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Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG

Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
Profa. Danusa Rossi

Caxias do Sul, outubro de 2021.


IRpA
AEROSSOLTERAPIA
CX CARDIACA
REAB CARDÍACA
CX TORÁCICAS E ABDOMINAIS
ESPIROMETRIA
TESTES FUNCIONAIS
GRAVAÇÕES

NÃO ESTÃO AUTORIZADAS!!!


Insuficiência Respiratória Aguda

Respiração é a troca gasosa entre o organismo e o

meio ambiente, para transferir o O2 da atmosfera para

o sangue e remover o CO2 do sangue.

Clinicamente a IRpA é definida como:

PaO2 <60 mmHg em AA ou PaCO2 >50 mmHg


Insuficiência Respiratória Aguda

• Incapacidade de manter a oxigenação e a ventilação de forma


adequada
• Insuficiência da oxigenação tissular e/ou falência da homeostase
do CO2.
• Problemas entre demanda e capacidade
Insuficiência Respiratória Aguda
• Aumento da VM
- Dor
- Ansiedade
- Sepse
- Aumento do espaço morto
• Aumento da carga elástica
- Baixa complacência pulmonar Demanda = Carga
- Hiperinsuflação pulmonar
- PEEPi
• Aumento da carga resistiva
- Broncoespasmo
- Secreção em VAS
- Obstrução de VA alta
Insuficiência Respiratória Aguda
• Depressão do drive ventilatório
- Sedativos
- Alcalose metabólica
- Lesão cerebral
• Transtornos musculares
- Desnutrição
- Distúrbio eletrolítico
Capacidade = Reserva
- Doenças neuromuscular
- Disfunção diafragmática
• Anormalidades torácicas
- Toráx instável
- Dor pós toracotomia
- Deformidades torácicas
Insuficiência Respiratória Aguda
Causas
Insuficiência Respiratória Aguda

Manifestações clínicas
• Face de angústia
• Batimento de asa de nariz
• Tiragem de fúrcula
• Uso de musc acessória da Resp
• Tiragens intercostais
• Tiragens subdiafragmática
• Taquipnéia
• Sudorese
• Cianose
• Respiração paradoxal
• Outros
Insuficiência Respiratória Aguda
Tipos:
• Tipo I – Hipoxêmica

• Tipo II – Hipercápnica

• Outra – Mista

Gradiente alvéolo-
Tipo Oxigenação Ventilação
arterial

Tipo I Hipoxêmica Co2 normal ou ↓ Aumentado

Normoxêmica ou
Tipo II Co2 ↑ Normal
Hipoxêmica

Mista Hipoxêmica Co2 levado Aumentado


Insuficiência Respiratória Aguda
Mecanismos de hipoxemia

1. Difusão

2. Distúrbio V/Q

3. Hipoventilação

4. Shunt
Insuficiência Respiratória Aguda

1. Difusão
Lei de Fick: A velocidade de troca dos gases depende da diferença de pressão
entre os lados, além de ser proporcional ao tamanho de sua área e
inversamente proporcional a sua espessura
Insuficiência Respiratória Aguda

2. Distúrbio V/Q
Insuficiência Respiratória Aguda
3. Hipoventilação
• Lei de Bohr: CO+ Hb dá menos espaço para a ligação de O2, portanto o
O2 fica disponível para os tecidos

• Lei de Haldane: Liberação de CO2 pela Hb e mais espaço para ligação de


O2 na Hb
Insuficiência Respiratória Aguda
4. Shunt (desvio)
• Refratário a uso de oxigênio a 100%

- Sangue venoso que passa por áreas não ventiladas


Insuficiência Respiratória Aguda

• EAP cardiogênico
- Extravasamento de plasma para o terceiro espaço pelo
aumento da pressão do capilar pulmonar;

- Presença de líquido na barreira hemato-gasosa;

- Preenchimento alveolar por plasma e sangue;

- Depleção de surfactante com colabamento alveolar;

- Presença de áreas não ventiladas e perfundidas;


Insuficiência Respiratória Aguda
FISIOPATOLOGIA

↑ Pressão venosa pulmonar

Engurgitamento da vasculatura pulmonar (Congestão)

↑ no extravasamento de líquido e colóides dos v. capilares p/ o interstício

↑ Fluxo linfático

Quantidade de líquido extravasado > que a capacidade da drenagem linfática


Insuficiência Respiratória Aguda
FISIOPATOLOGIA

↑ líquido no interstício

Líquido no espaço extracelular

EDEMA INTERSTICIAL

EDEMA ALVEOLAR
Insuficiência Respiratória Aguda
Edema agudo cardiogênico
Insuficiência Respiratória Aguda
Edema agudo cardiogênico
Insuficiência Respiratória Aguda
Características da IRpA no EAP cardiogênico
• Hiperventilação

- Hiperestimulação do receptores J

- Hipoxêmia

- Aumento do WOB

• Paciente se apresenta com PaCO2 baixa ou normal.

• Se a PaCO2 subir > 50 o paciente está em fadiga muscular (Pensar


em IOT sem VNI)

• Gradiente alvéolo-arterial aumentado


Insuficiência Respiratória Aguda
DPOC
• Descompensação por alguma infecção

- Aumento da Fr;

- Aumento da RAW;

- PEEPi (Deslocamento do PIP);

- PEEPi (Tempo Expiratório reduzido);

- Hiperinsuflação pulmonar;

- Diminição da CEST;

- Aumento do trabalho diafragmático;

- Fadiga;

- Aumento da PaCO2.
Insuficiência Respiratória Aguda
DPOC
• O aumento da PaCO2 ocorre:
- Por diminuição da ventilação minuto
- PEEPi

• E o paciente apresenta então


- Hipercapnia (Acidose respiratória)
- Hipoxêmia por Hipoventilação

• O gradiente alvéolo-arterial estará normal


Insuficiência Respiratória Aguda
Pneumonia
• Foco pulmonar

- Leva a preenchimento alveolar

- Perda de área de troca gasosa

- Áreas não ventiladas e perfundidas

- Hipoxêmia arterial

- Ventilação normal ou aumentada

- PaCO2 baixa ou normal

- Gradiente alvéolo-arterial aumentado


Aerossolterapia

Aerossol
Partículas que permanecem suspensas no ar, por um tempo
relativamente longo devido sua lenta deposição por conta da
gravidade.
Aerossolterapia
Administração de substâncias por via inalatória, com fins
terapêuticos, diretamente nas vias aéreas.
Aerossolterapia
Aerossolterapia
Características dos Aerossóis
 Fatores que interferem na deposição
• Tamanho das partículas
• Morfologia das vias aéreas
• Fluxo, frequência e padrão respiratório
 Dispositivos de administração
• Nebulizadores a jato
• Nebulizadores ultrassônicos
• Aerossóis dosimetrados
• Espaçadores e aerocâmaras
• Inaladores de pó seco
 Cuidados durante a administração
• Uso de filtros HME
• Assincronia paciente-ventilador
(PARENTE, 2013 )
Aerossolterapia
Características dos Aerossóis
 Fatores que interferem na deposição
• Tamanho das partículas
• Morfologia das vias aéreas
• Fluxo, frequência e padrão respiratório
 Dispositivos de administração
• Nebulizadores a jato
• Nebulizadores ultrassônicos
• Aerossóis dosimetrados
• Espaçadores e aerocâmaras
• Inaladores de pó seco
 Cuidados durante a administração
• Uso de filtros HME
• Assincronia paciente-ventilador
(PARENTE, 2013 )
Aerossolterapia
Características dos Aerossóis
 Fatores que interferem na deposição
• Tamanho das partículas
• Morfologia das vias aéreas
• Fluxo, frequência e padrão respiratório
 Dispositivos de administração
• Nebulizadores a jato
• Nebulizadores ultrassônicos
• Aerossóis dosimetrados
• Espaçadores / aerocâmaras
• Inaladores de pó seco
 Cuidados durante a administração
• Uso de filtros HME
• Assincronia paciente-ventilador
(PARENTE, 2013 )
Aerossolterapia
1. Nebulizadores a jato:
• Utiliza fluxo de 6-8 L/min, em 5- 10’ para um volume total
• > perda de depuração
• Não requer cooperação do paciente.
Aerossolterapia
2. Nebulizadores ultrassônicos:
• Geram aerossóis por meio da vibração de cristais.
• O calor gerado pode desnaturar as proteínas presentes em algumas medicações
Aerossolterapia
3. Aerossól ou Nebulímetro dosimetrado:
• Dispositivos portáteis e compactos, cuja vantagem é dispensar o preparo da
medicação com uma redução significativa do tempo de administração do
tratamento
• Requer coordenação entre a atuação do inalador e a inspiração
Aerossolterapia
4. Espaçadores:
• Desenvolvido para evitar possíveis erros na administração do aerossol
dosimetrado em pacientes com dificuldades de coordenação entre a atuação do
inalador e a inspiração.
Aerossolterapia
5. Inaladores de pó seco
• Droga em pó, dentro de cápsulas, ou diretamente em dispositivos pequenos e
portáteis,
• Contém medidores de dose e dependem de inspiração rápida e intensa

Unidose Multidose
Aerossolterapia
Aerossolterapia
Características dos Aerossóis
 Fatores que interferem na deposição
• Tamanho das partículas
• Morfologia das vias aéreas
• Fluxo, frequência e padrão respiratório
 Dispositivos de administração
• Nebulizadores a jato
• Nebulizadores ultrassônicos
• Aerossóis dosimetrados
• Espaçadores / aerocâmaras
• Inaladores de pó seco
 Cuidados durante a administração
• Uso de filtros HME
• Assincronia paciente-ventilador
(PARENTE, 2013 )
Aerossolterapia
Aerossolterapia
Cirurgias Cardíacas

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA


• Tratamento Clínico: medicamentoso
• Hemodinâmico: ACTP
• Cirúrgico: CRM / Troca valvar

É um processo de obstrução da luz das artérias coronárias por


aterosclerose, que pode levar a uma obstrução do vaso e interrupção
total (necrose) ou parcial (isquemia) do fluxo sanguíneo ao músculo
do ventrículo esquerdo.
Cirurgias Cardíacas

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA


• Angina estável: Dor precordial aos esforços

• Angina instável: Dor intermitente mesmo em repouso

 Cirurgias/ procedimentos mais frequentes:


• Angioplastia coronária ou intervenção coronária percutânea
(ACTP)
• Revascularização do Miocárdio
• Troca valvar (aórtica e mitral)
Cirurgias Cardíacas
Procedimento ACTP
Tratamento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias por meio de

cateter para aumentar o fluxo de sangue para o coração.

• Eletiva:
- Elucidar o quadro clínico do paciente
- Pacientes com angina, cirurgia cardíaca prévia, problemas de
válvulas, cintilografia e teste ergométrico com isquemia
miocárdica, cardiopatias congênitas, ICC, etc
• Emergência:
- IAM
Cirurgias Cardíacas
Procedimento ACTP
 INDICAÇÕES PRINCIPAIS
• Lesões > 70% de estenose a angiografia
• Pacientes sintomáticos com isquemia documentada
• IAM ou SCA
 MARCADORES BIOQUIMICOS
• CK-MB: Aumenta de 3 - 6 h após início sintomas e normaliza em 48 -
72 h ;
• TROPONINA : Muito específico e sensível para necrose miocárdica
eleva-se em 4-6hs e permanece elevada até 15 dias.
Cirurgias Cardíacas
Procedimento ACTP
Cirurgias Cardíacas
Procedimento ACTP
Cirurgias Cardíacas
Procedimento ACTP
Desobstrução + implante de um stent:
1. Convencionais: cicatrização exacerbada que leva a restenose do vaso em
10 a 20% dos casos.
Cirurgias Cardíacas
Procedimento ACTP
2. Farmacológicos: constituídos do mesmo material metálico +
medicamento de liberação lenta no local de implante, reduzindo-se o
processo de cicatrização e evitando-se a restenose.
Cirurgias Cardíacas

 3 TIPOS DE CIRURGIA CARDÍACA:


• Reconstrutoras (CRM, plastia valvar)
• Corretiva (fechamento de canal arterial, de defeito de septo
atrial e ventricular)
• Substitutivas (trocas valvares e transplantes)
Cirurgias Cardíacas
Revascularização do Miocárdio

• Consiste no enxerto venoso ou arterial para desvio da

lesão da artéria coronária.

• É realizado com anestesia geral, através de esternotomia

• A recuperação do paciente é realizada na CTI


Cirurgias Cardíacas
Revascularização do Miocárdio

 Indicações:
• Angina instável
• Bloqueio que não pode ser tratado pela ACTP
• Lesão de tronco de coronária E
• Complicações ou insucessos na ACTP
• Lesão oclusiva de > 70% das artérias coronárias
Cirurgias Cardíacas
Circulação extracorpórea - CEC

Circulação Extracorpórea (CEC), em um sentido mais


amplo, compreende o conjunto de máquinas,
aparelhos, circuitos e técnicas mediante as quais se
substituem temporariamente as funções do coração e
dos pulmões, enquanto esses órgãos ficam excluídos
da circulação.
Vídeo cx cardíaca:
https://www.youtube.com/watch?v=EHXNA3uVn3k
Cirurgias Cardíacas
Revascularização do Miocárdio

 CIRCULAÇÃO EXTRA CORPÓREA


• Orifício na aorta ascendente: cânula para regressar o sangue da
bomba.
• Orifício em AD: cânula para succionar o sangre que chega no
coração e depois oxigená-lo.
• Baixar a temperatura do paciente
• Utilizar oxigenador e hemoconcentrados
• Filtrar o sangue
Cirurgias Cardíacas
Troca Valvar
 Indicado quando há a deterioração da função ventricular ou classe
funcional
• Mitral
• Tricúspide
• Aórtica
• Pulmonar
Reabilitação CardioVascular
Reabilitação CardioVascular
Reabilitação CardioVascular

OBJETIVOS:
Reabilitação CardioVascular

INDICAÇÕES:
• IC
• Revascularização percutânea
• Tx cardíaco
• Doença valvar
• DAC
Reabilitação CardioVascular

INTENSIDADE DO EXERCÍCIO FÍSICO PELA FC:

• Cálculo da % da FC máx obtida no TE ou estimada:

FCmáx= 220 - idade ou FCmáx= 208 - (0,7 x idade)

• Cálculo da % da FC de reserva (FCmáx - FCrep).

• 55% a 65% para cardiopatas

• 60% a 75% para sedentários

• 70% a 85% para indivíduos fisicamente ativos


Reabilitação CardioVascular

TREINO AERÓBICO:

• Melhora do controle autonômico cardiovascular

• Redução do tônus simpático e bradicardia de repouso

• ↓ DC ↓ PA ↑ Sensibilidade barorreflexa

• ↑ VO2máx

• ↑ FEVE e do metabolismo
Reabilitação CardioVascular
Reabilitação CardioVascular
Avaliação inicial
 Anamnese
• História pregressa
• Fatores de riscos
• Medicamentos
 Exame físico
• PA, FC, Spo2, Ausculta cardíaca e pulmonar
• Palpação de pulsos periféricos
• Coloração da pele
• Alterações musculoesqueléticas
• ADM e força muscular
Reabilitação CardioVascular

Iniciada imediatamente após o paciente estar


clinicamente estável.

 FASE 1 – HOSPITALAR
 FASE 2 – AMBULATORIAL
 FASE 3 – AMBULATORIAL
 FASE 4 – AMBULATORIAL
Reabilitação CardioVascular
 FASE 1 – HOSPITALAR

• IAM, CRM, intervenções coronárias percutâneas (ICP),


cirurgias valvares, cirurgias para cardiopatias congênitas e
transplante cardíaco (TxC), pctes com IC, DAC, DM, HAS,
pneumopatas e nefropatas crônicos.

• Objetivos:
- Evitar complicações respiratórias e tromboembólicas
- Alta hospitalar

• Exercícios físicos de baixa intensidade


Reabilitação CardioVascular
 FASE 1 – HOSPITALAR
Reabilitação CardioVascular
 FASE 1 – HOSPITALAR
Reabilitação CardioVascular
Reabilitação CardioVascular
Reabilitação CardioVascular

 FASE 2 – CENTRO DE REAB


• Começa após a alta hospitalar e dura ~ 3 meses, 3 a 5x sem.
• Aquecimento, alongamento, aeróbicos de MMSS e MMII com ciclo e
bicicleta ergométrica, resistidos leves graduais, ex. respiratórios
• Monitorizar FC e PA e BORG
• Interrupção do exercício:
 dor precordial
 angina
 dispneia
 tontura
Reabilitação CardioVascular
 FASE 3 – AMBULATORIAL/ CASA – SOB SUPERVISÃO
Reabilitação CardioVascular
• Exercícios de flexibilidade: início e final da sessão.
TREINAMENTO RESISTIDO:
• Teste de 1RM para cada exercício e reajuste da carga do
treino.
• De 8 a 10 repetições, cargas moderadas
• Intervalos de 30s a 1’
TREINO AERÓBICO:
• Pctes assintomáticos:
FC entre 70% a 90% da FCmáx do TE ou entre 50% a 80% da FCres
Reabilitação CardioVascular
 FASE 4 – DOMICILIAR/ SEM SUPERVISÃO
• Duração prolongada
• Manutenção tardia
Considerar:
• Frequência de treinamento: 40 a 60 minutos/dia; mínimo 3x/sem
• Intensi//
- FC de 70% a 90% da FCmáx do TE
- FC treino (FC reserva): 50% a 80% da FC res, Karvonen
- FC treino = FC repouso + (0,5 a 0,8) x (FCmáx – FC rep)

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CLÍNICO


Reabilitação CardioVascular
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CLÍNICO
• Pacientes de alto risco, com menor capacidade física e mais sintomáticos:

• Sessões supervisionadas por tempo indeterminado

• Pacientes de menor risco, com maior capacidade física e menos sintomáticos:

• Realizar, sem supervisão direta, exercícios mais intensos e diversificados

Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular – 2020:

http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2020/v11405/pdf/1140502

2.pdf
Reabilitação CardioVascular
Cirurgias / Procedimentos torácicos

 Pneumectomia: retirada de um pulmão.


Remove metade da capacidade respiratória do individuo.
Melhor opção quando um tumor, está localizado a meio do
pulmão ou envolva uma % significativa do brônquio, da artéria
ou das vv pulmonares
 Toracotomia Póstero ou ântero-lateral
• Câncer Pulmonar avançado
• Abcesso pulmonar crônico
• Bronquiectasia extensa
• Tuberculose unilateral extensa
Cirurgias / Procedimentos torácicos

 Lobectomia: retirada do lobo pulmonar


Patologia limita-se a uma área do pulmão.
É mais comum do que a retirada de um pulmão inteiro.
• Carcinoma broncogênico
• Enfisema
• Tumores
• Bronquiectasia
• Infecções fúngicas
• Incisão de toracotomia
• Depende do lobo a ser ressecado
• Drenos torácicos
Cirurgias / Procedimentos torácicos
 Segmentectomia: retirada de um segmento pulmonar
Para comprometimento do parênquima pulmonar de pequena extensão, que gera
uma perda funcional com prejuízo da função cardiorrespiratória.
• Bronquiectasia
• Ressecção em cunha
• Biópsia pulmonar dgx
• Excisão de pequenos nódulos periféricos
• Só o brônquio pulmonar é incisionado
• Drenagem pleural
• Broncoplastia
Cirurgias / Procedimentos torácicos
 Redução pulmonar - Toracoscopia videoscópica
• Excisão de bolhas gigantes = bulectomia
• Enfisema grave
• Toracoscopia videoscópica
• Procedimento endoscópico (biópsia)
Cirurgias / Procedimentos torácicos
Pós operatório
• Verificar posicionamento e fixação do TOT
• Otimizar VM e desmame
• Monitorizar oxigenação
• Padrão e FR, sato2, gasometria arterial
• Secreção
• Sinais de falência respiratória
• Sudorese, palidez, tiragem intercostal, cianose, ↓ consciência
• Expansibilidade torácica
• Verificar débito do dreno
Cirurgias / Procedimentos torácicos
Pós operatório
• Monitorar hemodinâmica: FC, PA, Pulso, Arritmas
• Alívio da dor: Opióide / depressão respiratória
• Toracotomia
• Dificuldade de respiração profunda e tosse forçada
• Movimentos limitados
• Cateter epidural ou IV
• Incentivo a deambulação
• Analgesia
• Tração do dreno
• Manter abaixo do nível da inserção
Cirurgias / Procedimentos torácicos
Pós operatório
 Complicações
• Angústia respiratória
• Monitorar oxigenação
• Fornecer O²
• Gasometria arterial
• IOT + VM, se falência respiratória
• Arritmias
• Efeito da hipóxia e dor
• antiarrítmicos, cardioversão elétrica
• ECG 12 derivações
• Observar PA, FC, Sat, FR, nível de consciência, temperatura
Cirurgias / Procedimentos torácicos
Pós operatório
 Complicações
• Infecções
• Pulmonar
• Urinária
• Corrente sanguínea
• Sítio cirúrgico
• Fístula broncopleural
• Hemorragia e choque: reintervenção no BC
Cirurgias Abdominais
 Principais causas
• Obstrução intestinal
• Doenças do trato biliar
• Colecistite
• Pancreatite
• Úlcera péptica
• Dç diverticular
• Apendicite
• AAA
• Isquemia mesentérica
Cirurgias Abdominais
Laparotomia exploratória
 Doença abdominal desconhecida/ oncologia
Cirurgias Abdominais
AAA - aneurismectomia
Indicado quando o aneurisma é > 7cm de diâmetro, sinais e
sintomas de rápida progressão.
Cirurgias Abdominais
AAA - aneurismectomia
CIRURGIAS ABDOMINAIS E CIRURGIAS TORÁCICAS:
Atentar complicações
• DP
• Atelectasia
• Hipoexpansão pulmonar
• Hipersecreção pulmonar
• Postura antálgica
• TVP
• DEMAIS EFEITOS DO IMOBILISMO!!
Principais Testes Cardiopneumofuncionais
• Diagnosticar e verificar a eficiência dos programas de exercícios físicos;
• Planejar e avaliar os programas de intervenção para idosos;
• Verificar a evolução da aptidão funcional em relação ao processo de
envelhecimento;
• Determinar a aptidão funcional que deve ser priorizada na elaboração
dos programas de intervenção
• Fornecer aos idosos parâmetros da sua evolução diante dos programas
de intervenção.
• Espirometria
• Teste de Caminhada de 6’ (TC6’)
• TUG
• Senta e levanta
Espirometria

Método que avalia a função pulmonar que mede o


volume de ar que o paciente pode expelir dos pulmões
após uma expiração máxima.

Padrão áureo para o dgx da DPOC.


Espirometria
 Por que realizar uma espirometria?

• Mede a obstrução aérea para dgx definitivo da DPOC

• Confirmar e avaliar gravidade da obstrução das vias aéreas na DPOC

• Detecta obstrução das vias aéreas nos fumantes c/ ou s/ sintomas

• Monitora a progressão da doença na DPOC

• Avalia resposta à terapêutica

• Avalia prognóstico (VEF1) na DPOC

• Avaliação pré-operatória
Espirometria

• Faz o dgx e avalia a gravidade entre uma variedade de outras


condições respiratórias

• Faz a distinção entre obstrução e restrição como causa de


dispneia

• Avalia trabalhadores em ambientes ocupacionais

• Avalia a aptidão para mergulhar


Espirometria
 Padrões de índices espirométricos

• VEF1 – Volume expiratório forçado no 1ºs: O volume de ar expirado no 1ºs do


sopro

• CVF - Capacidade vital forçada: O volume total de ar que pode ser


forçadamente expirado em uma respiração.

• Relação VEF1/CVF: A fração de ar expirado no 1ºs relativo ao volume total


expirado.

• CV - Capacidade vital: O volume de uma respiração total expirada pelo paciente


do modo mais conveniente para ele e não forçado. Geralmente é > que a CVF,
particularmente na DPOC.
Espirometria
 Padrões do espirograma
• Normal

• Obstrutivo

• Restritivo

• Misto: obstrutivo e restritivo

Valores Normais Previstos

• Idade

• Altura

• Sexo

• Origem Étnica
Espirometria
 Preparação

• Testes realizados com pacientes clinicamente estáveis

• Sem broncodilatadores de curta duração nas 6h anteriores

• Broncodilatador de longa duração nas 12h anteriores


Espirometria
Espirometria
Espirometria
 Espirometria NORMAL

• VEF1: % previsto > 80%

• CVF: % previsto > 80%

• VEF1/CVF: > 0,7

Traçado normal do VEF1 e CVF


Espirometria
 Espirometria OBSTRUTIVA - DPOC

• VEF1 = 1,8L

• CVF = 3,2L

• VEF1/CVF < 0,7

Traçado obstrutivo do VEF1 e CVF


Espirometria
 Doenças associadas com obstrução do fluxo aéreo

• DPOC

• Asma

• Bronquiectasia

• Fibrose cística

• Pós-tuberculose

• Câncer de pulmão (maior risco em DPOC)

• Bronquiolite obliterante
Espirometria
 Espirometria RESTRITIVA

• VEF1: % previsto < 80%

• CVF: % previsto < 80%

• VEF1/CVF: > 0,7

Traçado restritivo do VEF1 e CVF


Espirometria
 Doenças associadas com restrição do fluxo aéreo

• Doença pulmonar fibrosante • Deformidade da caixa torácica

• Pneumoconioses • Obesidade

• Edema pulmonar • Gravidez

• Tumores pulmonares parenquimatosos • Doenças neuromusculares

• Lobectomia ou pneumonectomia • Fibrotórax


Espirometria
 Espirometria MISTO

• VEF1: % previsto < 80%

• CVF: % previsto < 80%

• VEF1 / CVF : < 0,7

Traçado misto do VEF1 e CVF


Espirometria
Espirometria
Espirometria
Espirometria
Espirometria

 Espirometria - Possíveis Efeitos Colaterais

• Sensação de tontura

• Dor de cabeça

• Rosto vermelho

• Desmaio: retorno venoso ↓ ou ataque vasovagal (reflexo)

• Incontinência urinária transitória

Espirometria deve ser evitada após recente IAM ou AVC


Espirometria
 PRÁTICA = PREPARAÇÃO
• Explicar a finalidade do teste e demonstrar o procedimento
• Registrar a idade, altura e gênero do paciente no espirômetro
• Anote a hora da última dose de broncodilatador usada
• Posicionar o paciente sentado
• Deixe as roupas bem soltas
• Esvazie a bexiga antes do teste
Espirometria
 Realizando a Espirometria
• Usar clipe nasal
• Inspire até encher os pulmões totalmente
• Segure a respiração e coloque os lábios em torno de um bocal
limpo (lábios cerrados)
• Sopre o ar o mais rápido e com o maior esforço possível até
sentir os pulmões vazios
TC6 Teste de caminhada de 6 minutos
Indicação
• Avaliar os efeitos de intervenções Pré- e pós-tratamento
• Avaliar a capacidade funcional
• Medidas isoladas e seriadas
• Prognóstico em DPOC, HP, DPI
• DTC6= (511+ altura2 x 0,0066) - idade2 x 0,030) - IMC2 x 0,068)

Soares et al, 2011


https://doi.org/10.1590/s1806-37132011000500003
TC6 Teste de caminhada de 6 minutos
TUG- Timed up and go
Indicação
• Avalia mobilidade independente
• O examinador utiliza um cronômetro digital, e registra o tempo
em segundos gasto pelo paciente para se levantar de uma
cadeira com braços, percorrer 3 metros, dar meia volta e se
sentar novamente na cadeira.
• Paciente pode utilizar dispositivos
auxiliares de marcha se necessário
TUG- Timed up and go

 VALORES DE NORMALIDADE
• < 10s: totalmente independentes
• 10 a 19s: independentes p a maioria das atividades
• 20 a 29 s: falta de equilíbrio e baixa capacidade funcional com
risco de queda moderado.
• > 30s: totalmente dependentes para muitas AVD’s, alto risco de queda.

Bischoff et al, 2003


https://doi.org/10.1093/ageing/32.3.315
Teste senta e levanta
Indicação
• Avalia força dos MMII.
• Pcte senta com as costas retas, pés no chão e braços cruzados com o dedo médio
em direção ao acrômio.
• Ao sinal o pcte fica em pé e então retorna a posição sentada.
• Estimular a levantar e sentar o máximo de vezes possível em 30 s.
• Antes do teste, pcte realiza 1 ou 2x para aprender
• Pontuação: n º de flexões em 30s. Se ao final dos 30s os antebraços estiverem
meia flexão, conta-se como flexão total.
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG
Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
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Caxias do Sul, outubro de 2021.

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