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semiologia cardiovascular:

O coração está localizado na região do mediastino maior que essa é um indicativo de


médio e cerca de 2/3 posicionado no lado hipertrofia ventricular, dilatação...
esquerdo. Apresenta 4 câmaras: » A intensidade é a avaliada pela palpação
com a palma da mão – paciente em
» Átrio direito;
decúbito dorsal e caso não consiga em
» Átrio esquerdo;
decúbito lateral esquerdo.
» Ventrículo direito;
» Ritmo e frequência são mais bem
» Ventrículo esquerdo.
avaliados na ausculta, porém, a palpação
Os átrios se posicionam na base do coração (parte também pode auxiliar;
superior), enquanto os ventrículos no ápice. As
câmaras esquerdas são sempre mais posteriores
e as direitas, mais ventrais.
A ponta do ventrículo esquerdo, forma o ápice do
coração ou ICTUS CORDI.

Para a anamnese cardiovascular, fazer a


identificação, antecedentes pessoais e
familiares, hábitos de vida, condições
socioculturais são de importância para auxiliar
na pesquisa diagnóstica.
Para o exame físico cardiovascular, são utilizados
3 passos básicos:

Inspeção;
Palpação; INSPEÇÃO & PALPAÇÃO:
Ausculta.
A posição ideal do paciente deve ser em decúbito
ICTUS CORDI: dorsal e o médico em pé do lado direito do
paciente.
» Ponta do VE que mantém contato direto
com o gradil costal. Geralmente faz a inspeção e palpação juntos,
» Localizado no 5º espaço intercostal visto que os achados apresentam maior precisão
esquerdo na linha hemiclavicular quando analisados em conjunto.
(maioria das pessoas). » Pesquisa de abaulamentos;
» Faz a avaliação da: localização, » Simetria do tórax;
intensidade, extensão, ritmo, » Presença de cicatrizes;
mobilidade e frequência. » Análise e palpação do ictus;
» A extensão geralmente é de 1 a 2 polpas » Análise de batimentos ou movimentos
digitais, ou seja, 2-3cm – uma extensão visíveis e/ou palpáveis;
» Palpação de bulhas;
» Pesquisa do frêmito cardiovascular. FOCOS:
A pesquisa de abaulamentos, geralmente é feita
Aórtico: 2º espaço intercostal direito (EID),
em 2 posições: tangencial (ao lado direito do
junto ao esterno;
paciente) e frontal (próximo dos pés do paciente
Aórtico acessório: 3º EIE junto ao
que permanece deitado).
esterno;
FRÊMITO CARDIOVASCULAR: sensação tátil Pulmonar: 2º EIE junto ao esterno;
determinada por vibrações produzidas no coração Tricúspide: base do apêndice xifóide
ou nos vasos. voltado ligeiramente para a esquerda;
Mitral: entre o 4-5º EIE na linha
» Se o frêmito for encontrado é necessário
hemiclavicular – ictus cordi.
caracterizar 3 pontos: localização,
intensidade e situação no ciclo cardíaco
– frêmito corresponde a sopro.
Na palpação, também pode ser identificado a
IMPULSÃO PARESTERNAL ESQUERDA –
(aumento do VD) choque da parede do VD com a
parede esternal.

AUSCULTA:
O ideal é que o local para realização da ausculta
seja silencioso, a posição do paciente e médico
esteja correta, escolha correta do receptor, dentre
outros.
Os sons produzidos pelo coração, tem relação
A melhor posição é a DECÚBITO DORSAL, com direta com o ciclo cardíaco – dividido em 2
o tórax todo descoberto e o médico ao lado direito momentos:
do paciente.
» Sístole: contração isovolumétrica, ejeção
O diafragma ou campânula do estetoscópio nunca ventricular rápida e lenta;
deve ser posicionado sobre a roupa do paciente. » Diástole: relaxamento isovolumétrico,
enchimento ventricular rápido, lento e
contração atrial.

BULHAS:
» B1: fechamento das valvas
atrioventriculares – mitral e tricúspide
“TUM”. Geralmente é mais forte que B2;
» B2: fechamento das valvas semilunares –
pulmonar e aórtica “TA”. Ocorre depois de
um pequeno silêncio;
» B3: enchimento do ventrículo – depois da
sístole acabar “TU” (não é comum em
adultos;
» B4: ocorre no fim da diástole – difícil de ser » Constrictiva;
percebido; » Opressiva;
» 10/10;
FREQUÊNCIA CARDÍACA: » Pode irradiar para membros e mandíbula;
» Em aperto;
Em adultos, geralmente a frequência é de 60- » Suor frio;
100bpm. » Dor epigástrica em idosos é importante
» Taquicardia: >100bpm; lembrar de infarto na região inferior
» Bradicardia: < 100bpm. (isquemia);
» Normocardia: 60-100bpm. » Pode ser: estável (melhora no repouso -
entupimento) e instável (não tem fator de
- BNF2T, SS -> bulhas normofonéticas em 2 melhora, e começa de qualquer forma com
tempos, sem sopros. duração variada – processo inflamatório).
» Quanto mais durar a angina instável, maior
SOPROS: a chance de ser infarto;
» Sinal universal: paciente astênico –
Formados por vibrações causadas por
fraqueza generalizada (com aspecto
alterações do fluxo sanguíneo que geralmente
“cansado”/fraco, com braço direito sobre o
ocorre de forma laminar. Pode ser causado por:
preito esquerdo como se tivesse
» Aumento da velocidade da corrente apertando).
sanguínea;
» Diminuição da viscosidade sanguínea;
» Passagem do sangue através de uma zona
estreita;
» Passagem do sangue por uma zona
dilatada;
Podem ter classificações específicas, ou serem
classificados de acordo com a localização dos
focos (mitral, aórtico...).
Para avaliar a intensidade do sopro, geralmente
utiliza-se o sistema de 1/6cruzes.
DORES ATÍPICAS:
SOPRO SISTÓLICO: podem ser de ejeção ou de
» Dores na região toráxica que não se
regurgitação.
assemelham a dor típica de doença
» Ejeção: estenose da valva aórtica ou coronariana;
pulmonar; » Pontadas;
» Regurgitação: insuficiência mitral, » Agulhadas;
tricúspide; » Piora ao respirar;
» Pode irradiar para ombro direito, hemitórax
SOPRO DIASTÓLICO: classificados de acordo direito;
com o momento que ocorre e podem ser causados » Geralmente aparecem no repouso;
por: » Dissecação aguda da aorta, pneumotórax,
» Estenose atrioventricular, insuficiência das miocardite etc.
valvas aórticas ou pulmonares
PERICARDITE:
SOPROS SISTODIASTÓLICOS: também
chamados de contínuos – fístulas arteriovenosas, » Inflamação no pericárdio;
por exemplo. » Dor em pontadas, forte;
» Varia de intensidade conforme posição;
ANGINA – DOR TÍPICA: » Geralmente a pessoa inclina o corpo
para frente – posição de Blechman;
» Dor típica de doença coronariana (princ. » Tossir, engolir, respirar fundo podem
aterosclerose); piorar;
» Região retroesternal esquerda e pode » Pode ter relação com a TRÍADE DE
irradiar para costas e pescoço. VIRCHOW (probabilidade de trombose):
lesão endotelial, menor fluxo sanguíneo
DISSECÇÃO AÓRTICA: (estase) e hipercoagulabilidade.

» Criação de uma falsa luz na artéria; ASMA CARDÍACA:


» Pode ocorrer em qualquer artéria aorta;
» Dor dilacerante/violenta de cima para » Geralmente aparece com o paciente
baixo; deitado, obrigando-o a sentar ou a ficar de
» Pode evoluir para um infarto, AVC; pé;
» Pode irradiar para pescoço, ombro, região » Taquicardia, estertores, ritmo de galope;
interescapular; » Disfunção do coração esquerdo;
» Face anterior do tórax, retroesternal. » Causada por insuficiência cardíaca.
» Para melhorar, é indicado uso de
medicamentos que diminuem a PA EDEMA AGUDO DE PULMÃO:
(betabloqueadores) e/ou cirurgias.
» Geralmente ocorre por um aumento da
DOR PSICOGÊNICA: pressão do átrio esquerdo que passa para
as veias pulmonares;
» Diagnóstico de exclusão; » Infarto agudo do miocárdio;
» Relacionado com ansiedade/depressão; » Falência ventricular esquerda aguda;
» Dor na ponta do coração; » Início súbito.
» Melhora com uso de tranquilizantes,
fármacos; SÍNCOPE/LIPOTIMIA:
» Suor frio, palpitações, dispneia suspirosa,
dentre outros. » Síncope é o desmaio – perda súbita e
transitória da consciência. A causa pode
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ser por diminuição da oxigenação, ou
causas psicológicas;
» Disfunção ventricular; » Lipotimia: sensação de desmaio;
» Não supre os tecidos com quantidade » Causas podem ser: taquicardia,
suficiente de sangue; bradicardia, hipoglicemia, insuficiência etc.
» Pode ser sistólica ou diastólica;
» Pode ser causada por doença de chagas, CIANOSE:
isquemia etc.
» Palpitação, dispneia, tosse, expectoração, » Coloração azulada nas extremidades e
cianose, cardiomegalia... mucosas;
» Fatores neuro-hormonais, irritabilidade » Vasoconstrição generalizada;
simpática, dentre outros. » Má oxigenação do sangue;
» Insuficiência respiratória, doença
INSUFICIÊNCIA DO VE: pulmonar...

» Incapacidade do miocárdio ventricular


esquerdo para bombear sangue;
» Dispneia, tosse, cianose, respiração de
Cheyne-Stokes, expectoração...
» Alterações no sono.

DISPNEIA PAROXÍSTICA:
» Súbita;
» Ocorre mais a noite;
» Dificuldade para respirar – desconforto;
» Acorda do sono;
» Edema no interstício dos pulmões;
semiologia digestiva:
ESÔFAGO: Disfagia, regurgitação, odinofagia, soluços,
epigastralgia,vptialismo (excesso de saliva),
Principais sinais e sintomas, são: hipertrofia das parótidas, perda de peso...

» Disfagia Orofaríngea, alta ou de


transferência: (dificuldade para engolir,
localização do incômodo no pescoço); ESTÔMAGO E DUODENO:
» Disfagia Esofágica, baixa ou de
transporte. Duração, intensidade, frequência, fatores
» Odinofagia: dor ao engolir. desencadeantes e atenuantes, sua relação com a
» Afagia: impossibilidade de deglutir alimentação e as repercussões sobre a disposição
» Fagofobia: transtorno psiquiátrico em que e a capacidade laborativa.
a pessoa tem medo de engolir alimentos
sólidos, líquidos e até comprimidos; Relações dos sintomas com fatores emocionais,
» Pirose: azia/queimação (principalmente psicológicos e psiquiátricos
depois de ingerir alimentos ricos em Comorbidades, hábitos de vida, medicamentos
gorduras);
» Dor esofágica: sensação de pressão no Os principais sinais e sintomas, são:
meio do peito, irradiando-se para a » Dor
mandíbula, costas ou braços. » Dispepsia: problemas relacionados com
» Regurgitação: refluxo; má digestão – por exemplo, H. pylori;
» Eructação: arroto (gases do estômago são » Plenitude pós-prandial: sensação
expelidos pela boca); desagradável de persistência prolongada
» Soluço: é produzido pela contração de alimentos no estômago.
involuntária do diafragma (músculo que » Saciedade precoce: sensação de que o
separa o peito do abdome), seguido pelo estômago está cheio logo depois de iniciar-
fechamento da glote (abertura da laringe), se a refeição, em desproporção com o
durante a inspiração; tamanho dela, de tal modo que não possa
» Sialose: salivação; ser terminada.
» Hematêmese: vômito com sangue. » Náuseas e vômitos: náusea é a sensação
Os exames complementares, são: de querer vomitar – pode ou não ser
acompanhadas de vômitos.
» Exame radiológico » Pirose;
» Endoscopia digestiva alta
» Manometria esofágica Sinais de alerta:
» pHmetria esofágica de 24 horas » Idade > 55 anos
» Impedâncio pHmetria » História familiar de câncer gástrico;
» Cintilografia » Perda de peso não intencional;
» Ecoendoscopia. » Hematêmese ou melena;
Qual a importância da anamnese no diagnóstico » Disfagia progressiva;
das patologias esofágicas? » Odinofagia;
» Anemia ferropriva inexplicada;
Qual o sintoma mais importante nas alterações » Vômitos persistentes;
esofágicas? Por quê? » Massa abdominal palpável ou
Quais os sintomas característicos do linfonodomegalia;
megaesôfago chagásico? » Icterícia;
» AINEs;
Os exames complementares, são: » Dispepsia;
» Hemorragia digestiva;
» Endoscopia digestiva alta e os testes para
» Febre;
detecção do Helicobacter pylori
» Perda de peso;
» Ecoendoscopia
» Anemia;
» Fluoroscopia
» Edema;
» Cintilografia de esvaziamento gástrico
» Manifestações carenciais;
Diferenças entre tipos de vômitos: » Insuficiência endócrina;
Os exames complementares, são:
» Vômitos alimentares - quando apresenta
apenas conteúdo alimentar. » Avaliação bioquímica, hematológica e
» Vômitos fecaloides - quando apresentam sorológica
características como odor pútrido e cor » Exames de imagem
escura, sendo patognomônico » Endoscopia ou enteroscopia endoscópica
de obstrução intestinal baixa. » Cápsula endoscópica
» Vômitos biliares - quando apresenta » Biopsia intestinal
conteúdo de cor amarelo-esverdeado » Cintilografia
sugestivo de bile. Apesar do medo da » Exames parasitológico e bacteriológico
população, este tipo de vómito apenas diz
das fezes.
ao médico que o fígado está permeável.
» Vômitos em jato - são vómitos explosivos,
que podem denotar aumento da pressão
intracraniana e indicar risco de morte
iminente.
» Vômitos pós prandiais - aqueles que
ocorrem após a alimentação
» Bulimia nervosa - vômitos induzidos por
medo de engordar;
» Vômitos aquosos: são compostos de
saliva deglutida ou de secreção
esofagiana. Em geral, resultam de
afecções do esôfago;
» Vômitos mucosos: são ricos em muco e
de aspecto gelatinoso. São encontrados
em certos tipos de gastrite e nos distúrbios
respiratórios acompanhados de grande
produção e deglutição de secreção como
nas sinusites e bronquites;
» Vômitos porráceos: são constituídos de
massas de aspecto herbáceo, resultante
da mistura de secreção gástrica, biliar,
duodenal e, também, de matéria fecal.
Ocorrem nas obstruções intestinais, nas
peritonites e nos íleos adinâmicos.
INTESTINO DELGADO:
Os principais sinais e sintomas, são:
» Diarreia verdadeira X diarreia paradoxal
(irritação da mucosa retal pelo
fecaloma) X incontinência fecal.
» Esteatorreia: fezes gordurosas.
» Dor abdominal;
» Distensão abdominal: acúmulo excessivo
de gases.
» Flatulência;
semiologia neurológica:
Avaliação dos nervos cranianos: se vai haver contração no lado oposto
também (é o normal).
OLFATÓRIO: O 4º teste é o EXAME DE FUNDO DE
OLHO – com o oftalmoscópio você
Nervo sensitivo, responsável pelo sentido consegue observar o fundo do olho do
do olfato; paciente – observa a raiz do nervo óptico.
Lâmina crivosa do osso etmóide e bulbo
olfatório – não tem origem no tronco
encefálico;
Com o olho fechado o paciente deve
identificar cheiros familiares (café,
pimenta, limão etc.)
Cada narina deve ser avaliada
individualmente;
Hiposmia: diminuição do olfato
Anosmia: ausência de olfato.

ÓPTICO:
Nervo sensitivo, responsável pela visão; OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE:
Canal óptico e células fotorreceptoras da
Responsáveis pelos movimentos dos
retina; formam o quiasma óptico – não tem
olhos;
origem no tronco encefálico;
O oculomotor tem origem no sulco medial
O 1º teste é da ACUIDADE VISUAL –
do pedúnculo cerebral e fissura orbital
tampa um dos olhos (depois troca) e pede
superior;
para identificar o número de dedos ou
O oculomotor é responsável por: abertura
Teste de Snellen – o paciente fica a 5
da pálpebra (inerva o músc. Levantador
metros da escala visual deve cobrir um dos
da pálpebra), movimento do olho para
olhos e o examinador deve apontar as
baixo (inerva o reto inferior), movimento
letras das maiores para as menores – o
do olho para cima (reto superior),
olho direito é o primeiro a ser testado
convergência do globo ocular (reto
depois vai pro esquerdo;
medial), movimento do globo ocular
O 2º teste é de CAMPIMETRIA –
para cima e rotação externa (oblíquo
avaliação do campo visual – o paciente
inferior), além do músculo ciliar;
deve estar de frente para o examinador e o
O troclear tem origem no véu medular
examinador vai fechar e cobrir um dos
superior e fissura orbital superior;
olhos do paciente e pedir para ele lhe dizer
O troclear é responsável por: movimento
quais números e movimentos com as mãos
do globo ocular para baixo, para fora
ele está fazendo. Depois troca o lado.
com rotação para dentro (oblíquo
O 3º teste é de REFLEXO FOTOMOTOR
superior);
– o exame deve ser realizado em ambiente
O abducente tem origem no sulco bulbo-
escuro, o examinador vai colocar a mão
pontino e fissura orbital superior;
perpendicular ao nariz cobrindo um dos
O abducente é responsável pelo
olhos e emitir um feixe luminoso para que
movimento de abdução do globo ocular;
ocorre a contração (miose) pupilar
Para avaliar, pede para o paciente seguir
ipsilateral (avalia funcionamento do nervo
o dedo do examinador com o olhar,
óptico e do oculomotor). Depois o
avaliar nistagmo (tremor) e avaliar
examinador coloca a lateral da mão em
reflexo córneo-palpebral colocando
ângulo reto do nariz e emita a luz e observe
uma gaze na região da córnea com o FACIAL:
paciente olhando para cima.
Nervo misto;
Origem no sulco bulbo-pontino e forame
estilomastoideo;
Raiz motora e outra sensitiva e visceral;
Responsável pelos músculos da mímica
e expressão facial;
Inerva a glândula lacrimal, salivar, músculo
abaixador da pálpebra e responsável pela
gustação de 2/3 da língua;
O 1º teste: teste da mímica/expressão
facial – sorriso, bico, abaixar a pálpebra,
franza testa, levante sobrancelha etc.;
O 2º teste é colocar substâncias com
gosto no 2/3 anterior da língua e pedir
para identificar os gostos;

TRIGÊMEO:
Nervo misto; VESTIBULOCOCLEAR:
Nervo oftálmico, maxilar e mandibular;
Origem no sulco bulbo-pontino e meato
Nervo Oftálmico (emerge no crânio pela
acústico interno;
fissura orbital superior), Nervo Maxilar
Tem a parte vestibular (equilíbrio) e a
(emerge no crânio pelo forame redondo) e
coclear (audição);
Nervo Mandibular (emerge no crânio pelo
O 1º teste tem como objetivo avaliar a parte
forame oval).
vestibular – Teste de Romberg -> pés
O 1º teste é de avaliação motora –
juntos e braços ao lado do corpo e olhos
paciente serra os dentes e o examinador
fechados, o examinador precisa ficar ao
palpa os músculos da mastigação e depois
lado com os braços extendidos – se houver
pede para o paciente movimentar a
lesão o paciente tende a cair para o lado
mandíbula lateralmente;
da lesão;
O 2º teste é o córneo-palpebral;
O 2º é para a parte auditiva – Teste de
O 3º teste é do componente sensitivo –
Weber, DIAPASÃO coloca no centro do
fecha os olhos e o examinador vai tocar
crânio, ou na testa ou no lábio superior e
o rosto com objeto de ponta romba
pede para o paciente falar se o som é igual
(testar o tato) e de ponta aguda (testar a
nas duas orelhas e Teste de Rinne que
dor).
coloca o diapasão vibrando no processo
mastoide e aproximado sem encostar da
orelha e perguntar se ouve o zumbido.
O ideal é que a percepção aérea seja
maior que a percepção óssea;
Hipoacusia, hiperacusia, anacusia...

GLOSSOFARÍNGEO:
Nervo misto;
Sulco lateral posterior do bulbo e forame
jugular;
Sensibilidade do 1/3 posterior da língua
(azedo e amargo);
Inervação da glândula parótida;
Para o exame é necessário substância
amarga e análise da atividade salivar;

VAGO:
Sulco lateral posterior do bulbo e forame
jugular;
Nervo misto, predominantemente visceral;
Pede para o paciente falar;
Teste para avaliar a inervação do palato COORDENAÇÃO DOS MEMBROS:
– análise parada do palato e da úvula e
depois pede para o paciente falar Faz a avaliação da COORDENAÇÃO
“AHHH” e ver se a úvula se mantém APENDICULAR – movimento dos membros. Para
centralizada; isso, tem alguns métodos:
E com o abaixador de língua testa e ver ÍNDEX-NARIZ: paciente sentado, deitado ou em
se haverá contração, gerando reflexo; pé solicita que ele toque seu próprio nariz com o
dedo polegar – inicialmente de forma lenta e
ACESSÓRIO: depois acelerando. Depois pede-se para ele
Nervo motor; realizar o movimento com os olhos fechados. O
Origem cervical e medular passando pelo objetivo é avaliar 3 possíveis alterações:
forame jugular; Dismetria: erro do alvo – hipometria (para
Inerva o esternocleidomastoideo;
antes do nariz) e hipermetria (ultrapassa);
Movimento da cabeça para frente,
Decomposição do movimento: movimento
elevação e adução da escápula;
não é uniforme e harmônico;
Palpação do músculo e sob força
Tremor de intenção: tremor que surge com
contrária do examinador o paciente
o movimento e geralmente piora próximo
deve mover a cabeça;
ao alvo.
HIPOGLOSSO: ÍNDEX-NARIZ-ÍNDEZ: uma variação do primeiro
teste, adicionando tocar no índex do examinador e
Nervo motor;
seguir para onde ele for.
Sulco lateral anterior do bulbo e passa pelo
canal do hipoglosso; CALCANHAR-JOELHO: avaliação da
Inerva principalmente músculos da língua; coordenação apendicular dos membros inferiores.
Para avaliar observa a movimentação da Geralmente ocorre com o paciente deitado e pede-
língua; se para o paciente colocar o calcanhar do membro
que está sendo avaliado no joelho do outro
membro e ir escorregando esse membro pela tíbia
até o hálux e depois voltar.
Exteroceptivos ou superficiais: Nestes reflexos o
estímulo é feito na pele ou na mucosa por meio de
um estilete rombo.

Cutaneoplantares;

A hipermetria e tremor intencional também podem


ser notados pela escrita do paciente, para isso
também pode fazer o teste de ESCRITA E
ESPIRAL DE ARQUIMEDES – cópia do espiral de
Arquimedes que geralmente fica bem maior e
tremido.
MOVIMENTOS ALTERNADOS RÁPIDOS: pede
para o paciente bater alternadamente com o dorso
e a palma da mão na outra mão ou na coxa da
forma mais rápida possível – a alteração
encontrada é a disdiadococinesia.
TESTE DO RECHAÇO – STEWART-HOLMES:
avaliação de músculos antagonistas e agonistas –
paciente sentado, mantém a adução do ombro,
flexão do cotovelo, antebraço supinado e punho
cerrado, o examinador faz força contrária ao
punho -> em pessoais normais o examinador
cessa a força e ocorre a contração dos extensores Cutaneoabdominais: Ainda com o paciente
do cotovelo sem que bata no rosto da pessoa. em decúbito dorsal, mantendo a parede
TESTE DE BARANY: o paciente fica de frente abdominal em completo relaxamento, o
para o examinador, sentado ou em pé, ambos com examinador estimula o abdome no sentido
os braços estendidos para que o paciente com seu da linha mediana em três níveis: superior,
indicador toque no indicador do examinador. médio e inferior. Resposta normal é a
Deve-se realizar movimentos de elevação do contração dos músculos abdominais, que
membro e retomada para o local. determina um leve deslocamento da
cicatriz umbilical para o lado estimulado.
TÔNUS MUSCULAR: avaliação um pouco
subjetiva e qualitativa, pois depende da Reflexos profundos ou miotáticos: De rotina, são
experiência do examinador – ele faz a avaliação investigados os reflexos aquileu, patelar, flexor
do tônus do paciente quando relaxado. dos dedos, supinador, pronador, bicipital e
tricipital.
REFLEXOS:
De modo genérico, pode-se afirmar que toda ação
corresponde uma reação. Assim é o reflexo, ou
seja, tratasse de uma resposta do organismo a um
estímulo de qualquer natureza.
semiologia pediátrica:
De modo geral, a anamnese e exame físico EXAME FÍSICO:
seguem o padrão básico da semiologia.
Avaliação feita diretamente pelo médico por todo
ANAMNESE: o paciente, utilizando dos meios de inspeção,
palpação, percussão e ausculta, geralmente.
É o momento inicial do contato com o paciente e
com os familiares/responsáveis e por isso, alguns Segundo orientação da professora a ordem é:
pontos NÃO podem faltar na anamnese: inspeção, ausculta, percussão e palpação.

IDENTIFICAÇÃO: nome, idade, data de CRESCIMENTO, PESO, PERÍMETRO


nascimento, nome dos pais, sexo, etnia, CEFÁLICO, PA (a partir de 3 anos se não tiver
procedência, naturalidade. fator de risco), IMC.
QP: motivo que levou a família/paciente
PELE, MUCOSAS, FÂNEROS E TEC.
procurar o pediatra (palavras deles), por
SUBCUTÂNEO: coloração, estado nutricional,
exemplo, “diarreia há 2 dias”;
hidratação (teste da prega cutânea), sensibilidade,
HMA: toda a história do problema – manchas, cicatrizes, icterícia, couro cabeludo,
caracterização, sintoma-guia, tempo, cabelo, unhas, enfisema subcutâneo, circulação
intensidade, fator de melhora e piora, uso colateral.
de medicamentos, irradiação, situação
atual, outras queixas.
HMP (história mórbida pregressa): tudo de
doença que a criança já teve, além de
procedimentos cirúrgicos.
HMF (história mórbida familiar): doenças
presentes na família, até os avós.
AA (antecedentes alimentares): quanto
tempo de amamentação e porque parou,
introdução alimentar e característica dessa
alimentação.
AI (antecedentes imunológicos): vacinas,
reações e sinal da BCG.
DNPM (desenvolvimento
neuropsicomotor): avaliação dos marcos,
quando falou, sentou-se, riu, andou,
interação, escola...
HO (história obstétrica): como foi o parto, o
tipo e se teve alguma intercorrência. CABEÇA: olhos, fontanelas, pupila, mucosas,
HÁBITOS DE VIDA E CONDIÇÕES dentes, boca, nariz, orelha, pescoço, linfonodos,
SOCIOECONÔMICAS: condições da garganta.
casa, exercícios, relacionamento familiar,
saneamento... TÓRAX: semiologia respiratória e cardíaca.
IS (interrogatório sintomatológico): análise
de todos os sistemas – auxiliado pelo
exame físico.
ABDOME:

INSPEÇÃO: forma e tamanho do abdome,


cicatriz umbilical, abaulamentos, movimentos
(respiratório, pulsações, peristálticos) – abdome
normal ou atípico, globoso, escavado... O ponto apendicular denomina se, também, ponto de
McBurney.
» Sinal de Cullen: equimose periumbilical
resultante de hemorragia retroperitoneal, SUPERFICIAL: apoio superficial das mãos
seja ela por pancreatite aguda necro- espalmadas (uma em cima da outra) para avaliar
hemorrágica. sensibilidade, resistência da parede, pulsações...
» Sinal de Gray-Turner: equimose em
região de flancos. Indicativo de
hemorragia retroperitoneal. Pode ser
encontrado em pancreatite necro-
hemorrágica.

PROFUNDA: palpação de determinados órgãos,


busca por possíveis massas – localização,
consistência, tamanho, pulsação, mobilidade,
forma.
Geralmente, int. delgado, vias biliares, estômago,
duodeno não são palpáveis (e rins, em alguns
casos consegue palpar o direito).

PALPAÇÃO DO FÍGADO:
PALPAÇÃO: » Técnica de Mathieu: palpar o hipocôndrio
direito, o flanco direito e o epigástrio,
Geralmente é formada por 4 etapas – superficial, partindo do umbigo até a reborda costal.
profunda, do fígado e outros órgãos e Em seguida, executa-se a palpação junto à
manobras especiais. reborda, coordenando-a com os
movimentos respiratórios da seguinte
maneira: durante a expiração, a(s) mão(s)
do examinador ajusta(m)se à parede
abdominal sem fazer compressão e sem
se movimentar; à inspiração, a mão do
examinador, ao mesmo tempo que
comprime, é movimentada para cima, esquerda sobre a área de projeção do baço como
buscando detectar a borda hepática. se quisesse deslocá-lo para baixo. Enquanto isso,
» Técnica de Lemos-Torres: examinador a mão direita executa a palpação, coordenando a
com a mão esquerda na região lombar com os movimentos respiratórios do paciente, de
direita do paciente tenta evidenciar o tal modo que, durante a inspiração, o examinador
fígado para frente e com a mão direita avança sua mão no rumo da reborda costal.
espalmada sobre a parede anterior tenta
PALPAÇÃO DA VESÍCULA: só é palpável em
palpar a borda hepática anterior durante
condições patológicas.
a inspiração profunda.
VISCERAS OCAS: em alguns casos são
palpáveis através da palpação profunda – ceco,
colo transverso e sigmoide.

MANOBRAS ESPECIAIS:
Sinal de Murphy: Ao se comprimir este
local, pede-se ao paciente que inspire
profundamente. Neste momento, o
diafragma fará o fígado descer, o que faz
com que a vesícula biliar alcance a
extremidade do dedo que está
comprimindo a área. Nos casos de
COLECISTITE AGUDA, tal manobra
» Método da pinça; desperta uma dor inesperada que
obriga o paciente a interromper
subitamente a inspiração.
Sinal de Blumberg: Dor que ocorre à
descompressão brusca da parede
abdominal. Essa manobra –
DESCOMPRESSÃO RÁPIDA – pode ser
aplicada em qualquer região da parede
abdominal, e seu significado é sempre o
mesmo, ou seja, PERITONITE. Nos casos
de peritonite generalizada, o sinal de
Blumberg é observado em qualquer área
do abdome em que for pesquisado.
Sinal de Rovsing: Quando se suspeita de
» Rechaço hepático: ascite volumosa: APENDICITE AGUDA este ponto deve
Imprimir pequenos golpes na parede ser comprimido, fazendo-se uma pressão
anterior com a mão direita. progressiva, lenta e contínua, procurando-
se averiguar se isso provoca sensação
PALPAÇÃO DO BAÇO: geralmente só é palpável dolorosa.
em casos patológicos. Sinal do obturador: dor na região
Coloca-se o paciente na posição de Schuster - hipogástrica quando se faz a rotação
esta posição consiste no decúbito lateral direito, interna da coxa, previamente fletida até
estando o paciente com a perna direita seu limite máximo. M. obturador tem sua
estendida e a coxa esquerda fletida sobre o fáscia irritada por um proc. Inflamatório,
abdome em um ângulo de 90°; ademais, o por ex. apendicite.
ombro esquerdo é elevado, colocando-se o
braço correspondente sobre a cabeça. Com o
paciente nesta posição, faz-se a palpação: de
início, o examinador posicionasse diante do
paciente, pousando com alguma pressão sua mão
Sinal do psoas: dor na região Sinal de Piparote: indicativo de
hipogástrica quando se faz a extensão ASCITE. Piparote positivo ocorre quando
forçada da coxa em decúbito lateral fazemos uma percussão no abdome do
direito ou esquerdo, para pesquisa do paciente e notamos a propagação de uma
comprometimento do músculo esquerdo onda do líquido ali acumulado. A
ou direito, respectivamente. percussão deve ser feita em região de
flanco para observar a propagação da
coluna de líquido para o lado oposto.

Sinal de Giordano: utilizado na pesquisa


de PIELONEFRITE OU LITÍASE RENAL.
Para ser detectado, deve ser realizado
uma percussão com a mão em forma de
punho no dorso do paciente no nível da
11° e 12° costela, com uma mão
realizando o amortecimento.

PERCUSSÃO:
» Timpânico: na maior parte do abdome,
incluindo no ESPAÇO DE TRAUBE;
» Maciço: órgãos como fígado e baço.

Técnica de Valsalva: se prende a AUSCULTA:


respiração, segurando o nariz com os
O ideal é que a ausculta seja realizada antes da
dedos e, em seguida, é necessário forçar
percussão e palpação, pois estes podem estimular
a saída de ar, fazendo pressão – para
os movimentos peristálticos.
HÉRNIAS.
Busca por ruídos hidroaéreos (RHA).

PRINCIPAIS DOENÇAS DE PELE:


» Dermatite de fralda;
» Herpes;
» Impetigo bolhoso;
» Impetigo não bolhoso;
» Infecção por varicela;
» Miliária rubra e cristalina;
» Pediculose;
» Larva migrans.

PRINCIPAIS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS:


» Otite;
» Resfriado comum;
» Gripe;
» Sinusite;
» Faringoamigdalite;
» Bronquiolite;
» Pneumonia;
» Síndrome do lactente sibilante (chiado).

PRINCIPAIS DOENÇAS GASTROENTÉRICAS:


» Refluxo gastroesofágico;
» Intolerância à lactose;
» Doença celíaca;
» Diarreia;
» Gastroenterite.
semiologia respiratória:
Realização da avaliação respiratória do paciente. TIPOS DE TÓRAX:
O ideal é que o paciente esteja sentado com o
tórax despido para uma melhor avaliação – caso o Chato: diminuição do diâmetro
paciente esteja impossibilitado, é preferível a anteroposterior, achatamento e as
posição em decúbito dorsal, porém nem tudo será escápulas se sobressaem claramente no
avaliado da melhor forma. relevo torácico.
Barril ou tonel: ocorre um aumento do
O exame é realizado seguindo a seguinte ordem:
diâmetro anteroposterior – causa mais
Inspeção; comum é o enfisema pulmonar.
Palpação; Pectus excavatum (infundibuliforme):
Percussão; depressão mais ou menos acentuada no
Ausculta. nível do terço inferior do esterno – pode ser
por causas congênitas ou adquiridas
INSPEÇÃO: (raquitismo é o principal);
Pectus carinatum (cariniforme): peito de
» Avalia o estado da pele; pombo – saliência para fora do peito e
» Estruturas superficiais da parede torácica; pode ser congênito ou adquirido
A inspeção é dividida em estática e dinâmica: (raquitismo);
Sino ou piriforme: ocorre um alargamento
» Estática: analisa o tipo de tórax e presença da porção inferior como a boca de um sino
de cicatrizes e abaulamentos; – grandes hepatoesplenomegalias e ascite
» Dinâmica: observa o padrão respiratório, volumosa;
frequência, amplitude, ritmo, Cifótico: encurvamento posterior da
expansividade dos pulmões. coluna toráxica por defeito de postura ou
Para uma maior precisão na descrição do lesão das vértebras;
prontuário, geralmente faz a divisão das regiões Escoliótico: assimétrico devido ao desvio
do tórax: lateral do seguimento torácico da coluna;
Cifoescoliótico: combinação de uma
alteração cifótica com uma escoliose.

TIPO RESPIRATÓRIO:
Para fazer a avaliação observa-se o tórax e o
abdome para ver em quais regiões os movimentos
são mais amplos.
Em condições normais observa-se 2 tipos:
» Costal-superior: uso dos músculos
escalenos e esternocleidomastóideo ->
deslocamento da parte superior do tórax
para cima e para fora – princ. em mulheres.
» Toracoabdominal: musculatura
diafragmática tem grande importância –
comum em homens.

RITMO RESPIRATÓRIO:
É necessário observar no mínimo 2 minutos a
sequência, a forma e a amplitude das incursões;
subirá, mas o abdômen descerá, e na
expiração o peito descerá e o abdômen
subirá.

AMPLITUDE DA RESPIRAÇÃO:
Pode apresentar aumento ou redução da
amplitude – respiração profunda e superficial;

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA:
São as incursões em um período de 1 minuto. Em
adultos os valores de referência para as incursões
por minuto são 16-20 irpm:
» Eupneia: normal;
» Apneia: ausência;
» Taquipneia: aumento;
» Bradipneia: diminuição.

No ritmo respiratório normal observa-se incursões


regulares e profundidade mais ou menos igual.

Dispineica: movimentos respiratórios


amplos e rápidos, quase sempre
desconfortante para o paciente – enfisema
pulmonar, pneumotórax, atelectasia,
derrame pleural;
Platipneia: dificuldade para respirar na
posição ereta, mas quando deita melhora;
Ortopneia: dificuldade para respirar
mesmo na posição deitada;
Trepopneia: é mais confortável para
respirar na posição de decúbito lateral –
insuficiência cardíaca congestiva e
EXPANSIBILIDADE DOS PULMÕES:
derrame pleural; Pode ser analisada pela inspeção, porém é melhor
Respiração de Cheyne-Stokes: na palpação:
incursões cada vez mais profundas até
atingirem uma amplitude máxima, nesse » Inspeção do pescoço: observa se tem a
momento vão diminuindo até aparecer um utilização da musculatura acessória (sinal
momento de apneia e o ciclo se repetir. precoce de obstrução das vias aéreas) –
Biot: momentos de apneia interrompem a principalmente o trapézio e o
sequência respiratória – arritmia esternocleidomastóideos -> elevam a
respiratória; clavícula e auxiliam na expansividade
(aumento do volume pulmonar).
Kussmaul: inspirações profundas
seguidas de pausa e inspirações curtas
seguidas de pausa – respiração de peixe
PALPAÇÃO:
fora d’água. Faz a análise de 3 pontos principais:
Suspirosa: movimentos respiratórios
interrompidos por “suspiros”. Estrutura da parede torácica;
Respiração paradoxal: é quando o peito Expansibilidade ou mobilidade;
e o abdome se movem em direções Frêmito toracovocal.
opostas um ao outro. Na inspiração, o peito
ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA: PERCUSSÃO:
Avaliação da pele, temperatura, posicionamento
da traqueia, tecido subcutâneo (presença de Percussão da face anterior, lateral e posterior,
enfisema), músculos, ossos, cartilagens. geralmente com o paciente deitado. A preferência
é que se comece a percussão de cima para baixo,
EXPANSIBILIDADE: Avalia separadamente a
de um lado depois do outro.
expansibilidade do ápice e da base:
» Som maciço ou submaciço: encontrado na
» Ápice: o examinador fica atrás ou na frente
região hepática, esplênica e cardíaca;
do paciente e posiciona a mão sobre as
» Timpânico: ouve-se geralmente no espaço
regiões que correspondem aos ápices
de Traube (projeção de fundo do
pulmonares – polegares devem se tocar
estômago);
levemente. Solicita que o paciente respire
» Som claro pulmonar: som produzido no
profundamente e o examinador observa a
tórax.
movimentação de suas mãos;
» Base: apoiam os polegares nas linhas Podem ser observadas algumas alterações na
paravertebrais, enquanto os outros dedos percussão do tórax, como:
recobrem os últimos arcos costais.
Geralmente o examinador fica atrás, » Hipersonoridade pulmonar: aumento de ar
sentado e pede-se que o paciente respire nos alvéolos – efisema pulmonar;
profunda e pausadamente. » Submacicez e macicez: diminuição ou
desaparecimento da sonoridade pulmonar;
» Timpânico: ar aprisionado no espaço
pleural – pneumotórax.

A diminuição da expansibilidade, pode ser:


AUSCULTA:
» Unilateral: no ápice traduz processo
infeccioso ou cicatricial; basal ocorre no Avaliação dos sons pulmonares com o uso do
derrame pleural, hepatomegalias; difuso: estetoscópio nos focos de ausculta:
pneumotórax, hidrotórax, atelectasia...
» Bilateral: ápice traduz processo
infeccioso; bases indica derrame pleural;
difusa, enfisema pulmonar...
FRÊMITO TORACOVOCAL: Vibração percebia
pela mão do examinador enquanto o paciente
emite algum som.
O examinador pousa a mão sobre as regiões do
tórax ao mesmo tempo que o paciente fale “trinta Consegue-se fazer uma diferenciação entre a
e três” – som precisa ser grave e que tenha muita inspiração e expiração.
consoante.
SONS NORMAIS: Roncos e sibilos: Os roncos são
constituídos por sons graves, portanto, de
Som traqueal: na inspiração é um som
baixa frequência, e os sibilos por sons
mais soproso e na expiração é mais forte e
agudos de alta frequência. Os roncos
prolongado.
originam-se nas vibrações das paredes
Respiração brônquica: a diferença do brônquicas e do conteúdo gasoso quando
som traqueal é a expiração menos intensa. há estreitamento desses ductos, seja por
Murmúrio vesicular: som produzido pela espasmo ou edema da parede ou
passagem de ar por estruturas como presença de secreção aderida a ela, como
bronquíolos e alvéolos – na inspiração são ocorre na asma brônquica, nas bronquites,
mais fortes, duradouro e mais alto e na nas bronquiectasias e nas obstruções
expiração são mais fracos, menos intensos localizadas. Ocorrem tanto na inspiração
e mais curtos. quanto na expiração, na qual predominam.
Respiração broncovesicular: soma as São fugazes, mutáveis, surgindo e
características da respiração brônquica desaparecendo em curto período. Os
com os murmúrios vesiculares. sibilos também se originam de vibrações
das paredes bronquiolares e de seu
conteúdo gasoso, ocorrendo na inspiração
e na expiração.
Estridor: É um ruído basicamente
inspiratório produzido pela obstrução da
laringe ou da traqueia.
RESSONÂNCIA VOCAL:
À medida que o examinador passar o estetoscópio
no tórax o paciente vai falando 33 – em condições
SONS ANORMAIS:
normais não se consegue distinguir as sílabas da
Sons ou ruídos anormais descontínuos: os palavra, porém em alguns problemas, a
sons anormais descontínuos são diferenciação fica bem nítida.
representados pelos estertores que
podem ser audíveis na inspiração ou na ALTERAÇÕES DE EXAME FÍSICO:
expiração, superpondo-se aos sons
ATELECTASIA PULMONAR: colapso dos
respiratórios normais. Podem ser finos ou alvéolos. Pode ser causada por pneumotórax,
grossos. Os estertores finos ocorrem no hemotórax...
final da inspiração, têm frequência alta – Inspeção: retração do hemitórax e tiragem
ou seja, são agudos – e duração curta; não Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito
se modificam com a tosse e são diminuído ou abolido
tradicionalmente comparados ao ruído Percussão: submacicez ou macicez.
produzido pelo atrito de um punhado de Ausculta: respiração broncovesicular e
cabelos junto ao ouvido ou ao som ressonância vocal
percebido ao se fechar ou abrir um fecho
tipo velcro, desses usados em aparelho de
DERRAME PLEURAL:
pressão. São ouvidos principalmente nas
Expansibilidade diminuída;
zonas pulmonares influenciadas pela força
Expansibilidade diminuída e frêmito abolido,
da gravidade. Os estertores grossos têm
sinal de signoreli;
frequência menor e duração maior que os Macicez;
finos. Sofrem nítida alteração com a Murmúrio vesicular abolido e egofonia na parte
tosse e podem ser ouvidos em todas as mais alta do derrame.
regiões do tórax. Diferentemente dos
estertores finos, que só ocorrem do meio
para o final da inspiração, os estertores PNEUMOTÓRAX: acúmulo de ar no espaço
grossos são audíveis no início da pleural
inspiração e durante toda a expiração.
Normal ou abaulamento dos espaços
intercostais quando a quant. de ar é grande;
Expansibilidade e frêmito diminuídos;
Hiperssonoridade ou som timpânico, dado que
mais chama atenção;
Murmúrio vesicular diminuído e ressonância
vocal diminuída.

Geralmente em doenças de origem pleural –


hemotórax, pneumotórax... o frêmito está
diminuído ou ausente. Já em casos de doenças
com origem parenquimatosas o frêmito está
aumentado.
semiologia de cabeça e pescoço:
Faz a análise de estruturas presentes na região da
cabeça e pescoço. E as principais coisas
observadas vão ser:
» Tamanho e forma do crânio;
» Posição e movimentos;
» Superfície e couro cabeludo;
» Exame geral da face;
» Exame dos olhos e supercílios; POSIÇÃO E MOVIMENTOS:
» Exame do nariz;
» Exame da região bucomaxilofacial; O desvio de posição mais frequente é o torcicolo
» Exame otorrinolaringológico; (inclinação lateral da cabeça), e os movimentos
» Exame da tireoide. anômalos mais comuns são os tiques, que são
contrações repetidas, mais ou menos
TAMANHO E FORMA: involuntárias, de um determinado grupo de
músculos associados.
Em crianças é importante avaliar o perímetro
cefálico até 2 anos de idade e em idosos em Deve ser analisado também, movimentos
algumas patologias, pode haver alteração no coreicos, tremores, pulsações na insuficiência
formato da cabeça. As principais alterações, são: aórtica (sinal de Musset), dentre outros.

MACROCEFALIA: crânio anormalmente SUPERFÍCIE DO COURO CABELUDO:


grande, cuja causa mais frequente é a
hidrocefalia; A inspeção e a palpação do crânio possibilitam a
MICROCEFALIA: crânio anormalmente identificação de saliências (tumores, tumefações,
pequeno em todos os diâmetros. Pode ser bossas e hematomas), depressões
congênita, hereditária, de causa (afundamentos) e pontos dolorosos.
desconhecida ou ser decorrente de uma A inspeção e a palpação do crânio possibilitam a
doença cerebral; identificação de saliências (tumores, tumefações,
ACROCEFALIA: a cabeça é alongada bossas e hematomas), depressões
para cima, pontuda, lembrando uma torre. (afundamentos) e pontos dolorosos.
É a forma mais frequente de
cranioestenose. Pode mostrar-se isolada Deve ser analisada a consistência ou rigidez da
ou associada a outras anomalias tábua óssea. Na osteomalacia, no raquitismo e na
esqueléticas; sífilis, é possível conseguir-se um leve
ESCAFOCEFALIA: levantamento da parte afundamento pela simples compressão digital, que
mediana do crânio, conferindo um aspecto deve ser efetuada atrás e acima do pavilhão
de casco de navio invertido; auricular.
DOLICOCEFALIA: aumento do diâmetro
anteroposterior, que se torna muito maior EXAME DA PELE:
que o transverso;
Analisa a temperatura, hidratação, manchas,
BRAQUICEFALIA: aumento do diâmetro
marcas, cicatrizes, mucosas, esclera, cabelo,
transverso;
dentre outros.
PLAGIOCEFALIA: é a deformidade que
confere ao crânio um aspecto assimétrico,
saliente anteriormente de um lado e,
EXAME GERAL DA FACE:
posteriormente, do outro. Pode ser Avalia a simetria, que pode ser perdida em alguns
relacionada à posição de dormir. casos patológicos e expressão facial (fácies –
podem ser típicas de alguma patologia).
Avalia também as pupilas, quanto a tamanho,
simetria, reflexos (direto e indireto), localização,
forma, avaliação do cristalino (deve obter reflexo
vermelho tipo de foto com flash), córnea;
Faz a avaliação das sobrancelhas – em relação a
quantidade de pelos e movimentos e o movimento
ocular (para cima, baixo, lado etc.).

EXAME DOS OLHOS E SUPERCÍLIOS: EXAME DO NARIZ:


Os supercílios, bastante variáveis de um Faz-se a inspeção para avaliar possíveis
indivíduo para outro, podem sofrer queda deformidades não patológicas, tamanho, simetria,
(madarose), como ocorre no mixedema, cor, lesões, rubicundez (nariz vermelho),
hanseníase, esclerodermia, quimioterapia, movimentos (principalmente das asas do nariz),
senilidade e na desnutrição acentuada. fluxo nasal, permeabilidade e palpação dos seios
nasais.
Os olhos são de extraordinário valor semiológico,
devendo receber a devida atenção com um exame Além disso, observa a mucosa nasal – cor,
metódico e detalhado. sangramentos, secreção, edema, lesões e septo
nasal.
Nas pálpebras deve-se avaliar se há edema,
retração palpebral, epicanto, equimose, EXAME BUCOMAXILOFACIAL:
xantelasma (placas amareladas de alto relevo), ou
outras coisas. A região bucomaxilofacial compreende: maxila,
mandíbula, cavidade bucal, complexo
Além disso, nas pálpebras deve buscar a PTOSE dentoalveolar, articulação temporomandibular
palpebral (dificuldade para avir o olho, ou seja, (ATM), músculos da mastigação, cavidades
levantar a pálpebra – problema no nervo paranasais e glândulas salivares.
OCULOMOTOR);
Faz a avaliação da textura, malformações,
No globo ocular, avaliar a coloração de escleras, coloração, lesões, hidratação. Além da palpação
mucosas, conjuntiva, marcas, manchas, aparelho da região, avaliação da úvula, amígdalas, palatino,
lacrimal (ressecamento ou lacrimejamento língua.
excessivo) posição:
» EXOFTALMIA: globo ocular projetado
para fora;
» ENDOFTALMIA: globo ocular afunilado;
» DESVIOS: estrabismo;
» MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS:
nistagmo.
GLÂNDULA TIREÓIDE:
EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO: Faz a avaliação da:
Faz a análise das orelhas – localização (na » INSPEÇÃO: tamanho, simetria, nódulos.
direção do olho), tamanho, simetria, formato, » PALPAÇÃO;
edema, secreção, lesões, corpo estranho, » AUSCULTA: fluxo aumentado no
sensibilidade dolorosa. hipertireoidismo e neoplasias;

Pode fazer também a OTOSCOPIA – avaliação do


canal acústico externo com o otoscópio e
avaliação da membrana timpânica.
Já no pescoço, faz a avaliação da assimetria,
edema, massas – textura, tamanho, forma,
mobilidade, sensibilidade e consistência - ou
cicatrizes.
Avaliação dos linfonodos:
» TAMANHO: normais ou aumentados;
» FORMATO: oval ou arredondado
(geralmente);
» CONSISTÊNCIA: fibroelásticos ou
endurecidos;
» ORGANIZAÇÃO: isolados ou agrupados;
» MOBILIDADE: fixos ou móveis;
» SENSIBILIDADE: flogose.
qualidade e segurança do paciente:
Com o tempo foi possível perceber a importância Em 2013, foi instituído o Programa Nacional de
do cuidado com a saúde do paciente – tanto Segurança do Paciente (PNSP) – é importante
quanto o ato de cuidar do problema em si. deixar claro, que o ser humano vai errar (porém
permanecer no erro é burrice), por isso cabe ao
Efeito adverso, foi definido como o dano causado
sistema buscar formas de evitar que esse erro
pelo cuidado à saúde não pela doença de base.
atinja o paciente e corra o risco de causar danos.
O conceito de qualidade em saúde foi melhor
Visto isso, foi criado por James Reason o
entendido a partir da melhoria feita por Avedis
MODELO DO QUEIJO SUÍÇO -> que mostra que
Donabedian com os 7 ATRIBUTOS DOS
quando não se tem barreiras (passa pelos
CUIDADOS DE SAÚDE:
“buracos do queijo”), o erro atinge o paciente
Equidade; (evento adverso). As barreiras nesse caso,
Eficácia; seriam: profissionais atualizados, uso do check list
Otimização; cirúrgico, higiene das mãos, dose certa de
medicamento, dentre outros.
Aceitabilidade;
Efetividade; Importante ressaltar também, que quando ocorre
Legitimidade; uma falha ela não deve ser considerada como
Eficiência. individual, mas sim como COLETIVA - o princípio
orientador dessa abordagem é que os eventos
adversos não são causados por más pessoas,
mas por sistemas que foram mal desenhados e
produzem resultados ruins.

É necessário mudar a busca de erros como


falhas individuais, para compreendê-los
como causados por falhas do sistema.
É necessário mudar de um ambiente
punitivo para uma cultura justa.
Mudar do sigilo para a transparência.
O cuidado deve deixar de ser centrado no
médico para ser centrado no paciente.
Mudar os modelos de cuidado baseados
Uma forma que as instituições acharam de reduzir na excelência do desempenho individual e
os riscos e mitigar os efeitos adversos (EAs) foi o independente, para modelos de cuidado
de: realizado por equipe profissional
interdependente, colaborativo e
Higiene das mãos; interprofissional.
Cirurgia segura (lista de verificação antes, A prestação de contas é universal e
durante e depois). recíproca, e não do topo para a base.
POLÍTICA NACIONAL DE SEG. DO PACIENTE:
Foi instituída com base na Portaria nº 529, de 1º
de abril de 2013 e tem como objetivos principais:

I - Promover e apoiar a implementação de


iniciativas voltadas à segurança do paciente em
diferentes áreas da atenção, organização e gestão
de serviços de saúde, por meio da implantação da
gestão de risco e de Núcleos de Segurança do
Paciente nos estabelecimentos de saúde;

II - Envolver os pacientes e familiares nas


ações de segurança do paciente;

III - Ampliar o acesso da sociedade às


informações relativas à segurança do paciente;

IV - Produzir, sistematizar e difundir


conhecimentos sobre segurança do paciente; e

V - Fomentar a inclusão do tema segurança


do paciente no ensino técnico e de graduação e
pós-graduação na área da saúde.

CIRURGIA SEGURA:
É um manual, que tem como objetivo tentar reduzir
os problemas/infecções/danos causados pelo/no
ambiente cirúrgico – para isso é necessário seguir
uma sequência de passos a fim de diminuir os
problemas.

Prevenção de infecção no sítio cirúrgico;


Anestesia segura;
Equipes cirúrgicas eficientes;
Mensuração da assistência cirúrgica.

Foi criado também o CHECK LIST da campanha


cirurgia segura do CBC – foi criado com base em
3 coisas:

Simplicidade;
Aplicabilidade;
mensuração
semiologia psiquiátrica:
A avaliação psiquiátrica, é feita com base em uma INTELIGÊNCIA: mantida (compreende,
anamnese bem detalhada (nem sempre o resolve problemas, se adapta) e diminuída
paciente vai falar tudo, porém nesses casos é (retardo, esquizofrenia, demência,
importante a presença do acompanhante). delirium...);

ANAMNESE: Existe diferença entre DELÍRIO e DELIRIUM ->


delírio = manifestação de doenças mentais
Deve conter os seguintes itens: (psicoses), alteração da compreensão da
realidade; já o delirium = quadro agudo,
IDENTIFICAÇÃO; geralmente ocorre em pacientes de UTI – causado
QP; por algum quadro de saúde.
HDA;
HP (história pessoal); LINGUAGEM: preservada, com alterações
ANTECEDENTES PESSOAIS; - afasias, agrafia, alexia, mutismo,
ANTECEDENTES FAMILIARES; logorreia (fala muito);
HÁBITOS DE VIDA. PENSAMENTO: lógico, sem alterações de
forma, curso e conteúdo e com alterações
SÚMULA PSICOPATOLÓGICA: (curso – acelerado, lento, interrupção;
forma (organizado ou desorganizado) –
É a avaliação complementar a anamnese e que prolixidade, fuga de ideias,
engloba o exame psíquico -> auxilia na elaboração minunciosidade; conteúdo (tema) –
de um diagnóstico adequado. A súmula deve empobrecido, delírio, místico);
conter: SENSOPERCEPÇÃO: capacidade de
perceber e sentir – sem ou com
APARÊNCIA: como está vestido ->
alucinações, ilusões...;
adequadamente e em boas condições de
HUMOR: normotímico, eutimia (sereno),
higiene, sujo, aparência descuidada,
hipotímico, hipertímico, distímico;
fisionomia (alegra, desconfiado), suma
mímica (ansioso, toca as mãos ao falar, AFETO: normal, exagerado, diminuído,
roe unha...); paratimia (afeto inadequado) ->
congruência, ressonância e modulação;
ATITUDE: como ele age com o
entrevistador – cooperativo, agressivo, VONTADE: normobúlico, hiperbúlico,
cumprimenta, raivoso, medo, irônico, hipobúlico, abulia...;
desrespeitoso...; PRAGMATISMO: a forma que o indivíduo
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: alerta/vigíl, vai alcançar tais ideias (da vontade) e
sonolento, obnubilação (siminuição da projetos;
consciência), torpor (sonolência intensa) e PSICOMOTRICIDADE: execução da
coma; vontade – agitação, lentidão, tiques;
ORIENTAÇÃO: autopsíquica (saber CRÍTICA e INSIGHT: capacidade de
quem é ela, data de nascimento, idade, entender a situação/doença –
profissão...) e alopsíquica (em relação ao discernimento.
externo – onde está, dia, ano...);
ATENÇÃO: normovigil (atenção normal),
hipoprosexia (diminuição da atenção),
hiperprosexia (atenção exagerada),
tenacidade (capacidade de se manter
concentrado);
MEMÓRIA: preservada ou memória
anterógrada e/ou retrógrada prejudicada;
semiologia urinária:
O sistema urinário vai ser formado pelos: rins INCONTINÊNCIA URINÁRIA: perda
(geralmente protegidos pelas costelas flutuantes), involuntária de urina – pode ser por
ureteres, bexiga e uretra. alterações nos esfíncteres;
NICTÚRIA: micção noturna – a pessoa
Geralmente, quando o paciente vai ao urologista
acorda no máximo 2 vezes para urinar;
por causa de alguma queixa, nem sempre a
localização vai ser tão precisa, visto que a maioria NOCTÚRIA: vontade de urinar várias
dos órgãos quem compõem esse sistema tem a vezes durante a noite – a pessoa acorda +
localização retroperitoneal. de 2 vezes;
PNEUMATÚRIA: liberação de gases pelo
As principais manifestações relacionadas com o trato urinário, não necessariamente, mas
sistema urinário, são: principalmente ao urinar;
PARAURESE: incapacidade de urinar
Alterações na micção;
diante de pessoas ou ambientes
Disúria;
estranhos;
Alterações nas características da urina;
Dores (na região dos flancos e lombar), ENURESE: micção involuntária -> é
edema, febre, dentre outros. DIFERENTE de incontinência, pois a
incontinência é a PERDA da urina e a
A anamnese deve ser de todo modo bem enurese é a MICÇÃO. É normal até 3-4
detalhada, a fim de buscar o que realmente está anos de idade e pode ser noturna ou
incomodando e auxiliar na suspeita diagnóstica. diurna;
BEXIGOMA: bexiga cheia e palpável logo
DISTURBIOS MICCIONAIS: acima da sínfise púbica – quando enche
demais pode atingir até a área da cicatriz
DISÚRIA: dor ao urinar – geralmente umbilical -> a bexiga não consegue
associada a quadros de infecção,
esvaziar a urina.
inflamação ou obstrução das vias;
BEXIGA NEUROGÊNICA: bexiga irritada,
POLACIÚRIA: aumento da FREQUÊNCIA espástica -> contração involuntária e perda
urinária – vai mais vezes ao banheiro; de urina de forma inesperada e em
POLIÚRIA: aumento do VOLUME urinário, momentos inadequados.
ou seja, da diurese > 2500mL ao dia –
mobilização de edemas, diminuição do EXAME DE URINA:
ADH, diabetes mellitus etc.;
OLIGÚRIA: diminuição do VOLUME A urina pode apresentar algumas alterações,
urinário, ou seja, da diurese <100 – 400mL sejam elas físicas, químicas ou sedimentares.
ao dia – edemas, desidratação, processos
Em condições normais, a urina se apresenta de
inflamatórios etc.;
forma: LÍMPIDA, COR ÂMBAR ou CITRINO
ANÚRIA: ausência total da urina –
(amarelo claro ou dourado).
sofrimento renal ou pré-real;
URGÊNCIA: desejo forte, súbito e TURBIDEZ: em condições normais, a urina
irrefreável de urinar – imperiosidade; pode se mostrar um pouco turva devido a
ESFORÇO: condição em que se usam organismos desdobradores de ureia que
recursos auxiliares para urinar; causam a precipitação de cristais;
ALTERAÇÃO DO JATO: força e/ou COR: pode ter alterações devido ingestões
calibre; de alimentos, uso de remédios, lesões etc.
RETENÇÃO URINÁRIA: incapacidade de -> HEMATÚRIA é sangue na urina.
eliminar a urina armazenada na bexiga; ESPUMA: em excesso levanta a suspeita
de PROTEINÚRIA (muita proteína na
urina) – aumento do consumo de proteínas
ou doenças nefrológicas;
O exame de urina deve ser feito com a 1ª urina da com aumento da ureia ou infecção urinária e odor
manhã – jato médio (descarta o primeiro e usa o mais adocicado está relacionado com aumento de
segundo). Essa urina é + ácida (pH é mais baixo, cetonas (pacientes diabéticos, por exemplo);
fica entre 5-6), + concentrada.
SEDIMENTO: pode ser aumento de células,
O exame da urina é dividido em 3 partes: cristais, granulações, cilindros, medicamentos –
pode ocorrer por infecções ou quando a amostra é
FÍSICA: avalia volume, aspecto, refrigerada.
densidade, cor, odor e a presença de
sedimento. QUÍMICA: análise de pH, teor de
proteínas, cetonas, glicose, sangue,
VOLUME: normalmente fica entre 800-2500mL.
urobilinogênio, nitrito, leucócitos e
ASPECTO: límpida, ligeiramente turva, turva, pigmentos biliares – a avaliação é com o
hemorrágica e quilosa (presença de linfa na urina); TESTE DA TIRA REAGENTE.

COR: presença de pigmentos – influenciado por PH: o normal varia de 5 - 7,5 -> acompanha o pH
diversos fatores -> colúria: urina de cor escura do sangue -> se deixar a amostra deteriorar pode
(coca-cola); fazer a com que a urina fique mais alcalina. Urina
mais ALCALINA é indicativo de infecção
bacteriana, litíase; e se a urina ficar muito ÁCIDA,
pode ser indicativo de alteração da função tubular.
PROTEÍNAS: indivíduos normais eliminam
proteínas, porém não são suficientes para ocorrer
a detecção no teste – por isso que deve dar
AUSENTE. Alterações nesse resultado podem
ser: lesão glomerular, tubular, nefropatia diabética
-> HEMOGLOBINÚRIA (hemoglobina na urina) e
MIOGLOBINÚRIA (mioglobina na urina),
PROTEINÚRIA (proteína acima de acima de
150mg/dL em uma amostra de 24h),
PROTEINÚRIA TRANSITÓRIA (ocorre devido a
exercícios vigorosos, estresses emocionais
intensos, febre alta, ICC -> valores até 300mg/dL)
DENSIDADE: geralmente fica entre 1000-1040 – ALBUMINÚRIA (albumina acima de 30mg/dL em
o teste mais utilizado é o TIRA-REAGENTE -> que amostra de 24h).
parece com o objeto para medir quantidade de
GLICOSE: indivíduo saudável NÃO ELIMINA
cloro na piscina –> urina + densa = desidratada;
glicose na urina – pode indicar: diabetes, lesão do
urina – densa = hidratada.
SNC, distúrbios da tireóide e gravidez -> presente
na urina se tiver +180%.
CETONAS: quando paciente não consegue
utilizar a glicose como fonte de energia, ai usa os
lipídeos e forma cetonas – cetoacidose diabética,
desnutrição;
UROBILINOGÊNIO: metabolismo final da
bilirrubina – hepatopatia;
BILIRRUBINA: hepatopatia e colestase;
HEMOGLOBINA: presença de sangue na urina –
glomerulonefrites, pielonefrite, tumores, litíase,
ODOR: pode auxiliar no indicativo de algum queimaduras, infecções, exercícios mais intensos,
problema – logo que sai a urina não tem muito traumas;
odor. Odor muito ácido pode estar relacionado
NITRITO: produto do metabolismo bacteriano – se
presente, indica INFECÇÃO URINÁRIA.
LEUCÓCITOS: se presente indica uma
INFECÇÃO URINÁRIA (nem sempre) – esterase
leucocitária – valores normais estão abaixo de
10.000/mL.

SEDIMENTAÇÃO: busca de células


(epitelial, urinárias, pavimentosas,
hemácias), cilindros, cristais, bactérias
(urocultura), leveduras, parasitas,
espermatozoides e alguns artefatos. MANOBRA DE GOELET:
CÉLULAS: as principais são as do trato urinário –
epiteliais pavimentosas.
LEUCÓCITOS: chamados de piócitos e os
principais são neutrófilos – infecção urinária.
HEMÁCIAS: hematúria macroscópica – quando
percebe alteração na coloração da urina e
hematúria microscópica – quando não se tem
alteração na urina, mas no exame percebe
alteração.
CILINDROS: estruturas formadas a partir de Pode-se fazer também a manobra de
proteínas existentes na urina – a principal é a Murphy para colecistite.
proteína de TAMM-HORSFALL.
SÍNDROME NEFRÓTICA:
EXAME FÍSICO:
Anasarca;
Realiza-se a: Proteinúria aumentada;
Alterações na barreira de filtração;
Inspeção do abdome, flancos e costas;
Punho percussão; SÍNDROME NEFRÍTICA:
Sinal de Giordano – pielonefrite e litíase
renal; Edema periorbital e de MMI;
Palpação: muito difícil palpar os rins, HAS, proteinúria, hematúria;
porém em algumas pessoas é possível Afeta os glomérulos.
palpar o rim direito (pois é mais baixo –
segue pela região da crista ilíaca), tem-se: PIELONEFRITE:
MANOBRA DE ISRAEL: Inflamação/infecção da pelve renal.

INFECÇÃO URINÁRIA:
Pode ocorrer em qualquer região do trato
urinário;
Uretrite (uretra), cistite (bexiga),
pielonefrite (rins);
Causada principalmente pela bactéria E.
coli.

MANOBRA DE GUYON:
HORMÔNIO ADH:
O hormônio antidiurético, aumenta a
permeabilidade do tubo coletor à água o
que possibilita a eliminação de solutos em
menor quantidade de água – concentra a
urina e poupa água para o organismo;
Produzido pela neuro-hipófise;
Chamado também de vasopressina;
Aumenta a retenção de água.

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