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SEMIOLOGIA APARELHO CARDIOVASCULAR

1- INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
Pesquisa de abaulamentos:
 Tangencial: examinador de pé do lado direito do paciente
 Frontal: examinador ficando junto aos pés do paciente, que permanece deitado

Avaliar Turgência Jugular: inspeção, palpação e ausculta

Ictus Cordis ou choque da ponta:


 Localização
 Extensão  polpas digitais, normal: 1 ou 2 polpas digitais (2 a 3 cm)
 Intensidade
 Mobilidade  avaliar o ictus em decúbito dorsal e lateral D e E, o normal é a mobilidade de 1 a 2 cm
 Ritmo
 Frequência
Pode colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo para avaliar a intensidade

Palpação epigástricas: transmissão das pulsações da aorta a parede abdominal


2- AUSCULTA

Focos ou áreas de ausculta:

Ciclo cardíaco:

Bulhas cardíacas:

1. Primeira Bulha (B1)


 Fechamento das valvas mitral e tricúspide
 O componente mitral (M) antecede o componente tricúspide (T)
 Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo
 Timbre mais grave = TUM
 Dura mais que a B2
 Maior intensidade no foco mitral

2. Segunda bulha (B2)


 Fechamento das valvas aórtica e pulmonar
 O componente aórtico (A) antecede o componente pulmonar (P)
 Timbre mais agudo = TA
 Soa de maneira mais seca
 Bulha desdobrada = TLA  qdo o componente P se retarda por tempo suficiente para se perceberem de modo nítido os
dois componentes
 É mais intensa nos focos da base (aórtico e pulmonar)

3. Terceira Bulha (B3)


 Ruído protodiastólico
 Baixa frequência = TU bem rápido
 É observada em crianças e adolescentes normalmente
 Mais audível na área mitral em decúbito lateral esquerda

4. Quarta Bulha (B4)


 Ruído débil
 Ocorre no fim da diástole ou pré-sístole
 Pode ser ouvidas em crianças e adolescentes

Ritmo e frequência do coração:


 Depois de reconhecer B1 e B2
 2 bulhas = ritmo binário ou ritmo de 2 tempos
 3 bulhas = ritmo tríplice ou ritmo de 3 tempos  ocorre na diástole. Podem ser protodiastolico e pré-sistolico
3 bulha patológica (ritmo de Galope) é necessária a existência de uma cardiopatia, se não é fisiológica
 Frequência por 1 min
 Normal adulto: 60-100 bpm

Avaliar presença de arritmias cardíacas: são alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do
coração. Elas são de vários tipos: taquicardia, quando o coração bate rápido demais; bradicardia, quando as batidas são
muito lentas, e casos em que o coração pulsa com irregularidade (descompasso), sendo sua pior consequência a morte
súbita cardíaca (MSC).
Ex.
 Taquicardia sinusal  f > 100 bpm, pode ser em condições fisiológicos esforço e emoção e patológico febre,
hipertireoidismo, anemia, IC, insuficiência circulatória periférica.
 Bradicardia sinusal  f< 60, chegando a 40, pode ser em condições fisiológicas sono, patológicos hipotireoidismo,
hipertensão intracraniana e por ação de fármacos bloqueadores beta-adrenérgicos.
 Arritmia sinusal  variação na f cardíaca, geralmente relacionada com a respiração : insp há  bc e na exp há  bc é
observada em situações fisiológicas crianças e adolescentes e patológicas hipertensão intracraniana, cardiopatia
aterosclerótica. Desparece, geralmente, após exercícios e apneia
 Parada sinusal  súbita ausência dos bc por depressão do automatismo do sinusal, é patológica cardiopatia chagásica
crônica, cardiopatia aterosclerótica
 Extrassistolia são sístoles extras
 Flutter atrial  atv do nó sinusal é substituída por estímulos originados na musculatura atrial, so que com frequência
menor e regular, f de 300 a 400 bpm, ocorre sístole atrial, não desempenha papel importante no enchimento ventricular
 Fibrilação atrial  atv de nó sinusal é substituída por estímulos originados na musculatura atrial, em uma f de 400-600
por minuto, não existe contração atrial, mas somente mov irregulares das fibras musc, o que prejudica o enchimento
ventricular, causas mais comuns são as estenose mitral, doença de chagas, f = 150-250 bpm

Ritmo de galope (B3 patológica)

 É mais audível na ponta do coração ou junto a borda esternal


 É expressão clinica de uma disfunção miocárdica, sendo provocado pela súbita desaceleração do fluxo sanguíneo
 Galope ventricular, galope atrial, galope de soma

Alterações da B1
 Alteração na intensidade
 Alteração do timbre e tom
 Desdobramento da B1

 Mascaramento da B1  qdo há um sopro sistólico de regurgitação, que tem inicio com a 1º bulha, recobrindo-a e se
estendendo ate o fim da sístole

Alteração da B2
 Intensidade
 Alteração do timbre e do tom  endurecimento dos sigmoides: caráter seco
 Desdobramento da B2

 Desdobramento constante

 Desdobramento invertido

Alterações da B3 e da B4:

Cliques e estalidos

 Ruídos de ejeção (clicks proto-sistólicos) São ruídos transitórios, de alta frequência, com timbre que lembra um estalido
de curta duração, que ocorrem logo após o primeiro ruído, relacionando-se, temporalmente, à ejeção ventricular.
 Ruídos mesotelessistólicos (clicks) Correspondem a ruídos de alta frequência, de curta duração, que têm timbre de
estalido e ocorrem na porção média ou final da sístole. A causa mais frequente desse tipo de estalido é o prolapso de valva
mitral, admitindo-se que sua gênese, nesse caso, estaria relacionada à tensão súbita a que os folhetos redundantes e cordas
tendíneas são submetidos na sístole ventricular
 Estalidos de abertura de valvas atrioventriculares  Enquanto, em condições normais, a abertura das valvas
atrioventriculares não estão habitualmente associada à ocorrência de sons, quando estenóticas, elas podem determinar o
aparecimento de ruídos de alta frequência, com timbre de estalido, que surgem, em média, entre 40 e 60 ms após o
componente aórtico da segunda bulha.

Sopros:

são produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo

  da veloc de corrente sanguínea


  da viscosidade sanguínea
 Passagem do sangue através de uma zona estreita
 Passagem do sangue por zona dilatada
 Passagem do sangue por uma membrana de borda livre

1. Sopros sistólicos
 Sopros sistólicos de ejeção: estenose da valva aórtica ou pulmonar, se origina durante o periodo de ejeção ventricular, após
a B1, termina antes da B2
 Sopros sistólicos de regurgitação: audível desde o inicio da sístole, surge junto com a B1, recobrindo e mascarando-a.
Ocupa todo periodo sistólico e termina antes da B2

2. Sopros diastólicos
 Surge durante a diástole
 Após a B2

 Localização
 Irradiação
 Intensidade

 Timbre e tom ( suave, rude, musical, aspirativo, em jato de vapor, granular, piante e ruflar)
 Relação com a respiração
 Relação com a posição
 Relação com o exercício físico

Atrito pericárdico

É um ruído provocado pelo roçar dos folhetos pericárdicos qdo eles deixam de ser lisos e levemente umedecidos, o que lhes
permite deslizar um sobre o outro sem provocar qualquer vibração. Sua causa mais frequente é a pericardite fibrinosa. Deve
avaliar a situação no ciclo cardíaco, localização, irradiação, intensidade, timbre e tom, mutabiliadade.

OBS:

 Dispneia de esforço
 Dispneia de decúbito
 Dispneia paroxística noturna  paciente acorda com dispneia
 Dispneia periódica ou de Cheyne-Stokes
 Estertores finos nas bases  “asma cardíaca”

EXAME DA AORTA
Inspeção  abaulamentos pulsáteis no terço superior do esterno e fúrcula  aneurisma aórtico
Palpação  fúrcula esternal
Ausculta  sopros sistólicos

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