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PORÍFEROS

Phylum
Porifera

Esponjas
Características:
Apresentam um grande número de poros, em toda a superfície
do corpo.

Mais antigas e simples criaturas pluricelulares

Não apresentam tecidos e órgãos especializados

São animais sésseis (fixos): crescem aderidos a substratos


submersos como rochas, conchas, recifes de coral, etc, geralmente
em águas rasas e quentes.

Apesar de imóveis, são capazes de movimentar a água ao seu


redor e obtêm alimento através da filtração da água.

Apresentam uma grande variedade de formas: algumas parecem


vasos, outras são tubulares, muitas têm forma de massas
irregulares, incrustradas ao substrato, nas mais diversas cores.
Galeria de Fotos

Amphimedron compressa

Agelas catrhodes

Aplysina fistularis Amphimedron viridis


Arenoscleras brasiliensis
Aplysina fulva

Aplysina lacunosa
Chondrosia collectrix
Callyspongia pergamentacea

Chelonaplysilla erecta
Clathrina sp
Clathrina aurea

Clathrina sp

Cliona sp
Tetila radiata

Stylocordilla borealis – Península Antártica


Desmapsamma anchorata

Cliona celata

Cibrochalina vasculum Crambe crambe


Callyspongia e caranguejo aranha

Muitos camarões, caranguejos,


estrelas do mar, vermes e peixes
vivem associados a esponjas.
Pagurus impressus em esponja
Dysdea sp
Esponjas podem viver
por 200 anos ou
mais.
A maioria das
esponjas atinge
pequenas dimensões:
cerca de 10 cm no
máximo. Porém, há
algumas espécies que
podem alcançar
enormes proporções.

Espécime encontrado nas Ilhas Cayman


Estrutura do corpo das
esponjas
Ósculo
Átrio ou Espongiocele

Canal
Óstio ou poro

Parede do corpo

Broto ou Gema
Tipos de células que constroem o corpo das Esponjas:

Pinacócitos: células achatadas que


revestem a parede externa da esponja,
como uma espécie de epiderme.

Coanócitos: células flageladas , com


uma expansão membranosa em
forma de colarinho e que revestem o
átrio da esponja. É o movimento
destes flagelos que cria a corrente de
água que circula através do corpo do
animal, trazendo partículas de
alimento e oxigênio.

Amebócitos: células livres,


presentes na substância gelatinosa
localizada entre as camadas interna
e externa. Originam todos os
Porócitos: células com um poro central
outros tipos de células.
que as atravessa de lado a lado. É
através delas que a água penetra no
corpo da esponja.
Parede corporal, em detalhe no esquema abaixo:

Direcionamento
da corrente de
água através do
corpo da esponja.
Fluxo de água através do corpo da esponja:

A água penetra no corpo da esponja


num fluxo contínuo, levando para o
seu interior partículas de alimento
(bactérias, algas, protozoários) e
oxigênio. Após percorrer a rede de
canais e câmaras que constitui a
parede do corpo da esponja, essa
água chega ao ÁTRIO (espongiocele) e
Uma esponja pode “bombear”
sai por uma abertura maior, na região
cerca de 4 a 5 vezes seu volume
superior, chamada ÓSCULO,
em água em 1 minuto!
eliminando excretas, gás carbônico e
gametas, na época da reprodução.
Coanócito: a célula típica dos poríferos
Além de responsável pela circulação orientada de
água pelo corpo da esponja, o coanócito participa
da obtenção de alimento: as partículas de alimento
que chegam a espongiocele ficam retidas no
colarinho dos coanócitos e são incorporadas pela
célula = são fagocitadas e digeridas.

Os coanócitos podem
também transferir o
alimento fagocitado
para os amebócitos,
que ajudam na digestão
e distribuição dos
nutrientes para as
demais células.
Detalhes mostrando o
ÓSCULO: o orifício de saída da
água
O esqueleto interno:
As esponjas mantêm sua forma por meio de elementos esqueléticos
distribuídos entre as células do corpo, que podem ser de dois tipos:
* fibras proteicas: proteína flexível = ESPONGINA
* ESPÍCULAS MINERAIS: de carbonato de cálcio (CaCO3)
ou de sílica (H2Si3O7)
Por curiosidade: neste e
no próximo slide, uma
amostra da diversidade
de formas que as
espículas silicosas
podem apresentar.
É, inclusive, baseando-
se principalmente nas
espículas que os
especialistas
identificam as espécies
de esponjas.
Fotomicrografias de
espículas:
Corte transversal de uma
esponja evidenciando as
espículas presentes na parede
do corpo.

Detalhe de uma esponja com


espículas particularmente
abundantes.
As “ESPONJAS DE VIDRO ”:
São esponjas que possuem um
esqueleto formado por espículas de
sílica que se fundem formando um
retículo, como uma renda.
Quando a esponja morre, a rede de
espículas permanece, como um vaso
de vidro, característica que deu o
nome popular à este grupo de
animais.
E s p o n ja s d e
b a n h o
O s p o r ífe r o s d o
g ê n e r o S p o n g ia
n ã o a p re s e n ta m
e s q u e le to m in e r a l
(e s p íc u la s ).
A p re s e n ta m u m a
r e d e d e p r o te ín a
d o tip o
e s p o n g in a .

O termo “esponja” lembra um objeto de textura porosa e


macia. Foram estas as qualidades que levaram os antigos
gregos a usar o esqueleto macio e flexível de certas
esponjas marinhas para polir elmos e armaduras de
metal. Os romanos, além de utiliza-las para tomar
banho, tinham o curioso hábito de encharcá-las com
vinho, depois espremendo-as para beber.
Fibras de espongina
Tipos de estrutura corporal das esponjas

ósculo
câmaras
vibráteis
átrio

Ascon Sycon Leucon


Esponja do tipo ASCONÓIDE
Características:
•É o tipo mais simples
•Tem paredes finas e os poros atingem
diretamente o átrio.
•Esta estrutura impõe limites ao tamanho do
animal: por serem filtradoras, as esponjas
dependem da quantidade de água que fazem
circular pelo corpo para obter alimento e
crescer. Nas esponjas asconóides o fluxo de
água é mais lento que nas demais, pois
proporcionalmente ao tamanho do átrio, há
menor quantidade de coanócitos.
Esponja do tipo SICONÓIDE
Características:
•Dobramentos da parede do corpo
formam numerosos tubos, forrados
por coanócitos. Estes canais
delimitam espaços chamados
câmaras vibráteis.
• As paredes da esponja são mais
espessas e a complexidade é maior.
•O fluxo de água é maior em função
do aumento da área ocupada pelos
coanócitos.
Esponja do tipo LEUCONÓIDE

Características:
•É o tipo morfológico mais
complexo, em que a parede do
corpo da esponja é espessa e
apresenta inúmeras câmaras
forradas por coanócitos, que
desembocam no átrio,
reduzidíssimo ou mesmo ausente.
•Este tipo é o que apresenta maior
aumento em área de filtração e,
conseqüentemente, deste grupo
fazem parte as maiores esponjas.
Reprodução nas esponjas:
•Há esponjas hermafroditas e também dióicas.
•Ocorre tanto reprodução sexuada quanto assexuada.

Processos de reprodução assexuada:


1. Brotamento (Gemiparidade)
2. Gemulação
3. Fragmentação
Processo de reprodução sexuada:
1. Fecundação interna
2. Desenvolvimento indireto - larvas do tipo:
* parenquímula
* anfiblástula
BROTAMENTO:

Na parede externa do corpo da


esponja-mãe podem surgir vários
pequenos brotos, que crescem e
formam novos indivíduos.
Se os “filhotes” não se separarem
da esponja original, formam-se
colônias.
Em certas espécies de água doce
é comum a formação de
gêmulas, que são um “pacote”
Gemulação: de amebócitos cercados por
espículas.
Essas gêmulas são uma forma
de resistência, pois são capazes
de resistir à falta de água
durante uma estação seca
prolongada.
Quando as condições para a
vida voltam a ser favoráveis, os
amebócitos se libertam do
envoltório e originam uma nova
esponja.

Gêmula (1mm)
Regeneração em Esponjas:

As esponjas possuem um grande


poder de regeneração, que está
relacionado ao alto grau de
independência e o baixo grau de
especialização de suas células.
Se passarmos o corpo de uma
esponja por uma peneira, as
células separadas se
reorganizarão e formarão novos
indivíduos, completos.
Esponja
desagregada
Esponja
viva

Reorganização
das células

Início da formação de
novas esponjas
Reprodução Sexuada:
A maioria das esponjas apresenta
reprodução sexuada.
Os óvulos e os espermatozóides são
formados a partir de amebócitos.
Os espermatozóides são liberados na
água, enquanto os óvulos ficam presos à
parede interna do corpo da esponja.
Nadando, os epz penetram pelos poros e
ocorre a fecundação.
O zigoto rapidamente se transforma
numa bola de células flageladas: é a
larva, que sai pelo ósculo e, livre na
água, depois de algum tempo fixa-se,
dando origem a um novo indivíduo.
Flagrante de uma
esponja liberando
uma “nuvem” de
espermatozóides.

Anfiblástula: um dos tipos de


larvas das Esponjas

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