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EXAME FÍSICO GERAL

• Conceito de exame físico.


O Exame Físico na Prática Clínica mostra as informações indispensáveis sobre o paciente aprovado por
meio das técnicas propedêuticas de avaliação (inspeção, palpação, percussão e ausculta) em exames
diversos. É através deles, e apoiados no uso da visão, do olfato, tato e da audição, que o enfermeiro
identifica sinais físicos de normalidade e anormalidade.

 Levantamento das condições globais do paciente;


 Aprender a buscar informações significativas para a enfermagem que possam subsidiar a
assistência a ser prestada ao paciente;
 Avaliar a condição física do paciente;
 Detectar os primeiros sinais de problemas de saúde em desenvolvimento;
 Estabelecer uma base de dados para futuras comparações;
 Avaliar as reações às intervenções médicas e de enfermagem;

• Instrumentos utilizados na realização do exame físico.


Esfigmomanômetro, estetoscópio, termômetro, diapasão, martelo de reflexo, espéculo de Collin, lanternas,
estetoscópios, luvas de procedimento estéril e não estéril, dentre outros. Além destes instrumentos básicos
para a realização do exame físico, o enfermeiro deve utilizar os órgãos do sentido: visão, audição, tato e
olfato para subsidiar o seu plano de cuidar/ cuidado
• Posturas e posições para realização do exame físico (semiotécnica).
Decúbito dorsal: usado para exames frontais do abdômen, cabeça e membros. Posição de repouso mais
conhecida.
Decúbito ventral ou prona: usado para exames da coluna vertebral e região cervical, e também para a
melhora da oxigenação, diminuindo a atelectasia e permitindo a distribuição mais equilibrada da pressão
positiva diminuindo a injuria pulmonar.
Decúbito lateral: usado para exames da coluna, dorso. Posição indicada para casos de convulsão com
risco de bronca aspiração.
Posição litotômica: muito usada na ginecologia, pois neste posicionamento facilita a visualização dos
órgãos reprodutores femininos com facilidade, pode ser usada para coleta de esfregaços para o popular
preventivo. Alguns obstetras usam essa posição para o parto, embora seja bastante desconfortável.
Posição fowler: em pasientes com dificuldades respiratorias, no momento da alimentação, em pós
operatório nasal, descanso e tireoidectomia.
Decúbito trendelenburg: uma variação do decúbito dorsal, onde a parte superior ddo dorso é abaixada e
os pés são elevados. Mantém as alças intesticinais na parte superior da cavidade abdominal. Posição
utilizada para cirurgias de órgão plévicos, estados de choque, tomboflebites e laparotomia de abdomem
inferior.
Decúbito proclive ou trendelenburg invertida: para tratar embolismo aéreo venoso, melhorar a
circulação da região cerebral, atingir um nível efetivo de anestesia epidural ou espinhal, prevenir bronco
aspiração de vômitos e ingurgitar vasos do cérvix para colocação de cateteres venosos centrais. A posição
é tambêm usada para cirurgias de cabeça, pescoço e procedimentos ginecológicos, pois reduz o fluxo
sanguíneo nestas áreas.
Ela também facilita a respiração em pacientes com sobrepeso e obesos. Colocar um paciente com
sobrepeso nessa posição alivia a pressão na cabeça devido ao peso excessivo do abdome em
cirurgias oftalmológicas.
Posição Sims
A posição de sims é uma variante da posição lateral, diferindo em relação à distribuição do peso do
paciente que é colocado no ilio anterior, úmero e clavícula. Usada para realizar exames retais, lavagem
intestinal, exames vaginais e aplicação de supositórios.
Posição Genupeitoral
A posição genupeitoral ou genito - peitoral é o decúbito no qual o peito e os joelhos ficam apoiados no
leito. É caracterizada por se verificar apoio simultâneo do peito e dos joelhos no mesmo plano horizontal,
ficando o eixo do tronco inclinado de trás para a frente e de cima para baixo. A cabeça deve estar
lateralizada, apoiada sobre os braços. Nesta posição podem ser realizados exames de reto, cólon,
sigmoidoscopia entre outros.

• Técnica de Inspeção no Exame Físico.


De acordo com Ariadne, a inspeção consiste na avaliação minuciosa e sistemática da superfície externa.
Vários segmentos corporais são observados: aspecto, tamanho, cor, forma e movimento. A inspeção pode
ser estática, observando-se os contornos do paciente parado; ou dinâmica, exigindo ao paciente que faça
alguns movimentos.

É a exploração feito usando-se o sentido da visão. A inspeção ode ser panorâmica ou localizada. Pode ser
feita a olho nu ou com o auxílio de uma lupa. Para uma boa técnica da inspeção recomenda-se dispor de
iluminação adequada, descobrir a região a ser inspecionada e ter em mente as características normais da
área em questão.

Existem duas maneiras fundamentais para se fazer a inspeção:

Inspeção Frontal: Olhando-se frontalmente a região a ser examinada.

Inspeção Tangencial: Observando-se a região tangencialmente. Esta é a maneira correta para se


pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, tais como pulsações ou ondulações e pequenos
abaulamentos ou depressões.

• Técnica e manobras da Palpação no Exame Físico.


“O toque no corpo é o que confirma a existência de dor local”, explica a profissional do Hospital São
Camilo. Na palpação, verifica-se o estado das estruturas externas por pressão: a parte superficial do corpo
com pressão de 1 cm; a parte profunda com pressão de 4 cm. A percussão, variante da palpação, aplica
pequenos golpes no organismo e analisa as vibrações quanto à intensidade, tonalidade e timbre.

escolhe dados através do tato e da pressão. Por intermédio da palpação percebem-se modificações de
textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, além da percepção de frêmito,
reconhecimento de flutuação, elasticidade, verificação da presença de edema e outros.

Este procedimento apresenta inúmeras variantes que podem ser sistematizadas da seguinte maneira:

1. Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos.
2. Palpação com uma das mãos superpondo-se à outra.
3. Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas as polpas digitais e a parte ventral dos
dedos.
4. Palpação com a borda da mão.
5. Palpação usando-se o polegar e o indicador formando uma “pinça”.
6. Palpação com o dorso dos dedos da mão.
7. Digitopressão, realizada com a polpa do polegar ou indicador.
8. Puntipressão que consiste em comprimir com um objeto pontiagudo um ponto do corpo.
9. Vitropressão, feita com a ajda de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele,
analisando-se a área através da própria lâmina.
10. Fricção com algodão.
11. Palpação bimanual.

• Técnica da Ausculta no Exame Físico

Para ser realizado, o procedimento exige ambiente livre de ruídos externos – permitindo, assim, ouvir sons
inaudíveis produzidos pelo corpo. A técnica é feita com auxílio de instrumentos. “É quando se verifica a
respiração e os batimentos cardíacos, por exemplo”, ilustra a diretora.

Ariadne Fonseca ressalta que a interpretação do exame físico pode mudar conforme as etapas do ciclo
vital do paciente. “Cada uma das etapas tem peculiaridades específicas”, afirma.
O ciclo vital varia de acordo com a literatura científica, mas geralmente abrange quatro
fases: nascimento; pediatria (variando até 15 anos ou 18 anos); adulto; e idoso (a partir dos 60 anos).

• Técnica e manobras de Percussão no Exame Físico


se baseia no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do organismo, originam-se vibrações
que têm características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade, na dependência da estrutura
anatômica percutida.

A técnica da percussão é realizada pela percussão direta, pela percussão dígito-digtal, pela punho-
percussão, a percussão com a borda da mão e a percussão tipo piparote.

A percussão direta é realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região-alvo.

A percussão dígito-digtal se executa golpeando com a borda ungeal do dedo médio da mão direita a
superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou o indicador da outra mão. O dedo que golpeia
designa-se plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro.

Punho-percussão: mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região em estudo e
averigua-se se a manobra desperta sensação dolorosa.

Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a região desejada
com a borda ulnar, procurando ver alguma sensação dolorosa.

Percussão por piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a
outra, espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando-se contra a parede
abdominal.

Tipos de sons obtidos à percussão:

 Som maciço; Som submaciço; Som timpânico; Som claro pulmonar;

1. Som maciço é o que obtém ao erctr regiões desprovidas de ar.


2. Som submaciço constitui uma variação do som maciço; a presença de ar em quantidade
restrita lhe dá característica peculiar.
3. Som timpânico é o que se consegue percutindo sobre áreas que contenha ar, recoberta por
uma menbrana flexível.
4. Som claro ulmonar é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal.

• Aspectos sócio-afetivos e biossegurança durante a execução do exame físico.


é um conjunto de medidas voltadas para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais e do meio ambiente ou a qualidade
dos trabalhos
Objetivos:
AULA 01
• Identificar os instrumentos, técnicas e manobras utilizadas no exame físico.

• Desenvolver habilidades e atitudes que agucem a percepção dos sentidos humanos para a melhor realização do
exame físico geral.

• Identificar a estrutura adequada da sala para realização do exame físico.

• Realizar a técnica de Inspeção do Exame Físico

• Realizar a técnica de Palpação do Exame Físico.

• Relacionar aspectos ético e socioafetivo para a realização do exame físico

AULA 02
• Desenvolver habilidades e atitudes que agucem a percepção dos sentidos humanos para a melhor realização da
ausculta e percussão.

• Identificar a estrutura adequada da sala para realização do exame físico, considerando percussão e ausculta.

• Realizar a técnica de Percussão do Exame Físico

• Realizar a técnica de ausculta do Exame Físico.

• Relacionar aspectos ético e socioafetivo para a realização do exame físico

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