Você está na página 1de 112

Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG

Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
Profa. Danusa Rossi

Caxias do Sul, outubro de 2021.


DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NO IDOSO
REAB. PULMONAR
SEPSE
OXIGENIOTERAPIA
CNAF
GRAVAÇÕES

NÃO ESTÃO AUTORIZADAS!!!


Doenças respiratórias no idoso

 Infecções respiratórias agudas


• Pneumonias virais e bacterianas
 DPOC
• Bronquite cônica e enfisema pulmonar
 Atelectasia
 Retenção de secreções
 Insuficiência respiratória
Doenças respiratórias no idoso

Mudanças na resposta imunológica


• Imunidade celular e humoral
• ↓ respostas a antígenos
• Alterações funcionais em linfócitos
• ↓ anticorpos
Doenças respiratórias no idoso

Mudanças na estrutura das vias aéreas


• Perda do suporte muscular faríngeo
• Perda dos reflexos da tosse
• ↓ volume capilar
• Perda da área de superfície alveolar
• Bronquiectasia: ↑ espaço morto anatômico
• Protólise de elastina e ↓ surfactante
Doenças respiratórias no idoso

Mudanças anatômicas e fisiológicas


• Função pulmonar prejudicada
• ↓ taxas de fluxo expiratório
• Tórax anormal: mudanças na massa muscular, coluna,
propriedades físicas do pulmão
• ↓ propriedades elásticas
Doenças respiratórias no idoso

Mudanças anatômicas e fisiológicas

Enrijecimento da parede torácica

Eficiência muscular respiratória

Diminuição da complacência

Aumento do trabalho respiratório


Doenças respiratórias no idoso

Mudanças anatômicas e fisiológicas


• Função pulmonar prejudicada
• ↓ taxas de fluxo expiratório
• Tórax anormal: mudanças na massa muscular, coluna,
propriedades físicas do pulmão
• ↓ propriedades elásticas
Doenças respiratórias no idoso

Mudanças anatômicas e fisiológicas


• Parênquima pulmonar ↓ elasticidade = + complacente
• Parede do tórax mais rígida
• Volume corrente ↓
• FR ↑
• Tórax em barril com diafragma retificado
Doenças respiratórias no idoso

Mudanças anatômicas e fisiológicas


 ↓ nas taxas de FEF
• Tosse menos efetiva
• Fechamento prematuro das vias aéreas
• VEF1 ↓
 Mudanças na resposta ventilatória
• ↓ Resposta à hipóxia e hipercapnia
Doenças respiratórias no idoso

Infecções
• ↑ morbidade e mortalidade
• Imunidade e virulência do patógeno
• Risco de infecção nosocomial é 1,5x > jovens
• ↑ ITU, bacteremia, PNM, infecção de feridas
• Presença de doenças crônicas subjacentes, demora no diagnóstico
por sintomas atípicos = atraso no tratamento = ↑ mortalidade e
morbidade
Pneumonia aspirativa

Processo infeccioso, que resulta da entrada anormal de


fluido, partículas ou secreção endógena nas vias aéreas
inferiores.
Geralmente associada a um nível deprimido de
consciência que permite a regurgitação de conteúdos
gástricos e inibe os reflexos das VAS de proteção e
prevenção da aspiração.
Pneumonia aspirativa
• Fatores de risco
Pneumonia aspirativa

• Quadro clínico:
• Presença de PNM (etiologia infecciosa, bacteriana) ou
pneumonite (etiologia química) + ↓sensório ou alteração da
deglutição. 
• Febre
• Tosse
• Dispneia leve a IRpA ou choque séptico
• DP
• Empiema
Pneumonia aspirativa

• Diagnóstico:
Risco presumido ou aspiração documentada associados a:
• Hipoxemia nova, febre, taquipneia ou leucocitose.
• Infiltrado pulmonar em regiões pulmonares gravidade-
dependentes, visualizados em exames radiológicos.
• Achados de imagem em segmento posterior de lobos superiores e
segmentos superiores de lobos inferiores (depende da posição em
que ocorreu a aspiração).
Pneumonia aspirativa

• Tratamento:
• ATB
• FISIOTERAPIA
- HB, RP, desmame de O2 ou VM, sair do leito

Videodeglutograma:
https://www.youtube.com/watch?v=CjLvG7rz684
DPOC

• ENFISEMA:
Aumento anormal e permanente dos espaços aéreos além dos
bronquíolos terminais, acompanhados pela destruição das paredes
dos espaços aéreos sem fibrose. Antigamente conhecido como
soprador rosado.

• BRONQUITE CRÔNICA:
Tosse produtiva por no mínimo 3 meses por durante pelo menos
dois anos consecutivos, maior produção de muco. Antigamente
conhecido como cianótico.
DPOC

• SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS


Tosse, produção de escarro, sibilos, dificuldade respiratória aos
esforços, dispneia e cianose.
• EXAME FÍSICO:
• Sibilos ou ↓ dos RA
• Hiperinsuflação = ↑ do diâmetro AP
• achatamento do diafragma.
• Quadro grave: uso dos mm acessórios, edema, sonolência,
alteração na relação V/Q.
DPOC

• TRATAMENTO
• Considerar as repercussões no pulmão, coração, músculos
periféricos, situação financeira, social, psicológica e QV.
1. Educação
2. Tratamento farmacológico
3. Reabilitação
4. Oxigenoterapia
5. Cirurgia
DPOC

• FISIOTERAPIA
• 1. Cessar tabagismo e necessidade de uma equipe
multidisciplinar.
• 2. orientar postura
• 3. recondicionar
• 4. técnicas de reexpansão
• 5. estágio avançado na ventilação não invasiva
• 6. em último caso: VMI para otimizar a expiração
• REABILITAÇÃO PULMONAR
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
• Contraturas articulares
• Atrofia e fraqueza muscular
• Osteoporose por imobilização
• Alteração das fibras elásticas maduras e alterações do
depósito de cálcio
• ↓ da elasticidade dos tecidos
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL
SISTEMA METABÓLICO
• Balanço negativo de nitrogênio
• Degradação e redução de proteína
• Balanço negativo de cálcio
• Osteopenia
• Balanço negativo de fósforo, enxofre, sódio e potássio
• Redução do componente aquoso
• Desidratação
• Aumento do componente adiposo
• Redução do conteúdo mineral ósseo
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL
SISTEMA NERVOSO
• Agitação Ansiedade Diminuição da tolerância a dor
• Irritabilidade, Hostilidade, Insônia
• Depressão
• Alteração de coordenação e equilíbrio
• Redução peso cérebro e Perda diária de neurônios
• Diminuição da liberação de neurotransmissores
• Diminuição dos receptores cutâneos (sensibilidade)
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL
SISTEMA CARDIOVASCULAR
• Degeneração com atrofia das fibras musculares
• ↑ do depósito de gordura
• Alteração da resposta simpática e parassimpática
• ↓ da função sistólica do VE
• ↓ do VO2 max
• ↓ do DC em esforço
• ↑ do pulso em repouso
• Redistribuição dos líquidos corporais
• ↓ do volume plasmático (efeitos tromboembólicos)
• Hipotensão postural
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

SISTEMA RESPIRATÓRIO
• ↓ da PaO2 e ↑ do PCO2 • Fraqueza dos mm respiratórios

• Modificação da configuração do • Tosse ineficaz

tórax • Dilatação dos bronquíolos, ductos e

• ↓ da elasticidade e atrofia dos sacos alveolares

músculos respiratórios • ↓ do VC/VM/CRF

• ↓ da expansão da caixa torácica • ↓ do movimento diafragmático e

• ↓ da complacência muscular excursão torácica

• Infecções • Respiração superficial


REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

SISTEMA RESPIRATÓRIO
• ↓ da PaO2 e ↑ do PCO2 • Fraqueza dos mm respiratórios

• Modificação da configuração do • Tosse ineficaz

tórax • Dilatação dos bronquíolos, ductos e

• ↓ da elasticidade e atrofia dos sacos alveolares

músculos respiratórios • ↓ do VC/VM/CRF

• ↓ da expansão da caixa torácica • ↓ do movimento diafragmático e

• ↓ da complacência muscular excursão torácica

• Infecções • Respiração superficial


REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Indicação:
• Comprometimentos crônicos ou agudos,
• Limitação da função respiratória,
• Cirurgia,
• Infecção respiratória,
• Neurológicos,
• Período prolongado de internação.
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Objetivos:
• Eliminação de secreção,
• Reexpansão / desinsuflação pulmonar
• Reeducação respiratória,
• Retorno à AVD’s
• Aumento da mobilidade torácica,
• Maior eficiência do ato respiratório,
• Funcionalidade global
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Atuação da fisioterapia
• Prevenção de exacerbações
• Curativa
• Educacional
• Conhecimento pulmonar
• Agentes etiológicos
• Avaliação→ objetivos e metas
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL
Duração do tratamento
• “Para que haja sucesso no tratamento é importante que o paciente
realize exercícios aeróbios, pelo menos 3x na semana, de 20 a 30
minutos”
American Heart Association (AHA)

• “A frequência utilizada deve ser 3 a 5 x semana, de 20 a 60 minutos


por sessão, dependendo da intensidade ”
College of Sports Medicine (ACSM)
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Avaliação
• Teste ergométrico
• Gasometria arterial
• Espirometria
• Teste da caminhada
• Teste da resistência (endurance)
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Treinamento pulmonar
• Treinamento intervalado
• Treinamento dos MMII
• Treinamento dos MMSS
• Alongamento
• Relaxamento
• Educação
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Higiene Brônquica
- Técnicas passivas:
• Vibração pulmonar e com aparelhos, tosse assistida
- Técnicas ativas:
• Huffing, DA, Flutter, CAR, Condicionamento físico
• ↑ o volume de ar inspirado
• Transportam e eliminam a secreção brônquica
• Facilitam a DA
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Pré-operatório
Inaloterapia Drenagem postural
Incentivadores SMI
Padrões ventilatórios CPAP e EPAP
Drenagem postural Vibração
Manobras de percussão Tosse
TEF
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS NO PÓS-OPERATÓRIO


• Atelectasias
• Pneumonias
• Paralisia / paresia do nervo frênico
• Edema pulmonar
• Derrame pleural
• Hipertensão pulmonar
REABILITAÇÃO PULMONAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL

Conduta fisioterapêutica: POi


- Admissão na UTI
- Parâmetros ventilatórios
- Desmame ventilatório
- Permeabilidade de via aérea
- MHB (aspiração)
- Reexpansão pulmonar
SEPSE

• A sepse é um conjunto de manifestações graves


em todo o organismo produzidas por uma infecção
(infecção generalizada)

• É resultante de qualquer infecção / inflamação de um


microrganismo e/ou seus produtos (toxinas)
SEPSE

• A sepse é um conjunto de manifestações graves


em todo o organismo produzidas por uma infecção
(infecção generalizada)

• É resultante de qualquer infecção / inflamação de um


microrganismo e/ou seus produtos (toxinas)
SEPSE

• Sepse Grave: Sepse associada a disfunção orgânica, hipotensão


ou hipoperfusão (ácidose lática, oligúria, alt. conciência)
• Hipotensão induzida por sepse: PAS < 90 mmHg, ou queda
maior que 40mmHg na PAS de base
• Choque Séptico: Sepse com hipotensão arterial persistente,
mesmo após volume
• Síndrome de Disfunção de Múltiplos Órgãos: Função orgânica
alterada em pacientes graves.
SEPSE

Critérios Clínicos para Sepse: 2 ou + dos critérios:


1. Tax > 38oC ou < 36oC
2. FR > 20 ipm ou pCO2 < 32 mmHg
3. FC > 90 bpm
4. Leucocitose
SEPSE
SEPSE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SEPSE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SEPSE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SEPSE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SEPSE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SEPSE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SEPSE

• Tratamento
FISIOTERAPIA??
OXIGENIOTERAPIA
OXIGENOTERAPIA
Conceito

Consiste na administração d e O 2 numa

concentração d e pressão superior à

encontrada na atmosfera para corrigir a

deficiência d e O 2 tanto em situações

clínicas agudas quanto crônicas.


OXIGENOTERAPIA
Difusão
É o m ovim e nto d a s moléculas d e um a área d e alta c o n c e n t r a ç ã o
p a ra outra d e baixa co n ce n t r a ç ã o . A difusão dos gases respiratórios
a c o n t e c e a o nível d a me mb r a n a alvéolo-capilar.
OXIGENOTERAPIA
OXIGENOTERAPIA
Objetivos

R everter a hipoxemia e auxiliar no alcance de três metas:


• Melhorar a oxigenação tecidual;

• Diminuir o trabalho da respiração se dispneia;

• Diminuir o trabalho do coração nos cardiopatas.


OXIGENOTERAPIA
Indicações

 Sinais respiratórios: taquipnéia, respiração


laboriosa
(retração intercostal, BAN), cianose progressiva;
 Sinais cardíacos: taq uicardia, brad ic ardia, hipotensão
e p a r a d a cardíaca;
 Sinais neurológicos: inquieta ç ã o , confusão,
prostraçã o, convulsão e c o m a .
 P a O 2 < 60 mmHg ou SatO 2 < 90 % (e m ar a m b iente)

 SatO 2 < 88% durante a d e a m bu l a ç ã o , exercício ou


sono e m portadores d e do ença s cardiorrespiratórias;
OXIGENOTERAPIA
Indicações
 PCR;

 IAM: Reduz sobrecarga ca rdía ca;

 Intoxicação por gases;

 Traumatismos graves;

 Angina Instável;

 R e c u p e r a ç ã o pós anestésica (procedimentos cirúrgicos);

 Insuficiência respiratória a g u d a ou crônica agudizada;

 ICC;

 A p n e ia obstrutiva d o sono
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos

Dispositivos p ara oferta O 2 :

• Sistema d e Baixo Fluxo


• Sistema d e Alto Fluxo
• Sistema c o m Reservatório
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de baixo fluxo

Baixas concentrações d e O 2 , menor q ue 35%;


• M áscara facial simples
• Cateter nasal
• Óculos nasal
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de baixo fluxo

Fornecem O2 suplementar diretamente às vias aéreas


com fluxos de até 5 l/min. Quando o fluxo inspiratório
do paciente é superior a este valor, o oxigênio
fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será
diluído com o ar, resultando numa FiO2 baixa e
variável.
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de baixo fluxo

 Cateter Nasal:
• Introduzido n a c a v i d a d e nasal (distância: comprimento
entre o nariz e o lóbulo d a orelha)
• Removido e substituído a c a d a 8 horas
• Fluxo d e até 5l/min
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de baixo fluxo

 Vantagens:
• O paciente recebe O 2 respirando pela b o c a ou pelo nariz;

• A quantidade d e O 2 fornecida geralmente é a dequ a d a .

 Desvantagens:
• Resseca a mucosa;
• N ã o permite um alto grau d e umidificação;

• N ã o fornece uma concentração elevada d e O2 ;


• Fácil obstrução devido a secreção;
• Se mal posicionada p o d e insuflar o estômago.
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de baixo fluxo

 Óculos Nasal:
• Fluxo até 5l/min
• Não há risco de reinalação de CO 2
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de baixo fluxo

 Vantagens:
• É leve e bem tolerado;
• Não interfere com a fala e a alimentação.
 Desvantagens:

• Quantidade incerta de O2 fornecida;

• Resseca a mucosa nasal, pois fornece pouca umidificação;


• Pode ser irritante e incomodo com o uso prolongado;
• Fluxos rápidos podem provocar dor nos seios nasais.
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de baixo fluxo

 Máscara facial simples


• Fluxo d e 4 a 15l/min (> 8l/min repensar a interface)
• Abrange nariz e b o c a
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de alto fluxo

Os sistemas d e alto fluxo fornecem uma


determinada concentração d e oxigênio em
fluxos iguais ou superiores a o fluxo inspiratório
máximo d o paciente, assim asseguram uma
FiO2 conhecida.
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de alto fluxo

 Máscara facial com sistema de Venturi


O sistema d e Venturi caracteriza-se pelo princípio d e
Bernouilli em que, a o se administrar um jato d e gás
sob pressão no sistema, haverá o desenvolvimento
d e uma pressão subatmosférica lateralmente a o
pequeno orifício, que propiciará a entrada d o gás
que se encontra próximo a o jato, pelo orifícios
laterais.
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de alto fluxo

• Esse tipo d e máscara utiliza um a lto fluxo d e O 2,


suficiente para exceder o pico d e fluxo inspiratório do
paciente. O ar ambiente é arrastado em volta do jato
d e O 2 por orifícios laterais.

• Essa máscara é utilizada quando se deseja uma


concentração d e O 2 mais consistente e previsível,
atingindo valores de FiO2 d e 24 a 50% co m fluxo d e 5 a
12 L/min.
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de alto fluxo
OXIGENOTERAPIA
Dispositivos de alto fluxo

 Vantagens:

• É leve e b e m tolerada pelo paciente;

• Protege contra dosagens nocivas d e oxigênio.


 Desvantagens:

• Desloca-se facilmente;

• Dificulta a fala;

• Impossibilita o paciente d e comer enquanto usa


OXIGENOTERAPIA
Sistema com reservatório

• Volume de O2 armazenado no interior da bolsa reservatório pode


ser utilizado quando o paciente aumentar a demanda ventilatória
acima do fluxo liberado, havendo a tendência de manutenção de
uma FiO2 fixa.

• Fluxo de 7 a 10l/min
• Sistema de reinalação parcial ou sem reinalação
OXIGENOTERAPIA
Máscara facial com reservatório

As máscaras com reinalação parcial permitem


alcançar uma FiO2 d e 60 a 80% c o m fluxo d e 7 a 10
L/min. O fluxo deve ser a d e q u a d o para garantir que
somente um terço d a bolsa seja esvaziado durante
a inspiração prevenindo acúmulo de CO2 no
sistema.
OXIGENOTERAPIA
Máscara facial com reservatório

As máscaras sem reinalação utilizam uma válvula


unidirecional e devem receber fluxo suficiente para
evitar o colapso d a bolsa durante a inspiração,
podendo atingir uma FiO2 d e 60 a 100%, depe ndendo
d o padrão ventilatório d o paciente.
OXIGENOTERAPIA
Efeitos deletérios do uso do O 2

 Dentre os efeitos colaterais d o uso d e O2:

• Retinopatia d a prematuridade ;

• D o e n ç a pulmonar crônica e displasia broncopulmonar


e m prematuros;

• Atelectasia por altas concentrações d e oxigênio;

• Da no epitelial pulmonar devido a o estresse oxidativo .


OXIGENOTERAPIA
Efeitos deletérios do uso do O 2

• A toxicidade d o O 2 p o d e causar traqueobronquite, depressão


da atividade mucociliar, náuseas, anorexia e cefaleia –
situações reversíveis c o m a suspensão d a oxigenoterapia;

• Por outro lado, a saturação muito baixa d e O 2 p o d e resultar e m


aumento d a resistência pulmonar, limitação d o crescimento
somático e morte súbita e m crianças c o m d o e n ç a pulmonar
crônica. Assim, recomenda-se a oxigenoterapia após
a v a lia çã o rigorosa quanto à real necessidade d e sua utilização
e, durante seu uso, monitoração contínua d e todos os
parâmetros d o paciente.
OXIGENOTERAPIA
Atelectasia de absorção

A ltas FiO2 promove d e p l e ç ã o rápida dos níveis d e nitrogênio


(N2) do organismo, ocorrendo assim um a queda da
c o n c e n t r a ç ã o d e N 2 no gás alveolar. Isso p o d e gerar colapso
pulmonar, pois o O 2 se difunde rapidamente par a o sangue e
o alvéolo perde sua fonte d e estabilização d e forma q ue a
pressão gasosa no interior d o alvéolo c a i progressivamente,
resultando e m colapso. Esse fenômeno é denomina do
atelectasia d e absorção, e algumas situações específicas
favorecem seu aparecimento como:
OXIGENOTERAPIA
Atelectasia de absorção

• Inspiração de altas FiO2 : causa queda progressiva do N2


(“estabilizador” alveolar);
• Anormalidades do surfactante: promove o colapso alveolar;

• Existência de áreas com baixa V/Q: limita a reposição do O 2


alveolar;

• Volume corrente baixo: reduz a ventilação alveolar.


OXIGENOTERAPIA
O2 domiciliar

 Efeitos fisiológicos:

• ↑ d a PaO 2 , melhorando o transporte e o


coeficiente d e liberação d e O 2 para os tecidos

• Normalização d o hematócrito

• ↓ d a pressão na artéria pulm onar, prevenindo


a progressão d a hipertensão pulmonar

• Melhora d o desempenho d o VD
OXIGENOTERAPIA
O2 domiciliar

 Efeitos clínicos:

• Melhora da função cognitiva

• Melhora da eficiência do sono

• Aumento da tolerância ao exercício

• Redução do número de internações

• Melhora da qualidade de vida

• Aumento da sobrevida
OXIGENOTERAPIA
Fontes de O2
 Cilindros
• Armazena o gás sob pressão, assim, fornece O 2 a 100%;

• Limitação: necessidade d e ser trocado frequentemente, pois o maior


cilindro disponível fornece O 2 contínuo, c o m um fluxo d e 2 L/min, por
apenas 75,5 horas;

• Cilindros portáteis p o d e m fornecer O 2 contínuo, c o m um fluxo de 2


L/min, por 5 horas.
OXIGENOTERAPIA
Fontes de O2
 Concentradores
• Filtram o ar ambiente, removendo o N2 e aumentando a concentração de O2.

• A % de O2 fornecida dependerá do fluxo utilizado


OXIGENOTERAPIA
Oximetria de pulso

• Para níveis de satura ç ã o a c ima de 70%, a SpO 2 difere em


menos de 3% d a SaO 2 (saturação arterial de O2);

• Gasometria arterial X Oximetria;

• Fatores que podem alterar a SpO 2:

• Sat O2 menor que 70%;

• Luz ambiente: luz solar intensa ou fluorescente pode


diminuir os valores

• Artefato de movimento;
OXIGENOTERAPIA
Oximetria de pulso

• Pigmentos:
• pele muito escura, esmaltes d e cor escura p o d e m SUBestimar SpO2;
• Altos níveis d e bilirrubina (maiores que 20 mg/dL) podem
S U P E Re restimar a SpO2;

• Hip o p erfusã o : c h o q ue, hip o volemia e hipotermia ;

• Vasoconstriç ã o periféric a d esen ca d e a d a pelo frio ;

• C o n g estã o venosa;

• Anemia ;

• Edema.
OXIGENOTERAPIA
ATENTAR!!!!

Alguns pacientes com DPOC ficam


dependentes de um estado de hipercapnia
( ↑ PaCO2) e hipóxia de estimulação para
respirar, e o O2 suplementar pode fazer c o m
que parem de respirar.
OXIGENOTERAPIA POR
CATETER NASAL DE ALTO FLUXO
Oxigenoterapia Nasal de Alto Fluxo

Indicações com maiores evidências:

• IRpA hipoxêmica

• Após extubação, prevenção de RETOT

• Situações especiais; Imunocomprometidos

Wattier BA, Ward JJ. Respir Care, 2011 Nishimura M. Respir Care. 2016
Dres M, Rev Bras Ter Intensiva, 2017
Schwabbauer N. BMC Anesthesiol, 2014
Cardiac Failure Review 2020;6:e08.
DOI: https://doi.org/10.15420/cfr.2020.06
Tipos de aparelhos
COVID - 19
CNAF
Antes da Pandemia:

.
COVID - 19
CNAF
Na Pandemia:

.
COVID - 19

?
CNAF
Na Pandemia:

.
• Dispersão de aerossol: risco ~ às máscaras de O2 padrão.

• Uso de máscara cirúrgica sobre o cateter = > benefício.


HFNO: recomendado para hipoxemia na COVID- 19
Indice ROX
[SpO2 / FiO2 ]/FR) = preditor de sucesso da CNAF

ROX ≥ 4,88 na 2a, 6a e 12ª h de uso


Boa resposta ao CNAF em 1h:

• SpO2 > 92%


• FR < 28 rpm
• melhora da dispneia
• Boa adaptação do pcte
• PaO2 > 65mmHg
• pH > 7,34
Protocolo

• Iniciar com Fluxo de 40L/min


• Titular valor máximo tolerado para FR < 25 rpm
• Iniciar FiO2 60% para SpO2 93-97%
Avaliar em 1h:
• SpO2 >92%
• FR < 30 rpm
• FC 70 -100 bpm
• PAS 120mmHg/ PAD 80mmHg
• ↓ FIO2 30%, para SpO2 93 -97%
• Após 24h: GA
• Se falha: IOT
• Se melhora: desmame do fluxo= 5L/min a cada 6h
• Descontinuar CNAF se fluxo < 15L/min
CONCLUSÃO

• Usar do CNAF com critério

• Atentar EPI’s

• Desejável pressão negativa


• Equipe treinada
• Equipamentos adequados
• Terapia combinada

• Monitorar resposta ao CNAF

• Evitar atraso na IOT


Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG
Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
danusa.rossi@fsg.edu.br

Caxias do Sul, outubro de 2021.

Você também pode gostar