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Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG

Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
Profa. Danusa Rossi

Caxias do Sul, novembro de 2021.


INTRODUÇÃO AO INTENSIVISMO:

AVALIAÇÃO

VIA AÉREA ARTIFICIAL

VENTILAÇÃO MECÂNICA

DESMAME

EXTUBAÇÃO/ DECANULAÇÃO

EMERGÊNCIAS/ PCR
O que é UTI?

CTI = Centro de Tratamento Intensivo. Conjunto de UTIs agrupadas num


mesmo local;

UTI = Unidade de terapia intensiva. Unidade que abriga pacientes que


requeiram assistência multiprofissional ininterrupta. Pode ser uma unidade
dentro de uma CTI (coronariana, neurológica, neonatal, pedi neonatal,
pediátrica, etc ).

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/palestras/somasus/UTI.pdf
ESTIGMA:
Lugar para morrer;
Pouca ou nenhuma visita;
Ambiente totalmente fechado;
Área restrita semelhante a um centro cirúrgico;
Pacientes inconscientes

REALIDADE:
Lugar para se recuperar e viver
Circulações internas
Visita como ajuda terapêutica;
Ambiente com luz natural e visão exterior;
Área acesso não tão restrito
Pacientes inconscientes e conscientes
Unidades especializadas.
Qual o papel do fisioterapeuta
na UTI?
Qual o papel do fisioterapeuta na UTI?

Atuação extensa, presente em vários segmentos do tratamento intensivo, como

atendimento a pacientes críticos com o objetivo de evitar complicações

respiratórias e motoras; que necessitam ou não de suporte ventilatório.

O fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando na condução da

ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à

intubação, evolução do paciente durante a ventilação mecânica, interrupção e

desmame do suporte ventilatório e extubação e também na reabilitação

MOTORA!
AVALIAR para identificar a DISFUNÇÃO
possibilitando traçar um PLANO DE
AÇÃO com OBJETIVOS e CONDUTAS
adequados.
Introdução ao Intensivismo

O que é uma UTI?


• Unidade de Terapia Intensiva 
• Área restrita do hospital para atender pacientes que necessitam de
monitoramento 24h dia
• Suporte avançado à vida: tecnologia, profissionais
• Pacientes graves
• PO cirurgias
• Risco elevado de complicações
• Etapa fundamental no tratamento de casos mais graves ou mais
complexos
Introdução ao Intensivismo
Introdução ao Intensivismo

RDC Nº 7 DE 24/02/2010: Requisitos mínimos para funcionamento de UTIs


• Médico diarista/rotineiro: 1 para 10 leitos, nos turnos matutino e vespertino,
especialistas em Medicina Intensiva para UTI Adulto; Medicina Intensiva
Pediátrica para UTI Pediátrica; especialista em Pediatria com área de atuação em
Neonatologia para UTI Neonatal;
• Médicos plantonistas: 1 para 10 leitos, em cada turno.
• Enfermeiros assistenciais: 1 para cada 10, em cada turno.
• Fisioterapeutas: 1 para cada 10, em cada turno nos turnos matutino, vespertino e
noturno, total de 18h diárias de atuação.
• Técnicos de enfermagem: 1 para cada 2 leitos por turno, e 1 técnico de
enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno;
• Auxiliares administrativos: 1 exclusivo da unidade.
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
Anamnese
 Identificação:
• Nome do paciente • Leito:
• Data de Nascimento: • Sexo:
• Procedência: (Nacionalidade)/(Naturalidade):
• Profissão Atual:
• Escolaridade:
• Endereço:
• Telefone:
• Diagnóstico/Médico Responsável/Clínica de Origem :
• Fisioterapeuta Responsável
• Data da Avaliação
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica

 Queixa Principal

 História Pregressa da Moléstia Atual (HMA)

 Antecedentes Pessoais ou História Moléstia Pregressa (HMP)

 História Familiar

 Hábitos e Vícios

 Medicamentos em uso

 Hábitos alimentares

 Raio X e exames complementares (dados do prontuário)


Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica

 Sinais Vitais  Aspectos Gerais


• FC • Nível de consciência
• FR • Condição de pele, pêlos, unhas
• Temperatura • Grau de hidratação
• Pressão arterial • Perfusão tecidual
• Oximetria • Edema de extremidades
• Capnografia • Oxigenação
• Rubor
• Incisões cirúrgicas
• Fraturas
• Amputação
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
sinais vitais
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica
 Inspeção e Palpação
• Cor
• Pulsos • Débito

• Abdômen • Aspecto

• Hidratação • Localização

• Temperatura • Oscilação

• Sondas, cateteres e drenos • Borbulhamento

• Oxigenioterapia • Aberto ou Fechado


• Débito < 100 mL/24h
• Ventilação mecânica
• Sem borbulhamento do frasco coletor à tosse
• Via aérea artificial • Reexpansão pulmonar ao RX
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica
 Inspeção e Palpação
• Cor
• Pulsos
• Abdômen
• Hidratação
• Temperatura
• Máscara de nebulização
• Sondas, cateteres e drenos
• Cateter
• Oxigenioterapia
• Óculos nasal
• Ventilação mecânica • Máscara de Venturi
• Via aérea artificial
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica
 Inspeção e Palpação
• Cor
• Pulsos
• Abdômen
• Hidratação
• Temperatura
• Sondas, cateteres e drenos
• Oxigenioterapia
• Posição do cânula (ou tubo) orotraqueal
• Ventilação mecânica
• Posição da fixação da cânula orotraqueal
• Via aérea artificial • Pressão de cuff
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica
 Inspeção e Palpação
• Cor
• Qual ventilador?
• Pulsos
• Invasiva ou Não invasiva?
• Abdômen
• Parâmetros do ventilador
• Hidratação
• TOT, TNT, TQT, etc
• Temperatura
• Sondas, cateteres e drenos
• Oxigenioterapia • Fixação da cânula
• Pressão de cuff
• Ventilação mecânica
• Via aérea artificial
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica

 Inspeção e Palpação
• Tipo torácico: normolíneo, longilíneo ou brevilíneo
• Variação respiratória: Eupnéico, taquipnéico ou bradpnéico
• Expansibilidade pulmonar: Apical, basal, mista ou paradoxal
• Utilização da musculatura acessória
• Conformação torácica: Depressão ou abaulamento
• Deformidades: Pectus scavatum, Pectus carinatum, Tonel, etc.
• Tônus e trofismo
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica

 Ausculta Pulmonar
• Murmúrio Vesicular: presente, diminuído ou ausente
• Sons pulmonares:
- Roncos
- Estertores Crepitantes
- Sibilos
 Avaliação motora, muscular e articular
• Força muscular respiratória
 Mobilidade e Funcionalidade
• Escalas
Avaliação Neurológica – não sedado
Avaliação Neurológica – sedado
Avaliação Neurológica – Pupilas
Avaliação Neurológica/ Motora
Tônus = Ashworth
Avaliação Neurológica/ Motora
Tônus = Ashworth Modificada
Avaliação Motora – força muscular
Avaliação Motora – força muscular
Avaliação Motora
força muscular respiratória

Manuvacometria
Avaliação Mobilidade e Funcionalidade
Avaliação Fisioterapêutica em UTI
História Clínica
 Exames complementares:
• Laboratoriais
• Raio X
• Gasometria arterial
• Tomografia computadorizada e/ou Ressonância magnética
INTRODUÇÃO AO INTENSIVISMO:

AVALIAÇÃO

VIA AÉREA ARTIFICIAL

VENTILAÇÃO MECÂNICA

DESMAME

EXTUBAÇÃO/ DECANULAÇÃO
Via Aérea Artificial

• Toda forma de fazer com que o ar entre nos pulmões, usando


meios artificiais.
• Seja para manutenção das vias aéreas abertas, seja para
manutenção do trabalho respiratório.
Quais são as vias aéreas artificiais??
Tubo Orotraqueal - TOT

A intubação orotraqueal é feita quando é necessário controlar completamente a

via aérea.

• Ficar sob anestesia geral para cirurgia

• Tratamento intensivo em pctes em estado grave

• Parada cardiorrespiratória

• Obstrução da via aérea, como edema de glote


Indicações
Cuidados

• Toda a equipe que gerencia os pacientes na UTI deve ser treinada para reconhecer e

gerenciar o deslocamento ou bloqueio das vias aéreas.

• Sinalização de cabeceira destacando estomas de traqueostomia ou laringectomia.

Sinalização que identifica a dificuldade das vias aéreas.

• A profundidade da inserção do tubo traqueal deve ser documentada no gráfico de

cabeceira e verificada a cada turno.

• A pressão do manguito deve ser mantida a 20–30 cm H 2 O.

• O edema das vias aéreas pode ser reduzido mantendo o posicionamento da cabeça para

cima a 35 °.
Complicações
Cricotireoidostomia

• A cricotireotomia é um procedimento emergencial, rápido e

seguro, que consiste no acesso cirúrgico das vias aéreas através

da membrana cricotireoidea;

• Realizado com sucesso em ambientes pré e intra-hospitalares por

profissionais treinados;

• Tem sido amplamente preconizada como a via aérea cirúrgica

inicial diante da situação “impossível intubar, impossível


Indicações
• A técnica é utilizada de acordo com a idade do paciente, com a
necessidade, urgência, emergência ou eletiva, pelo diagnóstico da doença ou
situação basal;

• Obstrução da via aérea proximal à subglote;

• Insuficiência respiratória;
• Acesso para higiene traqueo-bronquica em pacientes incapazes
de expulsar secreções abundantes;

• Broncoscopia.
• Tal prática não deve ser utilizada eletivamente para acesso prolongado das
vias aéreas, devendo ser convertida para traqueostomia formal dentro de 24 a
72 horas.
Traqueostomia - TQT
Indicações da Traqueostomia
Complicações

As complicações relacionadas com o acesso da cricotireotomia incluem:

Imediatas: Tardias:
• hemorragia; • estenose traqueal ou subglótica;
• enfisema subcutâneo ou de mediastino; • aspiração;
• pneumotórax, • fístula traqueo-esofágica;

• perfuração de traquéia, • mudança na voz;

• mediastino ou esôfago; • infecção;

• lesão de corda vocal; • sangramento;

• aspiração do conteúdo gástrico; • traqueomalacia.

• rotura de laringe;
• hipercarbia.
Benefícios da Traqueostomia
Recomendações
Cânula TQT plástica e metálica

• As cânulas mais usadas em nosso meio são as metálicas e plásticas.

• As cânulas variam em relação ao seu diâmetro interno, ângulo de curvatura,

mecanismos de fechamento, número de cuffs, fenestrações, entre outros. As

cânulas contêm um mandril em seu interior, que é um pouco mais longo que a

cânula e de ponta romba, servindo como um condutor no momento da

introdução na traquéia.

• As cânulas metálicas são constituídas de uma cânula externa e uma interna,

esta última podendo ser retirada e lavada, sendo um importante fator de

higiene local.
Cânula TQT plástica e metálica

CÂNULA METÁLICA CÂNULA PLÁSTICA


Cuff (Balonete)

• Tem a função de selar a via aérea;


• Durante a VM, a sua pressão deve ser baixa o suficiente para
permitir a perfusão da mucosa e alta o suficiente para prevenir o
vazamento de ar e impedir a aspiração das secreções;
• A pressão do balonete do tubo traqueal deve ser monitorada
diariamente e deve ser mantida entre 20 e 34cmH2O (15 e
25mmHg).
• Pressão contínua na parede traqueal acima da pressão de
perfusão capilar (25 a 35 mmHg) pode comprometer o fluxo
sangüíneo na mucosa;
VIA AÉREA ARTIFICIAL
INTRODUÇÃO AO INTENSIVISMO:

AVALIAÇÃO

VIA AÉREA ARTIFICIAL

VENTILAÇÃO MECÂNICA

DESMAME

EXTUBAÇÃO/ DECANULAÇÃO
Princípios da Ventilação
Mecânica
Princípios de Funcionamento
VENTILAÇÃO MECÂNICA

- Uso de uma máquina que substitui a atividade


ventilatória do paciente, para proporcionar ventilação
para que ocorra a troca gasosa pulmonar, indispensável
para a manutenção da vida .
- Esta assistência pode invasiva (após IOT ou TQT) ou não
invasiva (máscaras).
Objetivos da Ventilação Mecânica

Alivio total ou parcial do trabalho respiratório

através da reversão da hipoxemia, fadiga muscular,

acidose respiratória, redução do consumo de oxigênio,

desconforto respiratório e permissão de terapêuticas

específicas (hiperventilação)
Ventilação Mecânica
Indicações:
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Indicações:
- Insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada
- Melhora das trocas gasosas e ↓ o trabalho respiratório
- VNI utiliza pressão inspiratória (IPAP e ou PSV) e uma pressão
positiva expiratória para manter as vias aéreas e os alvéolos
abertos para melhorar a oxigenação (EPAP e ou PEEP). No
modo CPAP há somente uma pressão expiratória final contínua
nas vias aéreas.
EQUAÇÃO DO MOVIMENTO
Pwa = Componente elástico + Componente resistivo
• Componente Resistivo:
 Passagem de ar pelas vias aéreas
 Forças friccionais
• Componente elástico:
 Tensão Superficial
 Complacência de caixa torácica
 Fibras de colágeno e elastina
 Pressão Abdominal
VENTILAÇÃO MECÂNICA

Os parâmetros que podemos regular no ventilador são:

• Pressão • Fluxo
• Volume (VAC) • Sensibilidade
• PEEP • Tempo inspiratório
• FR
• FiO2
VENTILAÇÃO MECÂNICA
VAC: volume de ar corrente. É a quantidade de ar insuflado em cada
inspiração = 6 à 8ml/kg do peso predito (TABELA).
PEEP (pressão expiratória positiva final): Pressão residual mantida
depois da expiração. Valor fisiológico = 5cmH2O.
FR: É o numero de insuflações por minuto. De 10 a 18 rpm
FiO2: Fração inspirada de oxigênio. De 21 a 100%, ou de 0,21 a 1,0
para satO2 > 95%.
Tempo Inspiratório: Tempo da inspiração: de 0,8 a 1,2s, manter I:E
em 1:2 a 1:3.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Pressão de pico: Pressão máxima atingida durante a fase inspiratória.
Parâmetro de alerta. Tolerância até 40 cmH2O. (Relação com
complacência e resistência)
Pressão de platô: ao final da inspiração, quando o volume corrente
predeterminado é atingido, a válvula de fluxo do ventilador fecha-se e o
fluxo cai a zero. Recomenda -se manter P PLAT abaixo de 35cmH 2O
Complacência: grau de distensão dos pulmões
Elastância: XXXXX
Resistência: As propriedades resistivas referem-se ao conjunto de fatores
que dificultam a passagem do ar pelas vias aéreas (VA).
VENTILAÇÃO MECÂNICA BÁSICA
- SENSIBILIDADE: fluxo ou pressão
- Alarmes: Pressão de pico = 40 cm H2O para evitar barotrauma
- Back-Up de Apnéia
- Obs:
• Observar as curvas de VC, Pressão e Fluxo
• Oximetria: contínua
• Utilizar aquecedores e umidificadores passivos em pacientes sob VM.

Em pacientes com idade avançada, uso prolongado de modos controlados,


desnutridos, sob uso de corticóides, BNM dar especial atenção à avaliação da
função da musculatura respiratória;
Ciclo Respiratório

Pode ser dividido em quatro fases:

1. Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória: disparo


2. Fase inspiratória: ocorre a insuflação dos pulmões
vencendo as propriedades elásticas e resistivas do sistema
respiratório.
3. Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória:
ciclagem
4. Fase expiratória: esvaziamento dos pulmões que ocorre de
forma passiva.
Ciclo Respiratório
Classificação dos Modos Ventilatórios

 Variável de controle:

 Controlada

 Assistida

 Espontânea
Classificação dos Modos Ventilatórios

 Ventilação controlada

 Disparo pelo ventilador


Classificação dos Modos Ventilatórios

 Ventilação assistida

 Disparo combinado
Classificação dos Modos Ventilatórios

 Ventilação espontânea:

 Disparo pelo paciente

 Não assistida pelo ventilador


Volume Controlado
Volume Controlado

Programação do aparelho
 Volume corrente
 Fluxo
 Tempo inspiratório
 FR
 PEEP
 FIO2
 Pausa inspiratória
 Pressão inspiratória
Pressão Controlada

Programação do aparelho
 Pressão inspiratória
 Tempo inspiratório
 Fluxo ????
 FR
 PEEP
 FIO2
 Pausa inspiratória ????
Pressão de Suporte

Programação do aparelho
 Pressão inspiratória
 PEEP
 FIO2
 Fluxo ????
 Tempo inspiratório ???
 FR ???
Pressão Positiva Contínua nas Vias
Aéreas (CPAP)

Os ciclos respiratórios ocorrerão de forma espontânea sob


uma pressão positiva contínua tanto na inspiração quanto
na expiração.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA

É uma técnica de
ventilação artificial na
qual não é empregado
qualquer tipo de prótese
traqueal, adaptando-se
uma máscara nasal ou
facial.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA

Objetivos:
• Manutenção das trocas gasosas pulmonares
• Manutenção dos volumes pulmonares
• ↓ do trabalho respiratório
• ↓ da dispnéia
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA
Indicações:
• DPOC agudizada
• Desmame da VM
• Edema pulmonar cardiogênico
• Lesão pulmonar aguda
• Hipoxemia
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA

1. VNI na exacerbação da Asma: pode ser utilizada em conjunto com terapia


medicamentosa para melhorar à obstrução ao fluxo aéreo e diminuir esforço
respiratório

2. VNI na exacerbação aguda do DPOC

3. Edema agudo cardiogênico: Deve-se usar BIPAP ou CPAP visando diminuir a


necessidade de intubação endotraqueal e redução na mortalidade

4. VNI na SARA: VNI ppe nos casos de SARA Leve, de 30’ a 2 h. Na SARA Grave
evitar utilizar VNI, ppe em pacientes com PaO2/FIO2 < 140.

5. VNI na PAC grave: com IRpA hipoxêmica, ppe nos DPOC de 30’ a 2 horas
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA

6. PO: tratamento da IRpA no POI de cirurgia abdominal e torácica


eletivas com cautela.

7. Pós-extubação:

• Facilitadora: visando encurtar a duração da ventilação invasiva


• Profilática: imediatamente após a extubação evitando RETOT
• Curativa: após novo quadro de IRpA = EVITAR
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA

• O uso de VNI deve ser monitorado de 30 min à 2 h.

• Sucesso = ↓ da FR, ↑ do VAC, melhora do nível de

consciência, ↓ uso de musculatura acessória, ↑ PaO2

e/ou da SpO2 e ↓ da PaCO2

• Insucesso = IOT e VMI


VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA

• VNI em pacientes com rebaixamento de nível de consciência

por hipercapnia em DPOC.

• A melhora da consciência deve ser dentro de 1 a 2 h

• Os pacientes que deterioram ou não melhoram devem ser

intubados pelo risco de perda de proteção da Via Aérea

Inferior e Parada Respiratória.


VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA
Interfaces
Escolher uma interface que melhor se adapte à face do paciente
• Máscaras Nasais: IRpA leve, pacientes com claustrofobia
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA
• Máscaras oro-nasais (faciais): IRpA Leve e Moderada, cuidar
ulcera pele e distensão gástrica. Intercalar interface.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
NÃO INVASIVA
• Máscara Facial Total: IRpA hipoxêmica grave. Grande espaço
morto limitando sua aplicação em pacientes com distúrbio de
ventilação.
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA

VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA


DESMAME
O termo desmame refere-se ao processo de transição
da ventilação artificial para a espontânea nos
pacientes que permanecem em ventilação
mecânica invasiva por tempo superior a 24h.

Extubação é a retirada da via aérea artificial. No caso de


pacientes traqueostomizados, utiliza-se o termo decanulação.
Cálculo de Tobin...

FR/VC

respiração rápida e superficial (IRS


índice Tobin) ou estabelece
de relação
e
Sucesso de desmame: é o paciente que tem
sucesso no TRE, ainda conectado ao
ventilador.

Sucesso de Extubação: Paciente extubado após passar no TRE e não é


reintubado nas próximas 48 horas.
No caso dos traqueostomizados: sucesso na extubação quando
paciente tolerou desconexão do ventilador e não precisou voltar a ser
reconectado ao ventilador nas próximas 48 horas.
Falha no desmame

Pacientes que falham


TRE, devem repetir o
teste após 24h de falha.
Falha na extubação

Recomendação: RETOT
identificar e tratar as causas da falência e assim que
possível reiniciar o processo de DESMAME.
CONSIDERAR VNI.
Utilização da VNI no desmame
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG
Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
Profa. Danusa Rossi

Caxias do Sul, novembro de 2021.


EMERGÊNCIA GERIÁTRICA
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

Principais causas de emergência geriátrica:


Trauma
Doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca)
Doenças cerebrovasculares (AVEi)
Doenças respiratórias (asma e DPOC)
Doenças infecciosas (infecções respiratória e urinária)
Delirium
Reações adversas a fármacos
Distúrbios hidroeletrolíticos (principalmente do sódio)
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

LEMBRANDO = CARACTERISTICAS DO IDOSO:


↑Probabilidade hospitalização por complicações
↑morbimortalidade devido à presença de + comorbidades
↓ Reserva fisiológica = implicando em menor reserva cardiopulmonar
↓ da função renal
Dificuldades na regulação hidreletrolítica
Resposta endócrino-metabólica inadequada
Polifarmácia
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

TRAUMA: acidentes de trânsito, queimaduras, quedas.


:: Atentar ocorrência de fratura
A fragilidade tissular pode fazer com que o trauma, tenha
múltiplas lesões. Toda situação de trauma no idoso deve ser
avaliada como um possível politrauma.
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA
EMERGÊNCIA
GERIÁTRICA
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

 Crise Hipertensiva
↑ rápida da PA, intensa e sintomática que pode cursar com ou
sem risco de deterioração de órgãos-alvo = risco de vida.
Atentar para crises em pacientes hipertensos, em tratamento,
não controlados, com ↑ da PA e oligo ou assintomáticos: caráter
transitório por evento emocional ou doloroso.
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES
 Síndrome coronariana aguda

60% dos pacientes admitidos no hospital por IAM são > 65


anos.
Dor e desconforto torácico são os sintomas mais comuns.
Outros: edema pulmonar, síncope, AVE e confusão mental.
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES
 Insuficiência cardíaca

↑ incidência e prevalência em idoso > 65 anos


+ frequente em homens
Descompensação mais comum em mulheres (mais longevas)
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
 Insuficiência respiratória aguda (IRpA)

Disfunção súbita em qualquer região do sistema fisiológico


responsável pela hematose.
Principal sintoma: Dispneia. Cianose, taquipneia ou
hipoventilação, parada respiratória.
Excluir a possibilidade de angina e dor neuromuscular.
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
 Pneumonias

> Incidência nos períodos de gripe.


+ Internações por PAC
Idosos com PAC tem 4X mais internações do que adultos
jovens.
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS NEUROLÓGICAS
 AVE

> Incidência com > idade


Importante causa de incapacidade e morte no Brasil
80% são de origem isquêmica cujos mecanismos
fisiopatológicos são: trombose de grandes e pequenas artérias
ou embolia de origem cardíaca
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS NEUROLÓGICAS
 Síncope
Maioria: ↓ temporária e súbita da PA que ↓ temporariamente o FSC
Recuperação rápida e o estado de confusão não é prolongado.
Convulsão é um importante diagnóstico diferencial
Convulsão: incontinência urinária, perda prolongada de
consciência com retorno gradual, movimentos repetitivos, diplopia
e cefaléia.
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS NEUROLÓGICAS
 Delirium

É o transtorno psiquiátrico + comum em idosos hospitalizados.


Síndrome de início súbito, curso flutuante
comprometimento das funções cognitivas, alteração do ciclo de
sono-vigília e da atenção
Depressão, demência e psicose: diagnósticos diferenciais.
EMERGÊNCIA GERIÁTRICA

DOENÇAS NEUROLÓGICAS
 Delirium

Pode ser sinal de IAM, PNM, sepse ou distúrbios


hidreletrolíticos em idosos hospitalizados.
Pode causar morte
+ cedo tratamento = melhor o prognóstico.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR NA
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
Parada Cardiorespiratória

Definição
Ausência de atividade mecânica cardíaca, que é
confirmada por ausência de pulso detectável, de
responsividade e apneia ou respiração agônica,
ofegante. O termo “parada cardíaca” é mais comumente
utilizado quando se refere a um paciente que não está
respirando e não tem pulso palpável.
Atendimento à PCR

RCP compreende uma sequência de manobras e procedimentos


destinados a manter a circulação cerebral e cardíaca, e garantir a
sobrevida do paciente.
Vigilância e prevenção

• Caso a PCR ocorra, é preciso uma interação harmoniosa das equipes


e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de
profissionais, que inclua médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e
técnicos de enfermagem.

• A nova diretriz preconiza o acionamento imediato na iminência de


pacientes com deterioração clínica aguda.

• Equipes treinadas na complexa coreografia da ressuscitação pode


diminuir a ocorrência de uma PCIH e caso ocorra, aumenta a chance
de um melhor desfecho no atendimento da PCR.
Prioridades de investigação
para antecipar um colapso

1) Rebaixamento sensório e alterações neurológicas agudas.


2) Alterações importantes dos sinais vitais:

• FR > 30 ou < 8 ipm ou uso de musculatura acessória

• SatO2 < 90%

• FC > 100 ou < 50 bpm

• PAS < 90 mmHg

• TEC > 3 segundos


Prioridades de investigação
para antecipar um colapso

3) Pacientes com achados potencialmente emergenciais:

• Precordialgia ou dor torácica

• Febre com suspeita de neutropenia

• Suspeita de obstrução de via aérea

• Intoxicações agudas

• Hematêmese, enterorragia ou hemoptise

• Dor intensa
Parada Cardíaca por IRpA

 Progressão da hipoxia e hipercapnia > parada respiratória >


bradicardia > assistolia.
Reconhecimento e acionamento imediato do serviço
médico de emergência

O profissional de saúde deve reconhecer a PCR:


• Avaliar a responsividade: Chamar o paciente pelo nome!
• Avaliar a respiração e o pulso simultaneamente por 10s
• Em caso de detecção de ausência de responsividade, respiração
(ou gasping) e pulso, solicitar a outro profissional, de forma clara
e objetiva, que:
• Acione a equipe médica
• Traga o carrinho de emergência
• Traga o desfibrilador/DEA.
RCP imediata de qualidade

• Iniciar as compressões torácicas e ventilação nos adultos com PCR


• Com as mãos na metade inferior do esterno sem flexionar cotovelos
• 100 a 120 compressões/ minuto
• Profundidade: entre 5 cm e 6 cm
• Permitir retorno total do tórax após cada compressão
• Não interromper as compressões por mais de 10 segundos
• Colocar a prancha rígida embaixo do tórax do paciente, assim que
disponível.
Posicionamento correto para compressões torácicas
Relação Ventilação-Compressão adequada

Sem via aérea avançada

• Abertura de vias aéreas;


• 30:2 (30 compressões e 2 ventilações )

Com via aérea avançada (TOT ou


TQT)

• Compressões contínuas 100 a 120/min


• 1 ventilação a cada 6 segundos (10 rpm)
Relação Ventilação-Compressão adequada
Ritmos cardíacos
Ausência de onde P, intervalo irregular e FC > 100 bpm
Modalidades de PCR

• Assistolia

• FV: fibrilação ventricular

• TV: taquiarritmia ventricular

• AESP: atividade elétrica sem pulso


Assistolia

Representa a total ausência da atividade elétrica ventricular


Todas as ondas estão ausentes.
Distúrbio do sistema de condução do impulso elétrico, indução
anestésica (descarga parassimpática generalizada) e hipóxia
TRATAMENTO: Epinefrina, Atropina

Assistolia
FIBILAÇÃO VENTRICULAR

Definição:

Contração incoordenada do miocárdio pela atividade caótica de ≠ grupos

de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência do coração em manter

DC adequado

FC de 150 a 500

PCR!!!!

Ondas repetitivas, rápidas e caóticas, onde P, Q, R, S e T estão ausentes.

Tratamento: desfibrilação
TAQUIARRITMIA VENTRICULAR

DEFINIÇÃO:
• 3 ou + batimentos sucessivos de origem ventricular com alta frequência

• Os complexos QRS alargados

• FC entre 100 e 250 bpm

• RITMO normalmente regular

• Geralmente 2a insuficiência coronariana ou a Dç de Chagas,

miocardiopatia não-isquêmica, distúrbio metabólico, intoxicação por

medicamentos, Sd intervalo QT longo, prolapso valvular mitral


• Desfibrilação !!!
ATIVIDADE ELETRICA SEM PULSO

É uma situação clínica onde existe atividade elétrica no


monitor cardíaco, mas o paciente não reage, não respira e não se
consegue sentir pulso carotídeo

AESP
Desfibrilação: Ritmos chocáveis

85% das PCR!


Desfibrilações – Cardioversões
Desfibrilações – Cardioversões
Desfibrilações – Cardioversões
Desfibrilação rápida
Desfibrilação rápida
Desfibrilação rápida
Desfibrilação

Desfibrilador externo
automático

Desfibrilador manual
Cuidados na cardioversão e desfibrilação

• Usar gel nas pás de choque


• Posicionar as pás, exercendo pressão sobre elas
• Observar medidas de segurança: todos devem se afastar
• Manter manobras de RCP até a chegada do desfibrilador
• Manter ias aéreas pérvias
• Monitorar sinais vitais
Suporte avançado de vida

 São avaliações e procedimentos mais complexos realizados


após a execução do suporte básico de vida.

 Obedeça a sequência do ABCD para avaliações e procedimentos


conforme o suporte avançado de vida.

 A: vias aéreas

 B: Boa ventilação

 C: Circulação

 D: Diagx diferencial
A – VIAS AÉREAS
IOT

Indicações:

• Nível de consciência rebaixado

• Falência cárdio-circulatória concomitante: choque circulatório, sinais


de isquemia miocárdica, arritmias graves

• Paciente com grande trabalho respiratório, com taquipnéia


persistente e utilização da musculatura acessória da respiração, para
manter valores limítrofes na gasometria arterial.
Intubação orotraqueal - Material:
B – BOA VENTILAÇÃO
PROCEDIMENTOS
AVALIAÇÃO

Ventilação Administre oxigênio quando indicado:


- O2 a 100% em paciente com PCR

- Administrar O2 para alcance de SatO2 ≥ 94% para os demais pacientes

Monitore a adequação da ventilação e oxigenação no paciente em PCR


- Critérios clínicos: elevação do tórax e cianose
- Capnografia
- Oxímetro de pulso

Evitar ventilação excessiva


VENTILAÇÃO ASSISTIDA COM AMBU

Um profissional Dois profissionais Via aérea avançada


C – CIRCULAÇÃO
D – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Causas da parada cardiorrespiratória

o HIPOXIA o TOXICIDADE

o HIPOVOLEMIA o TROMBOEMBOLISMO CORONARIANO


o HIPO/HIPERCALEMIA
o TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
o H+ IONS – ACIDOSE
o TENSÃO NO TORAX
o HIPOTERMIA
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG
Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
danusa.rossi@fsg.edu.br

Caxias do Sul, novembro de 2021.

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