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CAPITULO II
Tegumento
Cinetismo Craniano
Dentição
Renan Guimarães
TEGUMENTO
Nos sapos existem verrugas que não são rugosidades. E nos anfíbios eles são desprovidos
de escamas, a o contrário que todos os “répteis” são providos de escamas e essas escamas são
visíveis. Uma diferença que também é uma regra é que essa ausência de escamas faça que o
tegumento dos anfíbios seja um tegumento liso, então entram os sapos para confundir esse
primeiro contato, uma vez que passa a mão pelo tegumento dos sapos e ver que ele não é um
tegumento liso, aquelas verrugas são do tegumento sim, mais são acúmulos de glândulas.
Existe um grupo de anfíbio que tem uma quantidade muito reduzida de escamas e elas são
muito pequenas, elas não são visíveis, que são os Giminofiona. O tegumento dos anfíbios é
composto por glândulas (mucosas, que está presente em todos os anfíbios e glândulas
granulosas que vai variar o numero de acordo com o grupo observado ou toxinas), uma
camada muito delgada de queratina, assim como a epiderme e com uma derme muito
espessa, quando junta essas características se tem um tegumento semipermeável, isso
significa que a pele tem uma permeabilidade aos gases, e faz com que sempre tenha um saldo
positivo. Por que o oxigênio que entra pela pele, a própria pele consome, mais a
permeabilidade é tão alta que tem uma sobra. O tegumento não é uma superfície respiratória
só é permeável à entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico e quando essa
permeabilidade fica com um saldo positivo, a sobra de oxigênio que a pele não consumiu é
distribuída por corpo. E a importância dessa superfície está sempre lubrificada, que vai
facilitar uma melhor difusão desses gases e outro fato é que a camada de queratina ela é
muito delgada que tambem vai ajudar na difusão dos gases. O que é importante para os
anfíbios, essa característica não se dar por que eles vivem na água, mais porque o tegumento é
semipermeável fazem com que eles precisem viver em um ambiente úmido ou próximo à
água.
No caso dos Anfíbios, o tegumento tambem é permeável à água. Essa camada muito
delgada de queratina torna-se uma vantagem para uma “respiração cutânea”, por outro lado
permite tambem muita perda de água. Vemos uma grande quantidade de espécies de Anuros
vivendo associado ao ambiente úmido, já que a perda de água pela pele é muito elevada, por
isso acabam vivendo em ambientes de alta umidade, não necessariamente dentro da água.
Quando são de um ambiente mais seco, normalmente tem uma atividade noturna e mesmo
vivendo em ambiente úmido eles podem ter uma atividade noturna, o que vai reduzir a
quantidade de água perdida pela pele. Por terem um tegumento permeável, faz com que esses
animais estejam associados a um ambiente úmido ou tenham um hábito preferencialmente
noturno.
Tegumento de testudines
O tegumento constituído por escamas que são muito visíveis. Os crocodilia tem um adicional
no tegumento que nenhum Squamata tem que são projeções, que são ossos de origem
dérmica, são chamados tambem de ossos membranosos. E em cada uma dessas peças osseas
vai levar o nome de osteodermo, podem estar presente na região do crânio, membros e
dorso. Os testudines tambem possuem esses ossos dérmicos, a diferença é que as
organizações desses ossos em crocodilia não formam um casco. Na porção ventral, que é
constituído por ossos dérmicos que diferente da região dorsal vai ter uma configuração
diferente, os osteodermos nesse caso vão esta organizados em todo o ventre, vai formar uma
peça articulada, formando uma estrutura única, que deixam essa região mais dura, mais rígida
e resistente a batidas, a ataque, a brigas e esse conjunto de ossos na porção ventral nos
crocodilia é chamado de gastrália, além de possuírem escamas e um tegumento mais espesso,
ainda vão ter a presença desses osteodermos. Esses ossos dérmicos são muito diferentes dos
ossos endocondrais, pois além de não terem um molde de cartilagem antes da formação do
osso, esses tem um crescimento continuo. Do mesmo modo esses elementos não impedem o
crescimento do corpo desses organismos, pois esses ossos crescem junto ao corpo do animal.
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Chegou à hora de um Squamata fazer a ecdise, ele já cresceu de tal forma que essa
camada toda de queratina, impede o corpo de crescer. Para começar o processo de muda, tem
que primeiro fabricar queratina, a queratina velha só vai sair quando a queratina nova estiver
pronta. A queratina nova vai ser depositada de dentro para fora, a primeira camada a ser
sintetizada de queratina é a β e por ultimo a α. O estrato germinativo ele está começando a
formar uma nova camada de queratina nova, para trocar a queratina velha. Depois de formado
as camadas de queratina, só que entra a camada de queratina velha e a nova, tem um grupo
de células vidas, que são células camicases ou células suicidas, porque quando todas essas
futuras camadas de queratina estiverem prontas, o organismo inicia a síntese de ecdisona,
quando esse hormônio atinge certa quantidade na corrente sanguinea, o ecdisona mata todas
as células camicases, vai ficar um espaço entre a camada de queratina velha e a camada de
queratina nova. Esse espaço será o local de rompimento da casca velha, para ficar exposta a
parte nova de queratina, toda a parte velha é liberada do corpo e a camada nova entra em
contato com o ar, as células vivas recebem o estimulo para sintetizar a queratina β, a síntese
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de queratina é um processo suicida, por que conforme vão sintetizando queratina elas
morrem, quando essa camada tiver quase pronta, vai começar o mesmo processo na camada
média e quanto tiver quase pronto o processo, acontece tambem com a queratina α, ai se
encontra todo um extrato córneo morto e novo. Existe uma diferença na forma de ecdise,
entre anfisbênio, serpente e lagarto. Nas serpentes ocorre uma linha de rompimento na
mandíbula, quando tem esse rompimento, com a cabeça ela começa a sair da casca, com isso a
queratina velha fica virada ao avesso. Em lagarto e anfisbênio isso não sai inteiro, eles
descascam. Nos lagartos e anfisbênios essa ecdise é em bloco. Quem troca a pele inteira de
uma vez é serpente e quem descasca a queratina velha são lagartos e anfisbênio.
1. Métodos de Captura
1.1. Utilização de órgãos sensoriais
1.1.1 Olhos
1.1.2 Olfato -> órgão Vômero-nasal
1.1.3 Fossetas com termorreceptores ( não é regra para todas as serpentes).
1.1.4 Audição
Para que a presa seja localizada é necessário que seja utilizado alguns órgãos sensoriais.
Serpente enxerga muito bem, além do olfato pela narina as serpentes é dotadas do órgão
Vômero nasal, as serpentes colocam a língua que é bífida para fora, as partículas em
suspenção no ar aderem a essa língua, que quando ela volta para dentro da boca, cada uma
das pontas da língua encontra uma fosseta que fica no céu da boca e dentro dessa fosseta
sensibiliza o órgão Vômero nasal que amplia a sensação de olfato, essa não é a única maneira
de squamata sentirem cheiro por que eles possuem narina que servem para sentir o cheiro.
Alguns representantes são constituídos por fossetas faciais que serve para sentir a
temperatura do ambiente, quem tem fosseta com termorreceptor está muito relacionado em
capturar presas endotérmicas (aves e mamíferos). Elas são surdas para o som aéreo, pois eles
não possuem membrana timpânica, elas possuem um único ossículo (estribo), que consegue
sentir a audição por vibração do substrato seja ele qual for.
2. Estratégia de ingestão.
2.1. Todas são predadoras de animais e/ou ovos.
2.2. Tragar.
2.3. Constrição.
2.4. Inoculação de toxinas.
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Elas têm que ingerir a presa. Todas as serpentes são predadoras em alguma escala, tanto
na forma animal adulto e juvenil, ou podem ser invertebrados (caramujos, insetos de solo...),
existem serpentes especializadas na ingestão de ovos. Seja qual foi à forma que ela usou para
matar, ela só tem um jeito de ingerir, que se chama tragar, serpente não mastiga porque o
único grupo que faz isso são os mamíferos, ela utiliza a faringe para fazer o trago, que não é
um tipo de sucção. O tragar é obrigatório para todas as serpentes, independente da forma de
matar. A constrição é característica de algumas serpentes, antes do trago essas serpentes vão
ter que imobilizar a presa e conseguem matar por uma constrição. A constrição é quando as
serpentes enrolam o corpo ao redor da presa de uma maneira bem apertada, isso faz com que
a circulação sanguínea diminua e existem órgãos que não podem ficar com a circulação
reduzida (coração, pulmão, pulmão, cérebro, rim e fígado), e a mesma acaba morrendo porque
os órgãos vitais não estão recebendo o sangue suficiente. Outra maneira de imobilizar ou
matar a presa para que consiga realizar o trago, as serpentes que não matam por constrição,
muito frequentemente matam inoculando toxina.
4. Dentição
4.1. Áglifa
4.2. Opistóglifa
4.3. Proteróglifa
4.4. Solenóglifa
Do dente inoculador de uma proteróglifa ele é parcialmente fechado, aqui já existe uma
economia maior de veneno e isso uma inoculação maior de veneno.
Dentro das solenóglifas, vai encontrar o grupo de serpentes mais temido, são serpentes que
representam um perigo muito grande para humanos, porque o numero de acidentes é muito
maior. A dentição solenóglifa se destaca bastante das outras dentições, porque primeiro esses
dentes são muito grandes, está localizado sempre na região anterior e são dentes móveis, o
nível de cinetismo do craniano, principalmente na maxila dessas serpentes é tão ampla, que
quando ela abre a boca, esse dente simplesmente se protrai. Outra coisa é que o sulco de um
dente de uma solenóglifa, ele é completamente interno, o veneno corre todo por dentro do
dente e ele só sai na extremidade distal, às solenóglifas precisa apenas encostar para inocular
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o veneno, elas não precisam armar o bote, por que ela não precisa segurar nada,
simplesmente ela se joga, abre a boca o dente se projeta e quando o veneno escorre não se
desperdiça nada, o dente bate na presa e depois ela solta, a presa foge. Mais elas contam com
fosseta Loreal que também contem termorreceptores, que se localiza entre o olho e a narina
onde ficam localizados todos os termorreceptores (um par). Basicamente 100% do que ela se
alimenta é de mamífero que possuem um sangue quente, a serpente vai seguindo o rastro, o
do odor, o da visão, o da vibração do substrato e a percepção térmica, e ai consegue detectar a
presa recém-morta, e ali mesmo ela organiza e traga.