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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO


CURSO DE ECOTURISMO E GESTÃO DE FAUNA BRAVIA
BLOCO: ECOTURISMO E CONSERVAÇÃO
MODULO: BIODIVERCIDADE

1º Grupo
Tema: Anfíbios e repteis

Discentes
Martinho Mario Martinho
Laquina Tiago Daniel
Lucia Arlindo Guambe
Docente: Luis Amadeu, Msc

Matsinho, julho de 2023


Índice
Introdução ............................................................................................................................... 1

MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO ......................................................................................... 2

Busca Ativa ............................................................................................................................. 3

MEDIDAS DE RIQUEZA DE ESPÉCIES ............................................................................ 4

Método de Rarefação .............................................................................................................. 4

Conclusão ............................................................................................................................... 7

Referencias bibliográficas ...................................................................................................... 8


Introdução

A herpetofauna é conjunto de répteis (lagartos, serpentes e tartarugas) e anfíbios (sapos, rãs,


pererecas e salamandras), os répteis são vertebrados que se tornaram totalmente
independentes da água para se reproduzirem, a sua pele é seca e sua respiração é pulmonar.
Os anfíbios anuros conquistaram o ambiente terrestre, mas para reproduzir-se necessitam da
água, O desenvolvimento do embrião e do girino dependem da água. Nos anfíbios não há
presença de escamas e observa-se uma pele lisa e úmida. Nos répteis, as escamas são
facilmente evidentes, o que oferece um aspeto seco e uma cobertura mais dura e grossa,
Segundo Poug et al. (1999) a herpetofauna é de grande importância na cadeia alimentar das
comunidades, presumivelmente controla populações de invertebrados e pequenos
vertebrados dos quais se alimentam e servem de alimento para várias espécies de peixes,
aves, serpentes e mamíferos. Atualmente a redução da abundância desse grupo tem se
destacado pela alteração dos ambientes naturais, uma das consequências imediatas dessas
alterações ambientais foi a perda da biodiversidade, devido à incapacidade de muitas espécies
de suportar as alterações ambientais provocadas pelas atividades humanas (Pavan & Dixo,
2004). O estudo dos anfíbios e repteis é importante para a humanidade, pois a herpetologia
permite utilizar a presença e a ausência dos organismos, principalmente os anfíbios, de seus
habitats como bioindicadores de desequilíbrio ecológico e nas mudanças climáticas ocorridas
no planeta.

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MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO

Os métodos de enumeração têm sido amplamente utilizados em estudos de pequenos


mamíferos (Krebs 1966), onde eles foram chamados de método do número mínimo de vida
(MNA). O princípio deste método é simples. Considere um pequeno exemplo de uma
marcação-recaptura estudo (0 = não pego, 1 = pego)

Métodos de enumeração têm sido usados para pássaros, pequenos mamíferos, répteis e
anfíbios (Pollock et al. 1990) e sua simplicidade os torna populares. Mas existe uma
reclamação esmagadora sobre os métodos de enumeração. todos eles sofrem de um viés
negativo. Os números enumerados são sempre menores ou iguais ao verdadeiro tamanho da
população (Jolly e Dickson 1983). Se a capturabilidade for alta, de modo que a maioria
indivíduos são capturados na maioria dos períodos de amostragem, esse viés negativo é
pequeno. Mas se a capturabilidade for baixa, o viés negativo é muito grande. Também operam
com o pressuposto subjacente de que a população é fechada no espaço e no tempo, de modo
que a emigração da área de estudo não pode ser reconhecida.

Em alguns casos, métodos de enumeração são necessários e podem ser justificados no


princípio de que uma estimativa com viés negativo do tamanho da população é melhor do
que nenhuma estimativa. Em alguns casos, o número de animais na população é tão baixo
que recapturas são raras. Em outros casos com espécies ameaçadas, pode não ser possível
marcar e recapturar animais continuamente sem possíveis danos, de modo que o tamanho das
amostras pode ser menor que os 5-10 indivíduos necessários para que a maioria dos
estimadores seja imparcial. Em nesses casos, é necessário perguntar se uma estimativa
populacional é necessária, ou se um índice de abundância é suficiente para fins de gestão.
Também pode ser possível usar os métodos apresentados no ninho dois capítulos para raros
e espécies em perigo. O ponto importante é reconhecer que a enumeração completa raramente
é um método satisfatório para estimar o tamanho da população. O fato de a maioria dos
animais não satisfazer a aleatoriedade da captura a suposição de modelos de marcação-
recaptura é frequentemente usada para justificar o uso de enumeração como um
procedimento alternativo de estimação. Mas Pollock et al. (1990) mostram que mesmo com
heterogeneidade de captura o modelo Cormack-Jolly-Seber é menos tendencioso do que
MNA procedimentos de enumeração baseados. Um estimador de população fechada ou o

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Cormack-Jolly- O modelo de Seber deve ser usado em quase todos os casos, em vez de
enumeração.

Busca Ativa

A busca ativa consiste em procurar em todos os microambientes possíveis onde possam


ocorrer anuros, lagartos e serpentes (HEYER et al., 1994). É desejável que a busca seja feita
em ocos de árvores, serrapilheira, ao redor de brejos e poças temporárias, buracos e tocas no
chão, debaixo de rochas, entre raízes, cupinzeiros e todos os estratos vegetativos (MARTINS
e OLIVEIRA, 1998).

As serpentes podem ser encontradas tanto durante o dia como a noite, visto que existem
espécies de hábito noturno e diurno, tal como alguns anuros, porém a grande maioria dos
anfíbios tem hábito noturno, exceto os lagartos que são geralmente diurnos (HEYER et al.,
1994; MENIN et al., 2008). Diante isso, a busca ativa deve ser feita durante os períodos
diurnos e noturnos, preferencialmente nos períodos da manhã, fim de tarde e noite.

Alguns microambientes podem ser mais favoráveis para o encontro de determinados


espécimes da herpetofauna dependendo do tipo de vegetação e clima da área estudada.
Estudos compravam que 30,6% a 56,8% dos anfíbios e répteis frequentam cupinzeiros
(MOREIRA et al., 2009).

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Em áreas de restinga e Mata Atlântica, é muito comum a presença de bromélias, que podem
e costumam ser ocupadas por anfíbios anuros em busca de um local para reprodução ou
mesmo um abrigo (PEIXOTO, 1995; TEIXEIRA et al., 1997; ETEROVICK, 1999;
SCHNEIDER e TEIXEIRA, 2001; TEIXEIRA e RÖDER, 2007; LANGONE et al., 2008;).

Por último, na hipótese de utilização desse procedimento nos estudos de herpetofauna, é


importante que sejam registradas e descritas na metodologia dos estudos informações
referentes ao número de pessoas, ao comprimento do trecho percorrido e ao número de horas
trabalhadas pela equipe. Isso possibilitará a quantificação do esforço amostra empregado no
estudo e a realização de possíveis futuras comparações temporais e espaciais de dados.

MEDIDAS DE RIQUEZA DE ESPÉCIES

Método de Rarefação

Uma das grandes dificuldades na comparação da riqueza de espécies (número de espécies)


entre comunidades é decorrente da diferença no esforço amostral (e.g. diferença no número
de indivíduos, discrepância na quantidade de unidades amostrais ou área amostrada) que
inevitavelmente influenciará no número de espécies observadas (Gotelli and Ellison 2012;
Roswell, Dushoff, and Winfree 2021). O método de rarefação nos permite comparar o
número de espécies entre comunidades quando o tamanho da amostra (e.g. número de
unidades amostrais), o esforço amostral (e.g. tempo de amostragem) ou a número de
indivíduos não são iguais. A rarefação calcula o número esperado de espécies em cada
comunidade tendo como base comparativa um valor em que todas as amostras atinjam um
tamanho padrão. Gotelli & Colwell (2001) descrevem dois tipos de curvas de rarefação: i)
baseada em indivíduos (individual-based) - as comparações são feitas considerando a
abundância da comunidade padronizada pelo menor número de indivíduos, e ii) baseada na
amostra (sampled-based) - as comparações são padronizadas pela comunidade com menor
número de amostragens.

O método foi formulado considerando a seguinte pergunta: Se considerarmos n indivíduos


ou amostras (n < N) para cada comunidade, quantas espécies registraríamos nas comunidades
considerando o mesmo número de indivíduos ou amostras?

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Gotelli & Colwell (2001) descrevem este método e discutem em detalhes as restrições sobre
seu uso na ecologia.

• As amostras a serem comparadas devem ser consistentes do ponto de vista


taxonômico, ou seja, todos os indivíduos devem pertencer ao mesmo grupo
taxonômico
• As comparações devem ser realizadas somente entre amostras com as mesmas
técnicas de coleta. Por exemplo, não é recomendado comparar amostras onde a
riqueza de espécies de anuros de uma amostra foi estimada utilizando armadilhas de
interceptação e queda e a outra foi estimada por vocalizações em sítios de reprodução
• Os tipos de hábitat onde as amostras são obtidas devem ser semelhantes
• É um método para estimar a riqueza de espécies em uma amostra menor – não pode
ser usado para extrapolar a riqueza para amostras maiores

Conceitos de diversidade de espécies. (a) Riqueza de espécies: a comunidade A tem mais


espécies do que a comunidade B e, portanto, maior riqueza de espécies. (b)
Heterogeneidade: comunidade A tem o mesmo número de espécies que a comunidade B,
mas as abundâncias relativas são mais mesmo assim, por uma medida de heterogeneidade, A
é mais diverso do que B. A comunidade C tem o mesmo padrão de abundância como B, mas

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tem mais espécies, por isso é mais diverso do que B. (c) Equidade: quando todas as espécies
têm abundâncias iguais na comunidade, a uniformidade é máxima.

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Conclusão

Em pesquisas e muitos estudos de fauna são necessárias coletas de dados em campo para a
geração de informações, sobretudo os diagnósticos de espécies. A definição e execução de
métodos de amostragens da fauna são de extrema importância para a coleta de dados e para
a geração de informações que visem à conservação de espécies e a minimização das ameaças
à diversidade biológica, os dados primários gerados pelos inventários compõem uma das
ferramentas mais importantes na tomada de decisões a respeito do manejo de áreas naturais.

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Referencias bibliográficas

Diniz, P. C. (2015). MÉTODOS DE AMOSTRAGEM DA HERPETOFAUNA: ALGUMAS


DICAS E ORIENTAÇÕES PARA ESTUDANTES E PROFISSIONAIS COM POUCA OU
NENHUMA EXPERIÊNCIA DE CAMPO. Acervo da Iniciação Científica, (1).

Krebs, C. J. (1989). Ecological methodology. (No Title

https://analises-ecologicas.com/cap10.html

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