RAFAELA CHARONE

Sistema Cardiovascular
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INTRODUÇÃO
O sistema circulatório tem como principal função
transportar oxigênio e nutrientes para as células
(produção de energia), elementos essenciais para os
diversos tecidos do corpo (glicose, oxigênio, hormônios) e
produtos do metabolismo para órgãos excretores (ureia,
amônia, CO2). Regulação da temperatura corporal
(quando fazemos atividade física e o nosso corpo começa
a esquentar, o organismo libera esse calor, aumentando a
quantidade de sangue nos vamos sanguíneos próximos a
pele, dessa maneira a gente consegue dissipar mais calor
pro ambiente, e é por isso que quando fazemos exercício
ficamos vermelhinhos, em compensação quando está
muito frio, o sangue é desviado para locais mais internos e
profundos do corpo para que não percamos calor para o
ambiente e para manter o aquecimento dos órgãos vitais,
por isso quando esta muito frio, ficamos com as
extremidades geladas como dedos e nariz). Defesa do
organismo (lesão > fluxo sanguíneo aumentado > chegada
de mais células de defesa leucócitos para combater a
infecção)
COMPOSIÇÃO
 Sangue: Tecido conjuntivo fluido que flui pelo
interior dos vasos sanguíneos. (
− Sangue arterial: sangue rico em oxigênio
e pobre em gás carbônico
− Sangue venoso: Pobre em oxigênio e rico
em gás carbônico
 Vasos sanguíneos: Estruturas em formas de tubo
responsáveis por conduzir o sangue pelo corpo.
São compostos de tecido conjuntivo, tecido
muscular liso e endotélio. São eles:
− Veias
− Artérias
− Capilares
 Coração: é um órgão muscular, que se localiza na
caixa torácica, entre os pulmões. Funciona como
uma bomba dupla, de modo que o lado esquerdo
bombeia o sangue arterial para as diversas
partes do corpo, enquanto o lado direito bombeia
o sangue venoso para os pulmões.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS DOS VASOS
 Túnica externa/adventícia: formada por tecido
conjuntivo, é a camada mais externa dos vasos
sanguíneos e apresenta como principais
componentes o colágeno e as fibras elásticas.
 Túnica média: Camadas concêntricas de musculo
liso
 Túnica interna/ íntima: camada mais interna da
parede de um vaso, apresenta uma camada de
células endoteliais que está apoiada em outra
camada de tecido conjuntivo frouxo, que
preenche espaços não ocupados por outros
tecidos, apoia e nutre células epiteliais, envolve
nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos.
VEIAS
Vasos sanguíneos que conduzem sangue dos órgãos e
tecidos do corpo para o coração. O sangue vai em
sentido unidirecional, por isso, possuem válvulas que
permitem que eles não voltem. São ilustradas em azul.
Suas paredes são mais finas que as artérias. A maior
parte das veias transporta o sangue venoso, ou seja, rico
em gás carbônico. Contudo, as veias pulmonares
transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões
para o coração. Formada pelos 3 tipos de túnicas.
Capilar > Vênula > veia
As paredes das veias são mais finas do que das artérias
principalmente a camada de musculo. A pressão dentro
das veias é bem menor do que dentro das artérias.
Bomba muscular esquelética: retorno venoso, quando
viajamos de carro, o sangue ira estagnar, a pressão
hidrostática dentro das veias aumenta e ocorre a
formação de edemas.
OBS: Varizes, acompanhamento cardiovascular para ver
se não possui problema nas válvulas.
ARTERIAS
As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem
do coração e transportam o sangue para as outras
partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada
de tecido muscular e elástico, que suporta a pressão do
sangue. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio,
é bombeado do coração para os tecidos do corpo
através da artéria aorta. As artérias se ramificam pelo
corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se
ramificam ainda mais, originando os capilares. O sangue
venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração
para os pulmões através das artérias pulmonares.
Artéria > arteríola > capilar
Nas artérias de grande calibre, existe uma grande
quantidade de fibras elásticas entre as células musculares
lisas e menor quantidade de musculo liso pois precisam ser
muito resistentes (devido a grande quantidade de sangue
vindo do coração). Nas artérias de pequeno calibre e nas
arteríolas existe uma maior quantidade de musculo liso e
menor quantidade de tecido elástico, pois são
responsáveis apenas pela distribuição de fluxo sanguíneo
de acordo com a necessidade corporal.
OBS: A doença aterosclerose esta relacionada a
formação de um estreitamento da artéria por uma placa
de gordura que vai gerar lesões nos tecidos das artérias
podendo criar um aneurisma e caso a artéria se feche,
pode gerar a morte de um tecido.
Elas podem ser classificadas em 3 tipos, artérias elásticas, REVISANDO..
que são consideradas condutoras, artérias musculares,
que são classificadas como distribuidoras, e as arteríolas.

- As artérias são mais elásticas do que as veias,

CAPILARES
Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e
veias do sistema circulatório. Suas paredes apresentam
apenas uma camada de células, que permitem a troca de
substâncias entre o sangue e as células. Os capilares se
ligam às veias, levando o sangue de volta para o coração.
já que a túnica média muscular é mais
desenvolvida nelas, enquanto nas veias, é a
túnica adventícia
- Os capilares possuem apenas a túnica íntima já
que será por ele que ocorreram as trocas entre o
que há dentro dele e o que o tecido necessita.
- Em cada Tecido há um tipo diferente de capilar
variando de acordo com o que precisará passar
por ele moléculas grandes ou pequenas eletrólitos
proteínas entre outros os tipos de capilares são
contínuos fenestrados e sinusoides

CORAÇÃO
O coração é um órgão constituído de uma camada
muscular, para que assim exerça sua função contrátil e
possa propulsar o sangue. Funciona como uma bomba
dupla, de modo que o lado esquerdo bombeia o sangue
arterial para as diversas partes do corpo, enquanto o
lado direito bombeia o sangue venoso para os pulmões.
O coração funciona impulsionando o sangue por meio de
dois movimentos: contração ou sístole e relaxamento ou
diástole. As principais estruturas do coração são:
 Pericárdio: membrana que reveste o exterior do
coração.
 Endocárdio: membrana que reveste o interior do
coração.
 Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio e o
endocárdio, responsável pelas contrações do
coração.
 Átrios ou aurículas: cavidades superiores por onde
o sangue chega ao coração.
 Ventrículos: cavidades inferiores por onde o
sangue sai do coração.
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
O sangue chega ao coração através das veias cavas
superior e inferior no átrio direito (esse sangue é pobre
em oxigênio e rico em gás carbônico) passando para o
ventrículo direito, que vai ser encaminhado pela artéria
pulmonar aos pulmões, quando chega aos pulmões, esse
sangue deixa o gás carbônico nos alvéolos pulmonares
para ser expelido pela expiração e recebe oxigênio em um
processo chamado de hematose (oxigenação do sangue
nos pulmões). Depois de receber o oxigênio, o sangue
precisa retornar para o coração para ser bombeado por
todo corpo, novamente, e ele volta para o coração (lado
esquerdo) pelas veias pulmonares, que levam o sangue
para o átrio esquerdo, que passa para o ventrículo
esquerdo e quando ele contrai, é ejetado com força pela
artéria aorta. A partir da aorta e de suas ramificações, o
sangue vai chegar em todos os tecidos do corpo
(capilares) onde ocorre uma troca e o sangue se torna
rico em gás carbônico, reiniciando o processo.
OU SEJA:

 Válvula tricúspide: impede o refluxo de sangue do
átrio direito para o ventrículo direito.
 Válvula mitral: impede o refluxo de sangue do
átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.
Artéria > arteríola > capilar > vênula > veia
Esse caminho de sangue entre o lado direito do coração
para os pulmões e dos pulmões de volta para o coração é
chamado de pequena circulação (circulação pulmonar) e o
caminho do lado esquerdo do coração para a aorta e os
demais tecidos do corpo e do corpo de volta para o
coração é chamado de grande circulação (circulação
sistêmica).

Átrio direito VCS / VCI DÉBITO CARDÍACO

Átrio esquerdo Veia pulmonar O débito cardíaco é o volume de sangue ejetado pelo
ventrículo esquerdo para a artéria aorta a cada minuto. O
Ventrículo direito Artéria aorta
sistema cardiovascular é um sistema fechado, não deve
Ventrículo esquerdo Tronco pulmonar haver perdas, portanto em um coração eficiente, o débito
cardíaco deve ser igual ao retorno venoso (volume de
sangue que chega ao átrio direito a cada minuto). Em
média, são ejetados 5.250 ml/ min (débito cardíaco), e a
mesma quantidade deve retornar ao átrio direito (retorno
venoso – RV). O débito cardíaco (DC) pode ser calculado
pela frequência cardíaca (FC) x débito sistólico (DS). A FC
é quantas vezes o coração ejetou sangue por minuto, ou
seja, os batimentos dados em um minuto (bpm). A FC pode
variar normalmente numa faixa entre 60 e 100 bpm, a
média é cerca de 75 bpm. O débito sistólico corresponde
a quantidade de volume ejetado a cada batimento,
normalmente está próximo de 70ml. Com isso temos: DC
= FCx DS → DC = 75 X 70 → DC = 5.250 ml/min.
OBS: Porém, como tudo na vida, o Débito cardíaco
também não é imutável, está passível de alterações a
todo momento. É o que acontece por exemplo, quando
você realiza uma atividade física, onde a frequência
cardíaca aumenta e consequentemente leva ao aumento
do débito cardíaco. Outro exemplo é quando você fica
nervoso, assustado, enfim, são inúmeras as situações
fisiológicas que podem aumentar o débito sistólico
temporariamente e compensatoriamente, pois o retorno
venoso também aumenta. Porém, há situações patológicas
onde o débito cardíaco sofre alterações, como por
exemplo na hipertensão arterial sistêmica, o volume
ejetado (débito sistólico) é menor devido ao aumento da
pressão na artéria aorta, dificultando a ejeção do sangue
pelo ventrículo esquerdo. Em casos de patologias, onde o
DC < RV, temos um coração ineficiente/insuficiente, onde
o VS está reduzido, alterando todo o processo
hemodinâmico de manutenção da homeostase.
CICLO CARDÍACO
É importante compreender dois termos quando falamos
de ciclo cardíaco:
 Sístole: Contração do musculo cardíaco
 Diástole: relaxamento do musculo cardíaco
É importante ressaltar que átrios e ventrículos não
contraem simultaneamente, temos primeiro a contração
atrial e depois a contração ventricular, portanto a ação
de bombeamento do sangue ocorre em duas etapas. O
ciclo cardíaco é um conjunto de eventos que ocorrem
entre o início de um batimento até o começo do próximo.
Começamos com o recebimento do sangue pelos átrios,
no átrio direito, esse sangue chega pelas veias cavas e no
átrio esquerdo esse sangue chega pelas veias pulmonares.
O coração então recebe o sangue pelos dois átrios, a
partir daí, aproximadamente 70% desse sangue escoa
dos átrios para os ventrículos de forma passiva, sem que
haja contração cardíaca. Depois desse enchimento
passivo, ocorre a contração atrial, e o restante do sangue
que estava dentro dos átrios é empurrado do átrio para
o ventrículo. Com o início da contração dos ventrículos a
pressão intraventricular sobe rapidamente provocando o
fechamento das valvas atrioventriculares que estão entre
os átrios e os ventrículos, esse fechamento é importante
para que não ocorra o refluxo do sangue, ou seja, para
que ele não retorne do ventrículo para o átrio.
Entretanto, as valvas do coração se fecham ou se abrem
dependendo da pressão dentro das câmaras cardíacas ou
das grandes artérias. No início da contração ventricular
ainda não ocorre a ejeção de sangue pois as valvas
semilunares ainda não se abriram, por isso que essa fase
é chamada de contração isovolumétrica. Em um
determinado momento da contração ventricular a pressão
dentro dos ventrículos supera a pressão das grandes
artérias e as valvas semilunares se abrem permitindo a
ejeção do sangue dos ventrículos para as grandes
artérias. Conforme o sangue vai sendo ejetado, a pressão
dentro dos ventrículos vai diminuindo gradativamente, até
o momento que ela fica inferior a pressão das grandes
artérias e as valvas semilunares se fecham, a partir do
fechamento delas iniciasse a fase do relaxamento
isovolumétrico, onde os ventrículos estão relaxando mas
ainda não existe a entrada de sangue dentro deles, a
partir daí, conforme a diástole ventricular continua, a
pressão dentro dos ventrículos se torna menor do que a
pressão dentro dos átrios, permitindo a abertura das
valvas atrioventriculares, 70% do sangue que estão no
átrio escoam passivamente para os ventrículos,
recomeçando o ciclo cardíaco.
BULHAS CARDÍACAS
É o barulhinho produzido pelo coração conforme seu
funcionamento. Elas acontecem porque o fechamento das
valvas produzem sons.
  Primeira bulha (B1): primeiro som, produzido pelo
fechamento das valvas atrioventriculares.
 Segunda bulha (B2): segundo som, produzido pelo
fechamento das valvas semilunares.
Existem também a terceira e a quarta bulhas cardíacas,
que nem sempre são audíveis:
 Terceira bulha (B3): se caracteriza por um ruído
de baixa frequência devido ao impacto do sangue
na parede ventricular no início da diástole
(enchimento ventricular rápido).
 Quarta bulha (B4): é provocada pelo impacto do
sangue, impulsionado pelo átrio, contra o sangue
pré-existente no interior do ventrículo, no final da
diástole. Quase sempre é patológica, exceto em
situações como síndrome hipercinéticas ou em
atletas.
ARTÉRIA CORONÁRIA
O coração também precisa de irrigação sanguínea, ainda
mais sabendo que ele é um órgão muscular e por realizar
contração ele consome muita energia. Por isso, é
importante que ele tenha uma boa irrigação para que
haja suprimento de oxigênio e nutrientes para o musculo
cardíaco conseguir produzir energia suficiente para que
ele possa realizar suas contrações. Durante o repouso, o
próprio coração, o próprio músculo cardíaco do próprio
coração recebe aproximadamente 5% do sangue
bombeado por ele mesmo, e em uma situação de atividade
física intensa, essa porcentagem aumenta para 20% do
bombeamento, portanto os primeiros ramos que saem da
aorta são redirecionados para o próprio coração,
garantindo a irrigação sanguínea do próprio musculo
cardíaco, se eles não receberam sangue de maneira
adequada o coração ao consegue contrair e se ele não
contrair o sangue não chega a lugar nenhum do corpo.
Essas ramificações são chamadas de artérias coronárias
direita (abastece o átrio e o ventrículo direito, a parede
posterior do coração e uma pequena parte do septo
interventricular) e esquerda (abastece o átrio e o
ventrículo esquerdo e pela maior parte do septo
interventricular).
Elas ficam comprimidas durante a sístole cardíaca de
forma que o musculo cardíaco só recebe irrigação
sanguínea durante a diástole.
OBS: O infarto agudo do miocárdio ocorre exatamente
quando a irrigação do musculo cardíaco pelas artérias
coronárias fica prejudicada, ou seja, quando existe a
obstrução de alguma artéria coronária. O infarto nada
mais é do que a morte de um grupo de células cardíacas
que acontece pela falta de suprimento sanguíneo, que
acaba gerando alguns sintomas como dor opressora no
centro do peito que irradia para algumas regiões (comum
para o braço esquerdo, mas não é uma regra). A causa
mais comum que leva a obstrução dessas artérias
coronárias é a aterosclerose, que é uma doença que leva
o deposito de placas de gordura no interior das artérias,
essas placas são chamadas de placa de ateroma, os
fatores que predispõe um IAM podem ser a obesidade,
tabagismo, altos níveis de colesterol sanguíneo e fatores
hereditários.
FISIOLOGIA ELÉTRICA DO CORAÇÃO
Nos sabemos que todo musculo para contrair precisa
receber um estímulo, nos músculos esqueléticos esse
estímulo vem do sistema nervoso, já o coração, apesar de
sofrer sim influência do sistema nervoso, não depende
dele para realizar suas contrações. O coração possui um
sistema intrínseco (próprio dele), capaz de gerar impulsos
elétricos para que haja contração do miocárdio. Essa
autonomia do coração acontece através de um grupo de
células especializadas em gerar em transmitir impulsos
bioelétricos para contração do miocárdio. Esse grupo de
células especializadas é chamado de nó sinoatrial ou
sinusal, os estímulos gerados nele determinam a
frequência cardíaca, e por isso também é chamado de
marcapasso, ou seja, temos um marcapasso natural que já
nascemos com ele que marca o ritmo do nosso coração.
OBS: se esse marcapasso der problema ele pode ser
substituído cirurgicamente por um artificial.
O nó sinoatrial é chamado assim pois está localizado na
parede do átrio direito próximo ao local onde a veia cava
superior desemboca, por tanto, ele é uma estrutura
formada por um conjunto de células especializadas em
gerar estímulos para a contração do miocárdio e marca a
frequência cardíaca. Porém, já vimos que o coração não
contrai todo de uma vez só, se não o sangue iria espirrar
para todos os lados ao mesmo tempo. Para que haja um
fluxo de sangue, um sentido certo, é necessário que
ocorra primeiro a contração dos átrios e depois a dos
ventrículos, por isso, o coração necessita de outras
estruturas que ajudem a organizar o impulso gerado pelo
nó sinoatrial. A segunda estrutura que faz parte do
sistema elétrico do coração é o nó atrioventricular, ele é
chamado assim porque está localizado na parte inferior
do átrio direito, próximo ao septo interatrial e no limite
entre o átrio e o ventrículo direito, sua principal função é
gerar um pequeno atrasado do estimulo vindo do nó
sinoatrial, fazendo com que os ventrículos contraiam
depois dos átrios e não simultaneamente, o estimulo
gerado no nó sinoatrial se espalha pelas células do
miocárdio dos átrios graças a suas junções complexas
chamadas de junções GAP, graças a elas, as células do
miocárdio dos átrios contraem simultaneamente, e esse
estimulo não passa dos átrios para os ventrículos porque
o miocárdio dos átrios é separado do miocárdio dos
ventrículos pelo próprio esqueleto do coração, e esse
estimulo vai sim chegar aos ventrículos só que através do
nó atrioventricular. Ao chegar nessa estrutura, o estimulo
sofre um pequeno atraso e é transmitido para o
miocárdio através do feixe de his, uma estrutura também
formada por células especializadas e que descem pelo
septo interventricular se dividindo em dois ramos, um que
vai para o VD e um que vai para o VE, próximo ao ápice
do coração, os ramos do feixe de his se ramificam em
fibras de purkinje, de onde o estimulo passa diretamente
pro miocárdio dos ventriculos, a estimulação dessas fibras
faz com que os ventrículos contraiam simultaneamente e
ejetem o sangue do seu interior para a circulação
sistêmica ou pulmonar.
Lei do tudo ou nada: o estímulo gerado e transmitido por
essas células especializadas gera uma contração sempre
igual ou nenhuma contração, de forma que um aumento
nesse estímulo não é capaz de gerar uma contração
mais forte.
SISTEMA ENDÓCRINO
Os hormônios influenciam muitos aspectos do sistema
cardiovascular. Apesar dos hormônios terem um papel
chave na manutenção da saúde cardiovascular, níveis
elevados de alguns deles podem contribuir para doenças
cardiovasculares. A insulina produzida pelo pâncreas é um
hormônio que coloca o açúcar para dentro das células
que o transforma em energia. Quando as células não
“abrem” normalmente para a entrada do açúcar, o
pâncreas passa a produzir mais insulina na tentativa de
melhorar esta captação. Este aumento na produção de
insulina é chamado de resistência insulínica. Isto significa
que, para manter o açúcar em valores normais o
pâncreas precisa trabalhar mais, podendo chegar a
exaustão. A falta de insulina faz a glicose aumentar no
sangue. A hiperglicemia constante aumenta os
triglicerídeos que juntamente com o colesterol passam a
formar placas ateromatosas que podem se depositar nos
vasos sanguíneos e no coração. Os hormônios da tireoide,
quando em excesso ou diminuídos, podem causar
alterações cardíacas, como arritmias, angina e
insuficiência cardíaca. Os hormônios da suprarrenal –
cortisol, aldosterona e catecolaminas apresentam
inúmeras funções que interferem no bom funcionamento
do sistema cardiovascular. O desiquilíbrio na produção
destes hormônios podem provocar alterações drásticas na
pressão arterial, no volume do sangue, no calibre dos
vasos sanguíneos e no funcionamento cardíaco. O
equilibro na produção dos hormônios exerce um papel
muito importante em inúmeras ações do sistema
cardiovascular.
SISTEMA NERVOSO
Apesar de não depender do sistema nervoso para iniciar
suas contrações, o coração sofre sim influencia desse
sistema através do sistema nervoso autônomo e do nervo
vago, essa influencia vai agir no aumento ou na diminuição
da frequência cardíaca que precisam acontecer em
alguns momentos, durante a atividade física, o sistema
nervoso simpático provoca o aumento da frequência
cardíaca, o que é fisiológico e necessário nesses casos.
Sistema nervoso autônomo: nervos com fibras sensoriais e
motoras que conferem controle aos mecanismos
involuntários e vitais fundamentais à homeostase.
OBS: Você pode até prender voluntariamente a
respiração por certo tempo, mas quando a falta de O2
parecer crítica ao organismo, o SNA desencadeia
novamente os movimentos respiratórios. Por isso, ninguém
consegue se suicidar prendendo a respiração.
Embora os efeitos do sistema nervoso sobre o sistema
cardiovascular se devam, em grande parte, à ação dos
neurotransmissores noradrenalina e acetilcolina, a
liberação de outros neurotransmissores nas terminações
pós-ganglionares simpáticas e parassimpáticas pode
potencializar e/ou minimizar a ação da noradrenalina e
da acetilcolina, ampliando as oportunidades de controle
cardiovascular por aumentar ou diminuir a sensibilidade do
músculo cardíaco e do músculo liso vascular a estimulação
simpática e parassimpática. Além disto, respostas reflexas
do simpático e do parassimpático permitem ajustes do
débito cardíaco e da resistência vascular periférica,
contribuindo para a estabilização e manutenção da
pressão arterial sistêmica durante diferentes situações
fisiológicas. Nesse contexto, sabe-se que pelos menos três
dos maiores arcos reflexos estão envolvidos na modulação
da atividade parassimpática para o coração e simpática
para coração e vasos, ligados aos pressorreceptores
arteriais (alta pressão), aos receptores cardiopulmonares
(baixa pressão) e aos quimorreceptores arteriais. Os
pressorreceptores arteriais são mecanorreceptores
sensíveis às deformações da parede vascular e, devido ao
seu alto ganho, constituem-se na forma mais importante
de controle da pressão arterial em curto prazo, ou seja,
momento a momento. Além do controle reflexo da
atividade autonômica, os pressorreceptores também
exercem controle tônico sobre a atividade simpática
(inibição) e parassimpática (estimulação). Assim, o
comprometimento da função dos pressorreceptores pode
atuar como elemento permissivo ao estabelecimento de
alterações primárias de outros mecanismos de controle da
função cardiovascular, por não modular a atividade
simpática e parassimpática de modo adequado. Os
receptores cardiopulmonares são distribuídos em três
grupos de receptores que são ativados por mudanças na
pressão das câmaras cardíacas, induzindo respostas
reflexas autonômicas que modulam principalmente a
frequência cardíaca, a dilatação da vasculatura muscular
esquelética, a resistência renal e o débito urinário. Os
quimiorreceptores arteriais respondem a aumentos ou
quedas de PO2, PCO2 e/ou pH desencadeando
respostas homeostáticas do sistema cardiorrespiratório
para corrigir essas variações; quedas na PO2 e aumentos
na PCO2 e no pH, por exemplo, elicitam respostas
reflexas de aumento da resistência periférica.
Recentemente, o controle reflexo da circulação
comandado pelos barorreceptores tem sido reconhecido
também como um importante preditor de risco após
evento cardiovascular. De fato, o estudo ATRAMI
(Autonomic Tone and Reflexes After Myocardial Infarction)
forneceu evidências clínicas do valor prognóstico da
sensibilidade do barorreflexo e da variabilidade da
frequência cardíaca na mortalidade cardíaca pós infarto
do miocárdio, independente da fração de ejeção do
ventrículo esquerdo e de arritmias ventriculares. Dessa
forma, intervenções no sentido de melhorar a sensibilidade
do barorreflexo e/ou a participação do parassimpático
cardíaco no controle da PA e da frequência cardíaca tem
sido vistas como novas estratégias no manejo das
doenças cardiovasculares.
ELETROCARDOGRAMA
O eletrocardiograma (ECG) é um exame que permite a
reprodução gráfica da atividade elétrica do coração.
Essas ondas elétricas do coração refletem os fenômenos
de despolarização e repolarização das células do coração.
Elas têm um potencial de repouso de 90mV, resultante de
um equilíbrio dinâmico entre as forças do gradiente
químico (Na+ e K+) e elétrico. Quando a inversão da
carga elétrica da membrana celular (despolarização) se
propaga em direção a um eletrodo, temos uma onda
positiva. Do contrário, a onda é negativa.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Existem inúmeras doenças cardiovasculares
causadas por diversos tipos de fatores, entre as
mais importantes podemos citar:
 Hipertensão: Aumento anormal da pressão
do sangue pelas artérias
 Hipotensão: a pressão do sangue pelas
artérias é mais baixa do que o esperado
 Arteriosclerose: doença genérica
degenerativa da artéria que leva a
destruição das fibras musculares e das
fibras elásticas que a constitui levando ao
endurecimento da parede arterial
 Aterosclerose: é o acúmulo de placas de
gordura, cálcio e outras substâncias na
artéria
 Ateromatose aórtica: acúmulo de gordura e
cálcio na parede da artéria aorta,
interferindo o fluxo sanguíneo e de
oxigênio.
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