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PHYLUM

PLATYHELMINTHES

1º. Semestre 2016


Aula 5 teórica
Phylum Platyhelminthes Biol. . Div. Animal

INTRODUÇÃO
Etimologia do nome do filo
Platýs (grego) = chato
helminth (grego) = verme
Vermes – corpo achatado dorsoventralmente
Simetria bilateral; triblásticos e acelomados
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INTRODUÇÃO
Diversidade taxonômica - 20mil espécies
5 mil -vida-livre; 15 mil parasitas

Habitat: vivem ambientes aquáticos:


marinho e de água doce;
alguns terrestres;
muitos parasitas
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Diversidade Habitats VIDA LIVRE


marinhos água doce terrestre

PARASITAS
ectoparasita endoparasitas
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INTRODUÇÃO
Tamanho: em geral são pequenos - poucos
centímetros (1-3cm); alguns menores que 1 mm e
poucos atingem 30 cm.

Há parasitas com vários metros – Taenia saginata


(até 12m) e T. solium (até 8m)
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INTRODUÇÃO

Forma do corpo – alongados; ovais;


região anterior diferenciada : ocelos; aurículas;

Coloração – reflete o ambiente que ocupam; os


turbelários marinhos coloridos; os de água doce e
terrestres escuros com manchas ou faixas
amareladas
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Plano corpóreo
Triploblásticos e Acelomados
Corpo com 3 camadas de tecidos distintos
envolvendo uma Cavidade Gastrovascular
PRIMEIRA VARIAÇÃO  ACELOMADOS SEM ÂNUS
Corte Sagital Corte Transversal

Epiderme
Cavidade Gastrovascular
Mesoderme

Boca Gastroderme
Surgimento de Sistema Muscular,
Sistema Excretor, Sistema Nervoso e
Sistema Reprodutor mais desenvolvido
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Plano corpóreo
MORFOLOGIA EXTERNA –
Corpo achatado dorso-ventralmente;
cores vibrantes, outros mais opacos acinzentados
Boca ventral - metade comprimento corpo
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MORFOLOGIA EXTERNA
Extremidade anterior diferenciada –
estruturas sensoriais – ocelos, aurículas,
tentáculos (quimiorreceptores), placa
cefálica.
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Plano corpóreo
MORFOLOGIA INTERNA - PAREDE DO CORPO

1. Epiderme – origem ectodérmica - uniestratificada,


células multiciliadas
2. Glândulas – dupla (mucosa e liberadora) e
glândulas
3. lâmina basal

4. Musculatura – circular e longitudinal


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Plano corpóreo
MORFOLOGIA INTERNA - PAREDE DO CORPO
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Plano corpóreo
MORFOLOGIA INTERNA – Glândulas epidérmica

Células glandulares – Glândulas Rabdóides - rabditos


- Glândula Frontal
- Glândula Dupla mucosa e liberadora

Glândulas Rabdóides - rabditos

Glândulas dupla
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Plano corpóreo
MORFOLOGIA INTERNA – Parênquima
 Tecido mesodérmico entre parede do corpo e tubo
digestivo
 Contém células de substituição epidermal
 Neoblastos (células totipotentes  regeneração).
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Locomoção –
 Deslizamento - batimento
ciliar
 Rastejamento/Natação
 Contrações peristálticas
musculatura
 Contorção ou giros

 Retração e extensão

 Cambalhotas
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TRATO DIGESTIVO – INTESTINO INCOMPLETO


Boca → faringe → intestino em fundo cego.

Intestino formado pela gastroderme (endoderme)


– uma camada de células: glandulares enzimáticas e
fagocitárias

Gastroderme
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TRATO DIGESTIVO – Faringe e glândulas faringianas


Origem ectodérmica, três padrões básicos:
1. Simples – canal ciliado;
2. Plicada ou plicata (probóscide) – pregueamento do
canal
3. Bulbosa espessamento da parede faringiana,
As duas últimas são eversíveis

A – simples B – plicada C - bulbosa


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TRATO DIGESTIVO – Faringe

Movimentos de Protração e Retração da faringe

intestino parênquima intestino parênquima

Faringe plicada
Faringe bulbosa
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TRATO DIGESTIVO – Forma do intestino


A forma do intestino está relacionada com o
tamanho do animal:
- microturbelários intestino em forma saco em
fundo cego;
- macroturbelários com ramificações;
- Acoela sem cavidade.
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NUTRIÇÃO E DIGESTÃO
 São carnívoros (animais vivos ou mortos)
- Protozoários, rotíferos, larvas de insetos,
pequenos crustáceos, entre outros;
- Presas são engolidas inteiras ou sugadas;
- Envolvem a presa ou a aglutinam no substrato.

 Intestino enzimas proteolíticas - digestão extracelular.


 Absorção intracelular via fagocitose.
 Algumas espécies de Acoela associam-se a Zooclorelas;
Zooxantelas (mutualismo).
 Alguns microturbelários alimentam-se de algas
diatomáceas.
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NUTRIÇÃO E DIGESTÃO
ALIMENTAÇÃO

turbelario predando um poliqueta

Planária se alimentando material decomposição


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CIRCULAÇÃO - Ausência sistema circulatório


Os nutrientes difundem diretamente do trato digestivo
para os tecidos próximos.
RESPIRAÇÃO Trocas gasosas - -Ausência sistema
respiratório
Trocas gasosas → processo de difusão direta → oxigênio
é absorvido pela parede do corpo e gás carbônico é
eliminado pela parede.

Animais pequenos, corpo achatado – a distância de


difusão para o transporte de gases e alimento é pequena
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SISTEMA EXCRETOR – PROTONEFRÍDIOS –


excreção e osmorregulação
Protonefrídios → células-flama, dutos e nefridióporos.
Podem excretar amônia
por difusão através da
parede do corpo.

Eliminam excesso de água


drenada pelas células-flama,
comum nas espécies de água
doce, muitas das marinhos não
possuem protonefrídios.
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SISTEMA NERVOSO E ÓRGÃOS SENSORIAIS


gânglio cerebral
gânglio
cerebral
1. Rede difusa

2. Escada

Nervos transversais

células da retina epiderme


cordões
nervosos região
longitudinais foto
sensível
tato
receptores

taça
gânglio
pigmentar
cerebral Receptores
químicos
foto receptores
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REGENERAÇÃO

Neoblastos → originam blastemas


Células totipotentes- diferenciação
Células musculares - reversão ou
desdiferenciação
Controle da regeneração
- Polarização, sempre reconstitui
a parte perdida
-Gradiente de concentração
-anteroposteriora, assim a cabeça é
regenerada mais rapidamente nas
fatias mais anteriores.
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REGENERAÇÃO
A
Regeneração em planárias A

B
B B

C
C
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REPRODUÇÃO ASSEXUADA
1. FISSÃO BINÁRIA

Fissão na altura da faringe divide o animal em duas


partes, cada uma delas regenera a parte perdida.
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REPRODUÇÃO ASSEXUADA
2. FRAGMENTAÇÃO

Quebra do animal em vários partes, cada uma delas


formará um novo animal.
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REPRODUÇÃO ASSEXUADA
3. PARATOMIA
Adulto se diferencia em uma cadeia
de zoóides antes da fissão

Catenula
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REPRODUÇÃO SEXUADA – sistema reprodutor


Monoicos - Hermafroditas

Gônadas em forma de saco delimitadas por epitélio ficam


separadas do parênquima.
Sistema reprodutor masculino (azul): testículos (1 par
– ou vários pares)
1 par dutos espermáticos
1 vesícula seminal
1 glândula prostática
1 pênis (órgão copulador)
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REPRODUÇÃO SEXUADA – sistema reprodutor

Sistema reprodutor feminino (em rosa): recebe os


espermatozoides do parceiro durante a cópula, constituído
por:
1 gonóporo por onde se insere o pênis do parceiro
1 bursa copulatória e 1 receptáculo seminal
1 par ou vários pares de ovários produzem os óvulos,
que serão fecundados e, os ovos transportados para
fora do corpo via oviduto – gonóporo
1 par de úteros armazenam ovos – pouco tempo
Postura – 1 a 1 os ovos são cimentados no substrato
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REPRODUÇÃO SEXUADA –
Cópula mútua – fecundação interna – posição dos poros
genitais

♀ ♂

vagina
glândula oviduto Vesícula
acessória glândula Bolsa do duto seminal
cimento cirro ejaculatório
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REPRODUÇÃO SEXUADA –

Ovos Eclosão - jovens


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REPRODUÇÃO SEXUADA –
Produzem poucos ovos
Desenvolvimento, em geral direto, mas algumas espécies -
indireto (larva)

Ovos Eclosão - jovens

Desenvolvimento, indireto alguns Polycladida de tamanho


grande → larvas de Müeller ou de Goette
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Classificação atual – 4 classes (uma reúne espécies


de vida livre e 3 outras as espécies parasitas)
1. Classe Turbellaria – vermes de vida-livre 5 mil espécies

Turbellaria: promovem um turbilhonamento de partículas


do sedimento –
Nome - refere-se ao movimento em redemoinho
(turbilhonamento) das partículas provocado por
batimento ciliar durante o deslocamento dos animais
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Classificação atual – 3 classes espécies parasitas


Reúne 15.500 espécies distribuídas em três classes de
vermes parasitas

Trematoda Monogenea Cestoda


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Classificação atual – Grupo Neodermata


2. Classe Monogenea – vermes ectoparasitas de um
hospedeiro

3. Classe Trematoda – (fascíolas) vermes endoparasitas


ciclo de vida complexo envolve
2 ou mais hospedeiros

4. Classe Cestoda – Taenia – endoparasitas dois


hospedeiros o definitivo
sempre um vertebrado
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Classe Monogenea – ectoparasitas de um hospedeiro


Morfologia externa Morfologia interna

ventosa oral

Opisto-háptor

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Diclidophora
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Classe Trematoda (Digenea) – endoparasitas de 2 hospedeiros

Ventosa oral Eurytrema sp


faringe

intestino Bolsa do cirro

ventosa
ventral testículos

vitelário
ovário

útero Lesões no fígado (herbívoros)


- causadas pelos parasitas

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Morfologia
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Classe Trematoda (Digenea) – endoparasitas de 2 hospedeiros

Ciclo de vida Schistosoma mansoni


Adultos – vasos biliares de humanos
Larvas – caramujos planorbídeos
miracídios – esporocistosI – esporocistosII –
cercárias (fase infestante)

PROBLEMAS AMBIENTAIS; SOCIO-ECONÔMICO; MÉDICO-


SANITÁRIO
PROLIFERAÇÃO DO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO
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Classe Cestoda – endoparasitas dois hospedeiros –


definitivo sempre um Vertebrado
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Classe Cestoda – endoparasitas dois hospedeiros –


definitivo sempre um Vertebrado

Ciclo biológico da
Taenia solium
teníase

neurocisticercose
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Síntese da aula
Diversidade e Hábitat
Plano corpóreo básico do filo
Parede do corpo – tegumento e musculatura
Sistema digestivo – nutrição e alimentação
Sistema excretor – excreção e osmorregulação
sistema nervoso e sensorial
Sistema reprodutor – reprodução e regeneração
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Subdivisão do filo em classes


1. Classe Turbellaria - forma de vida-livre
Grupo Neodermata - parasitas
2. Classe Monogenea – ectoparasitas de anfíbios
3. Trematoda – parasitas ciclo de vida - 2 ou mais hospedeiro
4. Cestoda – parasitas 2 hospedeiros - definitivo vertebrado

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Obrigado!

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