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Semiologia do sistema cardiovascular Daniela Retore AD2021

Anatomia e topografia do tórax


Fisiologia cardíaca – ciclo cardíaco
Fechamento das válvulas AV > 1º bulha
cardíaca (B1) - marca o início da sístole
Fechamento das válvulas semilunares >
segunda bulha cardíaca (B2) - marca o
início da diástole.
O tempo entre B1 e B2 (sístole) é mais
curto do que o tempo entre B2 e a
próxima B1 (diástole) DIASTOLE
DEMORA MAIS.

Anamnese e sintomas mais frequentes


 Dispneia
Causa - edema pulmonar: causado por disfunção VE (estone mitral, IAM)  aumento pressão vasos pulmonares (veias
pulmonares em estase)  extravasamento de líquido.
- Dispneia na horizontal (paroxística noturna) - primeiro de disfunção VE (maior retorno venoso na horizontal – maior
demanda para o coração)
Classificação – I atividades ordinárias
II – Limitação leve da atividade física – dispneia a grandes esforços
III – limitação marcante das atividades físicas – banho por ex
IV – sintomas em repouso.
 Dor torácica
Caracterizar a dor – início, duração, localização, irradiação, característica, fatores de alivio/piora
DOR IAM: dor retroesternal, mal localizada no tórax, irradiação pescoço, mento, ombros MSss, em aperto, intensa.
DOR ANGINA – ESTAVEL: em atividade física, 2-10min, alivio com repouso ou vasodilatores
INSTAVEL: progressiva, não melhora com vasodiltador
ATIPICA: não sente no esforço, mas no repouso. Irradiação braço direito.
DOR DISSECÇÃO AORTA: ápice do tórax, com irradiação para o dorso, em facada.
PERICARDITE: por dias, vai e volta, bem localizada (esterno, ápice, pescoço, ombro), em facada
- Claudicação intermitente – trombose MI, dor no esforço físico. Causa arteriosclerose

 Fadiga:
Classificação
A grandes esforços - Médios esforços - Pequenos esforços – Repouso

 Síncope: perda total de sentidos.


Causas: vaso vagal, estenose aórtica – redução perfusão cerebral

 Palpitação: paciente sente coração bater em repouso


Exame físico
Inspeção
- Forma do tórax: em barril, carinatum, escavatum
Inspeção dinâmica:
Ictus cordis – medial a linha hemiclavicular
Batimentos aorta – fúrcula ou espigastro
Turgência jugular – insuficiência cardíaca DIEREITA
Batimento das carótidas

Palpação
Ictus cordis – “ponto de impulso máximo de contração cardíaca sobre a parede torácica”
Normalmente palpável no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, extensão de 2 polpas digitais.
Brevilineos: pode estar deslocado lateralmente 2cm e no 4º espaço. Longilíneos: 2cm 6º espaço.
Impulsão sistólica paraesternal esquerda – aumento VD: palpação mão em garra 2º, 3º e 4º espaço intercostal
paraesternal esquerdo. VD Pode ser sentido abaixo do xifoide. Dilatação do tronco da artéria pulmonar ou aneurisma
da parede anterior do VE.
Frêmito – vibrações anormalmente aumentadas produzidas por sopros
Bulhas palpáveis

Ausculta
Pontos de ausculta:
Foco aórtico – paraesternal direito 2º espaço intercostal
Foco aórtico acessório – paraesternal esquerdo 3º e 4º espaço intercostal
Foco pulmonar – paraesternal esquerdo 2º espaço intercostal
Foco tricúspide – paraesternal esquerdo 5º espaço intercostal
Foco mitral – hemiclavicular 5º espaço intercostal

Objetivos:
1. Avaliar bulhas cardíacas
Normais: B1 e B2 – normo ou hiper (HAS, HP) ou hipofonéticas (IC, IAM)
- Desdobramento fisiológico da B2: na inspiração – aumento retornovenoso.
Acessórias: melhor avaliadas com campanola em decúbito lateral esquerdo
B3 – galope ventricular – início da diástole, depois de B2 > sobrecarga ventricular
SANGUE VEM COM FORÇA E BATE COM MTA FORÇA NO VENTRICULO: “desaceleração repentina da coluna de
sangue contra parede ventricular” - kentucKY
* O ventrículo esquerdo, à semelhança do ventrículo direito, pode estar sobrecarregado por volume (sobrecarga diastólica),
insuficiência aórtica, na insuficiência mitral, nos shunts esquerdo-direito ou por pressão (sobrecarga sistólica), quando há obstáculo
ao seu esvaziamento, como na estenose aórtica e na hipertensão arterial.
B4 – galope atrial – final diástole, antes de B1 > final diástole. Complacência reduzida ventricular ATRIO FAZ
MTA FORÇA NA CONTRAÇÃO E “BATE” NO SANGUE – “contração atrial” – TEnesse

2. Determinar ritmo e frequência cardíaca


Ritmo regular ou irregular (arritmia): persistente (fibrilação atrial) ou esporádico (extra-sistole ou taquicardia
paroxística)
Ritmo em dois tempos ou três (bulhas assessórias – ritmo em galope)

3. Avaliar presença de cliques ou estalidos


Clique de ejeção aórtico – causado por estenose aórtica (válvula dura faz barulho qnd abre) – início da sístole
Clique mesosistolico – insuficiência mitral (prolapso mitral na sístole)
Estalido de abertura da mitral – estenose mitral

4. Determinar presença de sopros: turbilhamento do sangue


SEMIOLOGIA DO SOPRO – diferencia as causas
1. Epicentro: foco mais audível
2. Irradiação
Pescoço – aórtico Infraclavicular esquerda - pulmonar
Axila – mitral
3. Intensidade
+ não tem certeza, fraco, não ouve de primeira
++ fraco mas certeza, ouve imediatamente
+++ moderado
++++ moderado com frêmito
+++++ forte, ponta doe esteto levantado ouve
++++++ forte, pode ouvir sem encostar o esteto
4. Timbre
Rude (estenose) ou suave (regurgitação)

TIPOS
A. Sistólico
A1) De ejeção – CRESCENTE DECRESCENTE “DIAMANTE” – NÃO SE SOBREPÕE AS BULHAS
Causas
Estenose aórtica – irradia p pescoço, foco aórtico mais audível – ou
pulmonar – foco p +
Comunicação átrio-átrio – epicentro foco aórtico acessório, irradia
AE-AD, desdobramento fixo B2
Fluxo – inocente: crianças ou anêmicos graves: FC alta, sem lesão

A2) De regurgitação – SE SOBREPOE AS BULHAS, HOLOSISTOLICO


Causas
Regurgitação mitral – irradiação axila, infarto sob cordoalha,
pode ser mt forte
Regurgitação tricuspide – varia conforme respiração
(relacionado com retorno venoso)
CV – sem epicentro certo porém sem irradiação/sem variação na
respiração (congenita ou adquirida)

B. Diastólicos
B1) REGURGITAÇÃO – PROTODIASTÓLICO, DECRESCENTE “TUNTAFFF”
Causas
Insuficiencia aortica – audivel foco aortico, aortico acessorio.
Irradiação para ápice do toráx

B2) ROLAR DIASTÓLICO


Causas
Estenose mitral – baixa frequencia CAMPANOLA
B1 hiperfonetica, estalido de abertura pós B2, aumento pós
sistole atrial
Irradiação axilar

MANOBRAS – sopros aórticos: flexão do tronco anteriormente


Sopros mitrais – decúbito lateral esquerdo
Se aumenta na inspiração – aumenta sopro da tricúspide.
Manobra de wasvia – aumenta cardiomiopatia hipertrófica

5. Detectar outros ruídos anormais, como atrito pericárdico, rumor venoso


- Atrito pericárdico: em todo o ciclo. Pericardite aguda, sub-aguda e crônica

Pulso artérias e veias


ARTERIAL – temporal; ca
AVALIAR
- Simetria e amplitude
0 não palpável
+ fraco
++ normal
+++ aumentado
++++ muito aumentado

- Onda de pulso
2/3 iniciais dependem DC; 1/3 final depende RPT
Pulso parvus tardus – estenose aórtica menos amplitude maior duração
Pulso martelo d’agua – insuficiência aórtica, maior intensidade e menor duração
Pulso alternante – Insuficiência cardíaca esquerda
Pulso bigeminal – arritmia/extrasistole
Pulso paradoxal – tamponamento cardíaco, embolia pulmonar - muda conforme o ciclo respiratório diferente do
normal (diminui na inspiração)
Pulso filiforme – choque - fraco e rápido.

VENOSO
Varizes – insuficiência das valvas venosas
Flebite – trombo obstruindo uma veia, dor intensa
Turgência jugular – aumento pressão venosa central por insuficiência VD.
Circulação colateral – VCS tumor

QUESTÕES DA PROVA

INSUFICIENCIA CARDIACA DIREITA x INSUFICINECIA CARDIACA ESQUERDA

3 DIFENCAS IAM E DISSECÇÃOA AORTA

CARACTERIZE A DISPNEIA DE ORIGEM CARDIACA

EXPLIQUE O DESDOBRAMENTO FISIOLOGICO DA B2 - Aumento do retorno venoso durante a inspiração devido


diminuição de pressão intratoráxica, atrasando o componente pulmonar, assim sendo a sístole mais longa.

CITE TRÊS VALVULOPATIAS COM SOPRO DIATÓLICO

COMO DIFERENCIAR SOPRO SITOLICO DE EJECAO DO DE REGURGITACAO

QUAL A DIFERENÇA ENTRE DOR DE ANGINA E DOR DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO?

DESCREVA AS BULHAS CARDÍACAS ACESSÓRIAS.

COMO DIFERENCIAR OS SOPROS SISTÓLICOS?

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