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RÉPTEIS:

(CARACTERÍSTICAS GERAIS, CLASSIFICAÇÃO,


BIOGEOGRAFIA E EXTINÇÃO)

Licenciatura em Biologia
Nome da Estudante:
Esménia Paulo Bila
Arnaldo Isaias Mulate
Adalberto Félix Malhope
Célia Afonso Macuácua
Jossefa Franisse Benzane
Verónica Filimão Langa 1
1. Introdução

Os répteis são uma classe diversificada de animais vertebrados que inclui uma
variedade impressionante de espécies adaptadas a diferentes ambientes ao redor do
mundo e desempenham papéis cruciais nos ecossistemas de todo o mundo, servindo
tanto como predadores assim como presas, ajudando a controlar as populações de
pragas e contribuindo para a ciclagem de nutrientes.

Neste trabalho, explorar-se-á detalhadamente as diversas características dos répteis,


sua anatomia fisiológica, classificação, biogeografia e o preocupante cenário de
extinção enfrentado por muitas espécies de répteis
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2. Os Répteis

A classe Reptilia inclui os primeiros vertebrados totalmente terrestres. Surgiram, a partir


de ancestrais anfíbios, há cerca de 340 milhões de anos. O nome réptil vem do latim
reptare, rastejar, fazendo alusão à característica mais comum do grupo que é a sua forma
de locomoção, roçando o ventre no solo.
2.1. Características gerais

 Corpo coberto por pele seca e cornificada, as vezes com escamas epidérmicas;
 Tagemento com poucas glândulas;
 Tetrápodes: dois pares com extremidade pentadáctilas, ausentes em serpentes e numa
espécie de lagartos; 3
Características gerais (CONT/.)

 Esqueleto completamente ossificado, presença de costelas e estero (caixa torácica),


crânio com um côndilo occipital;
 Respiração com pulmões alveolares (ausência de branquias), arcos branquiais
presentes apenas durante o desenvolvimento embrionário;
 Coração dividido em quatro camara, excepto na ordem crocodylia.
 Regulação da temperatura segundo o padrao octotermico,regulação comportamental
em algumas espécies;

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2.2. Anatomia Fisiológica dos répteis

Todos os animais possuem uma camada protetora de pele seca a qual possui poucas glândulas
e é queratinizada para formar tanto as escamas como os escudos a possuem apenas um côndilo
occipital que se amas também tornando essa região frágil quando de contenções físicas. rticula
com o atlas, permitindo assim um aumento da mobilidade da cabeça na coluna,

i. Tegumento comum

A pele dos répteis encontra-se dividida em três componentes: epiderme, derme e espaço
subcutâneo, e uma pele seca com poucas glândulas quando comparados aos mamíferos e
anfíbios. Possuem a pele densamente queratinizada pelas escamas e com uma camada
lipídica para prevenir a perda de água. 5
ii. Epiderme

Diferente dos peixes, as escamas dos répteis são parte integrante de sua pele e possuem
como funções a proteção contra abrasões e a atuação na permeabilidade, tendendo a
serem mais grossas dorsalmente do que ventralmente nos animais.

Possuem 3 camadas, a interna


(axtrato) que produz a proteína
queratina, a intermediária que barra
a água na pele e a externa (extrato
córneo) que forma as escamas.

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iii. Derme

Um tecido conjuntivo denso com vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células


pigmentares (cromatóforos). Em algumas espécies a derme possui placas ósseas chamadas
de osteodermos, que fornecem proteção ano animal.

Nos quelônios essas placas estão


fusionadas com as vértebras para
formarem assim o casco.
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iv. Ecdise

É a troca de pele dos répteis e está sob o controle da glândula tireóide. As serpentes tendem
a trocar a pele toda do corpo de uma vez (A), enquanto que os lagartos e quelônios trocam
a pele em pedaços, o que os torna mais vulneráveis a predadores (B).
A)
B)

Durante a ecdise as células da


camada intermediária se replicam
para formarem uma nova epiderme
com três camadas.

A pele velha é trocada e o novo epitélio endurece, diminuindo a sua permeabilidade.


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v. Produção de Cor

Os répteis possuem células pigmentares denominadas de cromatóforos que se situam entre


a derme e a epiderme. Não apenas auxiliam na camuflagem animal e nas exibições sexuais,
mas também na termorregulação. Estas células pigmentares não estão apenas confinadas à
pele, mas sim podem ocorrer no peritônio de algumas espécies.

Os melanóforos produzem a melanina e situam-se mais profundamente na camada


subepidermal. Estas células de melanina dão origem às colorações na cor preta, marrom,
amarelo e cinza.

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2.3. Esqueleto Axial
i. Cabeça

Assim como as aves, os


répteis também apresentam
uma cabeça extremamente
móvel o que lhes permite
uma grande abertura da
boca, estando esta mais
desenvolvida nas serpentes.
Os lagartos e os crocodilianos apresentam uma poderosa mandíbula e maxila devido à
presença dos músculos adutores mandibulares, os quais se originam da fossa temporal e se
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inserem nos ângulos direitos da mandíbula aberta.
ii. Vértebras

Com exceção dos quelônios os répteis possuem uma coluna vertebral extremamente flexível
devido ao fato de suas vértebras não serem necessárias na sustentação de muito peso, já que a
maioria dos animais passa a maior parte do tempo com o ventre em contato com o solo.

Os músculos epaxiais são bem desenvolvidos e situam-se dorsalmente enquanto que os


músculos hipaxiais estão geralmente ventrais e entre as costelas. À exceção dos quelônios as
costelas são bem desenvolvidas nos animais tanto para suportar a parede corporal como no
auxílio da função de respiração e de locomoção.

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2.4. Esqueleto Apendicular
a cintura peitoral ou torácica nos répteis consiste basicamente nos
Cintura Peitoral: ossos escápula e coracóide, os quais possuem adesões musculares
ao corpo.

Membros Torácicos: os membros torácicos articulam-se com a escápula e o coracóide,


e abarcam os ossos úmero, rádio, ulna, ossos cárpicos, ossos
metacárpicos e falanges.
À exceção das serpentes e de algumas espécies de lagartos (cobras-de-vidro) os quais não possuem nenhum membro

a cintura pélvica dos répteis articula-se com as vértebras sacrais e


Cintura Pélvica:
forma ligações entre a coluna vertebral e o membro pélvico

os membros pélvicos englobam o fêmur, tíbia, fíbula, ossos


Membros Pélvicos:
társicos, ossos metatársicos e falanges. Possuindo de maneira
geral cinco dígitos nos membros pélvicos. 12
2.5. Sistema digestivo dos Répteis

A ausência de lábios ou de membros anteriores flexíveis faz com que os répteis


dependam apenas de sua mandíbula e maxila, e algumas vezes de sua língua, para a
apreensão dos alimentos. A mastigação varia entre as espécies, mas é bem menos
freqüente do que a vista nos mamíferos

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2.6. Sistema respiratório

O aparelho respiratório é constituído por um par de pulmões e pelas narinas externas e


internas, fossas nasais, faringe, traquéia e brônquios. Em algumas tartarugas aquáticas
pode existir respiração faríngea ou cloacal.

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2.7. Sistema circulatório

Os répteis apresentam uma circulação fechada, dupla e incompleta. O coração se divide


em três câmaras (dois átrios e um ventrículo); o ventrículo é parcialmente dividido pelo
septo interventricular, o que torna a mistura de sangue arterial e venoso apenas parcial.
Uma exceção, nos crocodilianos o ventrículo apresenta-se totalmente dividido, com coração perfazendo quatro câmaras

os
an
os

ili
an

od
il i

oc
od

cr
oc

o-
cr

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2.8. Sistema reprodutor

Os machos apresentam 2 testículos que se comunicam com a cloaca através dos canais
deferentes. Lagartos, serpentes e tuataras possuem um par de estruturas copuladoras chamado
hemipênis. Tartarugas e crocodilianos apresentam pênis sulcado. No sistema reprodutor das
fêmeas, encontramos dois ovários, que se prolongam em dois ovidutos, que se abrem na cloaca.
Funil
Ovário
Rim
Papila urogenital Oviduto

Útero

Papila
Epidídimo
Epídidimo
ho

a
Cloaca urogenital

me
ac

rudimentar


M

Vasos deferentes
Intestino Bexiga

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Testículo
2.9. Classificação dos Répteis

Os répteis são separados em duas subclasses de acordo com o tipo de crânio: Anapsida e
Diapsida, nos quais são classificadas as ordens, conforme se ilustra no diagrama.

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2.10. Biogeografia dos Répteis
Os quelônios são distribuídos em diversas zonas do planeta, preferindo habitats aquáticos como
rios, lagos e oceanos. As tartarugas marinhas, por ex., são encontradas em regiões tropicais e
subtropicais, enquanto as tartarugas de água doce são mais comuns em de águas calmas e limpas.

Os escamados são os répteis mais diversificados e encontrados em todos os continentes, exceto na


Antártida. Lagartos e serpentes preferem habitats variados, desde desertos e pradarias até florestas
tropicais. As serpentes são mais abundantes em regiões quentes e úmidas, onde encontram uma
variedade de presas para se alimentar.

Os crocodilianos são encontrados principalmente em regiões tropicais e subtropicais, preferindo


habitats aquáticos como pântanos, rios e lagos. São abundantes na América do Sul, África, Ásia e
Austrália, onde as condições ambientais são favoráveis para sua sobrevivência.
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2.11. Biogeografia dos Répteis
Os quelônios são distribuídos em diversas zonas do planeta, preferindo habitats aquáticos como
rios, lagos e oceanos. As tartarugas marinhas, por ex., são encontradas em regiões tropicais e
subtropicais, enquanto as tartarugas de água doce são mais comuns em de águas calmas e limpas.

Os escamados são os répteis mais diversificados e encontrados em todos os continentes, exceto na


Antártida. Lagartos e serpentes preferem habitats variados, desde desertos e pradarias até florestas
tropicais. As serpentes são mais abundantes em regiões quentes e úmidas, onde encontram uma
variedade de presas para se alimentar.

Os crocodilianos são encontrados principalmente em regiões tropicais e subtropicais, preferindo


habitats aquáticos como pântanos, rios e lagos. São abundantes na América do Sul, África, Ásia e
Austrália, onde as condições ambientais são favoráveis para sua sobrevivência.
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2.12. Répteis em via de extinção

Os dinossauros, um grupo de répteis que dominou a Terra durante grande parte da era Mesozoica,
foram extintos há aproximadamente 65 milhões de anos, no evento de extinção em massa do
Cretáceo-Paleogeno. Outros grupos de répteis também sofreram extinções em massa ao longo da
história da Terra, como os pterossauros, que desapareceram junto com os dinossauros.

Muitas espécies de répteis atuais também estão enfrentando ameaças que as colocam em risco de
extinção. A perda de habitat devido à degradação ambiental, a poluição, as mudanças climáticas,
a exploração ilegal e a introdução de espécies invasoras são alguns dos principais fatores que
contribuem para o declínio das populações de répteis em todo o mundo.

Espécies icônicas como as tartarugas-marinhas, os crocodilos e as cobras estão entre os répteis


que estão em situação de extinção ou ameaçados de extinção devido a essas pressões. 20
3. Considerações finais

os répteis são um grupo fascinante e diversificado de animais que ocupam uma variedade de
ambientes em todo o mundo. Suas características gerais, como a presença de escamas, reprodução
por ovos, pele seca e respiração pulmonar, os distinguem de outros grupos animais. A anatomia
dos répteis, incluindo seu esqueleto adaptado para locomoção terrestre e sua pele impermeável,
reflete sua adaptação ao ambiente terrestre.

É fundamental reconhecer a importância dos répteis na manutenção da biodiversidade e nos


ecossistemas terrestres e aquáticos. A conservação e proteção desses animais são essenciais para
garantir seu papel ecológico e preservar a diversidade da vida na Terra.

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Pela atenção dispensada

Muito Obrigado

Kanimambo
t e brados
os Ver
gi a d
Zoolo

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