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Conceitos
Toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes da interação de substancias químicas com o
organismo
Agente tóxico ou toxicante: substancias químicas nocivas sintéticas ou naturais (hepatotoxico, nrefotoxico...)
Veneno: quaisquer subst. químicas que demonstra toxicidade em condições adequadas
Toxina: substancias prejudiciais produzidas por organismos vivos
Droga: substancia de composição indefinida com ação no organismo. Ex: opio
Fármaco: substancia de estrutura definida com ação no organismo. Ex: morfina
Ação toxica: maneira de ação do agente toxico nas estruturas teciduais
Intoxicação: processo patológico causado por subst. Endógena ou exógena
Xenobiotico: toda subst. Estranha para o organismo. Pode ser benéfica
Toxicidade
Capacidade inerente a um agente químico de produzir maior ou menos efeito toxico em condições padronizadas
de uso
o Subst. Mt toxica: efeito toxico em baixa [ ]
o Subst. Pouco toxica: efeito toxico em alta [ ]
Aguda – crônica
Órgãos, idade, genética, gênero, dieta, condição fisiológica ou estado de saúde do organismo
Reações e efeitos
Reações idiossintaticas: respostas anormais a certos agentes tóxicos. Ex: sensibilidade anormal por nitrito
Reações alérgicas: reações adversas que ocorrem somente após uma previa sensibilidade do organismo.
Efeito imediato: aqueles que aparecem imediatamente após a exposição aguda
Efeito crônico: resultante de uma exposição a pequenas doses durante vários meses ou anos
Efeito reversível e irreversível: qd o tecido pode ou não se recuperar de uma lesão. Ex: lesões hepáticas são
normalmente reversíveis e lesões no SNC são irreversíveis
Efeito local: refere-se àquele que ocorre no local do 1º contato
Efeito sistêmico: ocorre após uma abs e distribuição para atingir o sitio de ação
Efeito aditivo ou adição: é produzido qd o efeito final dos dois agentes é igual a soma dos efeitos individuais
Efeito sinérgico ou sinergismo: é produzido qd o efeito dos agentes químicos somados é maior do que a soma dos
efeitos individuais
Potenciação: qd um agente químico que não tem ação sobre um órgão, aumenta a ação de um outro agente
sobre este órgão
Efeito antagônico: ocorre qd 2 agentes interferem um com a ação do outro, diminuindo o efeito final.
o Antagonismo químico: o antagonista reage quimicamente com o agonista
o Antagonismo funcional: dois agentes produzem efeitos contrários
o Antagonismo competitivo: qd dois agentes tóxicos atuam no mesmo receptor biológico, um
antagonizando o efeito do outro
Fases da intoxicação
Disponibilidade química
Fatores que afetam a disponibilidade:
o Dose ou [ ]
o Via de introdução: IV > pulmonar > SC > IM > intradermica > TGI > dérmica
o Duração e frequência da exposição
o Suscetibilidade individual: 1- causas genéticas (idiossincrasia); 2- sexo; 3- idade; 4-peso. Para compostos
altamente lipossolúveis a camada de gordura promove > retenção das substs antes destas chegarem à
corrente sg (se acumula mais nesses tecidos)
o Propriedades físico-quimicas: 1-solubilidade; 2- grau de ionização compostos ionizados não são
normalmente absorvidos; 3- tamanho da molécula; 4- forma das moléculas
Toxicocinetica
Toxicodinamica
Introdução
O que é inquérito toxicológico? É uma investigação do quadro em geral. Isso envolve exames, quais produtos, o
tempo de intoxicação, etc. Para isso é feito o exame clínico, dividido em resenha, anamnese, exame físico geral e
específico e exames complementares
o É difícil chegar ao diagnóstico, pois muitas vezes o @ já chega em situação de emergência
o Resenha: dados do pcte e responsável; importância principalmente em casos emergenciais
o Anamnese: recolher informações; sinais podem alterar; QP; habitat; estado de saúde; tempo entre
acidente até o atendimento; terapia anterior?; identificação do produto/alimento/planta (partes e
aspecto)
o Exame físico: um ou mais agentes tóxicos; acompanhamento; nível de consciência; circulação;
respiração...
o Exames complementares: hemograma (glicemia); urinálise; bioquímica sérica – enzimas hepáticas, ureia
e creatinina; radiografia; ultrassonografia; exame toxicológico (inclusive post mortem)
Achados post-mortem: hemorragia; edema; esteatose hepática; o tecido do rim pode estar mais claro; edema
pulmonar; etc coletar amostra e enviar p/ análise toxicológica
Método colorimétrico: qualitativo (feito por abs de luz); forma de triagem rápida; usado para intoxicantes como
cianetos, estricnina, paraquat e fenotiazina
Espectofotometria: quantitativo (abs de radiação por energia eletromagnética); especificidade e sensibilidade
baixa; salicilatos, barbitúricos e paracetamol
Espectrometria de massa: obtém massa molecular, alto custo
Imunoensaio: quantitativa por anticorpos específicos
Cromatografia: mais usada; sensibilidade >; separação de componentes em duas fases (fase estacionária e fase
fluida/móvel). Tipos: cromatografia em camada delgada, cromatografia gasosa e cromatografia liquida de alta
eficiência
Coleta e envio de amostras: não é necessário esterilizar, mas deve ser limpo; não deve estar contaminado por
pelos ou sujeita do ambiente (a campo por ex); não lavar
o Armazenamento e conservação: recipientes inertes; individualmente; resfriamento ou congelamento,
sem necessidade de conservantes
o Envio: identificação; histórico e detalhes do tto; suspeita clínica; achados de necropsia (se aplicável)
Tratamento
ZOOTOXINAS
Introdução
Poison x venom
Poisons (veneno): produzido em tecidos não especializados. Acúmulo no hospedeiro – contato oral
Venom (peçonha): produzido em tecidos especializados ou gll
Compostos químicos sinérgicos: peptídeos, aminas, enzimas etc
Toxicidade: depende do tamanho, idade, sexo, estação do ano, localização geográfica, composição e do animal
que sofre a ação
Ofidismo
Dentição
Áglifa (a=ausência e gliphé= sulco): dentes fixos ao maxilar, pequenos e maciços. - jiboias e sucuris;
Opistóglifa (ophistos = atrás e gliphé= sulco): dentes fixos ao maxilar, pequenos, maciços e par de dentes
alongados com sulcos ao fundo. - falsas-corais
Proteróglifa (protero= anterior e gliphé = sulco): par de presas anteriores e com sulcos. Pouco agressivas.: -
corais-verdadeiras (gêneros Micrurus e Leptomicrurus);
Solenóglifa (soleno = canal e glliphé = sulco): par de presas sulcados que se deslocam durante o bote e retraídas
na boca fechada.; - jararacas, cascavéis e surucucus
Veneno
Produzido pelas glândulas de veneno supralabiais, presentes nos dois lados da cabeça, ao longo dos maxilares
Ação proteolítica promove a desnaturação de ptn resultando em necrose no local da picada
Ação coagulante e anticoagulante: há ativação da cascata da coagulação, gerando consumo do fibrinogênio
circulante e formação de fibrina intravascular; inativação de fatores da coagulação; hipoagregação plaquetária e
trombocitopenia;
Ação hemorrágica (enzimas metaloproteinases): de forma combinada com a ação coagulante e anticoagulante,
resultando em hemorragias locais e sistêmicas; rompe a integridade do endotélio vascular e tem atividade de
desintegrina;
Ação neurotóxica: é causada pelo bloqueio da placa neuromuscular;
Ação miotóxica: promove lise e necrose das fibras musculares;
Ação nefrotóxica: promove lesões tubulares e no endotélio dos vasos, que podem culminar em insuficiência
renal aguda
Acidente botrópico
O gênero Bothrops:
o Bothrops alternatus – urutu, urutu- -cruzeiro, cruzeira;
o Bothrops atrox – jararaca, jararaca-do-norte, jararaca-do-Amazonas;
o Bothrops cotiara – cotiara;
o Bothrops erythromelas – jararaca-da- -seca, jararaca-do-sertão;
o Bothrops jararaca – jararaca, jararaca-preguiçosa;
o Bothrops jararacussu – jararacuçu;
o Bothrops leucurus – jararaca;
o Bothrops moojeni – caiçara;
Veneno possui 4 grupos de atividades fisiopatológica: proteolítica, coagulante/anticoagulante, vasculotóxica e
nefrotóxica
O processo inflamatório local agudo é potencializado pela atividade coagulante do veneno, pois ocorre
formação de trombos na microvasculatura, responsáveis por hipóxia
Sinais clínicos
o Equinos são mais sensíveis, seguidos pelos ovinos, bovinos, caprinos, caninos, suínos e felinos
o Dor intensa, edema e hemorragia
o Após 6 a 12h da picada, são evidenciadas equimoses, bolhas e necrose de pele
o Poupa o membro afetado
o Se picada ocorre na cabeça o edema pode levar a dispneia e insuficiência respiratória
o Sistêmicos: hemorragias em mucosas ou subcutâneas, prostração, inapetência, apatia, taquicardia,
taquipneia, hipertermia e melena
o Casos graves: hipotensão, hipotermia, choque hipovolêmico, oliguria ou anuria, sudorese, emese e
decúbito lateral por vários dias. A recuperação poderá ser lenta
o A morte pode ocorrer por choque hipovolêmico, hemorragias extensas ou insuf renal
o Necrose da pele e musculatura na região da picada
o É comum a contaminação bacteriana no local da picada, com formação de abscessos
Achados laboratoriais: aumento do tempo de coagulação, tempo de protrombina, tempo de trombina e tempo
de tromboplastina parcial ativada (TTPa), redução das [] plasmáticas de fibrinogênio, proteínas plasmáticas
totais e albumina.
Também pode haver aumento dos níveis de ureia, creatinina, produtos da degradação da fibrina e das
atividades séricas de alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA) e creatinoquinase (CK)
Diagnostico
o É feito pela presença de serpentes no ambiente, ocorrência de acidentes anteriores, manifestações
clinicas, com destaque para o edema no local da picada, e os achados laboratoriais
Tratamento
o Soro antibotrópico ou antibotrópico crotalico, em qtdd suficiente para neutralizar pelo menos 100mg
do veneno, adm por IV de forma lenta
o Em casos graves a qtdd do soro pode ser aumentada o suficiente para neutralizar 200mg ou mesmo
300mg de veneno
o Pouca eficácia contra os efeitos locais produzidos pelo veneno botrópico
o O tt de suporte tb é importante
Fluido deve ser instituída com solução fisiologica ou de ringer
As infecções secundarias devem ser tratadas com atb de amplo espectro
Analgesia e fasciotomia em edema compartimental se necessário
Acidente crotálico
Gênero Crotalus, conhecidas popularmente como cascavel, boicininga e maracamboia. Robustas, não agressivas
e pouco ágeis.
Possuem fosseta loreal, dentição solenóglifa e um chocalho ou guizo na extremidade da cauda
Os acidentes crotálicos geralmente ocorrem nas primeiras horas da noite - caçar nesse período
Veneno
o O veneno crotlico é uma misturacomplexa de ptn e polipeptideos com aççoes neurotoxica, miotoxica e
coagulante
o Crotoxina
o Causa rabdomiólise e mioglobinúria
o Inibe acetilcolina na fenda pré-sináptica: paralisia motora
Sinais clínicos
o As espécies animais mais sensíveis são bovina, equina e ovina, seguidas de caprina, canina, suína e
felina.
o Sinais clínicos do acidente crotálico incluem ataxia, paralisia flácida da musculatura, sedação, midríase,
paralisia do globo ocular, mialgia, sialorréia, perda dos reflexos superficiais e profundos, vômitos,
dispneia e insuficiência respiratória.
o O acidente crotálico pode ter como complicações a insuficiência renal aguda e a insuficiência
respiratória aguda
Acidente laquético
Acidente elapídico
Escorpionismo
Artrópodes quelicerados da ordem Scorpiones, sendo conhecidos aproximadamente 1.500 espécies agrupadas
em 20 famílias e 165 gêneros.
A parte posterior do abdômen (metassoma) é a falsa cauda, terminando no télson, que contém um par de
glândulas de veneno e o aguilhão ou acúleo (estrutura oca e muito fina que inocula a peçonha).
A produção da peçonha pelos escorpiões tem por objetivo a alimentação (imobilização da presa e início da
digestão) e a defesa.
Peçonha
o A porção solúvel é composta por proteínas básicas neurotóxicas, enzimas, outras substâncias orgânicas
(lipídeos, carboidratos, nucleosídeos, nucleotídeos, peptídeos, aminoácidos livres) e íons diversos.
o A peçonha dos escorpiões promove a despolarização da membrana e a liberação de catecolaminas
(noradrenalina e adrenalina) e acetilcolina.- efeitos simpatomiméticos
Sinais clínicos
Tratamento
o Soro antiescorpiônico
o Utilização de anestésicos locais sem vasoconstritor, como a lidocaína
o Vasodilatadores, anticolinérgicos, antieméticos, corticosteroides e anticonvulsivantes são indicados de
acordo com o quadro clínico apresentado pelo animal.
o Todos os casos considerados graves requerem monitoração do paciente quanto às frequências cardíaca
e respiratória, pressão arterial, oxigenação, estado de hidratação e equilíbrio hidroeletrolítico.
o O eletrocardiograma é uma importante ferramenta para o monitoramento cardíaco do paciente
Prevenção
o Manter limpos os jardins, quintais e terrenos baldios;
o Eliminar baratas e cupins (alimentos dos escorpiões);
o Manter plantas distantes das paredes e, de preferência, em suportes de ferro que elevem os vasos do
chão;
o Preservar os inimigos naturais dos escorpiões, como lagartos, galinhas, seriemas, corujas e lagartixas.
o Os sapos se alimentam de escorpiões e também apresentam hábitos noturnos, mas podem causar
acidentes, principalmente em cães.
Araneísmo
Loxocelismo cutâneo
o A apresentação cutânea ocorre em cerca de 80% dos acidentados e, na maior parte das vezes, é
caracterizada por uma lesão dermonecrótica.
o A picada da aranha Loxosceles geralmente é indolor, porém, nas primeiras horas após o acidente, no
local da picada, observam-se dor, provavelmente devido à isquemia, prurido, edema, eritema, e áreas
de hemorragia que precedem o local da necrose.
Loxoscelismo visceral
o O loxoscelismo cutâneo-visceral é menos comum (aproximadamente 15% dos casos), porém, além da
lesão dermonecrótica, observam-se alterações que podem levar o paciente a óbito
o As alterações clínicas e laboratoriais mais comuns incluem choque, icterícia, hemólise intravascular
associada à hematúria e hemoglobinúria, trombocitopenia, leucocitose e insuficiência renal aguda
Diagnóstico
o O diagnóstico definitivo do loxoscelismo dificilmente é baseado na identificação da aranha.
o Não há um exame específico
Tratamento
o Terapia sintomática
o A utilização profilática de fluidoterapia e diuréticos é indicada para evitar lesão renal mais grave e
aumentar a taxa de filtração glomerular, a fim de se evitar depósito de hemoglobina nos túbulos renais.
o Ferida dermonecrótica: limpezas diárias com soluções antissépticas associadas à antibioticoterapia
sistêmica de amplo espectro
Phoneutria nigriventer aranha armadeira
o Comportamento característico
o Sinais clínicos
Em humanos, a picada da Phoneutria causa dor acentuada e irradiante e vários sintomas graves,
caracterizados por cãibras, tremores, convulsões tônicas, paralisia espástica, priapismo,
lacrimejamento, sialorreia, arritmias, distúrbios visuais e sudorese.
Envenenamentos graves também podem causar bradicardia, hipotensão arterial, insuficiência
cardíaca, arritmias cardíacas, choque, dispneia, depressão neurológica de vários tipos,
convulsões, edema pulmonar agudo e colapsos cardíacos e respiratórios
o Tratamento
O tratamento é sintomático, na maioria dos casos com base no bloqueio anestésico local com
lidocaína sem vasoconstritor. Não existe soro anti-Phoneutria para uso veterinário.
Apidismo
Abacate
Substancia persina
Folhas, frutas, sementes e polpas
Vomito e diarreia em cães
Necrose do epitélio da glândula mamária e do miocárdio, porém mecanismo é desconhecido
Aves e roedores mais sensíveis congestão, dificuldade respiratória e distúrbios cardíacos
Ovo cru
Enzima avidina que diminui abs da biotina (vit. B) co-fator enzimático: formação da pele e utilização de açucares
e ptn
Intoxicação por consumo crônico
Principal alteração: transtorno de pele e anexos
Salmonelose
Tto: retirada da alimentação
Peixe cru
Uva e passas
Carambola
Ionóforos
Uréia
Cloreto de sódio
Sal
Ingestão excessiva e consumo de água limitado
Gradiente osmótico que atrai água do encéfalo desidratação e rompimento de vasos sanguíneos (causando
hemorragia e edema)
Grande consumo energético das células neuronais Decréscimo de glicose, sódio não consegue “sair” (fica preso
dentro da célula nervosa por falta de energia) ingestão de água exacerbadamente faz com que os eletrólitos
atraiam e causem tumefação
Sinais: vomito, diarreia com muco, dor abd, anorexia; opistotono, nistagmo, tremor, cegueira, paresia;
polioencefalomielite (edema cerebral)
Tto: retirada do sal; ingestão de agua de forma lenta p não piorar edema cerebral; fluidoterapia e diuréticos são
ineficazes
Introdução
Elementos químicos eletropositivos que são sólidos, brilhantes e bons condutores de calor e eletricidade
Sua utilização remonta aos tempos primitivos, caracterizando a evolução humana • Utensílios domésticos,
peças domésticas, armas.
Elementos altamente reativos com outros metais
Encontradas na natureza na forma orgânica
Gestão ambiental → contaminação de solo, ar, água
Toxicidade está ligada é a alta reatividade a outros grupos químicos
Toxicinética: lipossolubilidade → maior ou menos distribuição
Fonte: ingestão de água e alimento contaminado
Rara a ocorrência de toxicidade
Alguns produtos veterinários → maioria já banido
Nosso maior problema: exposição de animais de produção a doses baixas de metais pesados e por período
longo → questão de saúde pública
Chumbo Pb
Conhecido como Saturnismo – presente do Deus Saturno (séc V a.C. e III d.C)
Galena
Ruminantes: apetite pervertido por deficiência de fósforo / lambedura de paredes com tinta
Áreas contaminadas como uso para pastejo
Deposição em tecido ósseo → mobilização
Sintomatologia nervosa e gástrica
Equinos: respiratório
Diagnostico: detecção em fezes, urina, leite e sangue
o Exame radiológico (linhas em metáfise de ossos longos)
Retardam maturação e inibem síntese do grupo heme, levando a anemia normocítica e normocromica
Compete com cálcio, magnésio, zinco e ferro
Altera síntese de neurotransmissores além de desmielinização
Utilizado para produção de moedas e artefatos desde 5000 a.C.
Está presente em tintas, utilizado na vulcanização da borracha, utilizado em baterias automotivas, soldas e ligas
metálicas.
Áreas contaminadas onde se fabricavam baterias, produção de tinta e de treino balistico
Intoxicação Crônica: Rara
o Ocorre por ingestão de água contaminada por indústrias
o Inibição de crescimento e alterações comportamentais como isolamento e agressividade
Absorção mais rápida por via respiratória, mas a via oral é a principal forma de intoxicação
Distribuição após absorção: 90% em eritrócitos
o Tecido ósseo: compete com cálcio permanência por tempo prolongado, podendo ser mobilizado
quando há concentração sérica baixa de cálcio, prenhez e osteoporose
o Deposição em tecidos moles: SNC, rins e figado
o Passa barreira hematoencefálica e placentária
Excreção: fezes, urina e leite
Intoxicação Aguda:
o Sintomatologia nervosa e gástrica em bovinos e animais de companhia. Em equinos há alteração
respiratória por paralisia do nervo laríngeo recorrente
Mercúrio Hg
Cobre - Cu
Microelemento essencial
Intoxicação por ingestão excessiva
Ovinos são mais susceptíveis
Quadro de hemólise que pode ser aguda ou cumulativa → Insuficiência renal
Hemoglobinúria, icterícia, taquicardia, atonia ruminal e anorexia
Intoxicação aguda:
Causa erosões e úlceras acarretando em gastrenterite e hemorragias.
Pode ocorrer lesão hepática, anemia hemolitica e nefrose.
Desenvolvimento de sinais clínicos de forma rápida: isolamento do rebanho sonolência e depressão nervosa
Microelemento essencial, cuja intoxicação se dá por ingestão excessiva.
Ovinos são mais sensíveis por teor de tolerância mais baixa ao composto
Diagnóstico:
o Sinais clínicos, histórico e achados de necrópsia: rins enegrecidos, serosas e órgãos de coloração
amarelada.
o Dosagem do microelemento em figado e rins.
Absorvido na sua forma divalente pelo intestino delgado.
Adição de ácido ascórbico diminui a sua absorção, pois promove sua redução.
Apos absorção de deposita no figado e a bile é a principal forma de excreção
Sinais clínicos: relacionados à hemólise - urina de coloração escura, icterícia, taquicardia, hipertermia, atonia
ruminal, anorexia.
Intoxicação cumulativa:
o Três fases: pré hemolítica, hemoliticas e pós-hemolitica.
o Primeiramente se acumula em figado (1 mês-2 anos), passa a necrose dos hepatócitos, liberando o
microelemento para a corrente sanguínea que penetra no interior de hemácias combinando-se com a
glutationa (antioxidante e protetora de membrana celular) levando à hemólise e anemia
o Pode ainda provocar oxidação do ferro e incapacitando o carreamento de oxigenio.
o A insuficiência renal o que leva ao óbito.
Selênio Se
Metalóide
Essencial em pequenas quantidade e associado à vitamina E
Regula o fluxo de íons na membrana celular
Intoxicação por solo contaminado → pastagens e grãos
3 formas de apresentação: aguda (prostração, diarréia), “álkali disease” (distúrbios de queratinização) e
“cegueira e andar cambaleante”
Metalóide, elemento essencial em pequenas quantidades e associado à vitamina E
Importante na regulação do fluxo de ions intermembranas, estimulo de sintese de anticorpos, e ativação da
glutationa peroxidase.
Inibe enzimas celulares de oxirredução levando a alteração de crescimento e divisão celular.
Acúmulo em grãos utilizados em rações.
Facilmente absorvido pelo intestino delgado e distribuição para figado, rins e baço.
Atravessa barreira hematoencefálica e tem efeito embriotóxico.
intoxicação aguda:
o Injeções em animais com deficiência, suplementação, e mais comumente por consumo de grãos com
alto teor do composto.
o Sinais clínicos: prostração, dispnéia, diarréia aquosa, febre, taquicardia, andar cambaleante, e morte.
Intoxicação crônica do tipo "cegueira e andar cambaleante"
o Forma subaguda. Consumo por semanas ou alguns meses com teor de 30 ppm.
o Sinais: animais vagueiam sem rumo, andam em círculos, tropeçam, apresentam apatia, fraqueza de
membros anteriores e andar cambaleante.
Intoxicação crônica do tipo "alkali disease"
o Ingestão de grãos com baixo teor do composto.
o Sinais: claudicação, emagrecimento, anemia, ascite, pelos ásperos, perda de pelos em cauda, laminite,
crescimento anormal de cascos, enrijecimento das articulações e cegueira. Pode ocorrer infertilidade e
anormalidades congênitas.
Intoxicação ocorre principalmente pela pastagem em solos contaminados.
Ocorre de 3 formas distintas: aguda, crônica do tipo "alkali disease e crônica do tipo "cegueira e andar
cambaleante"
Zinco Zn
Principal fonte para intoxicação: unguentos a base desse elemento, excesso na dieta, alguns medicamentos e
partes automotivas e baterias elétricas.
Em aves, pode estar associado à presença em material galvanizado de gaiolas.
Deficiência de ferro e cobre → anemia
Depressão, anemia, poliúria, polidipsia, diarréia e perda de peso em aves (morte súbita)
Bovinos: sonolência e paresia
Absorção em região duodenal e jejunal. Passa pela mucosa intestinal e é transferido para o sangue onde parte
se liga a proteínas plasmáticas.
Se encontra em todos os órgãos, principalmente em próstata, figado, pâncreas rins.
Excreção: pancreática, bile e pelas fezes.
Aves apresentam depressão, anemia, poliúria, polidipsia, diarréia, perda de peso, hematúria e morte.
Bovino é o mais susceptível e apresenta sinais de sonolência e paresia.
Está presente na composição dos hormônios do timo, da testosterona, prolactina e somatomedina,
Participa na síntese de DNA e RNA.
Principal fonte para intoxicação: unguentos a base desse elemento, excesso na dieta, alguns medicamentos e
partes automotivas e baterias elétricas.
Em aves, pode estar associado à presença em material galvanizado de gaiolas.
Diagnóstico: detecção elevado do composto no sangue, pâncreas e fígado.
Sinais clinicos: Promove deficiência de absorção de ferro e cobre, levando a anemia microcitica hipocrômica.
Tratamento
Terapia quelante:
Alta reatividade com outros compostos químicos
Utilizar substâncias que promovem a formação de complexos que impeça a atividade do composto e facilite sua
excreção
Arsênio: succimer (DMSA)
Chumbo: Ca-EDTA
Mercúrio: D-penicilamina
Cobre: tetratiomolibdato (TTM)
Selênio: tratamento duvidoso em casos crônicos (manejo ambiental)
Zinco: terapia sintomática e de suporte e utilização de quelante (Ca-EDTA)
PRAGUICIDAS OU AGROTÓXICOS
Introdução
Exterminação/controle de pragas
Empregados em indústrias, agricultura, pecuária, veterinárias, campanhas sanitárias, saúde humana
Tóxicos pela interferência em processos biológicos
Também são usados para controle de praga nos próprios animais, como carrapaticida, acaricida, remédios para
pulgas.
Controle de insetos, medicamentos e vetores, como carrapatos, moscas...
Formulação
Precisam ter o composto ativo, bem como o acréscimo de elementos inertes que não reajam com a substância
para que ocorra a ação, tendo a formulação para comercialização
Adição de óleo, água, solvente, aditivo ou adjuvantes
Classificação
Inorgânicos: base de bário, boro, flúor, antimônio, tálio, chumbo, cádmio, mercúrio, óleos minerais. Acumulam
em tecidos orgânicos e tem longa persistência no ambiente. possuem alta toxicidade e não têm antídotos. Não
são muito usados (presente em 10% dos produtos em uso)
Orgânicos: presença de átomos de carbono; podem ser classificados como sintéticos e naturais. Os naturais são
ppe os derivados de plantas, que também não são tão usados. Os mais usados são os compostos orgânicos
sintéticos.
Toxicidade: mais de 2000 agrotóxicos registrados no Brasil, e essa adição de novos compostos é feito pelo IBAMA, ANVISA
e MAPA. Regulamentados pela ANVISA. 2019 reclassificação de toxicidade: de 4 para 6 classes.
Presença de advertência nos rótulos: fatal; risco para pele e olhos, causando queimadura e lesões; risco ao ser inalado,
causando sintomas alérgicos e dificuldades respiratórias e ainda levar a fibrose pulmonar; alerta de atenção.
Gravidade da intoxicação
Vias de exposição
Formas de intoxicação
Aguda
o Mais comum
o Dose única ou repetidas em períodos de 24h os efeitos podem ser imediatos até 2 semanas, tendo
sinais leves, moderados ou graves
Subaguda
o Sintomas vagos e subjetivos difícil definir se é mesmo intoxicação
Crônica
o Surgimento tardio que pode levar meses ou anos para acontecer
o Sequelas
Tratamento
Efeitos tardios
o Reavaliação pela possibilidade de evoluir para casos graves após estabilização
Estabilização
o Fazer o ABC: verificar vias aéreas, ventilação (depressão do centro respiratório e hipoxemia), circulação
(hipotensão),
o SNC: convulsões* e coma
Descontaminação
o Ex: quando em contato com a derme é preciso lavar com água corrente e morna para retirar a substancia.
Nos olhos: lavagem ocular para reduzir absorção
o Descontaminação gastrointestinal
Diluição do conteúdo gástrico (diminuir a ação da substancia tóxica em até 30 minutos após a
ingestão)
Lavagem gástrica
Carvão ativado
Catárticos, aumentando o fluxo intestinal para eliminar a substância, mas com cuidado, pois
isso pode levar a desidratação e o animal já pode estar em hipotensão, com isso se aumenta
esse quadro, por isso é indicado, mas com cautela.
NÃO provocar vômito, pois a maioria é corrosiva, podendo levar a corrosão de esôfago e partes
superiores, bem como pelo risco de aspiração, levando a comprometimento respiratório e
pulmonar
Principais agentes
Avermectinas
Endoparasitida e ectoparasiticida
Toxicocinética: Neurotoxicidade • Alterações fetais • Altamente lipossolúvel • Atua nos canais de GABA •
Intoxicação via oral • Animais com depressão do SNC ou alterações genéticas que causam deficiência de
glicoproteína são mais susceptíveis • Histórico de intoxicação acidental • Doses tóxicas: >2,5mg/kg cães e >0,2-
1,3 mg/kg em gatos • Excreção pelas fezes • Meia vida: cerca de 2 dias (11 dias em cães e 8 em gatosc
Toxicodinâmica: Não atravessa barreira hematoencefálica em situações normais • Agonistas GABA
(neurotransmissor inibitório do SNC), causando hiperpolarização do neurônio e inibição da passagem do estímulo
nervoso • Toxicidade determinada por falhas na BHE • Metabolização hepática por oxidação.
Sinais: Ataxia, hipertermia, desorientação, sialorreia, midríase, hiperestesia, tremores, depressão, paralisia,
ausência de reflexos pupilares, cegueira, bradicardia, pulso fraco, vômito, anorexia, vocalização, alteração de
comportamento, “head press”, convulsão, dispnéia, cianose. • Casos graves: hipotermia, edema pulmonar,
taquicardia, tremores musculares, choque, coma e morte
Observações: Não possui antídotos • Prognóstico reservado a ruim • Uso proibido em pequenos animais com
menos de 6 semanas e bezerros com menos de 4 meses • Contraindicado em doenças que alteram BHE
Fipronil
Toxicocinética: Absorção cutânea, oral e por inalação. • Se armazena em tecido adiposo e é metabolizado por
essas células. • Eliminação majoritariamente pelas fezes (45-75%), mas pode ser eliminado pela urina (5-25%). •
Eliminação de metabólitos ou não.
Toxicodinâmica: Potente desregulador do SNC pela inibição seletiva de receptores GABA, associados a canais de
cloreto. • Fixam-se na porção internalizada dos receptores, impedindo o fluxo de íons cloro,, anulando o efeito
neuro-regulador do neurotransmissor GABA, resultando em atividade neuronal excessiva. • Essa alteração em
atividade neuronal leva a paralisia e consequentemente morte.
Sinais: Postura curvada, locomoção anormal, diarréia, arrepios, aborto ou má-formação fetal. • Tem efeito
hepatotóxico
Observações: Tratamento: Lavar a área de aplicação do produto, atropina, corticóide, diurético e pró-cinético •
Tratamento suporte e sintomático.
Organoclorados
Toxicocinética: Facilmente absorvido por via digestória e respiratória • Lipossolúvel, então se acumula em tecido
adiposo sendo metabolizado de forma lenta. • Absorção também pode ocorrer por via cutânea • Eliminação pela
urina, podendo ser eliminado pelo leite • Após absorção, atravessam facilmente as membranas celulares e
chegam a diversos tecidos via corrente sanguínea • Metabolizado pelo fígado e excretado principalmente pelos
rins
Toxicodinâmica: Atua sobre o equilíbrio sódio e potássio nas membranas dos axônios provocando impulso
nervoso constantemente, que levam a contração muscular, convulsões, paralisia e morte. • Há o fechamento
lento dos canais de sódio que impede a saída do potássio da célula, provocando redução do limiar de membrana
e consequentemente sintomatologia aguda de estímulo do SN. • Pode ocorrer lesões em miocárdio, degeneração
hepática e renal. • Alterações em sistemas circulatório, respiratório, nervoso, reprodutivo e imunológico foram
descritas em trabalhadores rurais cronicamente expostos a organoclorados
Sinais: Salivação, ataxia, hipersensibilidade, tremores musculares, movimentos de pedalagem, ranger de dentes,
excitação nervosa, convulsão e morte • Mioclonia, depressão central, vômito, gastrite e diarréia • Dermatite
quando há contato cutâneo
Observações: Pode ser dosado no sangue e urina por meio de cromatografia gasosa
Glifosato
Toxicocinética: Absorvido principalmente pelo intestino (20-40%), distribuído no organismo sendo encontrado
principalmente em intestinos, ossos, cólon e rins. • Biotransformação é mínima. Em torno de 1% do produto se
converte em ácido aminometilfosfônico (AMPA) e uma pequena quantidade desse composto é eliminado pelas
fezes, sendo excretado principalmente pela urina até 48h após contato. • Não aparenta ter bioacumulação
Toxicodinâmica: Hepatotóxico, nefrotóxico. • Deprime atividade oxidativa mitocondrial, diminui atividade
transcricional das células, induz estresse oxidativo, aumenta atividade de enzimas citocromo P450, aumento de
cloro e sódio, redução da creatinina e aumento de uréia. • Causa congestão hepática e necrose, doença renal
crônica, depleção de manganês (co-fator enzimático), efeitos inibitórios de SNC por inibição de
acetilcolinesterase, causa perda de memória, tem efeito inotrópico negativo e é teratogênico.
Sinais: Ulcerações orais, esofágicas e gástricas com disfagia, náusea e vômitos, hematêmese, melena, hepatite,
pancreatite, hipotensão arterial, podendo chegar a choque cardiogênico. • Pode ocorrer infiltrado intersticial
alveolar com taquipneia, dispnéia, tosse e edema pulmonar não cardiogênico.
Observações: Administração parenteral de emulsão lipídica pode auxiliar na correção da hipotensão refratária
observada em casos graves
Toxicocinética: Bem absorvidos por via oral, porém sofrem hidrólise ao atingirem o intestino delgado devido ao
meio alcalino. • São lipossolúveis, apresentando boa absorção pela pele ou mucosas. • Rapidamente distribuídos
e oxidados no fígado e excretado pela urina
Toxicodinâmica: Bloqueiam enzimas esterases. • Se ligam a acetilcolinesterase de forma irreversível • Efeito
colinérgico pelo aumento de acetilcolina na fenda sináptica levando a hiperestimulação tanto em receptores
nicotínicos como muscarínicos. • Pode levar a polineuropatia retardada devido à inibição de esterases e
fosfolipases
Sinais: Náusea, vômito, diarréia, dor abdominal, polaquiúria, sialorreia, sudorese, bradicardia, miose, tremores
musculares e espasmos. • SNC: estimulação ou depressão • Inicial: suor e salivação abundante, lacrimejamento,
debilidade, cefaléia, tontura, vertigens, perda de apetite, dores de estômago, visão turva, tosse com expectoração
clara, irritação na pele. • Grave: crises convulsivas, coma, parada cardíaca e óbito
Observações: Gatos tem maior sensibilidade a organofosforados (danos neurológicos) • Tratamento com
atropina: antagonista competitivo de receptores muscarínicos → auxilia na redução dos efeitos • Miorrelaxantes
são contraindicados podendo levar a falência respiratória
Paraquat e Diquat
Rodenticida
Anticoagulante
Toxicocinetica: Principal forma de contato é via oral seja por ingestão direta ou por ingestão de animais
contaminados (biomagnificação do toxicante). • Absorção via TGI e distribuição pela corrente sanguínea •
Metabolização hepática e excreção via urina e fezes
Toxicodinamica: São inibidores competitivos da vitamina K, impedindo sua conversão nas formas ativas. • Como
a vitamina K é um co-fator para a cascata de coagulação, há o impedimento da carboxilação final dos fatores II,
VII, IX e X, interferindo na coagulação. • Inibe também a formação de protrombina e causam lesões em paredes
de capilares o que leva a hemorragias espontâneas
Sinais: Sangramentos gengival e nasal • Tosse • Urina, vômito e fezes com sangue • Letargia ou intolerância ao
exercício • Dificuldade respiratória • Equimose • Palidez de mucosas
Observações: Tratamento com uso de Vitamina K1 • Suporte do paciente com oxigenioterapia, transfusão
sanguínea, cuidados intensivos e monitorar tempo de coagulação
Furalaner
Toxicocinética: Absorvido após administração por via oral de dose única. • Concentração máxima em 1 dia • Meia
vida longa • Tempo médio de resistência longo • Volume de distribuição aparentemente alto • Baixa depuração
com recirculação entero-hepática • No sangue, se liga a proteínas, aumentando sua permanência no organismo
Toxicodinâmica: Derivados das ISOXAZOINAS • Potentes inibidores dos canais de cloreto do ácido
gamaaminobutírico (GABA) e glutamato do sistema nervoso de invertebrados. • Atividade neuronal
descontrolada, causando morte dos ectoparasitas • Não muito bem elucidado o mecanismo de ação em
vertebrados
Sinais: Relato de possível intoxicação com o medicamento demonstrou toxicidade neurológica onde o animal
apresentou tremores, ataxia e convulsão com letargia
PLANTAS TOXICAS ORNAMENTAIS
Predisposições
Oxalato de cálcio
Alcalóides
Compostos orgânicos com nitrogênio em sua cadeia – gosto ruim: sabor amargo
Função: proteção contra predadores
Beladonados: ação anticolinérgica em receptores muscarínicos
SNC: trombeta de anjo, zabumba, cartucho, hálito do diabo, mata-zombando, erva dos mágicos, erva dos
feiticeiros, borracheiro
Principais: alcaloides tropânicos (atropina e escopolamina) e sementes (efeitos alucinógenos)
Sinais clínicos
o Sede intensa
o Midríase
o Ressecamento de mucosas
o Hipertermia
o Taquicardia
o Convulsões violentas
Tratamento
o Medicamentos parassimpatomiméticos: neostigmina (sintomas graves)
o Casos leves – tratamento sintomático
Nicotina tabacun – fumo também afeta SNC
o Nicotina
o Estimulação do sistema colinérgico
o Sinais clínicos
15 min pós ingestão
Náusea, salivação, vômitos e diarreia
Tremores, fasciculações, andar cambaleante, fraqueza e prostração
Promove inicialmente estimulação e depois depressão
Morte: insuficiência respiratória
o Tratamento
Tratamento suporte – principalmente ventilação
Bloqueador ganglionar não polarizante: mecamilamina
Entubação endotraqueal
Glicosídeos
Saponinas
Azalea sp, Rodhodendrum sp, Tulipa sp, Narcisus sp, Amarilys sp, Iris sp, Euphorbia pulcherrima (A poinsétia,
também designada pelos nomes de manhã de páscoa, bico-de-papagaio, rabo-de-arara e papagaio, cardeal,
flor-do-natal, ou estrela-do-natal)
Pequenas quantidades podem desencadear sinais
Ericaceae Glicosídeo andromedotoxinas princicio ativo
Anorexia, sialorreia, deglutições repetidas, náuseas e vomito
Tratamento: sintomático
Outras plantas: Abrus precatorius (olho de cabra, olho de Pombo, jequiriti) e Ricinus communis (mamona, carrapateira)
Característica
o Filotoxinas lectinas: abrina e ricina
o Semente das plantas
o Folhas da mamona podem causar alterações nervosas – alcalóide
o Sementes mastigadas – sao absorvidas pelo TGI intracelular: inibe transcrição (ptn)
o Ricina – desequilíbrio na captação de Ca no sist. cardiovascular
o Sinais clínicos
24h de latência
Depressão moderada
Elevação da temperatura
Vômitos
Diarreia catarral hemorrágica
Convulsões
o Tratamento
Suporte
Carvão ativado
Protetores gástricos
Correção do distúrbio eletrolítico
Convulsões – benzodiazepínicos
ÓLEOS ESSENCIAIS