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ESCOLA SECUNÁRIA FRANCISCO MANYANAGA

BIOLOGIA FICHA 4

Reino Animal
O Reino Animal, Animalia ou Metazoa é composto por organismos heterótrofos, ou seja, aqueles que não
produzem o próprio alimento.
Essa é uma das principais características do grupo e que os diferencia de outros seres vivos, como dos vegetais.

Os seres que pertencem ao reino animal são eucariontes e pluricelulares. Eles possuem capacidade de
locomoção e grande parte fazem reprodução sexuada.

Os animais são classificados em diversos filos, sendo muitos deles animais invertebrados (aqueles que não
possuem vértebras).
Os animais vertebrados que possuem crânio, vértebras e coluna dorsal pertencem ao Filo dos Cordados.

O desenvolvimento embrionário determina características importantes para sua classificação, todos os animais
possuem o estágio da blástula no seu desenvolvimento.

Características do Reino Animal


 Eucariontes: células com núcleo diferenciado, ou seja, envolvido por membrana;
 Heterótrofos por ingestão: necessitam ingerir outros seres vivos, pois não produzem o próprio alimento;
 Pluricelulares: corpo formado por muitas células com funções específicas;
 Aeróbicos: respiram o oxigênio que retiram do ar ou da água, conforme o meio em que vivem;

 A reprodução é sexuada, ou seja, envolve a união de gametas. Mas alguns invertebrados fazem de
modo assexuada.
 Não possuem celulose e clorofila (aclorofilados), uma característica que os diferencia dos vegetais;
 Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples como os Poríferos;
 Presença da blástula: esfera de células, oca, com líquido no interior. É a segunda fase de segmentação das
células no desenvolvimento embrionário depois da formação do zigoto (mórula-blástula-gástrula-nêurula).

 Presença de Celoma, uma cavidade embrionária presente em todos os vertebrados, sendo que os platelmintos
são pseudocelomados e os poríferos não possuem;

 A maioria dos animais têm simetria bilateral: duas metades do corpo simétricas. Também pode acontecer a
simetria radial (vários planos longitudinais a partir do centro do corpo, exemplo: equinodermos) ou ainda
ausência de simetria (esponjas).

CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS: ASPECTOS EVOLUTIVOS


A origem dos animais é ainda obscura, porém, tudo indica que eles surgiram a partir de
primitivos protozoários coloniais, provavelmente flagelados.

A evolução dos animais foi fortemente marcada por sua estratégia alimentar, que é heterotrófica.
Desenvolveram-se estruturas corporais especializadas em localizar e capturar alimento e também um sistema
nervoso que coordenava essas e outras atividades.

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Durante a evolução dos animais houve grande aumento da complexidade corporal, surgindo sistemas de
órgãos especializados na digestão, na respiração, na excreção e na reprodução, entre outros. A presença e
estrutura desses órgãos e sistemas variam nas diferentes espécies, constituindo o principal critério para
sua classificação.
De acordo com a organização básica do corpo, os animais são classificados em mais de 35 filos. Entretanto,
apresentaremos apenas os filos mais expressivos, que se destacam pelo número de espécies ou pelo sucesso
em povoar os diversos ambientes da Terra.

Reino METAZOA Animais - principais filos (ancestral comum)

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Características para classificação dos animais pluricelulares
1. Simetria radial (fixos ou sésseis) ou bilateral (locomoção: nadar, caminhar).
A presença de simetria revela organização.
Simetria radial: podemos dividir o animal em duas partes simétricas, por diferentes planos, como no caso
da estrela-do-mar é característica dos animais "sésseis".
Nestes animais não há parte anterior ou posterior, nem lado esquerdo ou direito. Além das estrelas
(equinodermos), assim também são os cnidários (pólipos e medusas) e espongiários.
Simetria bilateral: há um só plano (sagital) que divide o animal em duas partes simétricas. É a simetria
bilateral que favorece uma organização mais ágil e eficiente. Eles possuem um lado esquerdo e um direito,
uma parte anterior e outra posterior, uma região ventral e outra dorsal.
É a simetria encontrada na maioria dos animais e facilita a locomoção, visto que na parte anterior estão
os órgãos dos sentidos. Os órgãos dos sentidos que entram em contato com o novo ambiente a ser explorado,
captando estímulos e levando para ser interpretados.

2. Segmentação (metameria) homônoma (segmentos "iguais") ou heterônoma (segmentos diferentes).


O corpo se apresenta dividido em segmentos ou metâmeros. O corpo pode ter partes mais ou menos
semelhantes, que se repetem em toda a sua extensão. Favorecem a flexibilidade do corpo. Ocorre, por
exemplo, nos anelídeos (minhoca) e artrópodes (insetos).

Observação:
cabeça e tórax (inseto) apresentam fusão de vários segmentos (tagmas).

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3. Número de folhetos embrionários:
Diblásticos - ectoderme + endoderme.
No desenvolvimento do embrião só se formam ectoderme e endoderme. Apresenta-se assim nos
animais poríferos (esponjas) e cnidários (celenterados).
Triblásticos - ectoderme + mesoderme + endoderme.
Além da ectoderme e da endoderme, o embrião apresenta um 3o folheto, que é a mesoderme. Assim serão
todos os animais, de platielmintes em diante!

As células dos três folhetos embrionários - ectoderme, mesoderme e endoderme - sofrerão um processo de
diferenciação, de acordo com as funções que cumprirão no organismo adulto.
Nos vertebrados, os tecidos, órgãos e sistemas originam-se conforme a tabela abaixo:
Folheto Estrutura do embrião Estrutura no adulto

 cristalino dos olhos


 epiderme
 anexos da epiderme: pelos, glândulas, etc.
 camada celular externa
Ectoderme  revestimento interno da boca e do ânus
 tubo neural (nervoso)
 esmalte dos dentes
 receptores sensitivos
 encéfalo, gânglios e medula espinhal

 vértebras
 somitos:  derme
epímero (dorsal)  tecido muscular
Mesoderme
mesômero (médio)  tecido ósseo
hipômero (ventral)  sistema circulatório
 aparelho urogenital

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revestimento interno do aparelho
digestório
revestimento do revestimento interno do aparelho
Endoderme
arquêntero respiratório
revestimento interno da bexiga, fígado e
pâncreas

4. Presença ou não de cavidade corporal (= celoma).


São sempre animais triblásticos:
i. Acelomados - mesoderme compacta; não há cavidade corporal, ou seja, não apresentam celoma.

Exemplo: platielmintes.
ii. Pseudocelomados - há cavidade, a qual, porém, está só parcialmente revestida por mesoderme.

Exemplo: Nematelmintes.
iii. Celomados - cavidade corporal completamente revestida pela mesoderme. Assim são todos os
animais de anelídeos em diante.
A presença de um celoma permite que o líquido contido em seu interior funcione como esqueleto
hidrostático, pressionando ou não a parede do corpo durante a contração da musculatura, dando-lhe maior
ou menor resistência. Essa cavidade pode servir, de forma rudimentar, para a circulação de nutrientes ou
deposição temporária de excretas e gametas.
A existência de um celoma permite que os órgãos internos se dobrem sobre si mesmos, aumentando bastante
sua superfície e capacidade funcional.

5. Destino (evolução) do blastóporo:


Protostômios - blastóporo origina a boca (ânus poderá abrir-se posteriormente).
São os animais em que o blastóporo vai originar a boca do embrião, sendo que o ânus (que
vai se formar só a partir dos asquelmintes) irá abrir-se posteriormente. Todos os
metazoários, exceto equinodermos e cordados.
Deuterostômios - blastóporo origina o ânus (boca abre-se posteriormente).
São os animais em que o blastóporo irá originar o ânus, sendo que a boca abrirá
posteriormente. Assim são os equinodermos e os cordados.

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Outras estruturas importantes no desenvolvimento embrionário e que são usadas na classificação
dos metazoários do filo dos Cordados: tubo nervoso (dorsal), notocorda, fendas
faríngeas (branquiais).

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