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ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR

11/10/2018 e 18/10/2018
Transcrição - AULA 2 e 3 (EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR)

AVALIAÇÃO DOS PULSOS sumir com rapidez”. Ex: Insuficiência aórtica, fístulas,
anemias, hipertireoidismo.
PULSO - Movimento vibratório rítmico; Expansão e
retração regulares, repetidas de uma artéria,
provocadas pela ejeção do sangue pelo VE (pulso
arterial).

Avaliar (comparando as artérias homólogas):


Examinar os pulsos:

PEDIOSO

TIBIAL POSTERIOR

POPLÍTEO

FEMORAL AMPLITUDE + SIMETRIA

ILÍACOS
MANOBRA DE OSLER – infla o manguito acima da
AORTA pressão sistólica, e avalia se a artéria se mantém
palpável, mesmo com o manguito fechando a
BRAQUIAL circulação, sendo Osler + (PSEUDO-HIPERTENSÃO).

MANOBRA DE ALLEN – oclui as artérias radial e ulnar,


pede para o paciente abrir e fechar a mão e observa a
RADIAL – AMPLITUDE (4+/+4) “Intensidade” (amplo integridade do arco palmar e estado da circulação
ou magnus, mediano e pequeno ou parvus – Eao ulnar.
“parvus”, Iao “magnus), simetria, frequência (60-
100bpm), ritmo (regular ou irregular), estado da OBS: Verifica-se também a perfusão capilar (normal é
parede arterial (artéria macia ou endurecida), tipo de igual ou menor que 2s, maior que 2s está lentificada).
onda (levanta o braço um pouco, e tenta perceber o Axilar – simetria e amplitude
desenho da curva de pulso)
CAROTÍDEO – normal é não auscultar nada; cuidado
Tipos de onda: para não comprimir o estetoscópio, gerando sopro;
Anacrótico - Pequena onda inscrita na fase ascendente pode auscultar sons cardíacos (bulhas e sopro); pode
do pulso. Ex: Estenose aórtica. ser confundido com a respiração (pede o paciente para
prender a respiração um pouco). Após a ausculta é que
Dicrótico - Dupla onda em cada pulsação, a primeira se faz a palpação.
mais intensa e nítida e a segunda de menor intensidade
ocorrendo imediatamente depois. Palpação deve ser AORTA TORÁCICA – na fúrcula esternal e no 1º espaço
feita de forma leve. Ex: Febre Tifóide intercostal a direita

Bisferiens - Dupla onda, no ápice do pulso. Diferenciar JUGULAR – à 0º fica regurgitada (normal – turgência de
do pulso dicrótico. Ex: Dupla lesão aórtica jugular), a 45º ela desaparece, se permanecer é
TURGÊNCIA DE JUGULAR PATOLÓGICA.
Filiforme - Mole e de pequena amplitude. EX:
Coarctação da aorta e colapso circulatório EXAME FÍSICO

Alternante - Onda ampla seguida de uma mais fraca Inspeção/ Palpação/ Percussão – valor limitado/
IVE Ausculta

Célere ou martelo d’água - Caracterizado por uma A posição mais adequada é o paciente em decúbito
ampla e súbita onda e um colapso rápido. “Aparecer e dorsal (deitado) e o examinador preferivelmente do
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
11/10/2018 e 18/10/2018
Transcrição - AULA 2 e 3 (EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR)

lado direito do paciente, porque foi desse lado que • Ausente - 30%
foram feitas as manobras.
• Normal
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
• Forte: magros, emoções, exercício,
Pesquisa abaulamentos, análise do ictus cordis, análise hipertireoidismo
de batimentos, dos movimentos visíveis, ou palpáveis
• Ictus difuso (extensão): cardiopatia dilatada
e pesquisa do frêmito
• Ictus propulsivo (batida forte): hipertrofia
ICTUS CORDIS
MOBILIDADE
• Impulso apical ou choque da ponta → traduz o
contato da porção anterior do VE com a parede • Normal: 1 - 2 cm com as mudanças de
torácica, durante a fase de contração decúbito.
isovolumétrica, do ciclo cardíaco.
CHOQUE VALVAR
• O ictus pode ser percebido em cerca de 25%
dos pacientes. • É a sensação tátil das vibrações produzidas no
coração por uma bulha hiperfonética
• Pode ser observado com o paciente em (estenose mitral, estenose tricúspide, HAS,
posição supina ou em decúbito lateral hipertensão pulmonar).
esquerdo.
FRÊMITO
CARACTERÍSTICAS
• É a sensação tátil das vibrações produzidas no
• Localização (varia com o biótipo) coração ou nos vasos. Correspondem aos
sopros.
• Extensão
• Características: Localização (focos); Situação
• Intensidade
no ciclo cardíaco (S/D); Intensidade (+ a ++++).
• Mobilidade
AUSCULTA
• Frequência
Mitral - Corresponde ao ictus cordis
LOCALIZAÇÃO
Tricúspide - Próximo ao apêndice xifóide
• Decúbito dorsal - pode ser percebido no 4º ou
Pulmonar - 2˚ espaço intercostal, paraesternal
no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha
esquerdo.
hemiclavicular ou medialmente à mesma
(considerar o biótipo do paciente). Aórtico - 2˚ espaço intercostal, paraesternal direito.
• Decúbito lateral esquerdo - pode sofrer um Aórtico acessório – 3º/4º espaço intercostal,
deslocamento de cerca de 2 cm, lateralmente, paraesternal esquerdo.
em direção à axila.

EXTENSÃO

• 2 polpas digitais (cerca de 2 a 2,5 cm),


ocupando, no máximo, um ou dois espaços
intercostais.

• Aumento - miocardiopatia dilatada e/ou


hipertrófica.

INTENSIDADE
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
11/10/2018 e 18/10/2018
Transcrição - AULA 2 e 3 (EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR)

DESDOBRAMENTO (TLUM TLA)

 Perda do sincronismo do componente


mitral/tricúspide (B1) ou componente
aórtico/pulmonar (B2)
 Desdobramento fisiológico pode aparecer na
inspiração

BULHAS CARDÍACAS

B1: corresponde ao fechamento das valvas mitral e SOPROS


tricúspide durante a sístole ventricular (TUM). MECANISMOS DOS SOPROS
B2: corresponde ao fechamento das valvas aórtica e 1. Sopros são produzidos por vibrações
pulmonar na diástole ventricular (Tá). decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo.
B3: Protodiastólica (Tum Tá Tú). Desaceleração do 2. Aumento da velocidade da corrente sanguínea
sangue contra a parede ventricular na fase de 3. Diminuição da viscosidade sanguínea
enchimento ventricular rápido (som seco) 4. Passagem de sangue através de uma zona
estreita (estenose)
B4: Telediastólica/ pré-diastólico (Tú Tum Tá). 5. Passagem de sangue para uma zona dilatada
Contração atrial na fase de enchimento ventricular (insuficiência)
contra um volume de sangue dentro do VE pouco
complacente. Paciente com fibrilação atrial não tem B4 Causados por um turbilhonamento do sangue por
alguma obstrução ou incompetência valvar.

• Situação no ciclo cardíaco (Sístole ou diástole?)

• Localização (qual foco?)

• Irradiação (irradia? Se sim, para qual foco?)

• Intensidade (graduar em 6 cruzes, acima de 4


tem frêmito)

• Timbre e tonalidade - Sopro de regurgitação


tem um timbre + suave e aspirativos, e os de
estenose (+ rudes  aórtico e pulmonar; +
OBS: Taquicardia com ritmo cardíaco de galope em 4T suaves  mitral e tricúspide)
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
11/10/2018 e 18/10/2018
Transcrição - AULA 2 e 3 (EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR)

• Modificação com a fase da respiração frequência, decrescendo e agudo – caráter


aspirativo
• Modificação com a posição e atividade física
SOPROS CONTÍNUOS – Sistodiastólicos, recobrem e
Os sopros devem ser classificados em sistólicos (entre
mascaram B1 e B2, sopro em maquinaria, PCA, fístula
B1 e B2) e diastólicos (entre B2 e B1);
arteriovenosa, rumor venoso
Em seguida, de acordo com a posição dentro do
LOCALIZAÇÃO E IRRADIAÇÃO
período, em holo, proto, meso e tele sistólico,
diastólico ou contínuo.  Local onde o sopro é mais intenso (mais
audível)
SITUAÇÃO NO CICLO CARDÍACO
 Para onde se irradia (carótidas, focos de ponta,
SOPRO SÍSTOLICO costas)
 São de grande valor como meio auxiliar para
SOPRO DE EJEÇÃO VENTRICULAR – ESTENOSE
estabelecer sua origem.
AÓRTICA E ESTENOSE PULMONAR
 Dois fatores influenciam na irradiação do
 Na sístole a valva aórtica deve estar aberta, se sopro: 1- Intensidade, 2- Direção da corrente
estiver estenosada ela não passa sangue sanguínea
direito causando o sopro
INTENSIDADE
 Na sístole a valva pulmonar deve estar aberta,
se estiver estenosada ela não passa sangue Classificada em cruzes, quando classificamos em 6
direito causando o sopro cruzes determinamos da seguinte forma:

SOPRO DE REGUGITAÇÃO – INSUFICIÊNCIA MITRAL,  + é o de menor intensidade e só percebido se


INSUFICÊNCIA TRICÚSPIDE, CIV o examinador se detém na ausculta.
 ++ é discreto, mas audível de imediato.
 Na sístole a valva mitral deve estar fechada, se
 +++ é moderadamente intenso.
estiver aberta ela volta com o sangue do VE p/
 Os sopros de 4, 5 e 6+ são de grande
o AE causando o sopro
intensidade, por isso acompanhado de
 Na sístole a valva tricúspide deve estar
frêmitos. Apesar destas características o sopro
fechada, se estiver aberta ela volta com o
de 4+ só é audível quando o estetoscópio fica
sangue do VD p/ o AD causando o sopro
em contato completamente com a pele.
 Se o paciente tiver uma CIV, na hora da sístole
 O sopro de 5+ é audível mesmo quando o
o sangue do VE vai p/ o VD
estetoscópio está em contato parcial com a
 Geralmente holosistólico (mascarando B1),
pele.
intensidade + ou – igual, terminando antes de
 6+ pode ser auscultado sem a necessidade do
B2 ou recobrindo-a.
estetoscópio estar em contato com a pele.
SOPRO DIASTÓLICO
TIMBRE E TONALIDADE
 Protodiastólico, mesodiastólico e
Suave, rude, musical, aspirativo, em jato, em
telediastólico
maquinaria, granuloso, ruflar.
 Estenoses das valvas atrioventriculares e
insuficiência das valvas aórtica e pulmonar ATRITO PERICÁRDICO (devido a uma pericardite)
 SOPRO DIASTÓLICO ESTENOSES AV -
Situação no ciclo cardíaco, localização (paraesternal
Geralmente mesodiastólico, característica de
esquerdo), irradiação (geralmente não tem),
´´ruflar´´
intensidade, timbre, mutabilidade
 SOPRO DIASTÓLICO INSUFICIÊNCIA SL -
Geralmente protodiastólico, sons de alta ACV: Ictus in situ, RCR em 2 T, bulhas normofonéticas
(BNF), sem sopro. FC: 80 PA: 120/80 mmHg
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
11/10/2018 e 18/10/2018
Transcrição - AULA 2 e 3 (EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR)

PRESSÃO ARTERIAL VALORES DE PA CONFORME VI DIRETRIZ BRASILEIRA


DE HAS

PULSO VENOSO

Pulsações observadas na base do pescoço.

Modificações que acontecem nas jugulares externas


durante ciclo cardíaco.

Jugular externa – só fica ingurgitada quando paciente


encontra-se em decúbito.

Ingurgitamento jugular (posição semi-sentada (45°) ou

Sentada) – hipertensão venosa VCS – IVD

SEMIOTÉCNICA

 Decúbito dorsal
 Inspecionar cada lado do pescoço
 Procurar pulsações na parte inferior do
pescoço – entre as duas inserções do
esternocleido
 O movimento é suave, difuso, ondulante,
geralmente Apresenta 3 ondas e 2 depleções.
Pulso carotídeo, constituído por uma única
onda e pulsátil.
 É melhor visto do que palpado, ao contrário do
carotídeo.
FASES DE KOROTKOFF  O nível da pulsação varia com a respiração
seguindo passivamente as mudanças da
pressão intratorácica: colaba na inspiração e
aumenta na expiração. Tal fato não ocorre com
o pulso carotídeo.
 Desaparece quando se comprimem as veias da
base do pescoço. Não consegue suprimir o
pulso carotídeo com essa manobra.

Fase I = Pressão sistólica e Fase V = Pressão diastólica


ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
11/10/2018 e 18/10/2018
Transcrição - AULA 2 e 3 (EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR)

PESQUISA DO REFLUXO HEPATO-JUGULAR ESTENOSE TRICÚSPIDE, ESTENOSE PULMONAR COM


HIPERTENSÃO PULMONAR GRAVE. TRADUZ
Paciente em decubito dorsal com cabiceira elevada a
VIGOROSA CONTRAÇÃO DO ÁTRIO DIREITO
45º, o médico ira fazer uma leve compressão no
hipocôndrio direito, onde fica o figado, com a intenção
de encontrar algum grau de insuficência a direita,
comprime o fígado 30 segundos e se ficar turgida a
jugular é porque o paciente tem alguma insuficiência
do VD.

ONDA V GIGANTE - IT COM FIBRILAÇÃO ATRIAL

PULSO VENOSO É FORMADO POR TRÊS ONDAS E


DUAS DEFLEXÕES

AUSÊNCIA DA DEFLEXÃO X: FIBRILAÇÃO ATRIAL

DEPLEÇÃO Y PROFUNDA: PERICARDITE


CONSTRICTIVA, DERRAME PERICÁRDICO

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