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TARÔ
Brasília
22 de Abril de 2007
2
Sumário
Índice de Figuras
Introdução
O Tarô
Iod
2º Hê 2º Hê
Hê
Vô
2º Hê
8
No capítulo III do seu Tarô dos Boêmios, Papus (2003, p. 37) apresenta alguns
estudos acerca dos números, basicamente por meio de duas operações
desconhecidas por nossos cientistas: a redução e a adição teosóficas. Assim, as
considera como indispensáveis para entendermos a antiguidade, uma vez que
oferecem um meio de penetrar a essência da Natureza, além de formarem a base
do ensinamento esotérico.
A primeira delas, a redução teosófica, consiste tão somente em reduzir os
números formados por mais de um algarismo a apenas um, somando-se os seus
valores, individualmente (Ex: 10 = 1 + 0 = 1; 127 = 1 + 2 + 7 = 10 = 1 + 0 = 1). Todos
os números, por esta operação, reduzir-se-iam aos nove primeiros algarismos.
“A adição teosófica consiste, para conhecer o valor teosófico de um número,
em somar aritmeticamente todos os algarismos, da unidade até o próprio número”
(PAPUS, 2003, p. 38). Assim, por exemplo: 7 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28 = 2 + 8
= 10 = 1. Por esta operação, poderemos notar que os números 1, 4, 7 e 10 são
iguais a 1.
“Resulta desta consideração: Primeiro, que todos os números reproduzem, em
sua evolução, os quatro primeiros; Segundo: que o último destes quatro primeiros, o
número 4, representa a unidade, numa oitava diferente” (PAPUS, 203, p. 39). Assim,
em séries de três números, retornando sempre à unidade, obteríamos:
1, 2, 3
4, 5, 6
7, 8, 9
10, 11, 12 etc.
Ainda, o valor dos doze primeiros números remeteria ao número 78, número
total das cartas do tarô:
1 = 1
2 = 1+2=3
3 = 1+2+3=6
4 = 1 + 2 + 3 + 4 = 10
5 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
6 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21
7 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28
8 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 = 36
9 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 = 45
10 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 = 55
11 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 + 11 = 66
12 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 + 11 + 12 = 78 (PAPUS, 2003, p.
40).
9
2 4 3 5 7 6 8 9 11 12 etc.
10 13
10
2 3
4
Donde se conclui que o sete irá formar o elemento de transição entre um
setenário e o outro. Além do mais, o 4, 5 e 6 são os números 1, 2 e 3 considerados
negativamente (PAPUS, 2003, p. 71). A mesma relação sucede aos números
seguintes, do 7 ao 13, formando um segundo setenário, e do 13 ao 19, formando um
terceiro setenário. O primeiro setenário corresponde ao iod (positivo), o seguinte ao
hê (negativo) e o outro, ao vô (neutro).
Como cada um dos setenários apresenta um termo que é comum ao próximo
setenário (7 e 13), restam ainda três termos a classificar (19, 20 e 21), os quais irão
formar um ternário, correspondente ao 2º he, e, portanto, transição e relação entre
arcanos maiores e menores. A 22ª carta é representada por uma figura que fecha o
Tarô constituindo toda uma síntese das que a precedem.
Segundo Papus (2003) cada um dos setenários têm a sua correspondência.
Assim, “o primeiro setenário corresponde ao mundo divino, a Deus. O segundo, ao
Homem. O terceiro, à natureza. Enfim, o último ternário indica a passagem do
mundo criador, e providencial ao mundo criado e fatal” (PAPUS, 2003, p. 75).
11
Os Arcanos Maiores
1א
O Pelotiqueiro
O 1º Arcano Maior é representado pelo Alef ( )אque “exprime hieroglificamente
o homem, como unidade coletiva, princípio-mestre e dominador da Terra” (PAPUS,
2003, p. 125).
É o primeiro símbolo do Tarô e caracteriza a unidade e o microcosmo. Nesta
carta estão reunidos os quatro elementos, simbolizados pelas figuras dos quatro
naipes. Ademais, remetem, também ao tetragrama sagrado. “Deus, o Homem e o
Universo são os três sentidos de nossa primeira carta” (PAPAUS, 2003, p. 128).
Exprime Osíris nos três mundos.
Relações:
Hieróglifo primitivo: o Homem
Cabala: Quether
Astronomia: sem relação
Significados:
Divino:
Chave da Carta: iod-iod
O criador divino, ou
DEUS
o Pai
OSÍRIS
Iod de iod
Iod-iod
Humano:
O Conservador divino
O HOMEM
ADÃO
He de iod
Iod-iod
13
Natural:
O Transformador divino
O UNIVERSO ATIVO
A NATUREZA NATURANTE
Vô de iod
Iod-iod
2ב
A Papisa
O segundo Arcano Maior é representado pelo Beth ()ב, que “exprime
hieroglificamente a boca do homem como órgão da palavra. A palavra é uma
produção saída do mais íntimo do ser” (PAPUS, 2003, p. 131). Significa tudo que é
interior. Corresponde ao número 2 e à Lua.
“Deus mesmo, ou Deus Pai vai se refletir e dá nascimento ao Deus homem, ou
Deus Filho, negativo em relação ao seu criador” (PAPUS, 2003, p. 131). Representa
a imagem de Ísis (Natureza), esposa de Osíris.
“Em Deus, é o reflexo de Osíris, o reflexo de Deus Pai; Ísis, ou Deus Filho. No
Homem, é o reflexo de Adão, do homem absoluto; Eva, a mulher, a vida. No
Universo, é o reflexo da Natureza naturante: é a Natureza naturada”.
Relações:
Hieróglifo primitivo: a Boca do Homem
Cabala: Hochmah
Astronomia: A Lua
Dia da Semana; Segunda-feira
Letra hebraica: Beth (dupla)
Significados:
Divino:
Reflexo de Deus Pai, ou Osíris
DEUS
Filho
ÍSIS
Iod de hê
Hê-hê
Humano:
Reflexo de Adão
EVA
A mulher
He de he
He-he
Natural:
14
A NATUREZA NATURADA
Vô de hê
He he
3ג
A Imperatriz
Significados:
Divino:
Deus Espírito Santo Hórus
A FORÇA ANIMADORA UNIVERSAL
Iod de vô
Vô vô
Humano:
Adão-Eva
A HUMANIDADE
He de vô
Vô vô
15
Natural:
O MUNDO
Vô de vô
Vô vô
4ד
O Imperador
Significados:
Divino:
Reflexo de Deus Pai
A VONTADE
Humano:
Reflexo de Adão
O PODER
Natural:
Reflexo da Natureza naturante
O fluido universal criador
A ALMA DO UNIVERSO
5ה
O Papa
atribuída ao he. Mas a vida especializa o ser diferenciando-o de todos os outros; daí
a idéia do próprio ser, associada a essa letra” (PAPUS, 2003, p. 144). Também é o
princípio mediano que liga o material ao espírito.
Relações:
Hieróglifo primitivo: O fôlego
Cabala: Pehad
Astronomia: Carneiro (Áries)
Mês; MArço
Letra hebraica: Hê (simples)
Significados:
Divino:
Reflexo da vontade
A INTELIGÊNCIA
Humano:
Reflexo do poder
A AUTORIDADE
A RELIGIÃO – A FÉ
Natural:
Reflexo da alma do mundo
A VIDA UNIVERSAL
6ו
O Namorado
“Vô representa hieroglificamente o olho, tudo o que se relaciona com a luz e
com o brilho. O olho estabelece a ligação entre o mundo exterior e nós; é por ele
que a luz e as formas se revelam à nossa consciência. A idéia exprimida por esta
letra será de uma relação, de uma ligação entre os antagonistas” (PAPUS, 2003, p.
148).
Exprime a luta entre os antagônicos paixão e consciência, sendo o motivador
para as ações no mundo
Relações:
Hieróglifo primitivo: O olho e o ouvido
Cabala: Tiferet
Astronomia: Touro
Mês: Abril
Letra hebraica: Vô (simples)
Significados:
Divino:
Equilíbrio da vontade e da inteligência
A BELEZA
17
Humano:
Equilíbrio do poder e da autoridade
O AMOR
A CARIDADE
Natural:
Equilíbrio da alma universal e da vida universal
A ATRAÇÃO UNIVERSAL
Ou O AMOR UNIVERSAL
7ז
O Carro
“O Zain exprime hieroglificamente uma flecha. Daí toda idéia de arma, de
instrumento que o homem emprega para dominar e vencer e para realizar seu
objetivo. O Zain exprime a vitória em todos os mundos. Ele corresponde
astronomicamente como letra simples, ao signo zodiacal de Gêmeos” (PAPUS,
2003, p. 156).
Relações:
Hieróglifo primitivo: Flecha
Cabala: Hod
Astronomia: Gêmeos
Mês: Maio
Letra hebraica: Zain(simples)
Significados:
Divino:
O homem fazendo a função de Deus criador
O PAI
O realizador
Humano:
Lei
A REALIZAÇÃO
Natural:
A natureza fazendo a função de Adão
A LUZ ASTRAL
8ח
A justiça
18
Significados:
Divino:
A mulher fazendo a função de Deus Filho
A MÃE
Humano:
Lei
A JUSTIÇA
Natural:
A natureza fazendo a função de Eva
A EXISTÊNCIA ELEMENTAR
9ט
O Eremita
“O Teth representa hieroglificamente um teto. Daqui a idéia de um lugar de
segurança, de proteção.Todas as idéias geradas por essa letra derivam da aliança
da segurança e proteção dadas pela sabedoria. Corresponde astronomicamente ao
signo zodiacal de Leão” (PAPUS, 2003, p. 165).
Relações:
Hieróglifo primitivo: Um teto
Cabala: Iesod
Astronomia: Leão
Mês: Julho
Letra hebraica: Teth(simples)
Significados:
Divino:
A humanidade na função de Deus
Espírito Santo
O AMOR HUMANO
19
Humano:
A PRUDÊNCIA
Calar-se
Natural:
A força conservadora natural
O FLUIDO ASTRAL
10 י
A Roda da Fortuna
“O Iod representa hieroglificamente o dedo do homem, o indicador estendido
em sinal de comando. Daí esta letra tornar-se imagem da manifestação potencial, da
duração espiritual, enfim, da eternidade do tempo e de todas as idéias a ele
relacionadas” (PAPUS, 2003, p. 168).
Relações:
Hieróglifo primitivo: O dedo indicador
Cabala: Malkhut
Astronomia: Virgem
Mês: Agosto
Letra hebraica: Iod (simples)
Significados:
Divino:
A NECESSIDADE
O Karma dos hindus
Humano:
O PODER MÁGICO
A Fortuna
Querer
Natural:
Reflexo da alma universal
A FORÇA EM SEU PODER DE MANIFESTAÇÃO
11 כ
A Força
“O Caf exprime hieroglificamente a mão semicerrada na ação de tomar; como o
Ghimel. Mas o Caf é um reforço do Ghimel, o que faz que se possa dizer que
designa a mão na ação de segurar firmemente. Daqui, todas as idéias de força
aplicadas a esta letra. O número 11, primeiro depois da década, dá todo um outro
20
valor ao Caf, que designa uma vida refletida e passageira, uma espécie de molde
que recebe e dá todas as formas” (PAPUS, 2003, p. 172).
Relações:
Hieróglifo primitivo: A mão na ação de fechar
Astronomia: Marte
Dia: Terça-feira
Letra hebraica: Caf (dupla)
Significados:
Divino:
Reflexo da inteligência
A LIBERDADE
Humano:
Reflexo da Autoridade, da Fé
A CORAGEM
(ousar)
Natural:
Reflexo da vida universal
A vida refletida e passageira
12 ל
O Enforcado
“O Lamed designa hieroglificamente, o braço. Daqui a idéia de toda coisa que
se estende, se ergue, desdobra-se como o braço; também esta letra tornou-se
símbolo do movimento expansivo. Este símbolo aplica-se a todas as idéias de
extensão, ocupação, de possessão. Como símbolo final, a imagem de poder que
deriva da elevação” (PAPUS, 2003, p. 176).
Relações:
Hieróglifo primitivo: O braço desdobrando-se
Astronomia: Balança (Libra)
Mês: Setembro
Letra hebraica: Lamed (simples)
Significados:
Divino:
A CARIDADE
Agraça
Humano:
EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA
(Saber)
Natural:
21
A FORÇA EQUILIBRANTE
2º SETENÁRIO
13 ם
A Morte, ou o Esqueleto Ceifeiro
“O mem designa hieroglificamente a mulher, companheira do homem. Daí a
idéia de tudo o que é fecundo e formador. É o signo maternal feminino por
excelência, o signo local e plástico, imagem da ação exterior e passiva. [...] A
criação necessitando de uma destruição igual e contrária, o Mem designou todas as
regenerações nascidas de destruições anteriores, todas as transformações e por
conseguinte, a morte como passagem de um mundo a outro” (PAPUS, 2003, p.
182).
Relações:
Hieróglifo primitivo: A mulher
Letra hebraica: Mem (uma das três mães)
Significados:
Divino:
O PRINCÍPIO TRANSFORMADOR UNIVERSAL
Destruidor e criador
Humano:
A MORTE
Natural:
A FORÇA PLÁSTICA UNIVERSAL
14 נ
A Temperança
“O Nun exprime hieroglificamente a produção da mulher, um filho, um fruto
qualquer, todo ser produzido. Também, essa letra tornou-se a imagem do ser
produzido ou refletido, o símbolo da existência individual e corporal” (PAPUS, 2003,
p. 186).
Relações:
Hieróglifo primitivo: um fruto
Astronomia: Escorpião
Mês: Outubro
Letra hebraica: Nun(simples)
Significados:
Divino:
22
A INVOLUÇÃO
(O espírito desce para a matéria)
Humano:
A TEMPERANÇA
Natural:
A VIDA INDIIDUAL E CORPORAL
15 ס
O Diabo
“O Samekh exprime hieroglificamente a mesma idéia que o Zain, quer dizer,
uma flecha, uma arma qualquer; mas a esta idéia acrescenta-se aqui a da flecha
fazendo um movimento circular, de todo círculo delimitando uma circunstância e
fixando sus limites” (PAPUS, 2003, p. 190). Representa também o destino, a
fatalidade, onde age livremente a vontade humana.
Relações:
Hieróglifo primitivo: serpente
Astronomia: Sagitário
Mês: Novembro
Letra hebraica: Samekh (simples)
Significados:
Divino:
O DESTINO
O acaso
Humano:
A FATALIDADE
Resultado a queda de Adão e Eva
Natural:
NAHASH
O dragão do umbral
16 ע
A Casa de Deus
“A décima sexta carta representa a queda de Adão na matéria, que vai se
materializar cada vez mais até o arcano 18, onde atingirá o máximo da
materialização” (PAPUS, 2003, P. 194).
Relações:
Hieróglifo primitivo: ligação (Vô) materializada
23
Astronomia: Capricórnio
Mês: Dezembro
Letra hebraica: Gnain (simples)
Significados:
Divino:
DESTRUIÇÃO DIVINA
Agraça
Humano:
A QUEDA
Natural:
O MUNDO VISÍVEL
17 פ
A Estrela
“O Fé exprime as mesmas idéias que o Beth, mas num sentido mais expansivo.
Também o Beth, significando mais particularmente a boca do homem como órgão da
palavra, o Fé representa a própria produção do órgão: a palavra. É o símbolo da
palavra e de tudo que se relaciona com ela. É o verbo em ação na Natureza, com
todas as suas conseqüências” (PAPUS, 2003, p.197).
Relações:
Hieróglifo primitivo: a palavra ( a boca e a língua)
Astronomia: mercúrio
Dia: Quarta-feira
Letra hebraica: Fê (dupla)
Significados:
Divino:
A IMORTALIDADE
Agraça
Humano:
A ESPERANÇA
Natural:
A FORÇA DISPENSADORA DOS FLUIDOS
18 צ
A Lua
24
“O Tzadê exprime a mesma idéia que o Teth, mas sobretudo, a idéia de termo,
de objetivo, de fim. Destarte, é um símbolo final e de término relacionando-se com
todas as idéias de termo, cisão, solução, objetivo” (PAPUS, 2003, p. 201).
Relações:
Hieróglifo primitivo: teto
Astronomia: Aquário
Mês: Janeiro
Letra hebraica: Tzadê (simples)
Significados:
Divino:
O CAOS
Agraça
Humano:
O CORPO MATERIAL
E SUAS PAIXÕES
Natural:
A MATÉRIA
19 ק
O Sol
“O Cof exprime uma arma cortante, tudo que serve ao homem, defende-o; faz
um esforço por ele. Também é o símbolo eminentemente compreensivo,
adstringente e cortante, é a imagem da forma aglomerante e repressora, donde a
idéia de existência material” (PAPUS, 2003, p. 207).
Relações:
Hieróglifo primitivo: Acha – arma cortante
Astronomia: Peixes
Mês: Fevereiro
Letra hebraica: Cof (simples)
Significados:
Divino:
OS ELEMENTOS
Humano:
A NUTRIÇÃO
A digestão
Natural:
O REINO MINERAL
25
20 ר
O Julgamento
“O Resch exprime a cabeça do homem. Daqui a idéia de tudo o que possui em
si um movimento próprio e determinante. É o símbolo do movimento próprio, bom ou
mau; exprime a renovação das coisas quanto a seu movimento.” (PAPUS, 2003, P.
211).
Relações:
Hieróglifo primitivo: a cabeça do homem
Astronomia: Saturno
Dia: Sábado
Letra hebraica: Resch (dupla)
Significados:
Divino:
MOVIMENTO PRÓPRIO E DETERMINANTE
Agraça
Humano:
A RESPIRAÇÃO
A vida vegetativa
Natural:
O REINO VEGETAL
0ש
O Louco
O chin exprime uma flecha, nas tendendo a um objetivo. Aqui, “toma a forma
do equilíbrio de um pólo a outro com um ponto de equilíbrio instável no meio. É
também o símbolo da duração relativa e do movimento que com ele se relaciona”
(PAPUS, 2003, p. 214).
Relações:
Hieróglifo primitivo: flecha
Letra hebraica: Chin (uma das três letras mães)
Significados:
Divino:
O MOVIMENTO
De duração relativa
Humano:
O instinto
A INERVAÇÃO
26
Natural:
O REINO ANIMAL
22 ת
O Mundo
“A letra tô exprime o seio, assim como o Daleth; mas é sobretudo o símbolo da
reciprocidade, a imagem de tudo o que é mútuo e recíproco. É o símbolo dos
símbolos, pois à abundância do caráter Daleth e à força de resistência e de proteção
do caráter, une a idéia de perfeição, da qual ele é o próprio símbolo” (PAPUS, 203p.
218). È uma letra dupla que simboliza o Sol.
Representa tanto o macrocosmo quanto o microcosmo. É a síntese de todo o
sistema do Tarô, uma vez que, simbolizado pelos quatro animais constituintes da
Esfinge, representa os quatro símbolos do tarô, dispostos nos quatro cantos da sua
lâmina.
Os Arcanos Menores
das Copas", etc. Cada uma dessas cartas, junto com a totalidade das cartas
numéricas do seu próprio naipe, representa a pura essência do
determinado naipe (MEBES, 1990, p. 15).
Ainda, há uma infinidade de outras influências compostas que interferirão na
individualidade humana, única e irrepetível. As figuras representam também os
quatro níveis iniciáticos, onde se desenvolverão as experiências de determinado
naipe.
Ouros
Espadas
Copas
remete à Trindade Divina inseparáveis pelo Amor. Acena ainda para a lei Iod-He-
Vau-He, como Lei do Amor no Mundo. Considera-se que tanto o 9º quanto o 10º
Arcanos já fazem parte das características do naipe de Paus. “O 10º Arcano é o do
Amor do Iniciado para com tudo o que existe. Sem este Amor superior, a missão de
Paus seria impossível, pois, ela exige um sacrifício total até da própria vida, para o
bem espiritual de todos” (MEBES, 1990, p. 145).
Paus
Jogos
Leitura de Quatro Cartas
Esta é uma leitura de cartas apropriada a leituras rápidas e diretas segundo
Barrett (1995). Escolhe-se quatro cartas, dispondo-as da esquerda para a direita,
uma ao lado da outra, assim:
1 2 3 4
A terceira carta indica a postura do consulente, de que maneira ele (ou ela)
interage ou influencia a situação.
A quarta carta aponta para uma solução, ação que irá superar o problema
ou a dificuldade, caso exista alguma. Uma carta negativa nesta posição
poderia sugerir a passagem de uma situação negativa ou de um modo
negativo de pensar. (BARRETT, 1995, p. 137).
A Leitura Astrológica
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12
Cada uma das cartas será considerada como uma das casas astrológicas e,
para tanto, deverá ser interpretada em relação ao significado da casa em que se
encontra. Poderiam ser dispostas em círculo, no formato de uma carta astrológica, o
que demanda mais espaço para a disposição das cartas. Assim, o formato sugerido
por Barrett (1995) pode ser considerado mais prático.
1ª casa – O consulente, suas características físicas e sua personalidade,
perspectivas, interesses e passatempos. As cartas da Corte indicam auto-
afirmação pó pessoas que podem influenciar a leitura
2ª casa – As finanças, os assuntos monetários, todo tipo de posses ou as
propriedades e a atitude do indivíduo com relação a elas, os recursos
materiais.
3ª casa – Os irmãos, as irmãs, os primos e laços familiares em geral, os
segredos, a formação escolar e os estudos, a comunicação, os vizinhos, as
pequenas viagens, os meios de transporte.
4ª casa – O lar e os locais freqüentados, a terra, o ambiente do consulente,
a figura materna.
5ª casa – Os filhos, os divertimentos, os amores, o jogo, os prazeres e o
entretenimento, as férias, a criatividade, os casos de amor.
6ª casa – O trabalho e a saúde, hospitais, o ambiente e os colegas de
trabalho, os animais domésticos.
7ª casa – Os relacionamentos íntimos, as parcerias, o casamento, os
inimigos, os concorrentes, os assuntos legais.
8ª casa – As finalizações, os empréstimos e as dívidas, presentes recebidos
e as heranças, os investimentos em seguros ou hipotecas, dinheiro de
outras pessoas, crime.
9ª casa – A lei, a religião, o misticismo, a auto-realização, a formação
acadêmica, a atividade intelectual, lecionar, publicidade, viagens longas ou
viagens ao exterior e línguas estrangeiras, estrangeiros, o moralismo, a
consciência, os sonhos.
45
Leitura Cabalística
3 2
5 4
8 7
10
46
Apêndice
Osíris - Primeiro filho de Nut e Geb, tem uma pele escura e grande
estatura. Rá deixa o seu trono suntuoso do Egito para Osíris, que desposa a
sua irmã Ísis. E deste palácio em Tebas, eles governam os egípcios. Em
suas mãos, Osíris, leva o cetro e o enxota-moscas, insígnias da realeza. Ele
é considerado o deus do mundo vegetal, e suas cores são a preta, que
representa o renascimento, e o verde, que representa a fecundidade e a
vegetação. O trigo, a vinha, a cevada, foram uma dádiva de Osíris para a
população, pois, ele indicou aos homens, as plantas que serviam para a sua
subsistência.
Osíris organiza a religião, regulamenta o culto e edifica numerosos templos
no Egito. Percorre o mundo, numa conquista pacífica e proveitosa,
acompanhado de Thot e de Anúbis. É denominado Unenefer, "a boa
entidade". Osíris é morto e esquartejado em 14 pedaços, por seu invejoso
irmão Set. Depois de muito tempo e um longo trabalho de Ísis, ajudada por
Néftis, Thot e Anúbis, o deus assassinado, desperta para uma nova vida,
porém jamais voltará à vida terrestre, segue as ordens de Rá, que ele se
tornará o senhor do reino dos mortos. Depois de morrer, Osíris vai morar no
Sol.
Em cada cidade onde é venerado, supera um deus já existente ou assume
as funções desse deus. Assim, em Mênfis é associado a Socáris, deus local
dos mundos subterrâneos, e torna-se deus dos mortos. O culto a Osíris
chega a ofuscar o culto ao Sol, a partir do final da V Dinastia, passa-se a
acreditar que o faraó morto transforma-se em Osíris. No Médio Império,
essa crença estende-se a todos os defuntos, qualquer que seja a sua
origem (SAKALL, 2006).
Ísis - É uma grande maga, tem sabedoria tanto quanto o avô Rá, é
ambiciosa e astuta. O único conhecimento que lhe falta é o verdadeiro nome
de Rá. Ela planejou um esquema contra Rá, onde uma serpente com seu
poderoso veneno causou um mal que atormentava o seu corpo. Ninguém
conseguia curar o poderoso deus, até que Ísis diz que saberia como livrar-
lhe do mal, mas para isso, ela precisaria saber o seu verdadeiro nome.
Conseguiu salvá-lo desse encantamento com palavras mágicas, e
47
Árvore Sefirótica
49
50
Bibliografia