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Filo Porifera (Esponjas) Biol. e Divers.

Animal

Filo Porifera
“As esponjas não tiveram progresso na diferenciação de
uma extremidade anterior ou de uma cabeça“
Libbie Hyman, 1940
Filo Porifera (Esponjas) Biol. e Divers. Animal

Etimologia do nome: porus = poro Organismos


(latim) ferre = possuir que possuem poros

Classificação posição taxonômica - filo do grupo Parazoa


Separa-se do restante dos animais - Eumetazoa

O desenvolvimento embrionário
ocorre mas sem formação de
folhetos germinativos.

Assim, tecidos verdadeiros e


órgãos não são formados.

Ausência de cavidade digestiva

A maioria das células totipotentes


(ou indiferenciadas)
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Considerando a natureza séssil,


crescimento amorfa, morfologia
assimétrica ou radial.

Os primeiros naturalistas
consideram as esponjas como
Plantas.

Ellis (1765) – observou-se pela primeira vez a corrente de


água interna  assim, as esponjas foram reconhecidas
como Animais.
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Diversidade de espécies
- Cerca de 8350 espécies conhecidas em todo o mundo.
(van Soest 2011)
- Brasil tem 443 espécies reconhecidas (5% do total de spp)
(Muricy, 2012)
Habitat – essencialmente aquáticos – maioria é marinha
Poucas (150 espécies) – água doce
- Fixas em substrato duros: rochas, conchas,
troncos, entre outros, em águas rasas (litoral)
- Exceto esponjas de vidro – mares profundos
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Distribuição Ambientes que ocupam

 As esponjas ocupam todos os habitats marinhos; a


maioria ocorre entre zona de menor maré até 50 m de
profundidade, poucas ocorrem em profundidades.

 As espécies de água doce vivem em rios, lagos e


lagoas presas a plantas aquáticas ou nos sedimentos do
fundo.
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Diversidade do formato do corpo

- Irregulares (assimétricas), algumas cônicas e cilíndricas


(simetria radial)

Diversidade do Crescimento
- maciço, ereto, ramificado, incrustante
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Diversidade Tamanho – varia de 1-2 cm à 1,0 m diâmetro

Maioria alguns centímetro

1,0 m
1cm
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Tamanho
Exemplares grandes com 1m de altura e 2m de diâmetro na
Antártica e nos recifes Caribenhos).
Hexactinellida Hexactinellida

http://media.eol.org/content/2014/01/30/03/17495_orig.jpg
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Diversidade de Cor
– Cores vibrantes – vermelho, laranja, amarelo, roxo,
azul, verde, mas também há espécies cinza, marrons.
A coloração depende da presença de pigmentos celulares
ou endossimbiose - Associações com bactérias e algas podem
dar a cor à esponja
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Arquitetura do corpo - PARAZOA


2 CAMADAS DE CÉLULAS AO REDOR DE
1 CAVIDADE NÃO DIGESTIVA
CORTE SAGITAL
OSTÍOLOS

ESPONGIOCELO ÓSCULO
MESOILO
CAMADA DE
COANÓCITOS

CAMADA DE PINACÓCITOS
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Definição:

As esponjas se caracterizam por apresentar o corpo


perfurado por numerosos poros (óstios ou ostíolos) e
canais através dos quais a água flui  SISTEMA
AQUÍFERO.

 Todas as atividades vitais são executadas através


desse sistema aquífero.

Leucandra serrata Paraleucilla magna Leucascus roseus


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Fluxo de água ósculo

ostíolos
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Estrutura do corpo - organização celular

As esponjas tem grau de organização celular.

Não possuem nenhuma estrutura que possa ser um órgão.

Vários tipos de células são responsáveis por todas as


funções vitais.
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TIPOS MORFOLÓGICOS
ÓSCULO
ÓSCULO
CÂMARAS DE
COANÓCITOS

ESPONGIOCELO CANAIS
RADIAIS

ATRIO

OSTÍOLOS CANAIS
INALANTES

ASCONÓIDE SICONÓIDE LEUCONÓIDE

Aumento de complexidade quantidade de coanócitos/volume


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Morfologia básica do corpo


1. Asconóide - A monocamada de coanócitos é simples e
contínua
2. Siconóide - A monocamada de coanócitos torna-se
dobrada.
3. Leuconóide – Monocamada de coanócitos torna-se
subdividida em muitas câmaras flageladas.
Aspectos funcionais:

- O dobramento do espongiocelo
resulta em maior no de coanócitos
por unidade de volume da esponja;

- O maior no de câmaras flageladas


resulta em maior eficiência na filtração
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Estrutura do corpo - organização celular

1. Camada de cobertura revestimento


externo = pinacócitos
1
2. Camada reveste espongiocelo (interno)

1
= coanócitos –– células flageladas. 3

3. Mesoílo entre as duas camadas


anteriores 2

2
(amebócitos + espículas mergulhados
em  substância gelatinosa)
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Camada da Superfície externa - revestimento

1. Pinacócitos uma camada contínua de


células achatadas
- revestimento superfície externa
- canais inalantes e exalantes (interno)

2. Porócitos células cilíndricas entre os pinacócitos


- Formam os ostíolos ou poros
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Camada mediana - Mesoilo

Entre as camadas de pinacócitos e de coanócitos


Consiste de uma matriz de proteína + algumas células +
espículas. espículas
Arqueócitos células totipotentes arqueócito
1. Amebócitos: digestão e transporte), esclerócito
2. Esclerócitos (construção espículas)
Mesoílo
3. Miócitos (semelhantes às musculares - actina e miosina)

4. Oócitos – formarão o óvulo – reprodução


5. Espermatócito – formarão espermatozoide - reprodução
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Sustentação - Esqueleto
Elementos esqueléticos
1. Orgânicos – colagenosos – proteína fibrilar - colágeno e
espongina (forma fibrosa - mais espessa) – Espongócitos.

2. Inorgânicos – espículas de sílica ou carbonato de cálcio –


- tamanho megaescleras e microescleras
– construídas pelos Esclerócitos.
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Camada interna – reveste espongiocelo

Coanócitos – células flageladas responsáveis


pela circulação de água - sistema aquífero.

Colar – microvilos citoplasmáticos envolvem o


flagelo.

Água drenada passa pela câmara de


coanócitos realizam a fagocitose e pinocitose
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Nutrição

Digestão intracelular em vacúolos digestivos e a fagocitose


e a pinocitose são os meios para captura de alimento.

Alimentam-se de bactérias, pequenos protistas, algas e


partículas orgânicas – selecionadas por tamanho.

Restos não digeridos são expelidos por Exocitose


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Excreção - Amônia
– Por difusão simples entre coanócitos e água circulante

Respiração - Trocas gasosas


- Também por difusão simples

Osmorregulação – comum nas espécies de água doce


- Dotadas de vacúolos contrácteis similar a protozoários
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Reprodução
Assexuada
 Brotamento (brotos externos) - fragmentos
que se destacam da esponja parental e
formam novos indivíduos

 Gêmulas (brotos internos) - esponjas de


água doce
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Reprodução sexuada
Não possuem gônadas definidas ou localizadas (gametas
e embriões ocorrem em todo meso-hilo).

Hermafrodita (monoico) – mas produzem óvulos e


espermatozoides em períodos distintos – protândricas.
Ou Dioico - algumas espécies há indivíduos machos e
fêmeas

A fecundação cruzada é a regra geral.

Ovos fertilizados – zigoto – desenvolve-se no mesoílo –


embrião até a larva – livre natante.
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Desenvolvimento Indireto

Ovo – clivagem – larva:

1. Parenquímula (Demospongiae)

2. Anfiblástula (Calcarea)

2
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ECOLOGIA
Dominantes em muitos habitats bentônicos marinhos.
Maioria vive na região litorânea (águas rasas) presa a
substrato rochoso. Muitas espécies associadas aos Recifes
de Coral
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ECOLOGIA
Na cadeia trófica: são filtradores (bactérias, partículas
orgânicas) e

Vários animais se alimentam de esponjas: alguns moluscos,


ouriços e estrelas-do-mar, além de peixes tropicais
(donzelas, peixes-borboleta) e tartarugas.
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ECOLOGIA

Simbiose – comensalismo é comum


corpo das esponjas são utilizados por muitos
organismos, como refúgio e proteção
alguns se alimentam de partícula – fluxo de água
Ex. Spongicola (camarão) habita Euplectella (esponja de
vidro)

Outras esponjas incrustantes em conchas


de gastrópodes, mariscos e ermitões
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ECOLOGIA

Simbiose – mutualismo
Associações com algas verdes e
com bactérias

Esponjas perfurantes corais –


erosão química  bioerosão
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IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

 Esponjas de banho: Spongia e Hippospongia, ainda hoje


são usadas para esse fim apesar das esponjas artificiais.

 Não se conhecem no Brasil locais com abundância de


esponjas que possam ser usadas para o banho;
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IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Medicina e Farmacologia

Diversos metabólitos secundários de grande interesse


para a farmacologia e a pesquisa biomédica;

Cerca de uma dúzia de espécies do litoral sudeste


brasileiro produzem compostos que têm atividade
antifúngica.
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Questões ambientais perda de Biodiversidade de espongofauna

Rio Araguaia: abriga muitas espécies de Porifera de água doce


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Questões ambientais perda de Biodiversidade de espongofauna

Por ação de uma espécies exóticas – mexilhão dourado –


incrustado no substrato compete e tem causado a eliminação
de esponjas
Assim estudos constataram a perda de espécies de Porifera rio
Araguaia – no estado de Tocantins.
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Niphates erecta

Obrigado!

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