
da importante função de fornecer nervos e vasa vasorum à
parede do vaso, a túnica externa ajuda a ancorar os vasos
aos tecidos circundantes.

2.1 Artérias
A parede de uma artéria tem as três túnicas de um vaso sanguíneo normal, mas tem uma espessa túnica
média muscular a elástica. Em decorrência da abundância de fibras elásticas, as artérias normalmente têm
alta complacência, o que significa que suas paredes se esticam ou expandem facilmente sem se romper em
resposta a um pequeno aumento da pressão.

Artérias Elásticas
As artérias elásticas são as maiores artérias do corpo e seu tamanho. Elas têm o maior diâmetro entre as
artérias, mas suas paredes (cerca de 1/10 do diâmetro total do vaso) são relativamente finas em
comparação ao tamanho total do vaso. Estes vasos são caracterizados por lâminas elásticas interna e
externa bem definidas, juntamente com uma túnica média espessa que é dominada por fibras elásticas,
chamadas lamelas elásticas.

As paredes desses vasos têm cor amarelada decorrente do acúmulo de elastina na túnica média. A íntima,
rica em fibras elásticas, é mais espessa que a túnica correspondente de uma artéria muscular. Uma lâmina
elástica interna, embora presente, não pode ser facilmente distinguida das demais lâminas elásticas
existentes entre as camadas musculares que se seguem.
A túnica média das grandes artérias contém várias lâminas elásticas que contribuem para a importante
função de tornar o fluxo de sangue mais uniforme. Entre as lâminas elásticas, situam-se células musculares
lisas, fibras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas. A túnica adventícia é relativamente pouco
desenvolvida,formada por tecido conjuntivo no qual existem
pequenos vasos, denominados vasa vasorum.

A artérias elásticas desempenham uma função importante: ajudam a


impulsionar o sangue no sentido anterógrado enquanto os ventrículos
estão relaxados. Conforme o sangue é ejetado do coração para as
artérias elásticas, suas paredes se distendem, acomodando facilmente
o pulso de sangue. Quando elas se esticam, as fibras elásticas
momentaneamente armazenam energia mecânica, funcionando como
um reservatório de pressão. Em seguida, as fibras elásticas recuam e
convertem a energia armazenada (potencial) no vaso em energia
cinética do sangue. Assim, o sangue continua se movendo ao longo
das artérias, mesmo quando os ventrículos estão relaxados. Como
conduzem sangue do coração para as artérias médias, mais
musculosas, as artérias elásticas são também chamadas artérias
condutoras.

Artérias Musculares
As artérias de médio porte são chamadas artérias musculares, porque sua túnica média contém mais
músculo liso e menos fibras elásticas do que as artérias elásticas, tornando as paredes das artérias mais
espessas. Devido a isso, essas artérias conseguem se dilatar e contrair mais para se ajustar à velocidade do
fluxo sanguíneo. Apresenta lâmina elástica interna bem definida, porém dua lâmina elástica externa é
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delgada. Uma vez que as artérias musculares continuam ramificando-se e, por fim, distribuem sangue para
todos os órgãos, elas são chamadas artérias distributivas.

A túnica média pode conter até 40 camadas de células musculares lisas. Essas células são entremeadas por
um número variado de lamelas elásticas (dependendo do tamanho do vaso), como também por fibras
reticulares e proteoglicanos, todos sintetizados pela própria célula muscular lisa. A adventícia consiste em
tecido conjuntivo frouxo. Nessa túnica também são encontrados vasos capilares linfáticos, vasa vasorum e
nervos da adventícia, estruturas que podem penetrar até a porção mais externa da média.
A túnica externa muitas vezes é mais espessa do que a túnica média nas artérias musculares. Esta camada
externa contém fibroblastos, fibras colágenas e fibras elásticas, todos orientados longitudinalmente. A
estrutura frouxa desta camada possibilita que ocorram alterações no diâmetro do vaso, mas também
impede o encurtamento ou a retração do vaso quando ele é seccionado.

Devido a falta de tecido elástico, essas artérias


não conseguem dilatar e ajudar a impulsionar
o sangue como as artérias elásticas. A túnica
média é a principal responsável pelas funções
das astérias musculares. A capacidade do
músculo de se contrair e manter um estado de
contração parcial é chamado tônus vascular. O
tônus vascular enrijece a parede do vaso e é
importante para manter a pressão do vaso e o
fluxo sanguíneo eficiente.

Arteríolas
São pequenas artérias, geralmente têm um diâmetro inferior a 0,5 mm e lúmen relativamente estreito. São
vasos microscópios que regulam o fluxo sanguíneo para a redes capilares dos tecidos do corpo.
As arteríolas possui uma túnica íntima fina e uma lâmina elástica interna delgada, com fenestras (poros). A
túnica média possui uma a duas camadas de células musculares lisas, com orientação circular. Não
apresentam nenhuma lâmina elástica externa.
A túnica externa da arteríola é constituída por tecido conjuntivo areolar contendo numerosos nervos
simpáticos amielínicos. Esta inervação simpática, juntamente com as ações dos mediadores químicos
locais, pode alterar o diâmetro das arteríolas e, portanto, variar a velocidade do fluxo sanguíneo e a
resistência ao longo destes vasos.
A extremidade terminal da arteríola é chamada de metarteríola, e se afina em direção à junção capilar.
Nessas junções metarteríola-capilar, a célula muscular forma o esfíncter pré-capilar, responsável por
monitorar o fluxo sanguíneo para o capilar.
As arteríolas têm uma participação essencial na regulação do fluxo sanguíneo das artérias para os vasos
capilares, regulando a resistência, a oposição ao fluxo sanguíneo decorrente do atrito entre o sangue e as
paredes dos vasos sanguíneos. Por isso, são conhecidas como vasos de resistência.

2.2 Capilares
São os menores vasos sanguíneos, com diâmetro de 2 a 10 μm. Os capilares são tubos endoteliais simples
que unem os lados arterial e venoso da circulação e permitem atroca de materiais com o líquido
extracelular (LEC) ou intersticial. Os capilares geralmente são organizados em leitos capilares, redes que
unem as arteríolas e as vênulas (Figura 1.23). O sangue entra nos leitos capilares por meio das arteríolas
que controlam o fluxo e é drenado pelas vênulas.
O fluxo do sangue de uma
Capilares são encontrados perto de quase todas as células do corpo, mas seu
número varia de acordo com a atividade metabólica do tecido irrigado. Os metarteríola para os capilares e
tecidos corporais com necessidades metabólicas elevadas, como os músculos, o para uma vênula pós-capilar
encéfalo, o fígado, os rins e o sistema nervoso, usam mais O 2 e nutrientes e, (vênula que recebe sangue de um
portanto, têm redes capilares extensas.
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capilar) é chamada microcirculaçãodo corpo. A função primária dos capilares é a troca de substâncias entre
o sangue e o líquido intersticial. Por causa disto, estes vasos de paredes finas são chamados vasos de troca.

A estrutura dos capilares é bem adequada à sua função de vaso de troca e eles não têm túnica média nem
túnica externa. Como as paredes dos capilares são compostas por apenas uma única camada de células
endoteliais e uma membrana basal, uma substância do sangue precisa atravessar apenas uma camada de
células para alcançar o líquido intersticial e as células teciduais.

Os capilares sanguíneos podem ser reunidos em quatro grupos,


dependendo da continuidade da camada endotelial e de sua
lâmina basal:
• O capilar contínuo, ou somático, é caracterizado pela
ausência de fenestras em sua parede. É encontrado em
todos os tipos de tecido muscular, em tecidos
conjuntivos, glândulas exócrinas e tecido nervoso.
• O capilar fenestrado, ou visceral, é caracterizado por
grandes orifícios ou fenestras nas paredes das células
endoteliais, os quais são obstruídos por um diafragma.
Este é mais delgado do que a membrana plasmática da
própria célula. Locais em que ocorre intercâmbio
rápido de substâncias entre os tecidos e o sangue, como
o rim, o intestino e as glândulas endócrinas.
• O capilar fenestrado e destituído de diafragma é
característico do glomérulo renal. Nesse tipo de capilar,
na altura das fenestras, o sangue está separado dos
tecidos apenas por uma lâmina basal muito espessa e
contínua
• Os capilares sinusoides são mais largos e mais sinuosos
do que os outros capilares. Suas células endoteliais têm
fenestrações excepcionalmente grandes. Além de ter
uma membrana basal incompleta ou ausente, os vasos
sinusoides têm fendas intercelulares muito grandes, que
possibilitam que as proteínas e, em alguns casos, até
mesmo as células do sangue passem de um tecido para
a corrente sanguínea.

2.3 Veias
As veias, em geral, têm paredes muito finas em relação ao seu diâmetro total (a espessura média é menor
do que 1/10 do diâmetro do vaso). Embora as veias sejam compostas por, essencialmente, as mesmas três
túnicas que as artérias, as espessuras relativas dessas túnicas são diferentes. A túnica íntima das veias é
mais fina do que a das artérias; a túnica média das veias é muito mais fina do que a das artérias, com
relativamente pouco músculo liso e fibras elásticas. A túnica externa das veias é a mais espessa e é
composta por colágeno e fibras elásticas. As veias não têm a lâmina elástica interna ou externa encontrada
nas artérias.
São distensíveis o suficiente para se adaptar às variações de pressão e ao volume de sangue que passa por
elas, mas não são concebidas para suportar altas pressões. O lúmen de uma veia é maior do que o de uma
artéria comparável, e as veias frequentemente parecem colabadas (achatadas) quando seccionadas.
Muitas veias, especialmente as dos membros, também contêm válvulas, pregas finas de túnica íntima que
formam válvulas semelhantes a abas. As válvulas da válvula se projetam para o lúmen, apontando para o
coração. Abaixa pressão arterial nas veias possibilita que o sangue que retorna ao coração desacelere ou
até mesmo retorne; as válvulas auxiliam no retorno venoso impedindo o refluxo do sangue.
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As veias são mais numerosas do que as artérias


por vários motivos. Algumas veias formam pares
e acompanham artérias musculares de médio a
pequeno porte. Estes conjuntos duplos de veias
escoltam as artérias e se conectam por canais
venosos chamados veia anastomótica. As veias
anastomóticas cruzam a artéria acompanhante
formando “degraus” entre o par de veias.
A maior quantidade de pares de veia ocorre no
interior dos membros. A camada subcutânea
profunda à pele é outra fonte de veias. Estas veias,
chamadas veias superficiais, atravessam a tela
subcutânea desacompanhadas de artérias
paralelas. Ao longo de seu curso, as veias
superficiais formam pequenas conexões (anastomoses) com as veias profundas que estão entre os músculos
esqueléticos. Estas conexões possibilitam a comunicação entre os fluxos sanguíneos profundo e superficial.

A íntima apresenta normalmente uma


camada subendotelial fina composta por
tecido conjuntivo, que pode estar muitas
vezes ausente. A túnica média consiste em
pacotes de pequenas células musculares
lisas entremeadas com fibras reticulares e
uma rede delicada de fibras reticulares. Nas
veias, a túnica adventícia é a mais espessa
e bem desenvolvida das túnicas.

As grandes veias têm uma túnica íntima


bem desenvolvida, mas a média é muito
fina, com poucas camadas de células
musculares lisas e abundante tecido
conjuntivo.

Vênulas
As vênulas drenam o sangue capilar e iniciam o fluxo de retorno do sangue de volta ao coração. As vênulas
apresentam composição diferentes em duas situações:
• Vênulas Pós-capilares – são as vênulas que primeiro recebem sangue direto dos capilares, são as
menores vênulas. Apresentam junções intercelulares pouco organizadas, por isso são muito porosas.
A parede dessas vênulas é formada apenas por uma camada de células endoteliais.
• Vênulas Musculares – Ao decorrer que as vênulas pós-capilar se afasta dos capilares, elas adquirem
uma ou duas camadas de células musculares lisas. Possui paredes mais espessas.

Anastomose – significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma comunicação entre
si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas
artérias de pequenos calibres se anastomosam para formar um vaso mais calibrosos. Frequentemente a
ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação colateral.
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3. Diferenciar as funções dos principais vasos sanguíneos

→ As artérias têm como função transportar sangue sob alta pressão para os tecidos. Por esse motivo, têm
fortes paredes vasculares, e nelas o sangue flui em alta velocidade.
→ As arteríolas, por sua vez, são os pequenos ramos finais do sistema arterial; elas atuam controlando o
fluxo sanguíneo que é liberado para os capilares. Elas têm forte parede muscular, capaz de ocluir
completamente os vasos ou, com o seu relaxamento, aumentar o seu diâmetro, sendo capazes, dessa
forma, de alterar muito o fluxo de sangue em cada tecido em resposta à sua necessidade.
→ A função dos capilares é a troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre
o sangue e o líquido intersticial. Para exercer essa função, as paredes capilares são muito finas e têm
numerosos minúsculos “poros” permeáveis à água e outras pequenas substâncias moleculares.
→ As vênulas coletam o sangue dos capilares e de forma gradual coalescem, formando veias
progressivamente maiores.
→ As veias funcionam como condutos para o transporte de sangue das vênulas de volta ao coração; além
disso, como importante reservatório de sangue extra. Como a pressão no sistema venoso é muito baixa,
as paredes das veias são finas em comparação com as artérias. Contudo, o conteúdo muscular de suas
paredes é suficiente para se contrair e dilatar, agindo como reservatório extra de sangue para a
circulação sistêmica.

3.1 Principais artérias do corpo

Sistema do tronco pulmonar


O tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma
direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares
pulmonares.
Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem capilares, em torno alvéolos
nos pulmões. O gás carbônico passa do sangue para o ar e é exalado. O oxigênio passa do ar, no interior
dos pulmões, para o sangue. Esse mecanismo é denominado HEMATOSE.

Sistema da artéria aorta (sangue oxigenado)


É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas
quatro divisões principais são a aorta ascendente, o arco da
aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A aorta é o principal
tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge do
ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta
ascendente.
O começo da aorta contém as válvulas semilunares aórticas.
A artéria aorta se ramifica na porção ascendente em duas
artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão
irrigar o coração.
Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco
para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva
da aorta) sendo elas:
1 - Tronco braquiocefálico arterial
2 - Artéria carótida comum esquerda
3 - Artéria subclávia esquerda
O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:
4 - Artéria carótida comum direita
5 - Artéria subclávia direita
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