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Renan Guimarães

Tegumento / Alimentação das serpentes / Cinetismo Craniano / Dentição

CAPITULO II

Tegumento

Alimentação das serpentes

Cinetismo Craniano

Dentição
Renan Guimarães

Tegumento / Alimentação das serpentes / Cinetismo Craniano / Dentição

TEGUMENTO

1.1. Tegumento de anfíbio

Nos sapos existem verrugas que não são rugosidades. E nos anfíbios eles são desprovidos
de escamas, a o contrário que todos os “répteis” são providos de escamas e essas escamas são
visíveis. Uma diferença que também é uma regra é que essa ausência de escamas faça que o
tegumento dos anfíbios seja um tegumento liso, então entram os sapos para confundir esse
primeiro contato, uma vez que passa a mão pelo tegumento dos sapos e ver que ele não é um
tegumento liso, aquelas verrugas são do tegumento sim, mais são acúmulos de glândulas.
Existe um grupo de anfíbio que tem uma quantidade muito reduzida de escamas e elas são
muito pequenas, elas não são visíveis, que são os Giminofiona. O tegumento dos anfíbios é
composto por glândulas (mucosas, que está presente em todos os anfíbios e glândulas
granulosas que vai variar o numero de acordo com o grupo observado ou toxinas), uma
camada muito delgada de queratina, assim como a epiderme e com uma derme muito
espessa, quando junta essas características se tem um tegumento semipermeável, isso
significa que a pele tem uma permeabilidade aos gases, e faz com que sempre tenha um saldo
positivo. Por que o oxigênio que entra pela pele, a própria pele consome, mais a
permeabilidade é tão alta que tem uma sobra. O tegumento não é uma superfície respiratória
só é permeável à entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico e quando essa
permeabilidade fica com um saldo positivo, a sobra de oxigênio que a pele não consumiu é
distribuída por corpo. E a importância dessa superfície está sempre lubrificada, que vai
facilitar uma melhor difusão desses gases e outro fato é que a camada de queratina ela é
muito delgada que tambem vai ajudar na difusão dos gases. O que é importante para os
anfíbios, essa característica não se dar por que eles vivem na água, mais porque o tegumento é
semipermeável fazem com que eles precisem viver em um ambiente úmido ou próximo à
água.

As glândulas granulares, vão ser encontradas em um número muito variável


dependendo do grupo. Há grupos que tem muita glândula granular que vão se juntar e formar
verrugas. As verrugas presentes no tegumento de alguns anuros, nada mais são que
agrupamentos de glândulas granulares, em alguns outros a quantidade é bem menor, essas
glândulas não se organizam em verrugas e como consequência um tegumento mais liso. Em
alguns grupos a quantidade vai ser menor ainda a ponto tambem de não perceber a formação
de verrugas, mais o produto dessas glândulas é muito forte, isso varia muito de um grupo para
o outro. O produto das glândulas granulares são toxinas (veneno) que estão presentes no
tegumento dos anfíbios e isso que faz variar a quantidade de glândulas em cada grupo. No
grupo dos sapos essa quantidade é tão elevada que se organizam em grupos formando
verrugas, sapos ainda tem outro grupo de glândulas que são as parótidais, que se observa por
projeções atrás dos olhos, que são glândulas de toxina tambem, mais não tem associação com
o tegumento. As rãs tem um numero muito reduzido de glândulas e a toxicidade delas é
extremamente baixa. Já as pererecas não têm tantas glândulas assim, mais o produto e,
algumas espécies são altas, e é altamente toxico. No caso das granulares não é a quantidade
que importa, vai ser a qualidade da toxina. Sapo tem uma alta quantidade de glândulas
granulares, mais a toxicidade é baixa.
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No caso dos Anfíbios, o tegumento tambem é permeável à água. Essa camada muito
delgada de queratina torna-se uma vantagem para uma “respiração cutânea”, por outro lado
permite tambem muita perda de água. Vemos uma grande quantidade de espécies de Anuros
vivendo associado ao ambiente úmido, já que a perda de água pela pele é muito elevada, por
isso acabam vivendo em ambientes de alta umidade, não necessariamente dentro da água.
Quando são de um ambiente mais seco, normalmente tem uma atividade noturna e mesmo
vivendo em ambiente úmido eles podem ter uma atividade noturna, o que vai reduzir a
quantidade de água perdida pela pele. Por terem um tegumento permeável, faz com que esses
animais estejam associados a um ambiente úmido ou tenham um hábito preferencialmente
noturno.

Tegumento de testudines

O tegumento de testudines é constituído por escamas, uma das características de testudines


que separa ele dos outros grupos é a presença de osso formando um casco, que é formado
por osso (osso dérmico), que compõe o casco dos testudines, tanto dorsal quanto ventral.
Algumas peças osseas podem estar localizadas na região do crânio e tambem nos membros.
Além de eles terem derme e epiderme, ele tem associado à epiderme o osso, e esse osso ele
não impõe nenhuma dificuldade de crescimento, porque ele cresce junto com o animal. Em
alguns testudines esse crescimento é continuo, e cresce em quanto estiver vivo e esses ossos
são recobertos por escamas, que pode esta recobrindo mais de um osso. A escama é um
determinado material que vai sendo depositado, quanto mais o osso cresce mais deposito vai
tendo de escamas. Alguns testudines é fácil de ver anéis de crescimento, circulando a escama.

Enquanto os ossos dérmicos presentes no tegumento de crocodilia e testudines formam as


projeções dérmicas, as escamas são projeções epidérmicas. Nos “répteis” a epiderme é muito
espessa em relação à derme, porque a epiderme tem várias camadas de queratina (três
camadas), e essas camadas se projetam formando as escamas.

1.2. Tegumento de Crocodilia

O tegumento constituído por escamas que são muito visíveis. Os crocodilia tem um adicional
no tegumento que nenhum Squamata tem que são projeções, que são ossos de origem
dérmica, são chamados tambem de ossos membranosos. E em cada uma dessas peças osseas
vai levar o nome de osteodermo, podem estar presente na região do crânio, membros e
dorso. Os testudines tambem possuem esses ossos dérmicos, a diferença é que as
organizações desses ossos em crocodilia não formam um casco. Na porção ventral, que é
constituído por ossos dérmicos que diferente da região dorsal vai ter uma configuração
diferente, os osteodermos nesse caso vão esta organizados em todo o ventre, vai formar uma
peça articulada, formando uma estrutura única, que deixam essa região mais dura, mais rígida
e resistente a batidas, a ataque, a brigas e esse conjunto de ossos na porção ventral nos
crocodilia é chamado de gastrália, além de possuírem escamas e um tegumento mais espesso,
ainda vão ter a presença desses osteodermos. Esses ossos dérmicos são muito diferentes dos
ossos endocondrais, pois além de não terem um molde de cartilagem antes da formação do
osso, esses tem um crescimento continuo. Do mesmo modo esses elementos não impedem o
crescimento do corpo desses organismos, pois esses ossos crescem junto ao corpo do animal.
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1.3. Tegumento de Squamata

Em todos os “répteis” as escamas se originam por um espessamento muito grande da


queratina. Para que o corpo tenha articulação, as escamas de Squamata, entre uma projeção e
outra, a queratina fica mais delgada, facilitando uma articulação entre as escamas (Não possui
osso dérmico, com exceção do dragão de cômodo). Entre os Squamata tem algumas
diferenças na organização dessas escamas, em serpentes no dorso as escamas tem uma
organização bem fácil de perceber como se fosse um telhado, sempre organizadas em um
único sentido, quando se olha no ventre, a organização dessas escamas muda, são
semicirculares, como os ossos da gastrália de crocodilia, já muda dorso e ventre de serpente.
Em lagartos, no dorso é bem parecida com a organização de dorso de serpente, uma
justaposição parecendo com a organização de telhado, quando vira o ventre elas não se
sobrepõe, elas ficam uma do lado da outra. Os anfisbênios, o tegumento não é colado no
corpo, consegue-se puxar a pele e tambem o tegumento é anelar, com essas características
tem a possibilidade do organismo sanfonar, para possibilitar a força para a escavação. As
escamas de anfisbênios são bem pequenas e em volta dos anéis às escamas estão uma ao
lado da outra, não tem a organização de telhado. Tem-se um destaque em relação à
testudines e crocodilia para o tegumento de squamata, que é um tegumento rígido, não tem
osso e o tegumento impede o crescimento do animal, a queratina por ser muito espessa não
cresce junto com o corpo, então elas são forçadas perder essa pele através de um fenômeno
chamado de ecdise.

A organização da queratina, independentemente do grupo dos “répteis” de fora para


dentro: tem uma camada bem espessa de queratina do tipo β, em seguida uma camada de
queratina delgada, que é um tipo misto de queratina, denominada de uma camada média, e
abaixo da camada média, uma camada um pouco mais espessa de queratina do tipo α, tudo
isso vai compor o espessamento da epiderme e logo abaixo do espessamento de queratina,
vem a porção vivada que é a epiderme, são essas células que fabricam as camadas de
queratina que estão acima, e isso faz uma camada bem mais espessa de epiderme do que de
derme, invertendo o que se encontra em anfíbio.

Chegou à hora de um Squamata fazer a ecdise, ele já cresceu de tal forma que essa
camada toda de queratina, impede o corpo de crescer. Para começar o processo de muda, tem
que primeiro fabricar queratina, a queratina velha só vai sair quando a queratina nova estiver
pronta. A queratina nova vai ser depositada de dentro para fora, a primeira camada a ser
sintetizada de queratina é a β e por ultimo a α. O estrato germinativo ele está começando a
formar uma nova camada de queratina nova, para trocar a queratina velha. Depois de formado
as camadas de queratina, só que entra a camada de queratina velha e a nova, tem um grupo
de células vidas, que são células camicases ou células suicidas, porque quando todas essas
futuras camadas de queratina estiverem prontas, o organismo inicia a síntese de ecdisona,
quando esse hormônio atinge certa quantidade na corrente sanguinea, o ecdisona mata todas
as células camicases, vai ficar um espaço entre a camada de queratina velha e a camada de
queratina nova. Esse espaço será o local de rompimento da casca velha, para ficar exposta a
parte nova de queratina, toda a parte velha é liberada do corpo e a camada nova entra em
contato com o ar, as células vivas recebem o estimulo para sintetizar a queratina β, a síntese
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de queratina é um processo suicida, por que conforme vão sintetizando queratina elas
morrem, quando essa camada tiver quase pronta, vai começar o mesmo processo na camada
média e quanto tiver quase pronto o processo, acontece tambem com a queratina α, ai se
encontra todo um extrato córneo morto e novo. Existe uma diferença na forma de ecdise,
entre anfisbênio, serpente e lagarto. Nas serpentes ocorre uma linha de rompimento na
mandíbula, quando tem esse rompimento, com a cabeça ela começa a sair da casca, com isso a
queratina velha fica virada ao avesso. Em lagarto e anfisbênio isso não sai inteiro, eles
descascam. Nos lagartos e anfisbênios essa ecdise é em bloco. Quem troca a pele inteira de
uma vez é serpente e quem descasca a queratina velha são lagartos e anfisbênio.

Levando em conta a tudo o que foi visto, o tegumento de sauropsida é impermeável a


gás e é quase que 100% impermeável à água e com esse nível de queratinização, o tegumento
de sauropsida não possui nenhum tipo de glândula, nem mucosa e nem granulosa, com
exceção de alguns lagartos terem glândulas femorais. Não o impede de viver em lugar úmido,
mais eles são adaptados a viverem em ambiente seco e não só ficam restritos ao habito
noturno, agora eles podem ter exposição ao sol.

ALIMENTAÇÃO DAS SERPENTES

1. Métodos de Captura
1.1. Utilização de órgãos sensoriais
1.1.1 Olhos
1.1.2 Olfato -> órgão Vômero-nasal
1.1.3 Fossetas com termorreceptores ( não é regra para todas as serpentes).
1.1.4 Audição

Para que a presa seja localizada é necessário que seja utilizado alguns órgãos sensoriais.
Serpente enxerga muito bem, além do olfato pela narina as serpentes é dotadas do órgão
Vômero nasal, as serpentes colocam a língua que é bífida para fora, as partículas em
suspenção no ar aderem a essa língua, que quando ela volta para dentro da boca, cada uma
das pontas da língua encontra uma fosseta que fica no céu da boca e dentro dessa fosseta
sensibiliza o órgão Vômero nasal que amplia a sensação de olfato, essa não é a única maneira
de squamata sentirem cheiro por que eles possuem narina que servem para sentir o cheiro.
Alguns representantes são constituídos por fossetas faciais que serve para sentir a
temperatura do ambiente, quem tem fosseta com termorreceptor está muito relacionado em
capturar presas endotérmicas (aves e mamíferos). Elas são surdas para o som aéreo, pois eles
não possuem membrana timpânica, elas possuem um único ossículo (estribo), que consegue
sentir a audição por vibração do substrato seja ele qual for.

2. Estratégia de ingestão.
2.1. Todas são predadoras de animais e/ou ovos.
2.2. Tragar.
2.3. Constrição.
2.4. Inoculação de toxinas.
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Elas têm que ingerir a presa. Todas as serpentes são predadoras em alguma escala, tanto
na forma animal adulto e juvenil, ou podem ser invertebrados (caramujos, insetos de solo...),
existem serpentes especializadas na ingestão de ovos. Seja qual foi à forma que ela usou para
matar, ela só tem um jeito de ingerir, que se chama tragar, serpente não mastiga porque o
único grupo que faz isso são os mamíferos, ela utiliza a faringe para fazer o trago, que não é
um tipo de sucção. O tragar é obrigatório para todas as serpentes, independente da forma de
matar. A constrição é característica de algumas serpentes, antes do trago essas serpentes vão
ter que imobilizar a presa e conseguem matar por uma constrição. A constrição é quando as
serpentes enrolam o corpo ao redor da presa de uma maneira bem apertada, isso faz com que
a circulação sanguínea diminua e existem órgãos que não podem ficar com a circulação
reduzida (coração, pulmão, pulmão, cérebro, rim e fígado), e a mesma acaba morrendo porque
os órgãos vitais não estão recebendo o sangue suficiente. Outra maneira de imobilizar ou
matar a presa para que consiga realizar o trago, as serpentes que não matam por constrição,
muito frequentemente matam inoculando toxina.

3. Grande cinetismo craniano

É uma característica de squamata (serpentes, lagartos e anfisbênios), eles têm um grande


cinetismo. O crânio ele não é tão compacto como a maioria dos animais, principalmente a
mandíbula é formada por várias peças ósseas, que isso aumenta a movimentação e a
flexibilidade. Acontece que as serpentes são um grupo dentre os squamata, que tem mais
elevado nível de cinetismo craniano. Como esse crânio é formado por varias peças ósseas, é
provável que ele possa ser deformado, desde que não afete o encéfalo. A grande questão do
cinetismo craniano é o quanto elas conseguem abrir a boca e isso facilita a ingestão de presas
de grande tamanho, isso esta associado com a perda o esterno que deixa o esôfago se
expandir para ingestão de grandes volumes. O cinetismo também possibilita a mobilidade dos
dentes em um grupo, que tem o maior cinetismo comparado a todos os outros grupos de
serpentes, graças a esse cinetismo o dente também se movimenta em relação à abertura
bucal. Separam-se as serpentes de acordo com a organização dentária, por que essa
organização dentária nos diz como é a forma de matar a presa. Todas as serpentes vão tragar,
mais são as diferentes dentições que vão nos dizer diferentes formas de matar a presa e
adquirir a mesma.

4. Dentição
4.1. Áglifa
4.2. Opistóglifa
4.3. Proteróglifa
4.4. Solenóglifa

4.1.1. Dentição Áglifa

 Constrição seguida de tragar: Sucuris, Jiboias, Pítons etc.


 Apenas Tragar: Falsa coral.
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As serpentes de dentição Áglifa, ou


elas matam por constrição ou elas
apenas tragam, que se alimenta de itens
que não é necessário fazer uma
constrição, ou mesmo inocular veneno
(caramujo, ovo etc.). A constrição nada
mais é do que, a serpente dar volta no
corpo da presa, essas voltas são
chamadas de espiras. Uma serpente
para ser constritora, ela tem que ter
uma especialização na musculatura da
coluna vertebral. Quando se observa as
Vertebras, a musculatura axial corre paralelamente as vertebras, nas serpentes constritoras
esses feixes musculares têm um ponto de origem e um ponto de inserção muito próximo um
do outro, como consequência disso, ela vai ter uma musculatura muito mais robusta e isso
favorece que elas formem espiras bem apertadas, a ponto de elas conseguirem matar por falta
de circulação nos órgãos vitais. Nas serpentes que não são constritoras se tem uma realidade
bem diferente, vai se ter ao longo da coluna a musculatura axial com ponto de origem e
inserção mais distantes, existe um numero mais reduzido de musculatura, diminuindo um
pouco a força e fazendo que não seja possível essa formação de espiras tão pequenas, mais
isso não impedem que elas se enrolem em algo. Na realidade a dentição Áglifa, nota-se que
todos os dentes são muito semelhantes, não se tem nenhum dente especializado, sendo todos
os dentes basicamente do mesmo tamanho, de mesmo formato. Na morte de um animal por
constrição, nota-se a formação de espiras, ela mantem-se em segurança utilizando o dente,
por que a presa logo que é agarrada, ela começa a se debater e tentando fugir, a serpente
segurando a parte frontal e imobilizar a presa, ela esta garantindo que além da fuga, ela
própria não sofra danos. É muito comum em muitas espécies de constritoras de dentição
áglifa, a presença de termorreceptores organizados ao redor da boca, essas fossetas labiais
cada uma delas contem um grupo de termorreceptores. Não são todas as de dentição áglifa
que vai possuir, as que tiverem essas fossetas nitidamente são serpentes áglifas, de hábito
constritor e noturno.

4.1.2. Dentição Opistóglifa

 Inoculação de toxinas e tragar.


 Cobra verde, muçurana, corre-campo, dormideiras.
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A partir daqui começa as serpentes


com especialização de alguns dentes
para inoculação de veneno. É muito
mais comum encontrar serpentes de
dentição opistóglifa, ou seja, o maior
numero de espécies que se encontra
é serpentes com esse tipo de
dentição. Essa dentição já vai
apresentar uma especialização, que é
um dente
Inoculador de veneno que se encontra na parte superior no fundo da boca, essa serpente
consegue inocular o veneno aproveitando o alto grau de cinetismo craniano e morder a presa
com a boca toda até conseguir colocar o dente no corpo da presa, e não são dentes que é
visualizado com grande facilidade. As serpentes Opistóglifas tem uma toxina para humanos de
baixo risco, causa uma alergia local, pode dar um incomodo etc.
O que deixa esses dentes especializados, é que eles apresentam
sulcos ou canaletas que são abertas, a partir do momento que ela
morde, ela pressiona a glândula inoculadora de veneno e o veneno
escorre por esse sulco e chega ao interior do corpo da presa.

4.1.3. Dentição Proteróglifa

 Inoculação de toxinas, traga.


 Coral Verdadeira, Naja.
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Na dentição proteróglifa o dente inoculador de veneno está na porção anterior da


mandíbula, elas dependem da inoculação de toxinas e todas são obrigadas a tragar, é um

Grupo relativamente pequeno, muito


diferente das opistóglifas a toxina das
proteróglifas é o mais potente de todos, o
tempo de ação que pode ser letal para um
individuo humano adulto saudável pode ser
de menos de 30 min. Localizado na região
anterior o dente de uma proteróglifa, é um
dente sem mobilidade, ela não precisa
morder com a boca toda, basta ela morder
com a parte inicial da boca que ela consegue
inocular o veneno, o sulco ou as canaletas

Do dente inoculador de uma proteróglifa ele é parcialmente fechado, aqui já existe uma
economia maior de veneno e isso uma inoculação maior de veneno.

4.1.4 Dentição Solenóglifa

 Inoculação de toxinas, traga.


 Cascavel, surucucu, jararaca.
 Fossa Loreal.

Dentro das solenóglifas, vai encontrar o grupo de serpentes mais temido, são serpentes que
representam um perigo muito grande para humanos, porque o numero de acidentes é muito
maior. A dentição solenóglifa se destaca bastante das outras dentições, porque primeiro esses
dentes são muito grandes, está localizado sempre na região anterior e são dentes móveis, o
nível de cinetismo do craniano, principalmente na maxila dessas serpentes é tão ampla, que
quando ela abre a boca, esse dente simplesmente se protrai. Outra coisa é que o sulco de um
dente de uma solenóglifa, ele é completamente interno, o veneno corre todo por dentro do
dente e ele só sai na extremidade distal, às solenóglifas precisa apenas encostar para inocular
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o veneno, elas não precisam armar o bote, por que ela não precisa segurar nada,
simplesmente ela se joga, abre a boca o dente se projeta e quando o veneno escorre não se
desperdiça nada, o dente bate na presa e depois ela solta, a presa foge. Mais elas contam com
fosseta Loreal que também contem termorreceptores, que se localiza entre o olho e a narina
onde ficam localizados todos os termorreceptores (um par). Basicamente 100% do que ela se
alimenta é de mamífero que possuem um sangue quente, a serpente vai seguindo o rastro, o
do odor, o da visão, o da vibração do substrato e a percepção térmica, e ai consegue detectar a
presa recém-morta, e ali mesmo ela organiza e traga.

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