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UEMASUL

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE MEDICINA

EXAME FÍSICO: SISTEMA


CARDIOVASCULAR
https://www.youtube.com/watch?v=3vrLzHCqG9o

https://www.youtube.com/watch?v=3vrLzHCqG9o
EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR
O exame físico do coração inclui:
1. Inspeção;
2. Palpação;
3. Ausculta;

Realizam-se a inspeção e palpação simultaneamente porque os achados


semióticos tornam-se mais significativos quando analisados em conjunto.
INTRODUÇÃO AO EXAME CARDIOVASCULAR

Conceitos:
* Ciclo cardíaco é a sequência de fatos que acontece a cada
batimento cardíaco.

* O coração ciclicamente se contrai e relaxa. Quando se contrai,


ejeta o sangue em direção às artérias, na fase chamada de
sístole. Quando relaxa, recebe o sangue proveniente das veias,
na fase chamada diástole.
INTRODUÇÃO AO EXAME CARDIOVASCULAR

Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho


cardiovascular (alterações da coloração da pele e mucosas,
edema, perfusão periférica), exame dos pulsos arteriais e venoso
jugular, tomada da pressão arterial, inspeção palpação e ausculta
do precórdio.
SINTOMAS

A) DOR TORÁCICA: Dor origem pericárdica * Dor de origem aórtica * Dor de


origem psicogênica * Dor de isquemia miocárdica

B) PALPITAÇÕES: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos


* Descritas como: Paradas; tremor do coração; falhas; arrancos; batimentos
mais fortes
* Decorrentes de transtornos do ritmo e da frequência cardíaca

C) DISPNÉIA: Cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga ou


respiração difícil
* Sensação consciente e desagradável do ato de respirar

D) OUTROS: Tosse e expectoração, roncos e sibilos, hemoptise, tontura e


vertigem, alterações do sono, edema, astenia
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

Inspeção e palpação do precórdio: Pesquisa de abaulamentos, análise


do ictus cordis, dos movimentos visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas,
pesquisa de frêmitos.

Posições: em decúbitos dorsal, laterais e sentado;


Observar: Abaulamento; Impulsões de borda esternal; Retrações;
Malformações torácicas; Batimentos ou Movimentos; Frêmito
Cardiovascular;

Ictus Cordis: Choque de Ponta - Cruzamento da linha hemiclavicular


esquerda com 5º espaço intercostal
O que é avaliado na informação
e palpação do Ictus Cordis?
•Localização e extensão

•Intensidade e tipo de impulsão

•Mobilidade

•Ritmo e frequência
ICTUS CORDIS
ICTUS CORDIS DIFUSO E Deslocamento do
ICTUS CORDIS NÃO-PALPÁVEL
PROPULSIVO Ictus Cordis
•Musculatura desenvolvida •Area > = 3 polpas digitais
•Obesidade Dilatação ou / e
•Dilatação do VE -
Miocardiopatia dilatada hipertrofia de VE
•Mamas volumosas
•Idosos - aumento do diametro
ântero-posterior pelo Propulsivo •TEM
envelhecimento
•Enfisema pulmonar •Estenose aórtica,
•Quando o dedo que o palpa
é levantada a cada contração insuficiência aórtica e
mitral
•Hipertrofia VE
•Miocardiopatias e
Cardiopatias congênitas
AUSCULTA CARDÍACA:

Identificar cada um dos focos principais de ausculta. Pode ser


complementada posicionando-se o estetoscópio nas regiões
axilar E, cervical D, interescapular, ou em qualquer ponto do
precórdio.
SEMIOTÉCNICA
•LAVAR AS MÃOS ANTES E DEPOIS DE EXAMINAR O PACIENTE
•Estetoscópio
•Ambiente de ausculta
•Posição do paciente e do examinador
•Orientação do Paciente
•Escolha do receptor adequado
•Aplicação correta do receptor
•Manobras especiais
•Foco ou área mitral = 5º Espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular,
corresponde ao ictus cordis.

•Foco ou área pulmonar = 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno

•Foco ou área aórtica = 2º espaço intercostal direito junto ao esterno

•Foco aórtico acessório = 3º e 4º espaço intercostal esquerdo

•Foco ou área tricúspide = Base do apêndice xifóide ligeiramente a esquerda

•Outras áreas do precórdio e adjacências: Borda esternal esquerda, borda esterna


direita, regiões infra e supraclaviculares, regiões laterais do pescoço e região
interescapulovertebrais
BULHAS CARDÍACAS
Primeira bulha (B1): Fechamento das valvas mitral e tricuspide, componente
mitral antecede tricúspide, coincide com ictus cordis e pulso carotídeo, timbre
mais grave, representação – TUM;
Segunda bulha (B2): Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais
agudo, representação – TA;
Terceira bulha (B3): Vibrações da parede ventricular subitamente distendida
pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento
ventricular rápido, ruído de baixa frequência (Utilizar campanula),
representação – TU;
Quarta bulha (B4): Ruído débil, ocorre no final da diástole ― brusca
desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de
encontro à massa sanguínea existente no interior do ventrículo
RITMO CARDIACO
Duas bulhas = dois tempos = binário

Tenha em mente uma sequencia onomatopeica da seguinte maneira:


TUM-TA-TUM-TA-TUM-TA

Terceiro ruído = três tempos = ritmo tríplice


TUM-TA-TU _ TUM-TA-TU _ TUM-TA TU
RITMO CARDIACO
O 3º ruído ocorre na diástole, sendo fundamental situá-la corretamente no ciclo
cardíaco para exata interpretação clínica dos ritmos tríplices.

Para considerar patológica uma 3º bulha, são necessários outros dados que indiquem
a existência de uma cardiopatia, tais como, insuficiência mitral, miocardite,
miocardiopatia e shunts.

3º Bulha fisiológica: Tum-ta-tu – tum- ta- tu (ritmo de galope);


SOPROS
São produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo
sanguíneo.
Em condições normais, o sangue flui como corrente laminar, com velocidade um pouco mais rápida
na porção central, tal com as águas de um rio sem obstáculos em seu leito. Fato é que flui sem
formar turbilhoes, quando o fluxo deixa de ser laminar, surgem vibrações que originam os sopros.

Vibrações decorrentes da mudança do fluxo sanguíneo de laminar para


turbulento;
• Alterações dos vasos, das câmaras cardíacas, das valvas,
estreitamentos,dilatações, malformações,
• Alterações do sangue (anemia); febre
• TIPOS: Sistólicos/Diastólicos
AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
* Freqüência cardíaca ou ritmo cardíaco é o número de vezes que o coração
bate por minuto.
* É expressa em bpm: batimentos por minuto
* Medida em repouso:

MATERIAL – relógio, cronômetro, estestocópio


TÉCNICAS – lavar as mãos; orientar paciente quanto ao exame 1. Por
ausculta cardíaca >> comparar compulso carotídeo 2.
Por palpação do íctus-cordis CONTAR POR UM MINUTO!!!
* Faixa normal: O coração humano bate entre 60 e 100 bpm. Número de
batimentos abaixo de 60 bpm >> Bradicardia. Número de batimentos acima
de 100 bpm >> Taquicardia.
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

* Posições do paciente: Deitado / Assentado / Ortostatismo

O braço deve encontra-se sempre no mesmo plano que o do coração !!!


Conceito: Força exercida pelo sangue contra a parede das artérias e das artérias,
por sua força elástica, sobre o sangue.
Componentes:
- Pressão sistólica - PS: Pressão mais elevada observada nas artérias durante a
fase sistólica do ciclo cardíaco.
- Pressão diastólica - PD: Pressão mais baixa detectada na aorta e seus ramos
durante a fase diastólica do ciclo cardíaco.

Métodos: Diretos (invasivos): cateter intra-arterial (PIA).


- Indiretos (não invasivos): esfigmomanômetria.
PALPAÇÃO DE PULSOS ARTERIAIS

Estado da parede arterial,frequência, ritmo, amplitude, tensão, tipo, simetria.


Examinar pulsos radial, carotídeo, temporal superficial, subclávio, axilar,
braquial, cubitais, aórtico abdominal, ilíaco, femoral, poplíteo, tibial anterior,
pedioso, tibial posterior.

Procedimento para a palpação de pulsos arteriais:


1. Lavar as mãos
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento.
3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço
apoiado. Identificar e palpar o pulso radial.
4. Fazer uma palpação sistematizada (iniciar na face e progredir caudalmente)
5. Observar: -Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa); -Ritmo (regular, irregular); -Amplitude
ou Magnitude (ampla, mediana, pequena); - Tensão ou dureza (mole, duro); -Tipos de onda (normal,
paradoxal, filiforme);
6. Comparar com o lado homólogo (igualdade, desigualdade).
7. Anotar em prontuário
8. Lavar as mãos ao término
Pulso carotídeo (artéria carótida comum):
- Inclinar o pescoço para o lado em que se vai palpar
- Observa-se a região do pescoço do paciente e identifique o músculo
esternocleidomastóideo;

- Palpar o pomo de adão, deslizar os dedos lateralmente, afastando-se


borda anterior do músculo esternocleidomastóideo;

- Palpa-se com polpa digital do polegar ou polpa digital dedos indicador e


médio, no terço médio do ventre muscular;

- Palpar com delicadeza para não comprimir seio carotídeo (pode levar a
bradicardia, parada cardíaca, desprendimento de trombos aderidos);

- Não se deve palpar ambas artérias carótidas ao mesmo tempo;

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