Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
estudantedefisio
MEDIASTINO
- É o compartimento central da cavidade torácica. É coberto de cada
lado pela pleura mediastinal e contém todas as vísceras e estruturas
torácicas, exceto os pulmões.
- Estende-se da abertura superior do tórax até o diafragma
inferiormente e do esterno e cartilagens costais anteriormente até os
corpos das vértebras torácicas posteriormente.
- É uma região muito móvel, pois consiste principalmente em
estruturas viscerais ocas (cheias de líquido ou ar) unidas apenas por
tecido conjuntivo frouxo, frequentemente infiltrado por gordura. As
principais estruturas no mediastino também são circundadas por vasos
sanguíneos e linfáticos, linfonodos, nervos e gordura.
- Nessa região, o tecido conjuntivo torna-se mais fibroso e rígido com
a idade, assim as estruturas do mediastino tornam-se menos móveis.
Ciclo cardíaco
Denominado ciclo cardíaco, os eventos que ocorrem desde o início
de um batimento cardíaco até o seguinte acontecem em duas fases:
sístole e diástole, ou seja, contração e relaxamento. O ciclo cardíaco
é dividido em 5 etapas, sendo elas: diástole atrial e ventricular, sístole
atrial, contração ventricular isovolumétrica, ejeção ventricular e
relaxamento ventricular.
Na diástole atrial e ventricular, o ciclo cardíaco se inicia quando a
bomba cardíaca (átrios e ventrículos) está relaxando. Na sequência,
os átrios se enchem com sangue proveniente das veias cavas (tanto
superior, quanto inferior), e, posteriormente, ocorre o enchimento
dos ventrículos, gerando a contração. Quando os ventrículos relaxam,
as válvulas atrioventriculares se abrem e o fluxo passa dos átrios para
os ventrículos.
Cerca de 80% do enchimento ventricular ocorre de forma passiva,
durante o relaxamento ventricular. A sístole atrial, portanto, é
responsável por apenas 20% do enchimento dos ventrículos.
A contração ventricular isovolumétrica ocorre enquanto os átrios se
contraem, a onda de despolarização se move lentamente por meio
do nó AV até o ápice do coração. A sístole ventricular tem seu início
no ápice e conduz o sangue na direção da base do coração. O fluxo
sanguíneo propicia o fechamento das valvas atrioventriculares, que
impedem o refluxo para os átrios. Nessa fase, as valvas
atrioventriculares se encontram fechadas, o sangue fica represado;
mesmo assim, os ventrículos continuam a se contrair. Enquanto os
ventrículos iniciam a contração, os átrios repolarizam e relaxam. Com
relação à ejeção ventricular, quando os ventrículos se contraem, eles
geram pressão suficiente para abrir as valvas semilunares e o sangue
é conduzido para as artérias. Ao final da contração ventricular, essas
cavidades voltam a relaxar, a pressão ventricular diminui a níveis
inferiores aos das artérias, e o sangue começa a refluir para o
coração. Quando as valvas semilunares se fecham, os ventrículos
tornam-se câmaras isoladas. As valvas AV permanecem fechadas à
pressão ventricular, que, embora menor, ainda é superior à pressão
dos átrios. Quando a pressão ventricular é menor que a dos átrios,
as valvas AV se abrem. O volume sanguíneo varia entre 4 e 5 litros,
cerca de 80% se encontra nas veias, no coração direito e nos vasos
da pequena circulação. Devido à sua grande elasticidade e capacidade,
o sistema de baixa pressão atua como reservatório de sangue, que
pode ser usado mediante constrição das veias.
Débito cardíaco
O débito cardíaco (DC) pode ser obtido por meio do cálculo de
multiplicação da frequência cardíaca (bpm) pelo volume sistólico.
Quando há o aumento da frequência e/ou do volume sistólico, haverá
também a elevação do débito cardíaco.
O débito cardíaco se distribui pelos órgãos dispostos paralelamente
na circulação sistêmica. A perfusão das artérias coronárias do músculo
cardíaco não deve cair, pois o distúrbio da função cardíaca
comprometerá toda a circulação sistêmica. Os rins recebem de 20 a
25% do DC. Todo DC flui por meio da circulação pulmonar, pois se
encontra em série com a circulação sistêmica. Por meio do tronco
pulmonar e das duas artérias pulmonares, o sangue pobre em
oxigênio alcança os pulmões, onde é oxigenado. A drenagem de todo
o fluxo ocorre pelas veias pulmonares para retorno ao átrio esquerdo.
A resistência na circulação pulmonar é apenas uma fração da
resistência periférica total na circulação sistêmica, de modo que o
coração direito precisa produzir uma pressão média bem menor do
que o esquerdo. A maior resistência na circulação sistêmica é
oferecida pelas pequenas artérias e arteríolas, por isso, são
denominadas vasos de resistência.