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--Pele e Anexos--
→ Tegumento é o maior sistema do corpo, mais variado e adaptável (~20% massa total do
indivíduo) e executa diversas funções e fornece informações, sendo a mediação entre hábitos e
habitat
→ Carácter de tegumento é importante para o reconhecimento e taxonomia alfa (descritiva),
mas não é tão bom para a taxonomia beta (filogenética), sendo considerado de valor limitado para
filogenias devido a sua plasticidade
→ Funções:
> Proteção para ataque e defesa físicas e químicas do ambiente: como pelos endurecidos,
desenvolvimentos de garras e coloração aposemática
> Locomoção e exploração do ambiente: como garras de tatu canastra, penas de aves e cascos de
ungulígrados
> Sensorial: como vibrissas e focinho modificado de toupeira
> Troca gasosa: como a respiração cutânea em salamandras sem pulmão
> Termorregulação: dissipa calor através do suor e de vasos sanguíneos superficiais; absorção e
conservação de calor; como a placa de incubação em aves e orelhas do elefante
> Balanço hídrico: absorção de água em anfíbios e retenção de água em répteis
> Camuflagem: como camaleões
> Comunicação: reconhecimento inter e intra-específico, sendo que a cor tem função em
comportamentos agonísticos e sexuais
→ Cyclostomata: apresentam epiderme delgada, coberta por uma cutícula muito simples, com
numerosas glândulas unicelulares (Petromyzontida) ou pluricelulares (Myxini) para defesa e
hidrodinâmica
> Tegumento não apresenta queratinização, que só é encontrada na região oral
> Derme fina, composta apenas por fibras de colágeno
→ Escamas
> Placodermes possuíam armadura de esmalte/dentina, osso esponjoso e osso lamelar
> Cosmóide: presente em sarcopterígios basais, semelhante à armadura primitiva, apresentando
quatro camadas, com dentina do tipo cosmóide (ornamentada com esmalte - cosmina) espessa; os
sarcopterígios modernos não tem cosmina e a escama é mais delgada
> Ganóide: presente em actinopterygii basais e cladistia, com superfície mais espessa pela
deposição de ganoína (esmalte), e osso esponjoso e lamelar na base da escama
> Elasmóide: derivada da escama ganóide, é encontrada apenas em Teleostei. A maior parte da
escama é acelular, com fibras colágenas (permite flexibilidade), cobertas pela epiderme (secreta
muco e outras substâncias)
>> Pode ser do tipo ciclóide ou ctenóide
> Placóide: presente em Elasmobranchii, pode ter evoluído a partir de escamas cosmóides ou de
algum placoderme. Apresenta uma cavidade central (polpa), circundada por dentina e recoberta
por esmalte, cujo formato ajuda a diminuir a resistência durante a natação. Essas escamas
perfuram a epiderme
Armadura
Presente Presente Esponjoso e lamelar Placodermes
primitiva
Actinopterygii
Ganóide Ausente Presente (ganoína) Esponjoso e lamelar
basais e Cladistia
Pena de ave, com destaque para as barbas e bárbulas (unidas por ganchos) no vexilo
>> Outras especializações: dente de ovo, bico queratinizado, podoteca com escamas e esporas
→ Síntese:
> Derivados da epiderme são pelos, penas, unhas, garras, cascos, cornos,
chifres, bicos, alguns tipos de escamas
> Derivados da derme são ossos dérmicos
> Resultados da interação derme e epiderme são dentes, dentículos e escamas
dos “peixes”
Fina com
Delgada com ↑ Uni (P)
Cyclostomata colágeno e Região oral Ausentes -
cutícula ou pluri (M)
Cor
E. compacto
Elasmobranch + esponjoso ↑ Células
Ausente Placóides ↑ Mucosas -
ii Raiz da secretoras
escama
Ativa, com
células Cosmóides, Glândulas
“Peixes Origina
mucosas Ausente ganóides e unicelulares -
ósseos” escamas
Recobre as elasmóides epidérmicas
escamas
Ossículos
↑ Mucosas
Delgada com dérmicos
E. esponjoso e granulares
e. germinativo em
Amphibia + compacto Pouca Ausente na derme
e córneo fino Gymnophi
↑ Cor (origem na
Calo nupcial* ona
epiderme)
↑ Vasos Penas,
Escamas
sanguíneos, β - queratina ↓ Glândulas dente de
E. basal + epidérmicas
Aves nervos e na pena e α na Uropigial e ovo, bico,
córneo nos pés e
músculos bainha de sal podoteca,
pernas
lisos esporas
Espessa
Vasos ↑ Sebáceas,
Pode espessar
sanguíneos e Garras, unhas, Tatu: placas sudoríparas, Chifres e
Mammalia (calos)
nervos cascos, pelos dérmicas mamárias, cornos
Cromatóforos
Glândulas odoríferas
epidérmicas
--Musculatura--
→ Funções:
> Movimentação do corpo: locomoção, trabalho e expressões (comunicação inter e intra
específica)
> Movimentação de materiais: peristaltismo no tubo digestivo, vias respiratórias, vasos, ductos,
câmeras e cavidades (como no útero e nas cordas vocais - nas aves a siringe está perto dos
brônquios)
> Sustentação: pode ser, inclusive, a função principal muscular devido a sua importância
> Produção de calor e eletricidade (para defesa, captura de alimentos e navegação)
>> Regulação da temperatura corpórea nos vertebrados endotérmicos, uma vez que o calor
produzido pelas contrações musculares pode ser utilizado na termorregulação
> Proteção, principalmente das vísceras em regiões sem a presença de esqueleto
→ Origem citológica: as
células mesenquimais originam os
mioblastos, que produzem
actina, miosina e outras
proteínas, que se organizam em
filamentos e formam
miofibrilas
> As miofibrilas são envolvidas pelo
endomísio, no qual se
encontram vasos e nervos, e seus
grupos formam fascículos
> Os fascículos são envoltos pelo perimísio, que, em conjunto, formam músculos, envoltos pelo
epimísio
> Inervação forma unidade motoras, compostas por um neurônio motor e as suas fibras
musculares, que podem ser pequenas ou grandes a depender da função
→ Musculatura lisa: presente nas vísceras, com fibras irregulares (não estriadas)
> Células longas, fusiformes e com núcleos centrais
> Unitárias: contrações miogênicas espontâneas rítmicas (geralmente iniciadas pelo estiramento
das fibras em resposta ao volume do órgão), modulação nervosa de taxa e força - ex. estômago,
útero e bexiga urinária
> Multiunitárias: contrações neurogênicas involuntárias com modulação nervosa do grau de
contração, como a contração da pupila
→ Organização estrutural:
> Músculos cardíaco e liso se encontram inseridos em camadas nas paredes dos órgãos, sem
pontos de inserção específicos, sendo que a contração muda o tamanho e forma do órgão ou a
tensão na parede
> Músculo esquelético pode se inserir direta ou indiretamente nos ossos, por meio de tendões ou
aponeuroses
>> Tendão: tecido conectivo que liga o músculo ao osso; ligamento: conecta o osso diretamente no
osso; aponeurose: tecido conectivo em formato de lâmina larga e plana, que une as fibras carnosas
ao osso (ex. aponeurose epicraniana)
> Origem do músculo: extremidade do músculo que se fixa na estrutura que permanece imóvel
durante a contração muscular
> Inserção do músculo: extremidade do músculo que se fixa na estrutura que se desloca durante a
contração muscular
→ Organização funcional:
> Ação: encurtamento (contração) e relaxamento por antagonista (+ força elástica), sendo que o
antagonista pode ser músculo, outra parte do corpo ou outro indivíduo, como no parto; pode ter
ação sinergista também
> Tipos de ação: esfíncter (fecha uma abertura, ex.: esfíncter anal), constritor (comprime um
espaço, ex.: músculos constritores da faringe), dilatador (músculo antagônico ao esfíncter e ao
constritor, dilata uma abertura ou aumenta um espaço), abdutor (provoca movimentos que afastam
o osso da linha mediana do corpo), adutor (aproxima o osso da linha mediana do corpo), flexor
(diminui o ângulo de uma articulação entre ossos adjacentes), extensor (aumenta o ângulo de uma
articulação, causando um movimento antagônico ao provocado pelos flexores), elevador (eleva
uma parte do corpo), depressor (antagônico ao elevador; abaixa uma parte do corpo), supinador
(promove movimento de rotação da mão, voltando a palma para cima) e pronador (promove
movimento de rotação da mão, voltando a palma para baixo)
> Diversos tipos de arquitetura muscular: circular, unipenado, bipenado, multipenado,
convergente, paralelo fusiforme e não fusiforme
→ Origem embriológica: todos os músculos têm origem na mesoderme, exceto os da íris do olho,
que se origina da ectoderme
> Músculos viscerais (vísceras, coração e vasos) surgem das camadas viscerais da placa lateral do
hipômero, inervados por nervos autônomos motores periféricos
> Músculos somáticos se originam dos miótomos dos somitos, e, em alguns amniotas, alguns
músculos derivam da camada somática da placa lateral
> Mesoderma subdivide-se em epímero (somitos), mesômero e hipômero
>> Epímero subdivide-se em dermátomo (derme), miótomo (músculo) e esclerótomo (coluna
vertebral)
>> Na formação da cabeça ocorre a divisão do mesoderma em somitômeros (aglomerados de
mesoderme), senso 4 em anfíbios, e 7 em Teleostei e alguns Amniotas
>> Somitos originam a musculatura hiponeural (inervados por nervos espinhais)
>> Somitômero originam músculos extrínsecos do globo ocular e musculatura branquiomérica
(inervados por nervos cranianos)
Evolução da Musculatura
→ Anfioxo: musculatura lateral em mioseptos, que movimentam a notocorda lateralmente e
apresentam distribuição segmentar sob controle neurogênico
→ Vertebrados: herdam o padrão de segmentos seriados
> A musculatura se finaliza nas nadadeiras de maneiras diferentes, constituindo tipos
→ Cyclostomata: miômeros adjacentes uns aos outros, em organização de W, com musculatura
especializada na região oral e musculatura cefálica desenvolvida
→ Gnathostomata: apresentam septo horizontal de tecido
conjuntivo, no qual a musculatura pode se inserir, separando o
corpo em região epaxial e hipaxial
→ Actinopterygii: organização em miômeros separados por
mioseptos (W), com presença do septo horizontal
→ Sarcopterygii: orientações das fibras em diferentes sentidos,
relacionado a sustentação (ajuda a manter a força da parede)
> Anfíbios apresentam diferenciações da musculatura em
camadas, originadas da musculatura hipaxial (+ desenvolvida)
> O músculo reto abdominal ajuda a manter a integridade
estrutural do corpo em animais terrestres
> Os músculos intercostais, derivados da região hipoaxial, movimentam a caixa torácica e auxiliam
na respiração por aspiração
> Diferenciações da musculatura epaxial ocorrem seguindo a regionalização da coluna
> A organização em miômero é perdida ao longo da diversificação dos amniota, com
longitudinalização da musculatura
> Aves apresentam redução dos músculos epaxiais e hipoaxiais, com maior desenvolvimento dos
músculos apendiculares
> Mammalia apresenta musculatura relacionada com a mastigação bem desenvolvida
A) M. epaxial
B) M. hipaxial
C) M. apendicular
D) M. hipobranquial
E) M. epibranquial (cucullaris)
F) M. extrínseca do olho
G) M. branquiomérica
>> Cyclostomata: notocorda persiste como elementos estruturais primários, com arcuália
(primórdios de vértebras ou vestígios de uma vértebra)
>> Actinopterygii: alguns são prioritariamente sustentados pela notocorda, mesmo sendo de porte
grande - em celacanto (sarcopterygii) também
> Coluna vertebral:
>> Chondrichthyes: notocorda parcialmente segmentada por vértebras cartilaginosas, o que
resulta em uma regionalização da coluna vertebral em parte abdominal e caudal
>> Arco hemal, ventral, nas vértebras posteriores, por onde passa vários vasos sanguíneos
(protege a veia e a artéria causal) - isso é possível graças a ausência da cavidade abdominal nesta
região
>> Arco neural protege o tubo nervoso e, em tetrápodes terrestres, pode ter zigapófises
>> Centro vertebral comprime a notocorda
>> Sarcopterygii: elementos vertebrais auxiliam na sustentação
>> Nos primeiros tetrápodes, o surgimento de zigapófises possibilitou a maior regionalização da
coluna vertebral em cervical, torácica, lombar, sacral e caudal
>> As zigapófises auxiliam no novo problema mecânico de vertebrados terrestres: a tendência à
torção excessiva da coluna vertebral. Em peixes, o esqueleto axial recebe suporte mais ou menos
contínuo e uniforme ao longo de seu comprimento, enquanto nos tetrápodes apenas dois pares de
pontos, os membros anteriores e posteriores, proporcionam sustentação. As zigapófises ósseas são
orientadas para tornar possível a inclinação horizontal ou vertical, mas resistir à torção, além de
auxiliar na função de suportar o corpo do animal
>> Em amniota há associação do esqueleto e de músculos intercostais para a ventilação
pulmonar
>> Há, pelo menos, uma vértebra cervical, Atlas, nos tetrápodes, sendo que a segunda é Axis
>> Em mamíferos tende a ser 7 cervicais, sendo que as girafas não têm vértebras a mais, elas são
apenas maiores
>> Redução das costelas apenas para a região torácica permitiu o crescimento maior, além de
aquisição de maior velocidade ao deixar a lombar livre em mamíferos
>> Na região sacral as vértebras se associam com a cintura pélvica
>> A região caudal pode se encontrar modificada em cóccix (humanos), urostilo (anuro), sinsacro
(aves - vértebras isoladas e o pigóstilo) e rabinhos
>> Em alguns répteis, a gastralia se associa ao esqueleto axial
>> Cobras tem duplicação da região torácica
>> Testudines apresentam coluna e costelas modificadas, formando um casco (carapaça + plastrão)
>> Em tetrápodes que retornaram à água, algumas modificações axiais são a redução das vértebras
cervicais, arcos neurais mais alongados (para fixação da musculatura propulsora) e lombares
numerosas
> Costelas: desenvolvem-se nos miosseptos e dão força à parede lateral do corpo, são unidas pelo
esterno, que se encontra mais desenvolvido em amniotas e protege as vísceras, auxilia na ventilação
pulmonar e serve de ancoradouro para os músculos peitorais
>> Cinturas mais desenvolvidas em animais terrestres, sendo que a cintura pélvica
(endoesqueleto) tende a ser formada pelo ílio, ísquio e púbis
>> Reorientação do púbis para trás surgiu duas vezes independentemente
>> Púbis voltada para frente, formando um ângulo aberto com o ísquio - saurísquios
>> Púbis voltada para trás, paralela ao ísquio - ornitísquios e aves
>> Em primatas, a clavícula é exoesqueleto, tendo surgido devido ao hábito arborícola
>> Em geral, nos carnívoros a clavícula não é articulada osseamente a caixa torácica, estando
presa apenas por músculo e ligamento
>> Vertebrados que retornaram para a água preservam vestígios das transformações em seus
membros (ex. pinguim: nadadeira → membro → asa → nadadeira)
--Sistema Nervoso--
→ O sistema nervoso é uma rede de células (neurônios) que se comunicam de maneira precisa,
recebendo estímulos, convertendo esta informação e transmitindo uma ação
→ Estímulos: receptores químicos, térmicos, ciclo de pressão, luz, dor, etc
→ Respostas: envolvem contrações musculares e secreções glandulares
→ O sistema nervoso regula a performance do animal, integrando informação aprendida no
momento com informação armazenada (genética ou memória)
→ Componentes: sistema nervoso central e periférico
→ Órgãos sensoriais são transdutores (aparelho que traduz uma forma de energia em outra),
recebendo os estímulos que o sistema nervoso converter em ação
→ Todos os vertebrados possuem órgãos sensoriais, sendo que a maioria responde a fontes externas
→ Apesar dos estímulos serem os mesmos, a percepção sensorial pode ser diferente
→ Órgãos sensoriais são derivados de placódios ectodérmicos (espessamentos da ectoderme que
sofrem invaginação dorsal em direção ao tubo neural)
→ A conquista do ambiente terrestre teve papel fundamental na modificação e/ou perda de alguns
sistemas
→ A classificação tradicional dos órgãos sensoriais os divide em gerais, de ampla distribuição
(como tato, temperatura e propriocepção), e especiais, geralmente localizados na cabeça (como
audição, visão, olfato e gustação)
→ Receptores sensoriais podem ser primários, com neurônios especializados na recepção direta
de estímulos, ou secundários, com células não nervosas que transmitem os estímulos para
neurônios, que atuam amplificando o estímulo
→ Sistema urogenital é composto pelo sistema excretor e reprodutor, que, apesar de terem
funções distintas, apresentam um desenvolvimento e evolução em comum
Sistema Excretor
→ Responsável pela remoção de resíduos metabólicos nitrogenados, derivados do metabolismo
de proteínas, e manutenção da concentração osmótica dos tecidos
→ Tipos de excretas nitrogenadas: não possui tanta relação filogenética, mas sim ao tipo de
ambiente que os animais vivem
> Amônia: muito tóxica e solúvel, requer grande quantidade de água para sua eliminação, sendo
eliminada em ciclostomados, teleostei, dipnoi (sem estivação), anfíbios aquáticos e crocodilos
> Uréia: menos tóxica e necessita de pouca quantidade de água para ser excretada, eliminada por
elasmobranchii, actinistia, dipnoi (em estivação), anfíbios adultos e terrestres, testudines
aquáticos e mamíferos
> Ácido úrico: menos tóxico e pouco solúvel, sendo excretado em estado semi-sólido, eliminado
na maioria dos lepidosauria, archosauria e testudines
> Muitos vertebrados eliminam as três formas, mas as proporções diferentes entre os grupos,
podendo ser dependentes do estágio de desenvolvimento e disponibilidade de água
Duto arquinéfrico
Machos Duto arquinéfrico ou ductos urinários
Chondrichthyes e
acessórios
anfíbios
Fêmeas Duto arquinéfrico Duto de Müller
→ Gônadas: tamanho e aspecto geral variam com a condição reprodutiva do animal, sendo
comum encontrar assimetria no tamanho e posição delas
> Testículos: geralmente mais lisos, firmes e menores que os ovários, sendo alongados nos
vertebrados de corpo longo (ex. peixes), com tendência a ser compactos e ovóides em
chondrichthyes, anura e amniota
>> Órgãos copuladores: clásper (chondricties), hemipenes (squamata), falodeu (gymnopgiona),
falos (testudines, aves), pênis (mamíferos) - báculo, outros
>> Mamíferos: podem ter glândulas acessórias dos dutos espermáticos, que secretam fluido
seminal para auxiliar no transporte dos espermatozoides, nutrição, ganho de motilidade,
neutralização de ácidos e outras substâncias no trato reprodutivo das fêmeas que possam interferir
na sobrevivência
>< Vesícula seminal: evaginação do ducto deferente, que secreta fluido seminal
>< Próstata: produção de fluidos que auxiliam no transporte e manutenção dos espermatozóides
>< Epidídimo: porção enovelado da porção anterior do ducto deferente e que recebe os túbulos
conectores a partir dos testículos
>> Posição no corpo varia em mamíferos, podendo ficar permanentemente na região abdominal,
permanentemente na região externa (bolsa escrotal) ou periodicamente recolhidos para a região
abdominal - relacionada a temperatura ótima da espermatogênese
> Ovários: aspecto externo muito variável, com ovidutos que podem ter especializações ao longo
do trajeto (armazenamento de ovos antes da postura, deposição de casca, retenção do ovo durante o
desenvolvimento embrionário)
>> Mamíferos podem ter tipos de ovários e úteros diferentes (útero duplo, bipartido, bicórneo ou
simples)
→ Cloaca: câmara onde se abrem as porções terminais do trato digestivo e urogenital, presente
nos estágios iniciais do desenvolvimento de todos os vertebrados, o que permite o estabelecimento
de homologia entre os adultos machos e fêmeas
> Presente em adultos de myxini, elasmobranchii, dipnoi, amphibia e répteis
> Ausente em adultos de petromyzontida, holocephali, maioria dos peixes ósseos: sistema
digestivo se abre mais anteriormente que as aberturas do sistema digestivo
> Ausente em mamíferos: sistema digestivo com abertura posterior a do genital, que pode se
abrir de modos distintos (abertura única ou excretor, reprodutor e digestivo se abrem
independentemente)
--Sistema Digestivo--
→ Trato digestório:
> Boca e cavidade oral/orofaríngea: a cavidade bucal contém dentes, línguas e palato, contando
com aberturas de glândulas orais (tetrápodes), como as salivares que ajudam a umedecer o
alimento e secretar enzimas para iniciar a digestão química
>> Lábios podem ser maleáveis ou bicos rígidos com margens firmes; nos mamíferos, os lábios
carnudos ajudam durante a amamentação e, em humanos, na vocalização
>> Limites laterais da cavidade oral forma a região da bochecha, que pode se especializar em bolsas
da bochecha em alguns roedores e macacos
>> Palato: se forma a partir da fusão dos ossos ventrais do crânio acima da boca, sendo o primário
encontrado em osteíctes e tetrápodes; em rhipidistia e tetrápodes contém as coanas; em mamíferos e
crocodilos forma-se o palato secundário
>> Dentes são exclusivos de vertebrados, sendo formados por cemento e dentina recoberta em
esmalte, e acredita-se que surgiram a partir da armadura óssea dos peixes ancestrais ou que
surgiram na faringe e progrediram para a cavidade bucal
>< Mastigação, em mamíferos e outros vertebrados, começa a digestão mecânica na boca
>< Maioria dos vertebrados basais são homodontes (dentes iguais) e polifiodontes (continuamente
substituídos), os mamíferos são difiodontes (dois conjuntos de dentes), crocodilos e mamíferos são
tecodontes (inseridos em alvéolos dentro do osso), e tartarugas e aves não têm dentes
>< Dentes são derivados embrionários da epiderme e derme
>< Rodentia e lagomorpha apresentam crescimento contínuo dos dentes incisivos
>< Dentes são extremamente especializados para alimentação, como os dentes de cobras, dentes
bunodontes de onívoros e dentes carniceiros de carnívoros
>> Língua: presente em cyclostomata, com cristas de “dentes” queratinizados, mas ausente na
maioria dos peixes gnatostomados
>< Em tetrápodes, uma língua móvel se desenvolve a partir da musculatura hipobranquial, fixada ao
aparato hióide, sendo comum ter botões gustativos nela
>< Alimentação lingual, por uma língua protátil, é utilizada por muitas salamandras, lagartos,
pica-paus e tamanduás
> Faringe: nos adultos é uma passagem de alimentos e de ar, mas filogeneticamente constitui a fonte
de muitos órgãos
>> Forma as bolsas faríngeas em suas paredes laterais, que crescem até encontrar os sulcos
branquiais, nos quais estabelece uma divisão ou placa de fechamento entre eles
>< Em peixes e larvas de anfíbios, as placas são perfuradas para formar fendas branquiais
funcionais
>< Em mamíferos, a primeira bolsa faríngea se expande e dá origem à tuba auditiva estreita e parte
da cavidade timpânica, a segunda dá origem a tonsila palatina, a terceira e quarta bolsas contribuem
para a paratireóide, a quinta origina corpos ultimobranquiais (glândulas separadas em
gnathostomata, que nos mamíferos contribui com parte da glândula tireóide)
>< Todas as bolsas faríngeas contribuem para o timo nos peixes, um número variável contribui nos
anfíbios, e as bolsas faríngeas III e IV contribuem nos mamíferos
>> O teto da faringe dá origem à tonsila faríngea; o assoalho origina a tireoide, parte da língua, a
tonsila lingual e o primórdio do pulmão
>> Deglutição: movimento vigoroso do bolo a partir da boca e da faringe para dentro do esôfago
>> Glote: é uma fenda muscular que se fecha temporariamente através da laringe para impedir a
aspiração inadvertida do alimento dentro da traqueia e dos pulmões
> Canal alimentar: plano comum de organização, isto é, um tubo oco com paredes compostas de
quatro camadas - mucosa (mais interna e inclui o epitélio que reveste o lúmen, as fibras musculares
lisas finas da muscular da mucosa e a região de tecido conjuntivo frouxo), submucosa (tecido
conjuntivo frouxo e plexos venosos do sistema nervoso autônomo), muscular externa (folhetos
circulares e longitudinais de músculo liso) e adventícia (mais superficial, que consiste em tecido
conjuntivo fibroso), sendo chamada de serosa quando um mesentério envolve o canal alimentar
>> Especializações: válvula espiral (em chondrichthyes, dipnoi e outros) para aumentar o
comprimento do trajeto, aumento do canal (herbívoros) tiflossole (larvas de lampreia) para
aumentar a área de superfície
> Esôfago: conecta a faringe com o estômago, pode secretar muco, mas raramente produz enzimas
para a digestão química
>> Pode ter especializações como cílios ou queratinização (animais que ingerem alimentos
abrasivos ou ásperos)
>> Vertebrados que deglutem grandes quantidades de alimento de uma vez armazenam
temporariamente no esôfago
>> Anteriormente é revestido de músculo estriado e posteriormente por músculo liso
>> O papo é uma expansão do esôfago das aves que é utilizada para armazenar alimentos
>> Costuma ser mais longo nos peixes
> Estômago: região expandida do canal alimentar, que está ausente em ciclóstomos e protocordados
(alguns urocordados tem)
>> Ocorre alguma absorção de água, sais e vitaminas no estômago, mas ele serve
predominantemente para agitar e misturar o alimento mecanicamente e acrescentar substâncias
químicas digestivas - suco gástrico
>> Três divisões: cárdica (transição entre o esôfago e estômago em mamíferos, com glândulas
cárdicas), fúndica (maior região com importantes glândulas fúndicas) e pilórica (estreitamento com
glândulas pilóricas, que ajudam a neutralizar o quimo ácido)
>> Suas paredes apresentam faixas de músculo liso que atuam como esfíncteres para impedir a
transferência retrógrada do alimento
>> Pode ter uma região de epitélio não glandular, que também pode se desenvolver a partir da base
do esôfago (alguns herbívoros)
> Fígado: no início da vida fetal, o fígado está diretamente envolvido na produção dos eritrócitos e,
posteriormente, está envolvido na destruição das células sanguíneas velhas. Durante toda a vida,
desintoxica e remove substâncias tóxicas do sangue. A bile é produzida no fígado e liberada no
intestino para emulsificar as gorduras ou decompô-las em gotículas menores. Os carboidratos, as
proteínas e os lipídios são armazenados e metabolizados no fígado
>> Suprido pela artéria hepática e pela veia porta
>> Embriologia: evaginação central do trato digestório, sendo que o mesênquima (não contribui
diretamente para a formação) induz a endoderme a proliferar e diferenciar em hepatócitos
>> Todos os vertebrados possuem fígado
>> Vesícula biliar armazena o produto exócrino do fígado, a bile, e a lança no intestino - está
ausente em cyclostomata, na maioria das aves e em alguns mamíferos
> Pâncreas: desenvolvimento embriológico (origem endodérmica) associado ao fígado, e pode ter
um ou dois ductos que desembocam na porção duodenal do intestino, liberando o suco pancreático
>> Ilhotas pancreáticas produzem os hormônios insulina e glucagon, que regulam o nível de glicose
do sangue
>> Presente em todos os vertebrados, mas nem sempre é um órgão distinto
>> Cyclostomata: disperso no fígado
>> Elasmobranchii: disperso ao longo dos vasos sanguíneos dentro do fígado ou forma uma
glândula distinta
>> Osteíctes: pâncreas exócrino e endócrino distintos
>< Tetrápodes: pâncreas exócrino e endócrino como órgão distinto localizado próximo ao duodeno
> Intestinos: contêm numerosas microvilosidades, que aumentam a área de superfície absortiva, e
possuem glândulas intestinais (reservatório de células imaturas que se dividem e migram para cima)
>> Movimentam o alimento por peristaltismo, adicionam secreções ao alimento (suco intestinal
inclui enzimas para digestão de proteínas, carboidratos e lipídios), podem ter glândulas acessórias
(glândulas duodenais e pâncreas ajudam a neutralizar a acidez no duodeno) e absorvem
seletivamente os produtos finais da digestão
>> Intestino delgado: pode ser muito comprido, com vilosidades, geralmente dividido em duodeno,
jejuno e íleo em mamíferos (podem estar ausentes ou não bem definidas em outros vertebrados)
>< Válvula ileocólica: esfíncter entre o íleo e o intestino grosso
>> Intestino grosso: habitualmente um tubo reto que se estende até a cloca ou ânus, com mucosa
sem vilosidades, com função de absorção de água principalmente
>< Em muitos mamíferos forma o cólon (grande alça suave)
>< Reto: parte reta e final do intestino grosso quando esse termina em um ânus
>> Especializações: cecos intestinais, localizados na junção do intestino delgado com o grosso, por
meio dos quais o alimento circula como parte do processo digestivo
> Cyclostomata: possui uma “língua” portátil com “dentes” queratinizados, canal alimentar em tubo
reto, esôfago ciliado e sem estômago distinto
> Gnathostomata: variação na estruturação do canal alimentar, com dentes, bico, língua, glândulas
salivares e outras adaptações
>> Maxilas evoluíram a partir dos arcos branquiais dos ancestrais agnatos, sendo que a evolução da
nova boca (pós-mandibular), substituindo a antiga (pré-mandibular) deixou traços nos grupos
modernos → A maioria dos peixes modernos com maxilas se alimenta por sucção, produzindo uma
rápida expansão da faringe para inalar a presa, o que representa um remanescente do estágio
ventilatório inicial na evolução das maxilas
>> Generalizações: presença de um esôfago, estômago e intestino, embora o estômago
normalmente não esteja diferenciado nas quimeras, nos peixes pulmonados e em alguns teleósteos
>> Chondrichthyes: válvula espiral no intestino e glândula rectal na cloaca (elimina o excesso de sal
ingerido na alimentação) em elasmobrânquios
>> Osteichthyes: a maioria apresenta cecos pilóricos que se abrem no duodeno, formados na junção
entre o estômago e o intestino, constituem áreas de digestão e absorção de alimentos
>> Tetrápodes: glândulas orais, sendo as mais comum as salivares (não são todas homólogas)
>> Amphibia: esôfago curto, com transição gradual para o estômago, e os intestinos se diferenciam
em um intestino delgado enrolado, cuja primeira parte é o duodeno, e em um intestino grosso curto
que desemboca na cloaca
>> Répteis: podem ter canal alimentar maior e mais elaborado, com estômago muscular e espesso, e
intestino grosso distinto
>< Crocodylia tem moela, região no estômago para digestão mecânica
>< Aves: esôfago produz um papo dilatado (armazena alimento), possuem proventrículo (porção
glandular de paredes finas do estômago que se conecta com a moela e secreta suco gástrico), moela
(tritura o alimento com pequenas partículas duras), intestino delgado longo e espiralado, e intestino
grosso reto e curto que se abre na cloaca
>> Mamíferos: o intestino delgado é longo e espiralado e, em geral tem duodeno, jejuno e íleo, já o
grosso é frequentemente longo, embora não tanto quanto o delgado
>< Nos herbívoros, existe um ceco na junção entre os intestinos delgado e grosso, que nos seres
humanos é muito reduzido e denominado apêndice vermiforme
>< Nos ruminantes, o estômago possui quatro câmaras: rúmen, retículo, omaso (que se originam do
esôfago) e abomaso (derivado do estômago)
>< Nos monotremados e em alguns marsupiais, o intestino grosso termina na cloaca
>< Nos mamíferos eutérios, abrese diretamente para fora pelo esfíncter anal
>< Alguns cetáceos tem bolsas para armazenamento temporário de alimento
>< Glândulas salivares principais são as mandibulares, sublinguais e parótidas, que formam a saliva
adicionada ao alimento na boca; algumas espécies têm glândulas adicionais
→ Único mecanismo para troca de gases (reabastecer O2 e eliminar CO2) em todos os organismos é
a difusão passivo, que é muito limitada
> Movimento de moléculas por energia térmica de áreas de alta concentração para áreas de baixa
concentração até conseguir a distribuição uniforme de moléculas (=equilíbrio)
> Fatores que afetam a taxa de difusão: 1. Área da superfície para
difusão (área grande); 2. Distância que as moléculas devem viajar
(epitélio fino, sistema circulatório); 3. Resistência ao movimento de
moléculas (tecidos úmidos, sem queratina); 4. Diferença entre as
concentrações em cada lado da barreira (intercâmbio contracorrente é
o exemplo mais extremo)
>> Contracorrente é especialmente importante no meio aquático,
sendo que todas as brânquias funcionam com esse mecanismo
>> Brânquias extraem 80–90% do O2 dissolvido na água
→ Brânquias: apresentam densas camadas de capilares suportadas pelos arcos branquiais (na
maioria dos vertebrados), sendo órgãos complexos de tecido epitelial, circulatório e neural
> Respiração aquática tem que ser altamente eficiente pois há apenas 5% de O2 do ar dissolvido na
água
> Apresentam uma grande área de superfície, com epitélio fino e altamente vascularizado
> Em Cyclostomata, as câmaras branquiais são saculiformes com poros internos e externos em vez
de fendas
>> Myxini: a água entra pela narina (não pela boca) e passa pela faringe, por contrações do velo,
pelas bolsas branquiais com canal incurrente e excurrente, e sai por um poro externo comum ou
poros independentes. É um sistema contracorrente, sem arcos branquiais e com 5 a 14 bolsas
branquiais
>> Petromyzontida: ventilação unidirecional em larvas (água entra pela boca e sai pelo poro
externo) ou bidirecional em adultos (água entra e sai pelo mesmo poro externo), nos quais a base
dos arcos branquiais é externa (lateral) às hemibrânquias (duas hemi formam uma holobrânquia) -
apresentam 7 bolsas branquiais
> Chondrichthyes: apresentam brânquias septadas com filamentos hemibranquiais suportados por
septos interbranquiais (tecido conjuntivo), e a base do arco branquial é situada internamente
(medial) à hemibrânquia - 5 a 7 fendas/câmaras branquiais.
>> Possuem câmaras grandes, nas quais a água entra pela boca ou espiráculo
> Osteichthyes: apresentam opérculo (composto por 4 ossos fusionados) que protege a câmara
branquial, e a base dos arcos branquiais situada interna (medial) às hemibrânquias - 4 pares de
holobrânquias
>> O septo interbranquial pode estar reduzido ou ausente, e são os ossos de cada arco branquial que
sustentam as suas respectivas hemibrânquias
>> Todos os filamentos são banhados pelo mesmo fluxo de água
>> Opérculo permite proteção e criação de uma bomba de sucção que ventila as brânquias
> Actinopterygii, Dipnoi e Amphibia: apresentam brânquias externas, com número de pares
variáveis entre os grupos e que podem ser reabsorvidas na metamorfose ou substituídas por
brânquias internas
> Mecanismos de ventilação das brânquias: balanço (movimentação em brânquias externas), cílios,
ventilação forçada (como em tubarões peregrinos), bomba bucal (fecha o opérculo, expande a
musculatura bucal, cria pressão negativa, fecha a boca e abre o opérculo) e compressão das câmaras
branquiais (em lampreias parasitas)
→ Mammalia: apresenta cavidade visceral dividida por diafragma musculoso anterior ao fígado
> Na inspiração há contração do m. diaphragmaticus, o que reduz a curvatura do domo e expande
cavidade torácica. Há rotação de costelas (por meio da contração de intercostais externos) que
contribui um pouco
> A expiração é normalmente passiva, e na expiração forçada há movimentação dos músculos
abdominais e intercostais internos
> Apresenta ineficiência do fluxo bidirecional, pois com o intercâmbio concorrente há mistura do
ar novo com ar velho
> Ademais, têm um “espaço morto” (laringe, traquéia, brônquios), que pode ficar até com 30% do
volume de uma respiração normal
→ Aves: apresentam pulmões rígidos com sacos aéreos (usualmente 9) anteriores e posteriores, que
não efetuam troca de gases
> A inspiração ocorre por rotação anterior das costelas e depressão do
esterno, que expandem o volume da caixa torácica
> A expiração ocorre por rotação posterior e elevação do esterno, que
reduzem o volume da caixa torácica
> Ocorrem 2 ciclos de inspiração/expiração, com ventilação
unidirecional
> Além disso, apresentam pneumatização de ossos, como a coluna
vertebral, costelas, úmero, esterno e sinsacro
→ Testudines: a presença da carapaça torna impossível a expansão da caixa torácica, sendo assim a
mudança de pressão pulmonar é efetuada pelo deslocamento das vísceras
> Os pulmões se encontram justapostos à carapaça, ligados ventralmente às vísceras por lâmina de
tecido conjuntivo (= “diafragma”)
> A inspiração ocorre por contração do m. obliquus abdominis, que aumenta o volume da cavidade
peritoneal
> A expiração ocorre por contração do m. transversus abdominis, que levanta as vísceras e reduz o
volume da cavidade peritoneal, auxiliada pelo peso das vísceras + diafragma
--Sistema Circulatório--
→ Sistema circulatório: função primária de transporte de gases respiratórios, ligação das células
mais profundas do organismo com o ambiente, mas também participa da termorregulação,
transporte de nutrientes, água, eletrólitos, enzimas, hormônios e outros reguladores biogênicos,
anticorpos, coagulação, principal lugar para reações imunológicas
→ Sistema linfático: circulação aberta, tecidos e tubos que recolhem e filtram o líquido intersticial,
produzem linfócitos e conduzem a linfa à circulação sanguínea
> Composto por vasos linfáticos e linfa
> Linfa: é o líquido intersticial recolhido nos capilares linfáticos, que apresenta plasma (menos as
proteínas globulares que não conseguem sair do sistema cardiovascular), linfócitos (dos tecidos
hematopoiéticos), triglicerídeos (do sistema digestivo) e patógenos (e.g. bactérias)
>> 90% do sangue é recuperado pelos vênulas e 10% restante é recuperado pelos capilares
linfáticos
→ Sistema cardiovascular: circulação fechada, rede de tubos e meio de transporte (sangue) que
ligam as células mais profundas do organismo com o ambiente
> Composto por coração, vasos sanguíneos (artérias, arteríolas, veias, vênulas, capilares) e sangue
(plasma, células sanguíneas)
> Coração é uma bomba de pressão e sucção, no qual a contração do ventrículo reduz seu volume, o
que ejeta o sangue e reduz a pressão ao redor das outras câmaras, gerando sucção
> Evolução do coração: tendência ao deslocamento anterior dos segmentos de entrada do coração
>> Urocordados (ascídias): circulação aberta, bomba central formada por (1) miocárdio tubular
(sem câmaras ou válvulas) e (2) pericárdio
>> Cefalocordados: circulação fechada, bomba central ausente, propulsão do sangue por contração
peristáltica da aorta ventral
>> Craniata: átrio, ventrículo, válvula sinoatrial e válvula atrioventricular são sinapomorfias, e o
seio venoso é uma simplesiomorfia
>> Myxini: coração “branquial” com três câmaras em série, com
seio venoso (câmara de recepção do sangue, que inicia a
contração cardíaca), apresenta bombas acessórias sem
musculatura cardíaca (2 cardinais, 2 caudais e 1 portal)
>> Vertebrata (inclui Petromyzontida): circulação fechada, bomba
central formada por segmentos especializados de fluxo de entrada
(inflow) e saída (outflow) com câmaras, válvulas, septos
>< Coração em formato de “S”, com segmentos de entrada e saída
em planos diferentes induz fluxos assimétricos direcionados à
válvula, com isso o recuo ventricular sistólico não é contra o átrio
e auxilia o influxo - vantagem ao evitar o recuo ventricular contra
o átrio
>< Cone arterioso (sinapomorfia): Segmento de músculo
miocárdico, que ejeta sangue para a aorta ventral (i.e., uma bomba
adicional — medidas mostram que o sangue acelera um pouco por causa do conus) e as válvulas
evitam refluxo
>> Gnathostomata: tem bulbo arterial, uma sinapomorfia, que é um segmento não-miocárdico, que
funciona como reservatório elástico, e permite a liberação gradual do volume de sangue e dessa
forma protege a vascularização delicada das brânquias, permitindo a perfusão constante das
brânquias
>< Chondrichthyes não formam o bulbo arterial, mas apresentam o tecido
>< Cone arterial sofre redução durante a evolução
>> Osteichthyes: apresentam veia e artéria pulmonar como sinapomorfias
>> Tetrapoda: o septo interatrial se torna completo, segmentando em dois átrios o que antes era uma
câmara única (ou seja, eram duas câmaras)
>> Amphibia: apresentam cone arterioso homólogo aos peixes, e tem uma artéria pulmocutânea
(sinapomorfia)
>< Coração formado por três câmaras: átrio direito, átrio esquerdo e ventrículo
>> Amniota: cone arterioso é perdido e a base da aorta ventral se divide em três artérias para formar
troncos pulmonares e sistêmicos
>> Archosauria: forma-se um septo interventricular completo, formando câmaras independentes -
átrio esquerdo, átrio direito, ventrículo esquerdo e ventrículo direito
>< Se os crocodilos são ectotérmicos, predadores de emboscada sem atividade prolongada, taxa
metabólica baixa, por que tem os sistemas respiratório e circulatório tão modificados? A ectotermia
auxilia com que eles fiquem mais tempo submersos na água, com baixa taxa metabólica de
descanso e com facilidade para matar suas presas, ao afundá-las. Mas a ectotermia trás consigo o
problema da baixa produção CO2 devido ao baixo metabolismo, que é necessário para a síntese de
ácidos graxos, ácido gástrico, glicose, anéis de purina e auxilia na formação de ossos em espécies
de rápido crescimento - “E agora, jacaré?”
>< A solução é o desvio de sangue, ocasionada por três modificações no sistema circulatório
(forame de Panizzi, cone subpulmonar e anastomose aórtica), que permite um controle fino do
sangue desoxigenado que é enviado ao corpo
>> Aves: perdem o tronco aórtico esquerdo, apresentam seio venoso reduzido e veias pulmonares
com entradas separadas
>> Mammalia: septo interventricular completo (4 câmaras), seio venoso reduzido (marcapasso),
perca tronco aórtico direito, veias pulmonares com entradas separadas
> Vasos sanguíneos: quando um vaso se divide, a área transversal dos ramos é sempre
maior que o original: B + C > A
>> Para qualquer pressão, a velocidade é inversamente proporcional à área transversal dos vasos em
que se encontra: maior área, menor velocidade, assim devido à enorme área transversal dos
capilares, a velocidade do sangue é menor que nos vasos maiores
>> Apenas 5% do sangue se encontra nos capilares (o organismo não tem suficiente sangue para
encher todos os capilares simultaneamente)
>> Melhor diferenciar vasos sanguíneos por calibre e histologia do que por tipo de sangue que
transporta
>> O sistema porta hepático é uma simplesiomorfia de vertebrata
> Vasos linfáticos: não possuem fluxo arterial, mas possuem válvulas unidirecionais (assim como as
veias)
>> Sinapomorfia de rhipidistia (ausente em Latimeria)
>> Amphibia tem coração linfático posterior e anterior, com sacos linfáticos em anura
→ Circuitos vasculares:
> “Peixes” têm circulação simples, sendo que
nunca passa sangue oxigenado pelo coração
> Sangue passa pelo coração, entra na aorta
ventral, passa pelos arcos aórticos (uma série de
pares de artérias) para a aorta dorsal - nos arcos
aórticos recebem oxigênio das brânquias
> Anfioxos têm muitos arcos aórticos,
ciclostomados têm até 15 arcos
> Gnathostomata: possuem seis arcos aórticos
formados durante o desenvolvimento
(sinapomorfia)
> Amniota: o arco mais próximo do coração (VI), leva o sangue para o pulmão, o arco III leva o
sangue oxigenado para a cabeça e o IV leva para o corpo (sistêmico)
> Amphibia: apresentam cone espiral na saída do ventrículo que ajuda a separar o sangue oxigenado
e desoxigenado
> Diapsida (exceto aves): base da aorta ventral se divide em 3 artérias: tronco pulmonar, arco
sistêmico esquerdo e arco sistêmico direito; ducto carotídeo mantido; mantém arcos VI (pulmonar),
IV (sistêmico), e III (carótido)
> Aves: arco sistêmico único (direito), arco aórtico esquerdo perdido completamente, mantém arcos
VI, IV, III, ducto carotídeo ausente, artérias subclávias saem das carótidas internas
> Mammalia: arco sistêmico único (esquerdo), mantém arcos VI, IV, III, ducto carotídeo ausente,
artérias subclávias saem do arco IV, arco sistêmico direito = artéria subclávia direita
Homólogo do tronco
X
pulmonar
Presente em Actinopterygii X X X X
Ausente em Amniota X X X
Homólogo da artéria
X
carótida comum em Amniota
Perdido em Mammalia X X X X
Perdido em Aves X X X X