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Post comemorativo de 2 anos do Blog New Vampiro Brasil (um pouquinho adiantado
hehe)
Infernalismo e Demonologia
By Acodesh
Esse texto foi elaborado com a intenção de ser o guia mais completo possível sobre
infernalismo e demonologia. Como é de praxe em Storyteller, muita informação útil está
espalhada em diversos livros e ainda por cima em edições diferentes - de modo que garimpar e
compilar todo o material de forma eficiente não é uma tarefa fácil, nem eu tenho a pretensão de
traduzir tudo. O objetivo também não é se aprofundar naquilo que todos já estão carecas de
saber, como Taumaturgia Negra, tampouco ficar citando exaustivamente o que já existe
traduzido.
.
Uma vez que este blog é de VaM mantenha em mente que todo este material aborda
predominantemente (mas não exclusivamente) a forma como os demônios são descritos pelos
livros do cenário de VAMPIRO cujasfontes serão citadas para que vocês possam ponderar
questões como eventuais diferenças de cenário e de edições. E para que possam buscar por si
mesmos informações adicionais que não estejam dentro deste post (a idéia é instigar sua
curiosidade). Por obséquio reflitam e analisem estas diferenças de edições antes de virem
postar bobagem nos comentários.
Excluindo algumas considerações e avisos, pode-se dizer que este post está divido em 5
partes.
A primeira parte deste material trará dicas de como criar histórias e personagens infernalistas
de qualidade, e não meros Power Rangers do capeta.
A segunda parte mostrará características do inferno e de seus habitantes.
A terceira falará de poderes infernais tanto de demônios como de seus escravos – e serão
citadas algumas curiosidades infernais.
A quarta mencionará alguns antagonistas e histórias legais do Wod onde figuram demônios
A quinta trará exemplos de demônios importantes no wod, bem como detalhes da hierarquia
infernal.
Vamos lá:
PRIMEIRA PARTE
Muita gente que decide jogar de infernalista o faz só pelo upgrade do aparente poder rápido e
“fácil”, poucos se preocupam de fato em interpretar um personagem infernalista com o objetivo
de analisar seus pensamentos, personalidade, metas e origens. Estes textos servem para dar
uma visão geral no infernalismo (desde a geografia do inferno até a natureza de seus
habitantes etc), não só em relação aos poderes de infernalistas, mas também em toda a
extensão dos longos tentáculos do assunto.
Humanidade e Trilhas
Todo vampiro ao ser abraçado ainda se vê como humano. Uma vez transformado em cainita,
se inicia uma luta contra a besta. Sucessivas vitórias da besta levam o personagem a perda
progressiva de humanidade - Nenhum livro descreve melhor a progressiva perda de
humanidade do que o Chaining the Beast, mais precisamente nas págs 20, 21 e 22.
É altamente recomendável dar uma BOA lida nisso se você pretende criar um personagem
infernalista de qualidade.
Nenhum vampiro com humanidade em níveis medianos irá ser voluntário a interação com
forças infernais salvo em situações muito específicas. Já em níveis muito baixos de
humanidade se observa o processo medonho, peculiar e interessante de mudança para uma
trilha (tal como descrito no módulo básico pág 288 e também no Chaining the Beast pág 26 e
27 - e em outros livros).
Entender como funciona esse processo único de abandono da humanidade em favor de uma
trilha é na minha opinião o pilar principal de um personagem infernalista bem construído,
mesmo que por algum motivo este seja forçado a se envolver com forças infernais enquanto
ainda abraça fortemente a sua humanidade. Saiba que este processo acontece com todos os
personagens que adotam trilhas, embora muita gente, sem nunca ter sequer pensado nisso,
comece jogando com um vampiro do Sabá seguidor uma determinada trilha. Infelizmente os
narradores pecam por não abordarem situações únicas como esta de tremendo valor narrativo.
A trilha (ou Caminho, se o jogo for Dark Ages) é o ponto que eu queria me focar inicialmente
pois a trilha que você escolher determinará em grande parte como será o comportamento do
seu infernalista, e muitas trilhas servem perfeitamente aos interesses do inferno. Uma das
trilhas mais voltadas ao infernalismo é a Trilha das Revelações Malignas (descrita no guia do
sabá pág 135, no Storyteller Handbook to Sabat, e de forma beeeeeeeeem mais detalhada no
livro Chaining the Beast a partir da pág 91). Leitura também altamente recomendada, aliás
imprescindível.
É igualmente importante entender como geralmente se inicia o processo pelo qual o contato
com demônios acontece e se desenvolve. O livro Dark Ages Companion traz diversas
abordagens sobre este aspecto do infernalismo a partir da pág 164. Contudo uma coisa em
especial me chamou a atenção:
Supplicii
Conforme o personagem vai ficando envolvido com as intrigas infernais sua alma se torna
maculada e com o peso do pecado. Isso é indicado na crônica pela crescente dependência do
personagem em ajuda demoníaca até mesmo nas mais simples tarefas. Contato com os
infernais, seja diretamente ou através do aprendizado de poderes corrompidos, gradualmente
desgasta a personalidade do personagem até que reste muito pouco da pessoa original quando
o demônio finalmente vier reclamá-la. Na verdade o infernalista pode desejar a morte final, pois
esta pelo menos promete um fim a uma vida de constante dor e luta.
A idéia por trás de um Suplicium (que significa tanto súplica como sacrifício) é que o contato
com forças infernais gradualmente afasta o personagem da seu Caminho e o aproxima da Via
Diabolis. A alma do personagem se torna um campo de batalha entre seu antigo Caminho e
sua crescente mácula infernal. Eventualmente, mesmo o mais resistente indivíduo sucumbe as
tentações oferecidas pelo inferno e se torna irrevogavelmente condenado. É melhor considerar
este ponto como o grande final da história do personagem e de como ele deve terminar
qualquer envolvimento com mortais.
O supplici é uma jornada para o interior da alma do personagem, conduzida pelo tentador
demoníaco. O Suplicium pode ser uma coisa que o narrador faça sozinho assumindo o papel
de um NPC demônio enquanto descreve toda a ação, embora seja mais recompensador se for
usado o estilo de jogo em grupo (onde os outros jogadores ajudam a atormentar o colega).
A seguir segue um sistema no qual se pode medir a queda do personagem até a danação.
Desejamos que o processo seja jogado – a única coisa boa que pode vir de lidar com poderes
infernais é o drama da destruição do personagem – mas este sistema permite que a descida
seja devidamente quantificada.
A espiral descendente
O personagem cai em supplici sempre que faz um pacto com um demônio, aumentando seu
poder em Taumaturgia Negra, ganhando um investimento infernal ou de outra forma se abrindo
para a influência do inferno e seus servos.
O narrador, como um demônio atormentador, executa um jogo passional e intenso para a
vítima de supplici. Este jogo confronta a vítima com seus pecados e o força mais
profundamente para a danação. Este jogo intenso deve envolver um ataque direto na fraqueza
do personagem. Isso nunca deve representar um ataque a personalidade do jogador. O supplici
é um experiência de jogo, não uma desculpa para bullying.
O narrador deve consultar outros jogadores a respeito da aplicação do supplici e de possíveis
fugas para o personagem em questão. Esta consulta é muito importante – pois os outros
jogadores não apenas podem dar sugestões para o companheiro , assim como uma consulta
anterior já os deixa preparados para fazer a sua parte no supplici.
Quando um personagem é forçado a um supplici, se torna o centro de um drama perverso,
encenado pelo desejo dos demônios de quebrar a personalidade do personagem. No estado de
supplici, a lógica de um pesadelo prevalece – o personagem é confrontado com erros do
passado, falhas pessoais e vítimas anteriores. A realidade do personagem se torna distorcida
pelos demônios, objetos aparecem e desaparecem, as pessoas se tornam uma versão de si
mesmas vindas de um pesadelo, a solução é mantida as vistas do personagem e em seguida
tirada do alcance. Frequentemente o supplici envolve um fator específico, provavelmente um
que exija teste de degeneração. Por exemplo, se o personagem entrou em frenesi e matou
uma pessoa inocente numa sessão de jogo anterior, o demônio pode aparecer na forma da
vítima e exigir restituição pela sua morte.
Seja qual for o caminho que o supplici tomar, deve jogar o personagem ao encontro de uma
decisão ruim ou imoral. Esta questão deve revolver um evento narrativo no qual o personagem
atormentado deve ter a chance de reparar (o personagem no exemplo anterior pode jurar
encontrar a família da vítima e ajudá-la de alguma maneira). Se o personagem falhar em
aceitar esta penitência, o demônio terá vencido e o personagem deve aceitar as consequências
do suplício.
Consequências
Segue o texto sobre o que se pode afirmar sobre o envolvimento cainita com os assuntos
infernais:
O inferno: Embora já esperado, é deprimente que enquanto muitos cainitas estejam incertos
da natureza de deus e do céu, alguns já conheçam o inferno e seus habitantes. A Trilha das
Revelações Malignas se gloria do envolvimento com o inferno, enquanto muitos seguidores de
outras trilhas evitam os reinos infernais. Na maioria dos casos, cainitas evitam o inferno não por
terem medo do mal que emana de lá ou pelo distanciamento de deus, mas sim porque temem
serem escravizados ou perderem a pequena parte de suas almas que ainda lhes resta
As 3 Faces do Infernalismo
Diabolista: Alguém que invoca demônios e quer controlá-los. Este termo também pode ser
aplicado aqueles que os veneram. O diabolista ideal tem fortes antecedentes em demonologia,
mas isso nem sempre acontece – embora a falta de conhecimento adequado sobre como
controlar um demônio possa ter resultados fatais. A ordem diabólica do Círculo Vermelho
trabalha com os conceitos de invocar e controlar demônios.
Escravo: Alguém que serve a um demônio mediante um pacto. Um escravo não precisa ser
um diabolista e raramente tem algum conhecimento de demonologia, embora possa em breve
passar a ter um conhecimento de primeira mão sobre a natureza demoníaca.
SEGUNDA PARTE
As características do próprio inferno bem como das criaturas infernais são descritas de formas
um pouco diferente em alguns livros, eu preferi optar pelos seguintes textos:
Geografia do inferno
Existem milhares de reinos infernais. O que os infernalistas vampíricos sabem é que existe um
lugar de danação, que chamam de inferno.
O inferno é o lugar em que deus aprisionou os anjos rebeldes e do qual os caídos agem contra
o criador. Vampiros sabem da existência de outros lugares, sombras do inferno, que estão mais
próximas do nosso mundo, mas na melhor das hipóteses são reflexos pálidos. Vampiros
tendem a não lidar com os habitantes desses lugares inferiores. Eles preferem cooperar com
os gerentes, não com subalternos.
Os Edimmu com o passar das eras elaboraram um mapa do inferno. O mais antigo (feito
décadas antes de cristo) mostra um grande fosso que se prolonga até as trevas criadas pelas
sombras do céu. No fundo, onde a luz não pode penetrar, Lúcifer construiu Dis, a cidade
infernal. Ao topo, nas geladas e cinzentas sombras, as almas mortais que não foram recolhidas
para o céu e para graça de deus, são atraídas. Algumas permanecem ali até sumirem da
existência. Outras são puxadas para mais fundo no abismo. Com a passagem do milênio, os
mapas acabaram mudando. O fosso se tornou mais profundo e as sombras próximas da
superfície se expandiram infinitamente. Os fantasmas ali construíram cidades e impérios. Um
abismo de sombras, vento e fogo separa a superfície do fosso em si . Conforme tempestades
fantasmagóricas ecoaram na superfície, o horizonte acabou se abrindo infinitamente. Por
centenas de anos nenhuma alma caiu dentro do fosso, naquilo que os Edimmu chamavam de
verdadeiro inferno. Próximo a superfície, demônios menores construíram reinos, fortalezas e
masmorras, nomeando estes lugares de “inferno”. Apenas mortais e outros idiotas acreditam
neles.
Os mapas feitos pelos Edimmu estão sob grande demanda por muitos grupos diferentes.
Regiões infernais
Os poderes do inferno algumas vezes fluem para este mundo, especialmente quando os
demônios se manifestam. Certas áreas da terra são muito alinhadas com as regiões infernais.
Estas áreas se localizam geralmente onde uma diablerie infernal ocorreu ou são lugares de
outras grandes atrocidades. A área é um ponto de acesso de maculada atividade sobrenatural.
A área frequentemente terá uma presença que muitos poderão sentir, principalmente magos e
pessoas sensitivas. Ela pode causar grandes traumas para aqueles que não estão preparados
para suportar a poderosa pressão de energia demoníaca.
As energias sobrenaturais tocam tudo dentro da área, distorcendo-as de alguma maneira
perversa. Plantas murcham e morrem, ou crescem retorcidas em formas não naturais. Os
animais evitam a área, exceto ratos deformados e insetos enormes. O ar é maligno e pesado.
O chão é seco e quebradiço. Todos os objetos na área exalam a morte, e qualquer tentativa de
usar Psicometria irá causar dores de cabeça, sangramento nasal ou algum outro efeito
deletério.
Se houve atividade demoníaca recente, o cheiro de enxofre ainda pode estar impregnado o ar.
Mesmo depois de sair do local, alguns indivíduos podem ser bombardeados com pesadelos
que os assolam por semanas; também podem se sentir fisicamente mal por alguns dias. Nada
disso afeta aqueles que compactuam com as forças do inferno; estes já têm muito com o que
se preocupar.
Nas áreas infernais, existe geralmente um ponto ou região central. Quanto mais longe do
centro menores são as energias. Quanto mais fortes forem as energias, mais afinidade a área
tem com as regiões infernais. Se um demônio aparecer, será aonde a energia for mais forte.
Narradores podem exigir que vampiros façam um teste de moralidade ou coragem (dif sendo a
humanidade do personagem) enquanto estiverem nesta área. Se falharem sofrerão o
Rotschreck. Áreas infernais as vezes afetam poderes sobrenaturais e psíquicos, e se assim o
narrador desejar as disciplinas podem ter alguns problemas em seu funcionamento
Lugares Profanos
Acorrentados ao Abismo
O inferno é um lugar de vazio completo, um void que existe fora da criação. Embora os
demônios se originem de fora dos limites da criação, eles vieram do céu – e o inferno é
diametralmente diferente do domínio de deus. A absoluta negação do inferno foi
completamente contrária a natureza angelical e demoníaca. Para poderem existir naquele lugar
os demônios precisaram mudar suas próprias essências. Algumas destas mudanças foram
postas por deus como parte de sua punição aos anjos rebeldes enquanto outras foram feitas
pelos próprios demônios para sobreviverem.
Depois de seu exílio os demônios eram realmente criaturas do inferno, não da criação. E
quando alguns voltaram para a criação depois de eras de exílio, descobriram que a mudança
em sua natureza causou alterações gigantescas em suas habilidades.
Pela vontade de deus os demônios estão expulsos da criação e trancados no inferno. E não
podem sair de lá por seus próprios meios, nem mesmo com a sua força espiritual. A tranca do
abismo é mantida pela própria essência de deus e se manterá trancada até o dia do juízo final.
Entretanto, mortais podem retirar demônios do inferno por causa da fagulha divina que existe
em cada alma mortal. A vontade de um ser humano, focada e direcionada através de orações,
rituais e até pela loucura podem perfurar momentaneamente as muralhas do inferno apenas
pelo tempo suficiente para trazer um demônio específico. A criatura desaparece no inferno e
aparece na terra, com as proteções do abismo voltando a funcionar depois disso.
Entretanto, mesmo depois de libertos, o inferno ainda puxa sua alma e a criação ainda rejeita
seu espírito maculado. Uma gravidade espiritual terrível ainda puxa a essência do demônio de
volta para o abismo. Para permanecer na criação por mais do que um instante, o demônio
precisa de um corpo físico para ancorar sua alma, seja o corpo de um ser humano vivo ou um
objeto inanimado
Os círculos usados em rituais de invocação servem para proteger o demônio do puxão do
inferno, e não para proteger o invocador do demônio como é dito na sabedoria popular.
Quando um demônio é invocado, ele aparece na forma espiritual. Esta forma pode ser visível
ou invisível, até ambas ao mesmo tempo – visível aos adoradores e a pessoas espiritualmente
sensitivas – e invisível ou parcialmente visível para outros mortais.
Embora demônios tenham sido belos além da compreensão, isso foi antes de sua rebelião e
aprisionamento. O inferno os mudou, eles apresentam seus pecados e blasfêmias em sua
própria forma. Todos os demônios são monstruosos e horríveis, um mero olhar para a sua
forma espiritual verdadeira é o suficiente para levar muitos mortais a loucura. Muitos demônios
se parecem com a crença popular, humanóides com asas e chifres, coberto de escamas e
secreções. Outros são ainda mais monstruosos como criaturas vindas de um pesadelo;
montanhas de olhos e tumores, tentáculos ensanguentados, com fontes de escuridão que
pairam no ar. Cada um é único, e unicamente horrível. Alguns raros demônios até têm algo da
aparência angelical com uma face humana e asas de penas; mas aqueles capazes de ver
através do disfarce veriam o pus saindo das penas queimadas , sangue pingando de olhos
insanos e a mácula do mal nas características falsas de esplendor .
Ter um corpo físico não é uma coisa natural para um demônio. Antes da Queda, demônios só
existiam como espíritos e nunca precisaram assumir forma física. Durante a guerra anjos e
demônios criavam para si corpos físicos a partir de pura energia espiritual – formas que os
permitiam interagir com os mortais e com o mundo físico mas que não tinham as limitações da
matéria e que podiam retornar a condição espiritual com um pensamento.
Os demônios de Idade das trevas são invasores hostis num mundo que agora os rejeita, e não
podem resistir a gravidade negra do inferno apenas com sua força de vontade e poder
espiritual. Para permanecer na criação, um demônio precisa habitar um corpo físico de algum
tipo. Os demônios odeiam estes corpos, as conchas na qual precisam se esconder enquanto
estiverem no inútil mundo de deus; embora melhor do que o vazio inescapável do abismo, um
corpo ainda é um tipo de prisão, e cada momento em que passam ancorados num corpo físico
se torna mais uma razão para odiar a deus. Eles estão ansiosos pelo tempo em que poderão
incendiar completamente o mundo físico, assistindo a destruição gloriosa no conforto do seu
reino espiritual abominável.
Prisão de Pedra
A maioria dos demônios soltos na criação estão confinados em relíquias, objetos inanimados
criados por seus adoradores para que os demônios os habitem. Quando um demônio é
invocado, o ritual é focado na relíquia; o demônio aparece dentro dela e seu espírito se funde a
essência física do item. Estes demônios, juntamente com alguns poucos ligados a lugares ao
invés de objetos, são conhecidos como os “Conectados com a Terra” (Earthbounds).
O processo de criação de uma relíquia adequada a ser habitada por um demônio é longo, difícil
e dispendioso, mas estes obstáculos significam pouco para adoradores suficientemente
dedicados (ou fanáticos) A relíquia precisa ser criada para este propósito específico, construída
do zero usando materiais simples e métodos ritualísticos. Um item já existente não importando
quão refinado ou valioso, não pode ser usado como relíquia, porque não tem os essenciais
componentes espirituais – a fé e devoção investidas pelos adoradores do demônio durante sua
criação.
O primeiro requerimento para a elaboração de uma relíquia é o material do qual ela será
construída. Demônios específicos têm afinidades por substâncias específicas, refletindo a
função que exerciam na criação do mundo antes da queda. Um demônio que foi um anjo de
fogo ainda possui uma afinidade pela chama e precisa de uma relíquia que possua esta
afinidade – talvez uma construída de rubis e pedras retiradas de um vulcão inativo. A forma da
relíquia também é importante e deve refletir as particularidades e propósitos do demônio. Um
demônio de carnificina e violência pode habitar numa espada ou machado de forma muito mais
confortável do que num trono, o qual é mais adequado a um demônio de mentiras com
preferência em comandar entidades menores. O tamanho da relíquia raramente tem relevância
para o demônio, que é um espírito sem as restrições da noção humana de espaço e
dimensões; o arquiduque Belial, um dos mais poderosos demônios na criação habita uma
pequena estátua de menos de 30 cm.
No entanto o tamanho pode importar para os mortais que constroem a relíquia, e no fim das
contas é a fé e crença deles no poder do item que o torna efetivo. O componente chave de uma
relíquia é a fé de seus construtores, que alteram as propriedades espirituais do objeto através
de aplicações ritualizadas do seu próprio potencial divino. Tais rituais dão significância a
relíquia, assim como a quantidade de esforço e dor necessários em sua criação. Sangue,
sofrimento, sacrifícios humanos, automutilação – este é o preço necessário para a criação de
uma relíquia, pois estas coisas levam um adorador mortal ao estado de êxtase necessário para
que possa focar e direcionar sua fé (o mesmo princípio de aplica aos exigentes e dolorosos
rituais em que os devotos reverenciam seus mestres demoníacos).
Um demônio encarnado numa relíquia está conectado aquele objeto, e seu espírito
permanecerá ancorado no item específico enquanto o mesmo permanecer na criação. Se uma
relíquia for destruída, o demônio no interior será instantaneamente tragado para o inferno, um
destino pior do que a destruição. Por esta razão relíquias são sempre muito bem guardadas por
adoradores fanáticos, que desejam proteger seus mestres com as próprias vidas; muitos
demônios criam armadilhas adicionais e até defesas mágicas em suas relíquias. Mesmo se um
determinado adversário consiga por as mãos numa relíquia, perceberá que ela é quase
impossível de destruir, uma vez que a essência do demônio dá ao objeto uma resistência muito
além da normal e mundana. Até a relíquia de um demônio menor é resistente o suficiente para
aguentar um aríete, a pressão das profundezas do oceano ou o calor de um vulcão; as
relíquias de arquiduques podem até ser completamente indestrutíveis. A única arma que pode
potencialmente destruir uma relíquia é a que estiver imbuída de poder sagrado tal como uma
espada abençoada nas mãos de um inquisidor dedicado. Alternativamente, mágica poderosa
ou poder profano de um demônio igualmente poderoso podem ser efetivas.
Em troca da proteção e durabilidade dada a relíquia, o demônio paga um terrível preço.
Relíquias são objetos inanimados, e a presença de uma alma demoníaca em seu interior
impede uma estátua de andar e falar, ou um pilar obsidiano flutuar no ar. Obviamente o
demônio na relíquia não está indefeso, pois ainda possui imenso poder sobrenatural – se ele
quiser levitar sua relíquia pelo ar, ainda pode fazê-lo, mas tal ato consome preciosa energia
espiritual, gastando uma quantidade de fé indevidamente adquirida que o demônio pode
precisar em outros propósitos.
Um demônio dentro de uma relíquia possui algumas habilidade que não consomem fé ou que
requerem quantidades insignificantes. Ele pode perceber coisas ao seu redor com sentidos
espirituais que imitam a visão e audição dos mortais, mas que são menos falhas e mais difíceis
de enganar: pode ver através da escuridão, ouvir mesmo num lugar barulhento demais, e
facilmente penetrar na mentira de uma ilusão ou magia. Também pode sentir o uso de mágica
em muitas milhas a seu redor, incluindo as de outros seres sobrenaturais (vampiros,
lobisomens, magos e até de fadas). O demônio pode se comunicar mentalmente com seus
escravos, assim como com outros demônios caso saiba seus nomes celestiais ou verdadeiros.
Naturalmente o demônio não é afetado pela fome, fatiga, calor e frio ou qualquer outra
condição que afete os mortais.
A única alternativa a habitar um objeto é possuir um mortal – e até recentemente esta era uma
alternativa ruim. Demônios podem possuir humanos por um tempo, mas não
permanentemente, pois o ato de possessão condena o humano a uma inescapável e horrorosa
morte num curto período de tempo. Mesmo assim um demônio pode ser invocado do inferno
para habitar um corpo mortal e não um objeto. Isso pode acontecer porque os vassalos não
tiveram os meios adequados para construir um receptáculo adequado para seu mestre. Em
outras ocasiões os vassalos podem querer fazer uso do poder do demônio e depois enviá-lo de
volta pro inferno – o que é difícil caso ele tenha encontrado uma âncora permanente na Terra.
Um demônio dentro de uma relíquia pode deliberadamente possuir um Escravo voluntário,
transferindo seu espírito de seu lar permanente para receptáculos temporários.
Invocar um demônio para um receptáculo mortal requer um ritual tão longo como o de criar
uma relíquia, mas é muito mais simples e rápido preparar um receptáculo vivo do que construir
um item a partir de materiais brutos. Tudo que é relevante é que o mortal não resista a
possessão. Se o mortal resistir, se torna incrivelmente difícil (se não impossível) de ser
possuído, pois usa sua fagulha divina para afastar o demônio. Obviamente um Escravo
voluntário é a melhor opção, mas um indivíduo anestesiado é o suficiente; a droga deve afetar
sua força de vontade e não apenas fazê-lo dormir, pois mesmo um mortal inconsciente pode
lutar contra a possessão.
Quando um demônio possui um mortal, faz fluir sua essência como as ondas de uma maré. O
demônio ganha controle total sobre o corpo e mente do hospedeiro; passa a saber tudo que o
hospedeiro sabe, e pode realizar qualquer tarefa que o hospedeiro pudesse realizar com o
mesmo grau de habilidade. A alma do hospedeiro não é destruída no processo, mas sim fica
“submersa” pelo espírito do demônio, incapaz de recuperar o controle até que o espírito do
demônio saia (se um dia sair).
Embora num corpo mortal, um demônio dispõe de muito mais do que poderes de mortais, com
apenas algumas limitações dos mesmos. Ele pode canalizar sua própria energia espiritual para
o corpo do mortal, permitindo feitos de força sobre-humana, resistência ou intelecto; pode
evocar qualquer Milagre que conheça e pode curar quaisquer ferimentos caso o hospedeiro
seja ferido, entretanto fazer isso gasta sua reserva de preciosa fé mortal. Assim como numa
relíquia, um demônio pode detectar energias sobrenaturais por quilômetros de distância.
Tal receptáculo seria perfeito para um demônio, se não fosse por um grande problema. A alma
mortal pode ter sido criada a imagem e semelhança de deus, totalmente inacessível aos
poderes demoníacos, mas o corpo mortal é apenas carne e osso. A alma de um demônio é um
descomunal nexus de energia sobrenatural e o corpo humano não pode canalizar este poder e
sobreviver. Mesmo se o demônio sair do corpo segundos depois de tê-lo possuído, sua mácula
espiritual já terá permeado cada fibra do corpo mortal, e este certamente morrerá. Nenhum
força menor do que uma intervenção divina pode evitar isso.
A exata lacuna de tempo restante a um corpo possuído depende do demônio em questão,
Quanto maior for a dor do abismo que o demônio possuir, mais rápido o corpo possuído
morrerá. Esta morte é sempre terrível de se presenciar e frequentemente reflete as
particularidades e o poder do demônio. Corpos se desfazendo em cinzas, explodindo num
banho de sangue, queimando em chamas ou qualquer outro tipo de morte apavorante. Este
efeito é chamado aflição (consumption).
Quando um receptáculo morre, o demônio volta a sua forma espiritual, precisando mais uma
vez encontrar um modo de evitar o puxão do abismo. Demônios que costumeiramente
habitavam relíquias são imediatamente sugados de volta para a proteção do objeto. Se não
habitava em relíquias, de alguma forma o demônio precisará encontrar um novo receptáculo
temporário ou perderá sua âncora na criação e voltará para o inferno.
O Domínio de Kupala
Devils due 38
***********
Eu particularmente não gosto desta abordagem pois muito se perde daquilo que um demônio
ou infernalista deveria representar segundo as descrições dos livros que os consideram como
cânone e não como mero adendo. Seria o mesmo que dizer e considerar que o mago de “Mago
a Ascensão” não passa de um feiticeiro com o equivalente a Taumaturgia 3 e rapidez 2 porque
no livro X ou Y aparece listado apenas com poderes de feiticeiro e nada mais.
As maiores discrepâncias relativas a demônios acontecem em cenários tal como “Lobisomem,
o Apocalipse” que excluem a idéia de deus como criador e responsável pela existência de
anjos, demônios e do próprio inferno. Do ponto de vista de Lobisomens até mesmo os
Arqueduques infernais são apenas Banes, já humanos possuídos por demônios não passam
de simples fomores (isso não é opinião minha, está assim descrito no livro Devil´s Due).
O uso de muitos dons e poderes contra demônios e seus servos também deve ser alvo de um
grande cuidado por parte do narrador. Porque queiram ou não o cenário interfere no sistema e
vice versa.
Por exemplo: Quem toma LoA como cânone e considera toda corrupção como obra da Wyrm
vai ficar em maus lençóis ao explicar a seus jogadores a razão pela qual o dom Detectar a
Wyrm não funciona nos desfigurados Nosferatus, Samedis etc - caso estes possuam
humanidade 7 ou maior – uma vez que inegavelmente a maldição de caim lhes causa
uma corrupção inquestionável em sua forma física. Digo isso apenas para lembrá-los de que
certos conceitos mudam um pouco quando interagimos os cenários.
Num jogo com criaturas infernais este tipo de impasse pode facilmente se tornar uma coisa
frequente e de maior importância. No Wod existem poderes estranhos como “Invencibilidade de
Odin” dada pelo próprio “Odin”, um poder que por exemplo garanta a quem o use uma vitória
garantida sobre um determinado inimigo qualquer. Mas você como narrador deve decidir a
relevância da existência de uma entidade como “Odin” diante de um contexto demoníaco que
por consequência também é um contexto bíblico. Não estou querendo impor nada ao seu estilo
de jogo, só estou dizendo isso como ressalva pois muita coisa não vai fazer sentido
dependendo do contexto demoníaco que você decidir usar em sua crônica. Fique atento.
Essa ressalva é mais do que necessária, pois bem sei que apesar da gigantesca profundidade
do assunto e sua capacidade de gerar excelentes personagens e histórias, a maior parte da
galera no fim das contas só vai querer saber dos poderes infernais pra construir personagens
fodões sem querer saber de mais nada. Isso tanto na criação de personagens infernalistas e
quem sabe na dos próprios demônios.
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Ressalva feita, segue então o esquema de criação de personagens:
Criação de personagens
gaste pontos de bônus (infernalistas recebem 21, demônios recebem 15 . Aumentar força de
vontade permite máculas e pactos adicionais se assim for desejado. Adicionar Tormento ou
máculas e pactos permite a compra de arcanas adicionais se assim for desejado.
Vicios:
Antecedentes
Aviso importante:
Demônios criados com estas regras passaram apenas um breve momento na Terra nos corpos
de seus hospedeiros e ainda não se entediaram com sua humanidade roubada, mas também
não se aclimataram o suficiente para manifestar nada remotamente próximo de seu poder total.
Sugerimos que o demônio tenha menos de 10 anos de experiência na terra. Para cada vez que
este tempo dobrar caso assim se deseje, o narrador deve dar 10 pontos de bônus adicionais e
impor um ponto de Tormento permanente (até um máximo de 10 para demônios antigos).
Demônios antigos que ainda vivam usando hospedeiros geralmente não podem ter a
pontuação de Tormento superior a sua determinação, caso contrário seus hospedeiros já
teriam se dissolvido há muito tempo. Os narradores podem permitir uma pontuação maior de
Tormento para demônios que frequentemente pulem de hospedeiro para hospedeiro, mas
estes frequentemente viram demônios Conectados a Terra ao invés de permanecerem no risco
de usar uma cadeia de hospedeiros. Os demônios que abandonam a carne e se tornam
Ligados a Terra não sofrem restrição e podem ter qualquer pontuação de Tormento que
desejarem. Estas regras opcionais para personagens de narrador servem como um mediador
de poder vs idade, mas também fornecem um consistente nível de poder para histórias onde
apareçam demônios antigos como protagonistas.
Determinação e Tormento
Determinação
Tormento
O criador criou os anjos para serví-lo. Com sua ordem criaram o universo e administraram sua
miríade de funções como agentes da beleza perfeita, vontade e poder. O Tormento não era
plano de deus para seus servos, e sim um defeito criado quando Lúcifer começou sua rebelião.
A desobediência da Estrela da manhã levou a um novo fardo de um novo estado de existência,
a desarmonia com a perfeição conhecida como pecado. O pecado carregava o peso da dor e
desespero como uma praga, conforme se espalhava entre os seguidores de Lúcifer, separando
suas almas de deus e da fé. Aqueles que desobedeceram seu criador tiveram permissão para
fazê-lo, mas não haviam sido criados para a desobediência, e o choque da separação se
provou uma agonia inimaginável.
Como característica, Tormento mede quão profundamente o demônio caiu em relação aos
desígnios de deus e que terríveis pecados agora lhe são por maldição. Demônios com baixa
pontuação de Tormento não são diferentes dos anjos que um dia foram, embora permaneçam
como caídos e amaldiçoados pelo preço de sua rebelião. O Tormento permanente determina a
moralidade do demônio, assim como o Caminho nos vampiros (de forma inversa). Com altos
níveis de Tormento, a monstruosidade de um demônio transcende a compreensão humana do
maligno.
Assim como a Força de Vontade, Tormento tem uma pontuação permanente que vai de 1-10 e
também uma pontuação temporária. Ao contrário da Força de Vontade , a pontuação de
Tormento pode ultrapassar sua pontuação permanente e não reflete a reserva de pontos que
os jogadores podem gastar. Ao contrário disso, demônios acumulam pontos de Tormento
Temporário conforme se entregam ao pecado. Quando o demônio ganha o décimo ponto de
Tormento temporário, estes se transformam em um ponto de tormento permanente. Este
Processo continua ate que o demônio acumule 10 pontos de Tormento permanente, um ponto
no qual não há mais como se afastar da graça. Todos os demônios presos no abismo há muito
já degeneraram até este ponto.
Qualquer classificação sutil de moralidade e autocontrole que agora diferenciem as hostes
infernais estão muito além do que humanos podem discernir.
Quando um demônio monstruoso possui um mortal, seu tormento normalmente consome a
alma e mente de seu hospedeiro, e logo em seguida o corpo. O ritual da Alma Calcinada
fornece uma alternativa, permitindo ao demônio enterrar parte de seu Tormento no
subconsciente do hospedeiro. Os persistentes traços da alma humana do hospedeiro formam
uma membrana em sua mácula, impedindo o demônio de se lembrar de sua antiga
malignidade. A quantidade de Tormento que o demônio suprime varia, mas há sempre um alto
preço. Por ser um espírito, memória é essência. Ao suprimir as memórias do Tormento, o
demônio também esquece parte de seus arcanas e perde parte de sua Determinação.
Demônios particularmente azarados podem até aniquilar a si mesmos neste processo. A única
forma de desenterrar estes poderes é através da memória e o ato de lembrar provoca
degeneração. O pecado abre o caminho do poder ao custo da moralidade readquirida do
demônio.
Assim como os demônios, os escravos não foram criados para experimentar a agonia do
Tormento. Entretanto, a escolha do escravo de receber o despertar espiritual de Determinação
de seu patrono demoníaco também infecta sua alma com veneno infernal. O veneno começa a
agir de forma suave, mas aumenta de intensidade com o pecado. Se não for controlado, é a
destruição de quem o possui caso não seja construída uma muralha de Determinação contra
seus ataques corrosivos. O Tormento de um escravo gradualmente absorve sua humanidade e
a substitui com necessidades demoníacas. Seu mestre pode usar estas necessidades como
conduíte para gratificação de dons de arcana, assim como demônios canalizam seu próprio
Tormento para se lembrar de poderes esquecidos.
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TERCEIRA PARTE
Poderes
(Finalmente chegamos a única parte que vai interessar aos combeiros de plantão
hahaha):
Investimentos
Uma pessoa não consegue algo a troco de nada. Demônios sabem que poucos mortais ou
cainitas simplesmente jogam tudo pelos ares pela mera chance de servir ao inferno. Os seres
do inferno sabem que serviçais voluntários são os melhores, mas serviçais voluntários só
servem adequadamente quando bem pagos. As boas intenções só vão até aqui. A maioria só
se volta ao inferno quando a vida (ou não-vida) não tem mais nada a oferecer, em situações de
desespero ou quando nada nem ninguém pode ou está disposto a lhes dar o que mais
desejam.
Poder mágico é um frequente investimento. As trilhas de Mortis e Taumaturgia são todas
opções viáveis para investimentos demoníacos em vampiros, especialmente para um que
nunca estudou magia. Um narrador astuto pode querer usar trilhas da taumaturgia negra tal
como a Trilha da Corrupção ou uma outra sem revelar ao jogador de que seu personagem está
usando a Trilha, meramente dando as instruções necessárias para que este use cada novo
nível conforme avança.
Outros investimentos podem imitar poderes de outras disciplinas, e qualquer poder de qualquer
disciplina pode se tornar num bom investimento demoníaco (com a possível exceção da trilha
do curandeiro de Valeren). Um vampiro que subitamente use novos poderes num momento
crucial pode representar exatamente a surpresa necessária para levar seu alvo a uma
armadilha. Se o narrador quiser deixar claro que estes poderes não são de fato disciplinas
vampíricas, pode exigir que o jogador gaste pontos extras de sangue para ativá-los, passe por
alguns passos extras antes de invocar tais poderes etc.
De forma genérica, assuma que a maioria dos demônios possa conceder os níveis básicos de
qualquer disciplina, enquanto os mais poderosos possam dar níveis avançados.
Alguns investimentos são simples em sua natureza. Uma garota feia pode desejar ser bela e
graciosa (uma questão de aumentar atributos sociais) ou talvez um jovem aleijado deseje andar
e correr novamente (uma questão de remover um defeito). Nem toda mudança é instantânea.
Alguns demônios gostam de brincar com seus peões, os dando apenas o suficiente para que
continuem motivados. A maioria dos demônios pode garantir duas características de atributos,
outros demônios mais poderosos podem dar 3 ou até mais.
Como dito anteriormente, nada vem de graça. Demônios esperam algo em retorno pelos suas
“bençãos” seja em serviço ou um copo de sangue toda lua cheia. Os narradores devem se
sentir encorajados a serem duros com jogadores de personagens que fazem algumas poucas
barganhas casuais com os infernais com o único propósito de acumular poderes diferenciados.
Os infernais não são seres para se tratar sem seriedade, e demônios não gostam de sentir que
estão sendo feitos de idiotas. Alguém que não cumpra sua parte no acordo pode descobrir que
seus atributos extras estão sumindo ou que seus novos poderes falham em momentos cruciais.
O personagem pode precisar se esforçar mais do que o normal para recuperar o que perdeu, e
mesmo assim o demônio pode não querer deixar o personagem esquecer o vacilo, removendo
o investimento só para lembrá-lo de quem de fato está no controle.
Investimentos
Infernalistas não vendem suas almas para patronos demoníacos. Almas podem ser a moeda
do inferno, mas as almas de vampiros são moeda danificada. Eles são como moedas
desfiguradas, de pouco valor. Entretanto, mesmo que alma vampírica tenha pouco valor,
serviços realizados por vampiros são de grande valia.
A troca básica em qualquer acordo consiste em certos serviços em troca de conhecimento e
bônus de poder. Em troca de promover os planos de um demônio, um infernalista pode ser
recompensado com a consciência das intenções de um inimigo ou acesso a poderes de magia
do sangue que não poderiam ser obtidos de outra forma. Além dessas pequenas barganhas de
jardim de infância, estão os investimentos. Como o nome sugere, um investimento representa
um poder gasto pelo demônio num de seus seguidores, no qual o patrono espera que irá lhe
render resultados.
Investimentos incluem benefícios como vigor e força extra, beleza absolutamente sedutora,
ossos feitos de metal infernal, ser transformado em mortal por um dia, ou sentidos tão
aumentados a ponto de ser possível ver além do véu que existe entre este mundo e o próximo.
Um investimento menor requer um feito modesto, talvez alguns assassinatos ou uma
profanação. Um investimento de grande proporção como a verdadeira imortalidade (livre da
maldição de Caim) pode exigir tarefas horrendas – o assassinato de um santo, a destruição de
uma nação ou o genocídio de um povo. Grandes investimentos acabam envolvendo mais um
“detalhe”: a alma do infernalista agora pertence ao inferno.
Submissão e Dominância
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Investimento infernal
Você ultrapassou a maldição de caim ao se entregar para um dos lordes infernais. Em troca,
seu mestre lhe remoldou numa forma distorcida que mais o agradava e te deu novos poderes.
Aqueles que receberam este investimento são frequentemente confundidos com demônios,
embora existam estudiosos que os viram e sobreviveram, que sabem tratar-se de algo ainda
mais terrível. Cada investimento requer que você pegue duas características sociais negativas
para representar o horror em que você se transformou, e você precisa descrever a aparência
física que os investimentos provocam. Nenhum investimento pode proteger um cainita dos
efeitos do sol ou da necessidade de sangue. Você pode comprar este poder múltiplas vezes,
mas em todas precisará pagar duas características sociais negativas
Forma Demoníaca: Você ganha enormes asas de morcego e sua unha do dedão de
transforma numa garra venenosa . Este investimento te dá o equivalente ao poder de vôo dos
gárgulas, e você passa a infligir 2 níveis extras de dano letal em ataques desarmados.
Colméia de sangue: você contém 3 enxames de insetos que voam constantemente ao seu
redor, se movem debaixo de sua pele e entram e saem de seus orifícios. Você pode vomitar
um enxame por turno. O enxame não pode sofrer dano de ataques físicos, mas pode ser
desviado por ventos fortes ou queimado pelo fogo. Cada enxame pode absorver 3 níveis de
dano letal e gasta 3 características de sangue para se refazer. Se você ordenar o enxame a
atacar alguém, ele drenará uma característica de sangue por turno e poderá absorver e te
devolver 5 características de sangue. Leva um turno para reingerir um enxame carregado com
sangue, no qual você não poderá realizar outras ações.
Abraço do Tentáculo: você agora possui tentáculos capazes de sucção, provavelmente dois
de grande porte onde seus braços costumavam estar, quem sabe vários menores saindo de
seu rosto, ou talvez outra combinação monstruosa. Você tem 3 características de bônus para
usar em qualquer ação de agarrar ou escalar, e realizar um ataque extra por turno sem
penalidade.
Nota do Tradutor: Os “investimentos” acima estão listados em separado e sem nível porque
trata-se de uma versão diferente para um certo nível de Daimonion. Eu adicionei porque achei
as descrições legais.
Um Ponto
Aquático: Este Investimento permite que o Infernalista mova-se livremente debaixo da
água, exatamente como um peixe. Ele nadará na mesma velocidade em que corre na
terra e os testes envolvendo Destreza são feitos normalmente. Os olhos do Infernalista
assumem a aparência dos olhos de um anfíbio e por isso ele reduz um ponto em
Aparência quando estiver usando este poder. Se o Infernalista for um mortal, ele
também adquire brânquias como as de um anfíbio.
Ouvidos de Morcego: Este simples Investimento possibilita ao Infernalista usar uma
espécie de sonar como o dos morcegos. O Infernalista poderá “ver” por ondas de som.
Cauda Chicote: O Infernalista ganhará uma cauda quando adquirir este Investimento.
A cauda é pequena e fina, e pode ser usada perfeitamente como um chicote, mas seu
alcance é pequeno e causará dois dados de dano agravado. Obviamente, o rabo deverá
permanecer bem escondido, ou todos saberão o segredo do Infernalista.
Sentir Magia: Este Investimento permite que o Infernalista sinta qualquer descarga
mística dentro de um raio de 500 metros de sua posição. Para usar este poder o
Infernalista deve manter-se concentrado por 2 turnos. Este poder só indicará a
Disciplina vampírica da Taumaturgia e as esferas dos magos.
Dedos Cortantes: Este poder funciona como o Dentes Cortantes mas ao invés dos
dentes, aplique os efeitos as unhas do vampiro, semelhante a garras. Este poder também
requer o gasto de um Ponto de Sangue.
Indícios do Medo: O vampiro pode sentir pelo olfato (cheirar ou farejar) se alguém
num raio de 100 metros está com medo. Para tanto ele deverá gastar um Ponto de
Sangue e se concentrar intensamente.
Dois Pontos
Invisível para Animais: O Infernalista fica completamente invisível para animais,
entretanto alguns ainda poderão farejar o Infernalista (a critério do Narrador). Se este
poder for usado frente à um animal, este levará um tremendo susto.
Poderes de Pheromone: Do corpo do Infernalista aparecerá estranhos raios de luz bem
fracos que deixarão os mortais presentes mais suscetíveis a Dominação, e reduz
temporariamente a Força de Vontade dos alvos com base nos sucessos obtidos no teste
para Dominação. Este poder afeta todos os mortais num raio de 4 metros do Infernalista.
Três Pontos
Causar Vertigem: Este Investimento permite ao Infernalista influenciar no equilíbrio
da vítima. A vítima sofrerá grande dificuldade para se levantar ou se mexer, e mortais
sentirão náuseas e enjôo. A vítima deve fazer um teste de Destreza + Esportes
(dificuldade 5 para se levantar e caminhar lentamente, e dificuldade 7 para andar ou
tentar alguma ação). Este poder pode ser usado contra qualquer número de oponentes,
mas requer o gasto de um Ponto de Sangue por vítima. Os efeitos duram de 5 turnos à 1
cena.
Portal Mágico: O Infernalista que usar este Investimento, criara uma alteração
dimensional que lhe permitirá passar através de um objeto sólido, com se fosse
intangível. Para usar este poder é necessário o gasto de um Ponto de Sangue.
Quatro Pontos
Guardião: Este Investimento concebe ao Infernalista, um guardião infernal. A criatura
é insignificante e de habilidades limitadas, como um Imp. Mas ela servirá lealmente o
vampiro e oferecerá toda proteção que puder. O Infernalista mantém um elo com a
criatura, desta forma um sempre saberá onde o outro está, e saberá também qual o
estado emocional atual um do outro.
Bidimensional: Este Investimento permite que o Infernalista perca toda a largura de seu
corpo, ficando bidimensional, e praticamente inexistente aos olhares menos atentos. O
Infernalista poderá se mover facilmente por frestas e parecerá invisível para aqueles que
o verem de lado. Note que mesmo estando na forma bidimensional, o indivíduo tem
total interatividade com o espaço tridimensional. Este poder requer um Ponto de
Sangue.
Cinco Pontos
Inferno na Pele: Este Investimento deixará o Infernalista imune as chamas e ao calor
natural. Mas não protege contra fogo mágico ou luz solar.
Seis Pontos
Toque da Atrofia: Este poder causa pode causar em sua vítima a perda de um de seus
Membros. Ela não sentirá dor alguma, e nem perderá Níveis de Vitalidade, mas o
membro tocado simplesmente murcha até desaparecer por completo.
O Infernalista gasta um Ponto de Sangue e um Ponto de Força de Vontade para usar este
poder, e deverá tocar o membro que almeja; após o toque a vítima e o Infernalista fazem
um teste resistido de Força de Vontade (ambos contra dificuldade 6).
Teleporte: O Infernalista pode usar este poder para se teleportar imediatamente para o
local que quiser. Porém, o alcance é limitado, sendo de aproximadamente 4 Km; mas a
grande vantagem é que o Infernalista não precisa ter ido ou visualizar o local para onde
deseja ir. É necessário gastar um Ponto de Sangue e um de Força de Vontade para ativar
este poder.
Sete Pontos
Caminho de Hades: Este Investimento concede ao Infernalista o direito de atravessar
os reinos de Hades (Inferno) sem qualquer preocupação com sua segurança pessoal.
Este Investimento só é concedido por demônios extremamente poderosos. Entretanto
este Investimento não proporciona meios para que o Infernalista entre no Inferno.
Oito Pontos
Exército Maldito: Este temeroso poder, permite que o Infernalista convoque e estimule
nove demônios secundários para lutarem até que suas formas terrestres sejam
destruídas. Ativar esta convocação requer um Ponto de Sangue.
Nove Pontos
Status Infernal: Este Investimento é a prova do reconhecimento ao Infernalista, e
concede à ele um posto secundário entre os demônios. O Infernalista será superior a um
demônio secundário; e poderá até dar ordens, mas ele não poderá forçar os demônios a
fazer algo que não queiram. Porém se o Infernalista ficar conhecido por castigar seus
subalternos diretos, é bem provável que aqueles de menor poder farão o que lhes for
pedido (ou ordenado).
Dez Pontos
Rejuvenescer: Este Investimento transforma um vampiro Infernalista em um mortal. O
Infernalista será imune a qualquer tentativa de Abraço e provavelmente morrerá se o
tentarem fazer. Agora o Infernalista é um humano normal, e
envelhecerá como tal, além de estar sujeito a doenças, etc.
Armadura: 1 ponto
Escamas, pêlo ou uma armadura de quitina cresce em volta do corpo do personagem. A cada
vez que este investimento é comprado o personagem adiciona um dado a sua parada de
absorção contra dano de ataques não agravados. Este investimento pode ser comprado
diversas vezes. Mas a cada 3 vezes, o personagem perderá um ponto permanente de
aparência.
Garras: um ponto
O personagem passa a poder fazer crescer garras tais como a de uma fera. As garras são
permanentes, mas podem ser retráteis por um ponto adicional no custo do investimento. Estas
garras infligem dano de força + 2.
Fogo: 3 pontos
O personagem se torna capaz de exalar jatos de fogo (ou alguma substância terrível como
ácido). Esta chama inflige 3 níveis de dano agravado no alvo, o qual pode esquivar com uma
jogada contra um teste do infernalista de destreza + ocultismo. O infernalista pode aumentar o
dano da sua baforada em um nível de vitalidade para cada dois pontos gastos
Vôo: 3 pts
Asas de couro crescem no personagem, permitindo o vôo por curtas distâncias. O personagem
pode permanecer no ar por um número de turnos igual a sua pontuação no atributo Força. Por
um ponto adicional as asas podem ser pontudas, infligindo dano como uma garra (força +2)
Membros: 2 pontos
Um novo membro cresce no personagem. Pode ser um membro normal, como um braço extra
saindo do peito ou algo estranho como um tentáculo ou uma cauda. Cada membro adicional
permite ao personagem fazer um ataque extra por turno (Nota do tradutor: Chupem
Ananasis que não podem fazer ataques extras por turno sem divisão na parada de dados
mesmo com trocentos membros extras hahaha! A menos que consideremos uma bizarra
ananasi infernalista com este investimento rssrsrs – vai ter braço assim na pqp) e estes
ataques não dividem a parada de dados, mas cada ataque adicional tem dif +1
Veneno: 1 pt
Poder
Demônios estão sempre dispostos a ensinar novos poderes a seus discípulos. Quase todos os
infernalistas recebem ensinamentos de Taumaturgia Negra, e muitos vampiros buscam os
demônios para aprender disciplinas que não podem obter de seus clans.
Taumaturgia Negra
Disciplinas
Demônios podem ensinar disciplinas para vampiros. Uma disciplina aumentada através de um
investimento infernal só poderá subir um nível por vez. Aumentar disciplinas custam ao
personagem um pacto de nível igual ao novo nível da disciplina +3.
Um demônio também pode ensinar um poder específico de uma disciplina (por exemplo,
somente Olhar Aterrorizante e não a disciplina Presença). Isso custa ao personagem um pacto
de nível do poder especificado +1. Desta forma, mortais podem receber estes poderes
demoníacos de patronos infernais.
As disciplinas infernais de Maleficia e Striga (assim como qualquer poder infernal que o
narrador criar) só podem ser aprendidas ao lidar com demônios.
Atributos e Habilidades
Os demônios auxiliam seus servos a ficarem mais fortes. Atributos e habilidades só podem ser
aumentados um nível por cada pacto. Atributos exigem um pacto de nível atual do atributo + 2
e habilidades nível atual +1 se forem aumentados por meios infernais.
Vida
Embora inapropriado para vampiros, os demônios oferecem vida estendida em troca de pactos.
A vida de um mortal de boa saúde será estendia em um ano por cada nível de pacto. O
demônio também pode reverter o processo de envelhecimento pelo mesmo custo. Esta é uma
oferta muito tentadora no período medieval, quando a população contava com um curto período
de expectativa de vida . Um demônio nunca concederá imortalidade garantida, nem garantirá a
ninguém imunidade total contra todos os danos. Pactos similares podem ser feitos para curar
doenças ou ferimentos.
Servos
Pactos
Pactos demoníacos recebem uma pontuação de 1 a 10, representando o grau de serviço que o
personagem precisa realizar para o demônio. Um pacto de nível 1 é facilmente realizável, e a
maioria dos infernalistas executa tais tarefas em suas cerreiras, permitindo-lhes acesso a uma
gama maior de investimentos. Os pactos de nível alto são muito mais difíceis de se realizar,
mas as recompensas são significativamente maiores. Uma vez que um personagem tenha
completado um pacto, pode gastar os pontos ganhos em investimentos infernais da maneira
que desejar.
Por exemplo, John Binsfeld, um Ventrue infernalista acabou de corromper um monastério local
e transformou os monges em carniçais subservientes. O demônio com quem está lidando o
recompensa com 5 pontos de investimentos. John pode gastar estes pontos aumentando um
atributo de 3 para 4, pode aprender Rego Dolor 1 (um ponto), pode ganhar o demoníaco
Homens-as-armas (um ponto) e ganhar Sopro Incandescente (3 pontos), ou qualquer outra
combinação.
Pactos também podem ser feitos para ganhar auxílio imediato do demônio; esta opção é
geralmente usada por infernalistas que estão em grande perigo ou severamente ameaçados.
Pactos comuns incluem benefícios como transporte para um lugar seguro ou o uso de poderes
demoníacos para a defesa do infernalista. Tais pactos devem custar tanto quanto o narrador
achar que pode tirar do personagem ameaçado, uma vez que a recusa implicará
provavelmente na destruição do personagem. Uma vez que um pacto tenha sido firmado, o
infernalista precisa fazer tudo a seu alcance para cumprir sua parte no acordo ou se encontrar
em abandono.
Abandono
Se um personagem tentar evitar sua parte no acordo, sua alma é declarada em omissão pelo
inferno, e os demônios envolvidos começam sua perseguição. Alguns mortais podem conseguir
escapar indo para solo sagrado, mas para um vampiro tal rota é praticamente impossível. O
personagem pode implorar por sua vida e alma, tornando patéticos seus momentos finais na
terra; alternativamente pode se tornar contra seus perseguidores e tombar numa batalha
gloriosa. Certas lendas dizem que se alguém conseguir evadir-se das forças do inferno 3 vezes
se tornará livre de qualquer pacto, perderá todos os investimentos (incluindo os melhoramentos
comprados com ajuda infernal) e poderá começar sua própria Trilha.
Um personagem que escape das forças infernais será terrivelmente odiado por todos os
demônios e terá o ressentimento de todos os infernalistas – sua vida ou não-vida será muito
complicada a partir deste ponto.
A pontuação exata dos pactos fica a cargo de cada narrador. A lista que se segue deve dar
uma ideia ampla de que tipos de serviços se enquadram em cada nível.
Nível 1 – Malícia
Nível 2 – Crueldade
Ações pequenas ou pessoais, como corromper uma única pessoa, se enquadram neste nível.
Nível 3 – Imoralidade
Nível 4 – Transgressão
Nível 5 – Corrupção
Levar terceiros para o mal ou matar um grande oponente das forças infernais (por exemplo um
cavaleiro com fé verdadeira)
Nível 6 – Pecado
Fundar e liderar um grupo de outros infernalistas ou dedicar um lugar a corrupção
Nível 7 – Heresia
Corromper uma cidade inteira ou dedicar uma catedral ao mal. Criar uma heresia que dure
mais do que 10 anos.
Este é o último nível de pacto que pode ser firmado comum demônio. Um personagem em tal
pacto jura fidelidade ao demônio e promete sua alma após a morte. Uma vez que tal pacto seja
for,ado, o demônio recusará quaisquer outros pactos posteriores pois já possuirá tudo que
deseja do personagem. Muitos demônios tentam fazer um infernalista assinar tal pacto
imediatamente, não revelando os serviços menores envolvidos. A maioria dos demônios
oferece este nível de pacto quando o infernalista está em perigo mortal e desejoso em agarrar
qualquer chance de salvar sua vida.
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Pactos
Ao contrário das Máculas, os Pactos possuem uma formula fixa que determina seu valor.
Quanto maior for a exigência ao escravo, mais fé o cumprimento do acordo gerará. Demônios
podem retornar está fé para imbuir seus servos com a resistência espiritual necessária para a
absorção de arcanas adicionais.
Todos os pactos possuem 3 grandes variáveis que interagem para determinar seu valor final:
Obrigação, Frequência e Consequência. Estas variáveis se juntam para formar uma petição
bruta no qual o escravo se compromete “Eu irei (ou não irei) fazer (a Obrigação) num intervalo
regular de (Frequência) ou irei sofrer (Consequência)”. Tudo o mais meramente refina ou define
esta petição num juramento final de devoção.
Obrigação
Esta variável representa a ação específica que um escravo promete realizar ou evitar. Uma vez
que cada escravo é diferente, atos de devoção são muito diferentes. Um pobre fazendeiro
acostumado a passar fome vê o jejum como uma realidade inevitável, mas dificilmente como o
terrível sacrificio de mudança de vida de um mercador mimado e obeso. Como resultado , a
medida de uma Obrigação depende profundamente do conceito do personagem. A severidade
de uma Obrigação determina seu valor de acordo com o seguinte esquema:
1 – O escravo promete uma tarefa aparentemente trivial sem importância real para o demônio
nem para o personagem. Alternativamente promete evitar algo extremamente raro ou faz uma
petição de abstenção de algo que já evita por outros motivos.
2 – O personagem promete uma tarefa ou abstenção que requer um esforço mínimo ou exige
uma inconveniência menor.
3 – O escravo jura realizar uma ação que requer esforço moderado ou exposição a um perigo
menor. Alternativamente faz uma petição de evitar uma ação que de outro modo faria, mas
uma pela qual não sente nenhuma ligação emocional em particular.
4 – O personagem faz um juramento sobre uma ação que requer grande esforço ou perigo para
que seja realizada. Ou pode negar sob juramento um ato do qual gosta ou que requer grande
esforço para ser evitado.
5 – O escravo se compromete com uma tarefa que exige terrível esforço ou perigo extremo.
Alternativamente pode sacrificar algo querido ou prometer evitar algo de que se alegra
imensamente e que de outra forma faria regularmente.
Frequência
Esta variável determina quão frequente um escravo deve cumprir seu dever ou evitar o ato
proibido definido na Obrigação. Ao contrário do que ocorre em Obrigação, conceitos individuais
não se aplicam com os valores associados a Frequência.
1 – O escravo deve executar a ação prometida uma vez por dia ou se abster do ato proibido em
todas as ocasiões.
2 – O personagem deve cumprir a tarefa 3 vezes por semana ou evitar o ato banido na maior
parte das vezes (exceções devem ser decididas no momento de selar o pacto)
3 – O personagem deve realizar a ação uma vez por semana ou se abster do ato proibido
aproximadamente na metade das situações. Obrigações de abstenção não podem ter uma
Frequência mais alta do que a pontuação de 3.
Consequência
Um personagem pode falhar em cumprir sua Obrigação, seja por fazer algo proibido ou não
completando uma tarefa como prometido. Se o personagem não pudesse falhar, o pacto não
exigiria esforço algum e não geraria fé. Portanto a variável final determina exatamente o que
seu nome sugere: a consequência por uma única falha. Se desejado um escravo pode sofrer
múltiplas consequências por uma única falha. Tais consequências compostas tem valor final
equivalente a soma das consequências menores, mas estas não podem ter um valor maior do
que 4. Apenas certos falhas mortais são dignas de uma consequência de nível 5.
Os narradores devem apenas aplicar as consequências totais de um pacto num personagem
que falhe em cumprir sua tarefa por vontade própria. Aqueles forçados a desobediência sofrem
uma consequência de nível 1 apenas como alerta.
1- O pacto termina e o escravo sofre um dos seguintes efeitos: Perde um número de arcana de
valor não menor do que a pontuação do pacto (valor determinado quando o pacto for selado).
Ganha um número de pontos de Tormento equivalente ao valor do pacto. Manifesta uma
mácula com o mesmo valor do pacto ( decidido quando o pacto for selado). Ao invés de
terminar o pacto, o personagem pode alternativamente perder um ponto de Determinação, de
Força de Vontade ou sofrer um nível inabsorvível de dano letal em cada ocasião de falha.
Combinando tudo
Nota do tradutor: Por este esquema só podem ser firmados pactos de até nível 9, embora
outros livros mostrem como possível os pactos de nível 10.
Arcana é um feito de “mágica espiritual” envolvida com a própria Criação para diretamente
mudar o mundo. Quando o demônio realiza tal milagre, ele foca sua vontade diretamente na
constituição espiritual da realidade, assim como fazia quando ainda servia a deus e usava seus
poderes divinos para ajudar a criar o universo. Quase qualquer efeito imaginável pode ser
evocado com arcana, desde adivinhar o futuro até uma chuva de enxofre sobre uma cidade
inteira. Mesmo as magias de um mago mestre são pálidas diante do poder potencial dos
milagres sombrios de um demônio. Entretanto existem limites para o que se pode fazer com
arcana, assim como nos milagres que um demônio específico pode evocar.
Cada demônio tem uma área específica de atuação onde é mais hábil. Um tipo de arcana
particular que pode usar com mais habilidade. Quase qualquer conceito e característica da
criação pode ser o foco das habilidades de um demônio – desde o fogo ao engodo, controlar
fantasmas ou criar armas de guerra. Nesta área específica, mesmo um demônio de poder
moderado pode evocar milagres excepcionais. Fora de sua área de foco, as habilidades de
muitos demônios caem vertiginosamente. Um demônio pode ter duas ou 3 áreas de atuação
secundárias nas quais pode evocar arcana de complexidade significativa mas não
extraordinária. Quando usando qualquer outro tipo de Arcana, os demônios estão limitados a
efeitos mais simples – e alguns demônios menores podem ser completamente incapazes de
evocar alguns efeitos.
Arcanas – (Nota do Tradutor: Como a lista é gigante eu botei o texto em outra cor,
facilitando pra quem quiser pular esta parte da leitura).
Embora arcanas não sigam uma progressão linear, algumas requerem poderes de arcana
anteriores ou características mínimas como pré-requisitos, criando ramos de “árvores” de
poderes ascendentes. Apenas demônios podem aprender arcana marcados com um * depois
do custo, enquanto as raras arcanas marcadas com ** são exclusivas de escravos. Quando há
2 custos separados por uma barra, o primeiro se aplica a demônios e o segundo a escravos.
Alguns arcanas exigem o gasto de Determinação e força de vontade para funcionar, enquanto
outros simplesmente têm efeito maior se personagens escolherem investir mais de sua fé nos
milagres.
Arcanas inerentes
Todos os demônios recebem os seguintes arcanas de graça como habilidades inatas, assim
como os vampiros podem direcionar seu sangue para realizar certos feitos. Escravos podem
receber alguns destes poderes como investimentos pelo custo citado. Demônios não podem
trocar estes arcanas por outros poderes
Forma Apocalíptica(+0/+1) : No começo as hostes angelicais não possuíam formas tais como
os humanos compreendem. Eles eram o que precisavam ser, e capazes de fazer o que quer
que seu criador precisasse que fizessem. A rebelião e queda das hostes infernais para o
Tormento e para o exílio eterno do inferno lhes arrancou esta capacidade. Apenas vestígios de
sua glória permaneceram, seus símbolos mais marcantes transmutados para a forma literal. A
capacidade de voar se manifesta como asas, enquanto um anjo que domina as feras apresenta
as características das mesmas.
Todos os demônios tem uma forma apocalíptica sem custo, de formato humanóide, embora
certamente mais majestosa ou terrível. A despeito de sua aparência e voz alterada, como
qualquer efeito associado, tal como aura pálida, olhos brilhantes etc, a forma de nível zero não
tem poderes além de permitir o uso de Revelação e impressionar mortais. A maioria dos
demônios não se contenta com uma expressão tão limitada se si mesmos e investem pontos
adicionais na forma para aumentar sua grandiosidade. Cada 3 pontos investidos na forma
fornece 4 pontos em outros arcanas que o demônio só pode acessar naquela forma. Isto se
prova especialmente útil para arcanas que mudam permanentemente a forma do demônio, uma
vez que o demônio pode se esconder como um mortal e mesmo assim acessar as
características que precisa. Um demônio também pode usar todo arcana não associado com
sua forma apocalíptica enquanto manifestando este aspecto.
As regras para assumir a forma apocalíptica depende do estado do demônio. Caídos que não
tenham um hospedeiro ou uma relíquia, existem somente em suas formas apocalípticas,
embora seus estados incorpóreos tornem extremamente difícil para eles interagirem com o
mundo (veja sobre espírito imortal). Demônios conectados a terra dentro de relíquias podem
emergir e se materializar na forma apocalíptica sem sentir o puxão do abismo, mas precisam
gastar um ponto de determinação ou de Força de vontade a cada turno, ou se verão sendo
puxados de volta para seus receptáculos. Demônios conectados a terra materializados não
podem viajar mais longe do que (5 x Determinação) metros de suas relíquias ou do limite do
solo em que habitam, ou imediatamente sentirão o puxão do Abismo. Demônios dentro de
hospedeiros podem transmutar a carne e roupa em divindade. O jogador reflexivamente joga
Determinação dif 6 ou gasta um ponto de determinação; o personagem permanece na forma
por um número de turnos igual aos sucessos rolados, ou uma cena no caso de gasto de um
ponto de determinação para evocar a mudança. O demônio pode reverter de forma antes disso
se assim desejar. Uma vez evocado, a transubstanciação da forma mortal para a glória imortal
ocorre imediata e dramaticamente.
A aparência da forma apocalíptica e suas características depende do Tormento permanente do
personagem. Aqueles com Tormento 1-2 aparecem angelicais por default, embora possam
revelar sua danação se assim desejarem. Asas como as de um pássaro aparecem, enquanto a
carne parece pura como se fosse o esculpido ideal de humanidade ou uma presença de luz. A
visão certamente deve a função original e angelical do demônio. O demônio parecerá
majestoso a despeito da sua pontuação de aparência, reduzindo a dificuldade de todos os
testes sociais com mortais observadores em 1 . Demônios com Tormento de 3 a 5 se
manifestam como anjos se seus jogadores passarem numa jogada reflexiva dif 8 ou gastarem
um ponto de determinação (além do ponto que gastaram para assumir a forma, caso seja
aplicável). Caídos com Tormento de 6-7 precisam gastar dois pontos adicionais de
determinação para parecer angelicais, enquanto os demônio de 8-10 precisam gastar 3.
Um demônio revelando sua verdadeira danação ainda mostra sinais de seu propósito original,
mas estes sinais ficam mesclados com as mutações horrendas impostas pelo tormento. A cor
de um vício de um demônio quase sempre se manifesta de alguma forma, num halo de luz
sinistra, na cor dos olhos ou asas, numa mistura de cores abaixo da pele. Todas as
características expressam a monstruosidade do anjo caído. Asas de morcego saem dos
ombros, ou as asas angelicais passam a ter manchas negras crescentes até escurecer ou
ardem com o fogo do inferno, enquanto o rosto mostra uma máscara de bela crueldade ou uma
grotesca caricatura de pecado. Um demônio revelando a versão condenada de sua forma
apocalíptica mantém sua pontuação de aparência, mas sua monstruosidade eclipsa qualquer
beleza que ainda reste. A forma fornece -2 na dificuldade para jogadas de intimidação contra
observadores mortais, mas outras jogadas sociais são feitas na dificuldade normal.
Escravos podem ter arcana condensado numa forma mais branda da forma apocalíptica, mas
não recebem pontos extras por fazê-lo ( e portanto não precisa assinalar pontos em
incrementos). Além disso, a forma apocalíptica do Escravo ainda parece fundamentalmente
como é na realidade, humana com apenas algumas mudanças específicas impostas por seu
arcana. Escravos nunca parecem tão majestosos, angelicais ou tão terríveis como demônios, e
assim não recebem modificadores em jogadas sociais. Escravos precisam gastar um ponto de
determinação para acessar o poder de sua forma apocalíptica por uma cena e não podem
começar uma transformação com uma rolagem.
Devorar alma (+0*): Na prisão do inferno, a punição de deus deixa os demônios tão
indestrutíveis como indefesos. A natureza do abismo os nega qualquer alívio da dor, nem do
esquecimento. Na terra as almas dos anjos caídos permanecem quase imutáveis – mas não
completamente. Longe do inferno, os demônios podem destruir permanentemente os de sua
própria raça ao consumir e assimilar sua essência. Apenas demônios fora de um corpo de um
hospedeiro ou de uma relíquia correm este risco. O atacante precisa também estar incorpóreo
ou assumir a forma apocalíptica e “tocar” sua presa incorpórea de modo a começar ao ataque.
O jogador atacante gasta um ponto de determinação e rola sua pontuação de Tormento
permanente numa jogada resistida conta a determinação ou tormento da vítima , a que for
maior ( dificuldade 6 para ambas as rolagens). Estas rolagens continuam como uma jogada
estendida até que o atacante voluntariamente solte o alvo, ou até que u dos demônios acumule
5 sucessos a mais que o outro. Uma falha crítica a qualquer momento zera todos os sucessos
acumulados, geralmente acabando com a chance de vitória. O atacante ( e o alvo caso
aplicável) automaticamente resiste ao puxão do abismo em sua alma enquanto a batalha durar
e portanto não pode escapar da destruição permitindo que o inferno o sugue de volta. Nenhum
dos dois pode perceber ou reagir a nada a não ser um ao outro, e nada menos do que a morte
do atacante pode quebrar prematuramente a batalha espiritual antes de sua conclusão.
Se a vítima ganhar, o atacante se retorce em choque e dor por um turno. Ele ganha um ponto
de Tormento temporário e perde todos os pontos restantes de Determinação. A vítima absorve
o quanto de determinação sua reserva puder acomodar, e geralmente aproveita esta vantagem
de fraqueza momentânea de seu atacante para fugir ou contra-atacar .
Se o atacante vencer, a essência da vítima se dissolve e perece completa e eternamente,
enchendo novamente a reserva de determinação do atacante ao máximo. Role a determinação
do demônio destruído dif 6, cada sucesso dá 5 pontos de bônus que o jogador atacante pode
gastar em atributos, habilidades ou força de vontade. Por este processo nenhuma
característica pode ser aumentada além da própria pontuação da vítima. O custo para
aumentar a determinação do atacante em um ponto é 10 pontos de bônus. O atacante também
absorve um grande número de memórias da vítima, as quais podem lhe gerar tormento como
se fossem suas (o que pode ser lembrado fica a critério do narrador). Infelizmente para o
atacante, o ato de consumir um demônio também o faz absorver a angústia e mácula do alvo.
Role o Tormento permanente da vítima ( dif 6). cada sucesso dá um ponto de tormento
permanente, e mesmo uma falha ou falha crítica também transmitem um ponto pela terrível e
imperdoável malignidade do feito. Os demônios podem usar este Tormento e qualquer de suas
capacidades esquecidas para imediatamente manifestar qualquer arcana conhecido pela vítima
sem gasto de pontos de experiencia ou de determinação, mesmo se o arcana não fizer sentido
para o próprio vício ou função angelical do devorador. O devorador ainda precisa obedecer os
limites impostos pelo Tormento, máculas e pactos.
Potencial Divino(+0*): Demônios podem aumentar seus atributos e habilidades além dos
limites humanos até uma pontuação máxima de 5 pontos ou de sua determinação permanente,
o que for maior.
Invocação de nome (0*): O demônio sente intuitivamente quando alguém diz o seu nome, e
pode seguir o caminho até a fonte para espionar. Isto requer um teste reflexivo de
Determinação (dif 6 por mencionar o Nome Verdadeiro ou 7 para o Nome Celestial). Com um
sucesso o personagem recebe uma imagem mental da pessoa que disse o seu nome. Dois
sucessos expandem a imagem para o ambiente que cerca o indivíduo. Com 3 sucessos ou
mais o demônio pode assistir a pessoa que fala juntamente com o ambiente e ouvir o que ele
diz (mas apenas o que ele diz) por um número de turnos igual ao número de sucessos da
rolagem. Quando a duração expirar, o jogador do personagem demônio pode fazer um novo
teste com a mesma dificuldade e continuar repetindo o processo até falhar de forma normal ou
crítica na jogada. Demônios não podem ouvir a outros demônios que dizem seus nomes se
estes ainda estiverem presos no Abismo, embora a recíproca não seja verdadeira.
Como uso alternativo a este arcana, os demônios podem enviar mensagens telepáticas a
outros caídos ao invocar seus nomes celestiais ou Verdadeiros. A rolagem para abrir este
diálogo mental é a mesma para ouvir uma invocação, com cada sucesso dando um turno de
conversação O destinatário ouve a voz em sua cabeça e pode responder da mesma forma,
mas nenhum dos dois percebe qualquer informação adicional sobre o outro. O demônio
contatado não sabe automaticamente quem o contatou sem um teste de Tormento dif 10
menos a Eminência daquele que manda a mensagem, embora automaticamente reconheça
qualquer um cujo nome Celestial ou Verdadeiro ele conheça. Demônios podem contatar seus
próprios Escravos usando este arcana sem a necessidade de rolagem, mantendo o diálogo
pelo tempo que desejarem.
Sentir Padrão(0/6): Os demônios têm uma sensibilidade instintiva aos padrões da ordem
natural, pois estabeleceram estes padrões no início do tempo . Eles podem sentir as
perturbações místicas criadas pelo uso de qualquer poder sobrenatural dentro de um número
de milhas igual a sua pontuação de Determinação. Se o personagem estiver descansando ou
de alguma forma relaxado, este instinto desperta automaticamente e o personagem sabe que
algo sobrenatural aconteceu, mas o jogador precisa fazer uma jogada reflexiva de
Determinação dif 8 para sentir informações adicionais. Um sucesso revela uma direção
aproximada do local onde ocorreu o evento. Dois sucessos dão uma posição mais apurada e a
distância aproximada, enquanto 3 revelam a exata direção e distância, assim como uma
medida estimada do nível de poder do efeito, Personagens envolvidos em atividades
estressantes ou intensas apenas sentem tais atividades quando se trata de um efeito
extremamente poderoso (O narrador decide o que se qualificaria como tal). Sentir o padrão
apenas detecta ativação de poderes, não efeitos constantes ou inatos. Portanto um vampiro
gastando sangue para se curar ou por ter potência ou fortitude, mas revelaria usos de
Dominação ou outra disciplina que seja ativada. A arcana inata de um demônio nunca ativa o
poder de outro demônio de Sentir Padrão.
Imunidade Perfeita (0/6): Pré-requisitos : Carne Endurecida. O personagem não pode ficar
doente, sofrer uma infecção e nem servir de vetor passivo de uma doença. Apenas doenças
sobrenaturais podem afetá-lo. Demônios ligados a terra e demônios sem receptáculos
estendem mais ainda esta resistência: eles não precisam de sustento, ar, sono ou qualquer
outro processo biológico, similarmente ignoram venenos e qualquer coisa que não ameace
seus corpos espirituais ou relíquias inanimadas.
Possessão (0*): Demônios sem a proteção de um corpo hospedeiro ou uma relíquia podem
buscar abrigo no ato de possessão. O personagem incorpóreo precisa “tocar” a pessoa ou
objeto que deseja habitar e em seguida gastar um ponto de Determinação. Dominar um
hospedeiro mortal requer uma jogada resistida de Determinação permanente contra a força de
vontade do alvo (dif 6 para ambas as jogadas). Se o demônio tentar possuir um de seus
próprios escravos, reduza a dificuldade pela quantidade de Tormento permanente do Escravo
(dif 1 ou menor significa sucesso automático); os caídos não podem possuir escravos de outros
demônios. Habitar um objeto ou lugar requer uma jogada de determinação, mas o demônio não
pode gastar força de vontade para assegurar sucesso automático. Objetos feitos
especificamente pelos escravos ou culto do demônio para a função específica de guardar a
essência de seu mestre requerem dificuldade 5. demônios que falham em possuir hospedeiros
ou objetos podem tentar novamente no próximo turno se não forem tragados pelo abismo.
Possessões bem sucedidas trancam o demônio dentro de um hospedeiro ou relíquia. Com
exceção de exorcismo ou outros arcanas raros como Abandonar o receptáculo. O demônio só
pode ser expulso com a morte do hospedeiro ou destruição do objeto. Se um demônio sair de
um mortal enquanto este ainda vive, o mortal recupera o controle e passa a envelhecer
normalmente. Mortais que sobrevivem a possessão de um caído nunca mais são os mesmos,
não se lembrar do tempo em que passaram prisioneiros em seus próprios corpos a não ser na
forma de pesadelos confusos, na melhor das hipóteses.
A possessão dá ao demônio acesso as memórias do hospedeiro. Ele mantém todas as suas
características, exceto as que dependem exclusivamente do corpo do hospedeiro (atributos
físicos e aparência). O demônio usa sua própria pontuação quando for usar estes atributos
enquanto estiver na forma apocalíptica, e o corpo do hospedeiro ganhará ou perderá um ponto
nestes atributos a cada mês até que a pontuação fique igual a do demônio. Corpos de
hospedeiros que aumentam sua aparência como resultado de possessão não ficam fisicamente
diferentes, mas de alguma forma incorporam grande capacidade de atração física.
Devastar (0*): Em emergências , os demônios podem devorar as almas de seus escravos para
rapidamenet recuperar suas reservas de Determinação. O demônio passa um turno em
absoluta concentração. O escravo não precisa estar presente e nem sequer por perto, pois as
correntes da escravidão se estendem por toda a criação. Se o escravo resistir a súbita
devastação de sua alma, o jogador do personagem demônio joga Determinação dif 6 – cada
rolagem para continuar devastando o escravo requer um turno de concentração. O jogador
pode aplicar quantos sucessos desejar, e cada um drena um ponto de determinação do alvo.
Se o escravo não tiver Determinação suficiente para saciar a fome de seus mestre, cada
sucesso restante drena um ponto de força de vontade. Se um escravo ficar sem força de
vontade e seu mestre continuar se alimentano, cada sucesso passa a infligir um nível não
absorvível de dano letal. Feridas causadas desta forma se manifestam como lacerações,
queimaduras, ossos deformados, músculos atrofiados e coisas do gênero. Um escravo morto
desta forma por seu mestre perece dramaticamente, consumido por dentro pelo fogo, se
desfazendo em pó ou feito em pedaços como se estivesse sendo dilacerad por uma besta
invisível. Cada sucesso aplicado pelo demônio em Devastar restaura um ponto de
determinação de sua reserva. No improvável caso do Escravo se oferecer voluntariamente, o
demônio pode aplicar todos os sucessos possíveis sem fazer a jogada. Uma vez que o
demônio termine a tentativa de usar Devastar, precisará fazer imediatamente um teste de
degeneração tenha ou não conseguido algum benefício ou ferido seu escravo ou não. Se o
escravo morrer como resultado de Devastar, uma falha no teste de degeneração dará ao
demônio um ponto permanente de Tormento. A única exceção é se o escravo oferecer sua vida
voluntariamente a seu mestre, pois o demônio pode reflexivamente devastar sua alma no
momento da morte sem rolagem ou teste subsequente de determinação. Os escravos podem
ser enganados pela ideia de martírio mas não podem ser coagidos por qualquer meio mundano
ou sobrenatural
Regeneração (0/6): O jogador pode reflexivamente gastar um ponto de determinação por turno
para curar um nível de dano letal ou todos os níveis de dano de contusão. Três pontos de
determinação curam um nível de dano agravado, mas só é possível curar um nível deste tipo
de dano por dia. Toda a cura é automática se o personagem estiver em descanso. Em
situações de estresse como um combate, a cura só acontece se o jogador tiver sucesso num
teste de vigor dif 7. A falha significa que a cura não acontece naquele turno, mas em
compensação o ponto de determinação não é perdido na tentativa. Escravos e demônios que
habitem corpos mortais irão se curar no ritmo mortal se não usarem este arcana. Demônios
conectados a terra só podem curar seus corpos espirituais ao gastar determinação, mas
também podem gastar um ponto de determinação por semana para reparar seus
relicários/domínio de todo dano de contusão ou de um nível de dano letal. Eles só podem
reparar um nível de dano agravado sofrido por seu receptáculo uma vez a cada mês usando 3
pontos de determinação. Demônios sem um receptáculo ou hospedeiro recuperar “vitalidade”
assim como recuperam força de vontade, uma vez que força de vontade temporária determina
sua vitalidade
Revelação (0*): na ausência de fontes mais confiáveis, os caídos podem colher determinação
ao direcionar o aumento da crença numa divindade ou na danação. O demônio precisa assumir
a forma apocalíptica e exigir reverência. Role a Determinação do demônio contra a dificuldade
da maior pontuação de força de vontade existente entre os observadores mortais presentes.
Sucesso restaura um nível de determinação por cada observador, enquanto uma falha crítica
impede o demônio de usar Revelação novamente naquele dia. Mortais não podem servir como
alvo de Revelação mais de uma vez por dia, mesmo num teste bem sucedido do demônio. Se
algum destes mortais já “drenados” presenciar Revelação, a tentativa automaticamente falha.
Demônios não podem ganhar mais pontos de determinação com o uso deste arcana num único
dia do que sua pontuação de Determinação permanente. Com a exceção de Escravos, seres
sobrenaturais nunca fornecem determinação sendo testemunhas de Revelação, mas sua
presença não aumenta nem diminui a dificuldade do uso deste poder.
Arcanas aprendidos
Demônios e Escravos podem manifestar ou receber investimentos dos seguintes poderes
(conforme apropriado para seu método de aprender arcana), com o limite usual determinado
pelo Tormento e Pactos/Máculas. Embora arcanas aprendidos se dividam em várias categorias
de poderes similares, estas categorias existem apenas para ser um meio de rápida referência.
Arcana de forma
Estes poderes abrangem o a forma física, o poder de criar e moldar a carne e ossos da
maneira desejada. Muitos destes arcanas representam alterações permanentes na forma física
do personagem, ou um aumento sobrenatural de suas capacidades. Personagens que não
desejem alterações permanentes devem alocar as mudanças em suas foras apocalípticas. Os
malditos conhecidos como lobisomens e os fomori, têm arcanas desta categoria.
Arsenal da besta (varia): com cada compra deste arcana o personagem vai se tornando uma
arma bestial. Cada uma destas características têm seu próprio custo, e algumas podem
representar mutações terríveis nuncas vistas na natureza. Todas estas armas infligem dano
letal por padrão, mas ao gastar um ponto determinação todas as características mudadas
causarão dano agravado por uma cena. Manobras de combate para tais características podem
ser encontradas no Dark Ages vampire pág 242-243.
Garras:(3) As unhas do personagem se estendem como garras tais como as de uma ave de
rapina que podem inclusive ser retráteis como as de um gato. Alternativamente o personagem
pode ter espinhos de osso saindo de seus punhos ou outra coisa que represente um meio de
fatiar a carne de um inimigo com um golpe. O personagem pode usar as manobras de garrada.
Cauda Chicote (3): O personagem manifesta uma poderosa cauda muscular que permite fazer
ataques (dificuldade +1, Precisão normal, dano força +3 contusão) e outras manobras de
movimento.
Veneno (3 ou 4): O corpo do personagem produz um veneno mortífero. Por 3 pontos o veneno
é secretado por um determinado órgão ou orifício (isso vai gerar piadinhas rsrsrs) , mais
provavelmente pela boca. Alternativamente um dos fluidos corporais do personagem será
altamente tóxico, seja saliva, sangue, sêmen, urina etc. Por 4 pontos todos os fluídos corporais
são tóxicos. Qualquer um que entre em contato com o veneno do personagem sofre dados de
dano letal igual a metade do tormento permanente do personagem, arredondado pra cima.
Se o personagem injetar o veneno numa vítima ou se esta ingerir a substância maculada o
número de dados de dano é igual ao tormento completo do personagem.
Espinhos (4): Espinhos comuns ou se ossos saem da pele do personagem, ou talvez ele emita
um calor causticante ou desencadeie eletricidade, quem sabe seja hospedeiro de várias bocas
dentadas que se abem pelo seu corpo. Qualquer um que seja tolo o bastante para agarrá-lo ou
atacá-lo de mãos nuas sofre 3 dados de dano letal. Os espinhos não adicionam dano aos
ataques do personagem a menos que ele agarre ou perfure um oponente, neste caso o dano
se torna letal e é aumentado em 3 dados.
Tentáculos (3 ou 4 cada): O personagem tem um longo tentáculo ou causa preênsil que pode
se enrolar nos inimigos e apertá-los, permitindo um soco, agarrão em até 3,5 metros de
distância. Uma vez que o tentáculo tenha imobilizado um alvo, o personagem pode continuar a
apertar enquanto realiza outras ações. Personagens com muitos tentáculos e com a arcana
Velocidade do pensamento pode conseguir agarra vários oponentes, e esmagá-los todos de
uma vez. Por um ponto extra em cada tentáculo, haverá na ponta um ferrão envolto em pêlos.
O personagem pode usar este ferrão como se fosse um ataque de garra, possivelmente
injetando veneno se o personagem tiver a arcana veneno. Os tentáculso também permitem ao
demônio ficar suspenso e levantar objetos usando toda a sua força.
Domínio sobre o Contágio (4) Pré-requisito Sentir Vitalidade. O personagem pode tocar um
ser vivo e remover todas as doenças e venenos por um custo de um ponto de determinação.
Doenças e Toxinas expelidas emergem da pele como uma gosma negra inerte.
Alternativamente o toque do personagem pode causar doenças. Isso requer uma jogada
contestada do Tormento do personagem contra o Vigor da vítima (dif 6 para ambos). Se o
personagem infernal vencer, poderá infligir qualquer doença que quiser no alvo (veja pág 256
do dark ages vampire para sugestões). Geralmente vítimas mortais sofrem de 3 a 5 dados de
dano contusivo a cada dia até que se recuperem da doença com jogadas de vigor dif 9 – ou até
que pereçam.
Imunidade a dano (6): Pré-requisitos Carne Endurecida. O personagem ignora todo o dano
sofrido por uma fonte específica com aprovação do narrador. Possibilidades incluem veneno,
fogo, frio e quedas. Alternativamente o personagem pode superar uma limitação inerente da
carne mortal, como a necessidade por ar, comida, sono ou algo igualmente importante.
Toque da Cura (6) Pré-requisitos Sentir Vitalidade, regeneração. O personagem pode curar
seres vivos com o toque. O jogador gasta um ponto de determinação e em seguida faz uma
jogada de determinação dif 6. cada sucesso cura um nível de dano letal ou todo o dano por
contusão do alvo. 4 Sucessos curam um nível de dano agravado. Este arcana não pode curar
relicários, domínios ou formas apocalípticas dos conectados a terra.
Vitalidade aumentada: (3) O personagem ganha um nível machucado a mais para cada vez
que comprar este arcana, até um limite determinado pelos pontos de vigor ou Determinação (o
que for menor). Estes níveis também se aplicam a um demônio conectado a terra ou a uma
relíquia.
Forma incorpórea (7ou 9): O personagem transforma seu corpo de carne e ossos sólidos
para um estado intangível ou dissolvido. Dependendo do propósito e natureza do personagem,
este pode se liquefazer, de transformar num enxame, virar um ser de fogo, evaporar numa
nuvem, brilhar num corpo de luz, desaparecer numa sombra viva ou dissolver sua essência
numa condição entre o material e espiritual. Se o substancia do personagem ainda for sólida, a
Forma Incorpórea custará 7 pontos. Personagens em forma líquida, gasosa etc podem fluir ao
redor de obstruções e passar por pequenas frestas. Ataques meramente físicos apenas
infligem dano por contusão nos corpos de tais personagens, e eles nunca podem sofrer mais
do que um nível de dano por contusão de um único ataque. Entretanto a recíproca é
verdadeira, o personagem atacando com um punho de água, com ferrões de vespas (ou
qualquer força física que possa exercer) apenas inflige 1 dano de contusão por ataque. Usos
criativos deste poder podem superar esta limitação, como assumir a forma de água e afogar
alguém. Fogo, magia e outros efeitos que não sejam meramente físicos podem ferir a forma
incorpórea do personagem normalmente, bem como o personagem pode usar outros arcanas
para interagir com o mundo.
A versão de 9 pontos deste arcana fornece total intangibilidade, abandonando a matéria para
um corpo de luz, trevas ou fantasmagórica. O personagem permanece fracamente visível para
testemunhas perceptivas e pode aparecer mais diretamente por um custo de um ponto de
determinação. O personagem segue as mesmas regras de imaterialidade como os demônios
sem um receptáculo, mas não ficam mais rápidos do que o normal.
Transformar-se para qualquer variedade de Forma Incorpórea requer um ponto de
determinação ou um teste de determinação (dif 6). A transformação dura uma cena com um
ponto de determinação ou um turno por sucesso.
Força inumana (5) o personagem ganha força sobrehumana, seja de forma perceptível com
um enorme corpanzil ou imbuída numa forma frágil. Cada compra deste arcana adiciona um
sucesso extra a cada rolagem de força, exatamente como a disciplina potência. Personagens
não podem comprar este arcana mais vezes do que possuem de pontuação de força ou
determinação, a que fo menor.
Habituado com a Agonia (5): Pré-requisito Carne endurecida. O personagem não sofre
penalidades na parada de dados ou em movimento por ferimentos até chegar ao nível
incapacitado.
Reflexo Sobrenaturais (1): O personagem aumenta em 1 a iniciativa básica par acada compra
deste arcana, mas não pode comprar mais vezes do que sua pontuação de determinação
Alma resistente(6): Pré-requisitos Carne Endurecida. Sempre que o personagem sofrer dano
letal que o reduza abaixo de incapacitado, o jogador precisa rolar determinação (dif 8) ou
gastar um ponto de Determinação. Sucesso permite ao corpo do personagem permanecer
incapacitado ao invés de morrer.
Remoldar a carne (5*) Pré-requisitos Toque da cura, Domínio sobre o contágio. O demônio
pode com seu toque comandar matéria animal para que esta se molde ou flua como se fosse
cera. O jogador rola Determinação + Tormento contra uma dificuldade do vigor do alvo +3.
Sucessos obtidos com Tormento permitem ao demônio distorcer a carne e ossos tal como uma
obscena combinação de poderes de Vicissitude como Transformar a Carne mortal e Arrancar a
moldura óssea (que podem ser vistos em Dark ages vampire págs 222-223). O personagem
pode fazer as mudanças numa ação estendida para acumular sucessos suficientes, mas cada
efeito distinto custa um ponto de determinação. Sucessos obtidos com Tormento também
podem conceder ao alvo Arcanas estritamente físicas, desde que as alterações sejam de
natureza permanente e não requeiram ativação ou gasto de Determinação. Cada sucesso gera
4 pontos destas alterações de mutação, mas o personagem deformado cai para aparência zero
e sofre uma pontuação níveis de dano inabsorvível igual aos sucessos alocados nas mutações.
Este dano continua até que o ser deformado morra.
Se o personagem usar Determinação na ativação de Remoldar a carne, as mudanças
empreendidas no alvo são consideradas mais sutis. Cada sucesso adiciona um ponto extra a
qualquer dos atributos físicos, aparência ou percepção do alvo. Este aumento não pode
ultrapassar o limite normal do personagem, e este perderá um ponto por dia (o jogador escolhe
o que perder) até que os bônus desapareçam completamente.
Sentir vitalidade (3): Com um olhar o personagem pode determinar a vitalidade aproximada
de um alvo. Role Percepção + prontidão dif 6, cada sucesso fornece as seguintes informações:
se o alvo está vivo ou se é animado com uma imitação de vida (como um vampiro ou golem),
como está o nível atual de vitalidade, se o alvo sofre ou é portador de alguma doença ou se
possui alguma substância tóxica em seu corpo.
Horror absoluto (4*) Pré-requisitos Determinação 5+, Tormento 10. A forma infernal do
demônio exala um mal primordial infinito. Observadores que contemplem o terrível caído
ganham uma perturbação a menos que seus jogadores sejam bem sucedidos numa jogada de
coragem (dif 9 para mortais; 5 para seres sobrenaturais). Uma falha crítica nessa jogada custa
ao observador um ponto de força de vontade permanente e ele passará o restante da cena
curvado catatônico ou correndo enlouquecidamente em pânico. Os demônios só podem
comprar esta arcana como parte de suas formas apocalípticas.
Aquele que nunca se rende (6 ou 9): Pré-requisitos Resistência (qualquer valor ou tipo). Por
6 pontos o personagem ganha a resistência de um cadáver, reduzindo todo dano por contusão
pela metade depois da absorção. Por 9 pontos o personagem ganha a resistência de uma
rocha e ignora completamente todas as fontes de dano por contusão.
Asas (4, 5 ou 7): Grandes asas crescem das costas do personagem. Com a envergadura
equivalente ao triplo do que o personagem medir em altura. Estas asas podem ser como as de
um pássaro, morcego, borboleta ou coisas estranhas como fogo, luz, nuvem, sombras ou
cristais entalhados. O personagem pode dobrar as asas ou enrolá-las em seu corpo como se
fossem uma capa mas nunca poderá escondê-las sem o uso de alguma outra magia.
Felizmente as asas não interferem com nenhuma outra ação. Por 4 pontos o personagem pode
planar com o triplo de sua velocidade de corrida, mas não pode se lançar no ar sem a ajuda de
fortes ventos ou correntes de ar. Por 5 pontos o personagem pode se lançar no ar com a batida
de suas asas e pode voar com o tripo de sua velocidade de corrida. Por 7 pontos as asas do
personagem se transformam numa mera formalidade, é possível se mover sem se preocupar
com a gravidade ou momentum, flutuando, planando e executando manobras impossíveis
pelas leis físicas de movimento. Suas poderosas asas apenas o impulsionam mais
rapidamente, permitindo que voe em qualquer direção em 5 vezes sua velocidade de corrida.
Arcana de Glória
Estes poderes imbuem os personagens com capacidades superiores, mas que raramente se
manifestam como tendo natureza visivelmente sobrenatural
Longevidade (1**): para cada investimento deste arcana, o escravo pára de envelhecer por
um período de 5 anos ou reduz sua idade física pelo mesmo período de tempo. Se o
personagem posteriormente perder pontos deste Arcana, cada ponto perdido liberará o
envelhecimento dos 5 anos suspensos ou abolidos. Escravos que envelheçam rapidamente
além de sua expectativa de vida natural geralmente morrem em poucos minutos.
Estes Arcana permitem ao demônio perceber, afetar e inclusive controlar os corações, mentes
e almas de terceiros. Esta categoria também engloba poder sobre os espíritos não ligados a
carne.
Mortalha das Cinzas que Caminham (5*): pre-requisito Visão espiritual. O demônio pode usar
a arcana possessão para entrar num cadáver razoavelmente intacto. Esta possessão não torna
o demônio um dos Conectados a terra, mas permite animar o corpo como se fosse um
hospedeiro mortal e resistir ao puxão do abismo. A grande vantagem de possuir um cadáver é
a resistência superior; cadáveres animados não sofrem penalidades de ferimentos, têm 3 níveis
de vitalidade extras e diminuem pela metade o dano de contusão após a absorção,
arredondado para baixo. Além disso, cadáveres não precisam de alimento ou oxigênio, muito
menos possuem qualquer outra necessidade biológica. Essa durabilidade possui um duplo
preço. O primeiro é que a ausência de uma alma no corpo não fornece um escudo contra o
Tormento. O demônio retém todo o tormento remanescente na possessão e automaticamente
degenera quando realiza ações consideradas como pecado de acordo com seu Tormento
permanente. Em segundo lugar, o corpo não restaura sua carne e continua a apodrecer. O
demônio sofre um nível de dano agravado por apodrecimento todo dia a cada nascer do sol,
mas pode reverter esta putrefação e curar outros ferimentos usando o Arcana de regeneração.
O corpo também perde um ponto de aparência para cada nível de dano agravado sofrido e não
curado.
Compelir pecado (4): Pre-requisitos Ler o pecado, Tormento 3+. O personagem pode projetar
seu Vício em terceiros por um período de tempo, dando a estes uma amostra de suas próprias
necessidades. O jogador gasta um ponto de Determinação e o personagem escolhe um único
alvo na linha de visão para a infecção espiritual. Se o alvo tiver um Vício extremamente
poderoso ou dominante, o sucesso traz aquele pecado à tona na alma da vítima. E se não o
alvo será infectado com o vício do próprio personagem infernal. Ambos os efeitos duram até o
fim da cena. Durante o período de infecção o alvo sucumbirá a seu próprio Vício em cada
situação onde seja tentado a não ser que o jogador seja bem sucedido num teste de Força de
Vontade dif 7.
Dom de Fé (4): Pré-requisito: Ler o Coração. O personagem toca ou faz contato visual com
seu alvo enquanto o jogador gasta quantos pontos de Determinação desejar. Se o alvo for um
demônio ou um escravo, adicionará estes pontos de determinação a sua parada de dados mas
não poderá ultrapassar sua pontuação limite usual. A cada dois pontos de Determinação
doados além deste limite, será restaurado um ponto de Força de Vontade do alvo. Alvos
abençoados convertem Determinação doada em pontos de Convicção na proporção de 1 para
1, mas não podem reabastecer seus pontos além do número de pontos de Devoção. Qualquer
sobra de pontos de Determinação reabastecerá Força de vontade como em personagens
infernais. Outros tipos de seres sem Determinação ou Convicção ignoram o primeiro passo de
conversão e recuperam um ponto de força de vontade para cada dois pontos de Determinação
doados. Personagens reabastecidos por este poder sentirão um intensa explosão de
religiosidade e se sentirão completos espiritualmente. Se um demônio usar Dom de fé num
mortal enquanto estiver assumindo a Aparência Angelical da sua forma apocalíptica, o mortal
direcionará muito desta religiosidade para seu benfeitor “divino”. Esta gratidão recompensa o
demônio com o retorno de um ponto de Determinação gastos ativando este Arcana.
Invocação maior (4*) O demônio pode agora usar Invocação de Nome para entrar em contato
com qualquer ser consciente que conheça o nome, da mesma forma como pode invocar outros
demônios.
Vingança Implacável (6*) Pré-requisitos Fome do ceifador. O demônio dá nome a sua presa e
devota todo o seu ser para que o alvo seja destruído, pelo custo de um ponto de Determinação.
Pelo tempo que o demônio vigilantemente e sem cessar cace o seu alvo e atue diretamente em
sua destruição, não precisará dormir, comer, beber ou respirar. Não sentirá cansaço ou dor
nem sofrerá penalidade por ferimentos; em resumo passará a existir sem as restrições da
carne. Contudo sua carne gradualmente enfraquecerá e ressecará ao ponto de assemelhar-se
a de um zumbi (custando um ponto de aparência por dia até que esta chegue a zero). Se o
personagem se envolver em qualquer ação que obviamente não vise deixá-lo mais perto de
atingir a destruição de sua vítima, a Vingança Implacável cessará e o personagem perderá
todos os benefícios. O personagem recuperará um ponto de sua aparência perdida por dia. Se
o personagem conseguir matar sua vítima ainda sob efeito deste Arcana, sua aparência
retornará ao normal e ele ganhará um ponto de força de vontade e 3 de Determinação.
A mentira Perfeita (3): Pre-requisitos ler o Pecado, Tormento Permanente 3+. O personagem
conta mentiras com uma sinceridade impecável A dificuldade das rolagens de subterfúgio
nunca podem exceder (12 menos o tormento do personagem).
Levantar os mortos (7): Pre-requisitos Visão Espiritual. O personagem ordena que os mortos
se levantem, dizendo zombarias blasfemas do mundo que transformou o que era vida para o
que agora é pó. O jogador gasta um ponto de Determinação e testa Determinação (dif 7). O
demônio pode ou levantar um cadáver por sucesso para seu seu servo menor, ou erguer um
único corpo para ser seu grande cavaleiro cadáver (em ambos os casos o corpo a ser animado
precisa estar na linha de visão do demônio). Servos cadáveres criados na rolagem de
Determinação possuem estatísticas listados na pág 313 do Dark Ages: Vampire (livro já 100%
traduzido q nenhum FDP me ajuda a revisar). Cavaleiros Cadáveres possuem
características listadas na pág 312 do mesmo livro, mas precisam de equipamentos pois não
necessariamente se levantam da tumba com armas e armadura. Cavaleiros cadáveres existem
apenas para matar e devorar a carne dos vivos. Estes monstros obedecem seu criados da
melhor forma que sua inteligência limitada permite, mas só podem realizar tarefas violentas. Se
deixados por conta própria, eles cambaleariam em busca de presas vivas. Todos os mortos
erguidos com este Arcana não possuem a habilidade de se curar e sofrem um nível
inabsorvível de dano agravado por dia em função da decomposição.
Devastar o pecador (6): Comer o pecado, Tormento 5+. Se o demônio observar um mortal
executar uma ação que ressoe fortemente com seu próprio vício, poderá a qualquer momento
tocar o mortal posteriormente na cena e usar o Arcana Devastar na vítima desafortunada tal
como se ela fosse seu escravo. Uma vez que mortais comuns não possuam Determinação,
sucessos na tentativa de devastar imediatamente começam a drenar Força de Vontade, para
em seguida drenar níveis de vitalidade. O demônio pode seduzir uma vítima mortal para a
devassidão para poder se alimentar dele, mas o mortal deve verdadeiramente pecar por sua
própria escolha.
Ler o coração (4) Pre-requisitos Ler o Pecado. O personagem pode vislumbrar as cores do
halo emocional do alvo brilhando, mesmo através da mácula do pecado. Este arcana mimetiza
o poder de Auspícios Visão da Aura.
Ler a Mente (5): Pre-requisitos Ler o coração. O personagem pode olhar para um ser
consciente e experimentar seus pensamentos e memórias. Este Arcana duplica o poder de
Auspícios Roubar segredos, mas o jogador usa determinação na jogada de ativação e não
precisa gastar força de vontade para penetrar na mente de seres sobrenaturais.
Fome do ceifador (6*): Pre-requisitos Visão Espiritual. Sempre que o caído matar
pessoalmente um mortal, o jogador faz um teste reflexivo de Tormento (dif igual ao nível de
Tormento do personagem). Sucesso garante um único ponto de Determinação. Demônios
monstruosos possuem grande sede de sangue (representados pelo maior número de dados a
serem rolados), nas precisam de atos de crueldade cada vez mais intensa para manter o ato de
matar como algo excitante espiritualmente (representado pela maior dificuldade)
Ler o pecado (3): O personagem pode olhar para o coração de um alvo e ver a marca de seu
vício dominante como se fosse uma aura de cor apropriada. O jogador rola percepção +
empatia (dificuldade igual ao raciocínio do alvo +3). Um sucesso revela a aura, enquanto 3
permitem ao personagem vasculhar toda a intensidade do pecado. Isso significa medir a
pontuação de Caminho, Devoção ou Tormento conforme apropriado, sendo que o personagem
apesar de entender a informação, o fará de forma abstrata. Para personagens sem um vício
definido, o narrador deve decidir que cor se manifestará. Não importa quais sejam suas falhas
morais, vampiros também brilharão com uma tonalidade chamuscante e intermitente de negro
e laranja de gulodice e ira, lobisomens pulsarão com a raiva de sua fúria. A maioria dos magos
cintilam com um orgulho que sobressai em relação a quaisquer outros aspectos de sua
personalidade.
Escudo de Espinhos (3) pre-requisitos Alma Inviolável. Sempre que alguém tentar uma magia
que abra contato telepático com o personagem, seja para apenar ler ou para atacar sua mente
(ou controlá-lo), o intruso sofrerá um número de dados de dano por contusão iguais ao
Tormento permanente do personagem. Este dano pode ser absorvido com Raciocínio. Se o
alvo sofrer e aguentar qualquer dano deste solavanco de agonia e fúria, também perderá um
ponto de força de vontade. O arcana Invocação de Nome ignora esta defesa.
Alma Encoberta (6): Pre-requisitos Ler o Coração. O personagem fica embaçado diante do
olho da mente, se tornando inócuo a ponto do anonimato. Todos que interajam com o
personagem esquecem sobre o encontro, ou pelo menos esquecem sua participação nele, a
menos que passem num teste de Força de Vontade (dificuldade igual a determinação do Alvo
+4, máximo de 10). Custa um ponto de determinação para ativar e desativar este Arcana
Comer o pecado (5): Pre-requisitos Ler o pecado, Tormento +3. O personagem pode
recuperar determinação ao dar indulgência a seu pecado favorito. O jogador rola Tormento e
imediatamente faz um teste de degeneração. A dificuldade será 8 se o personagem realizou a
ação, 7 se ele testemunhou a libertinagem de um mortal, 6 se o personagem tentou a alguém
diretamente, ou o ameaçou/conduziu ao pecado. Se o pecado do mortal foi compelido por
mágica, o personagem rolará como se ele próprio tivesse cometido o pecado. O demônio
ganhará um ponto de Determinação por sucesso. A tentativa de ativação deste arcana só pode
ser feita uma vez por turno.
Queimadura na Alma (1 ou 2): O personagem pode canibalizar sua própria alma para obter
poder em emergências. Por um ponto o personagem pode reflexivamente gastar um ponto de
Força de Vontade permanente para encher completamente sua nova reserva nesta
característica. Por 2 pontos o personagem pode fazer o mesmo com Determinação. Pontos
perdidos de Força de Vontade ou de Determinação só podem ser recuperados com pontos de
Experiência, fazendo deste Arcana algo a ser usado como último recurso.
Ataque espiritual (4) Pre-requisito Visão Espiritual. Pelo custo de um ponto de Determinação o
personagem pode atacar espíritos imateriais pelo restante da cena.
Roubo de Fé (7*): Pre-requisitos Dom da fé. O demônio toca sua pretensa vítima, enquanto o
jogador gasta um ponto de Determinação. Os mortos vivos e Servos que pertençam a outros
demônios são imunes a este poder, embora os demônios em si não sejam. O uso deste arcana
permite ao demônios Devastar o alvo como se ele fosse seu escravo, mas o personagem s[o
pode roubar Determinação (se aplicável) e Força de Vontade. Uma vez que o alvo chegue a
Força de Vontade zero, o demônio não mais poderá se nutrir de sua alma. O uso deste poder
nos Abençoados é extremamente perigoso. O alvo perde pontos de Convicçao ao invés de
Determinação, em seguida perde Força de Vontade caso o demônio continue se alimentando.
Cada ponto de Convicção que o demônio consuma lhe renderá 2 pontos de Determinação, mas
inflige um dado de dano agravado inabsorvível em função do causticante poder sagrado divino.
Usurpação da carne (6*) Um demônio pode usar este arcana para obter o controle do corpo
de um Escravo, controlando-no como a uma marionete. O Caído usa Invocação de nome para
abrir contato mental enquanto o jogador rola determinação (dif 6). Cada ponto de Determinação
gasto neste teste resulta num sucesso automático. Mesmo um único sucesso fortalece o elo
mental para que dure pelo tempo que o demônio se concentrar no escravo. Durante este temo
p demônio ganha acesso passivo aos sentidos do Escravo (um por sucesso) e pode escolher
executar ações usando o corpo do Escravo com um grau de controle determinado pelo número
de sucessos. Só benefícios de cada nível de sucesso são cumulativos, englobando ou
excedendo os níveis anteriores.
Com um sucesso o demônio pode usurpar a voz do alvo a qualquer momento, forçando que ele
diga o que o demônio desejar. Com dois sucessos o demônio também pode forçar o Escravo a
realizar uma ação física simples uma vez por turno usando a parada de dados do Escravo ou a
Determinação do demônio (a que for menor). Com três sucessos o demônio pode realizar
qualquer tipo de ação normal (física ou não) com o corpo do Escravo; o Caído usará suas
próprias características a não ser os Atributos físicos e a aparência do alvo . Com 4 sucessos o
demônio pode gastar Determinação para acrescentar ou remover arcanas e pactos através do
link espiritual, embora p Escravo precise estar de acordo com as mudanças. O demônio
também pode infligir agonia ao cruelmente torcer os nervos e músculos, causando dados de
dano de contusão ou letal. Com 5 sucessos o demônio pode projetar seus próprios arcanas
através do alvo, mas cada uso de poder ou transferência de poder constante inflige um dado de
dano letal inabsorvível ao Escravo. O demônio não pode transformar o escravo em sua própria
forma apocalíptica ou projetar poderes associados a esta forma
Aparência gloriosa (4): Pre-requisitos Ler o Coração, Determinação 3+. Pelo custo de um
ponto de Determinação, o personagem brilha com uma fagulha de divindade pelo resto da
cena. Trate este efeito como o poder de Presença nível 1, embora não seja necessário uma
jogada de ativação. O efeito atinge um número de pessoas igual a pontuação de Determinação
do demônio -2. Se o personagem imbuir este arcana a sua forma apocalíptica, o custo de
Determinação da aparência gloriosa é reduzido pela metade e se manifesta sempre e por
quanto tempo o personagem estiver com sua forma infernal ativa.
Exemplo: o demônio da luxúria Maresh coloca uma maldição num jovem soldado que o
menosprezou. O demônio proclama que o soldado morrerá num ato de violência,
deliberadamente deixando as circunstâncias vagas para que o destino tenha mais
possibilidades de atingí-lo. São atingidos 3 sucessos, logo a maldição conta com 3 pontos de
destino. Logo depois, a vítima brigou com um amigo também soldado e a maldição teve uma
oportunidade de fazer efeito. Quando seu oponente atacou, a vítima tentou aparar a espada
mas a dificuldade foi aumentada em 3, e a maldição perdera um ponto de destino. A espada
penetrou no bloqueio mal executado ate atingir a parte interior da armadura, acionando um
segundo efeito da maldição que tratava-se de aumentar em 2 a dificuldade da vítima em
absorver o golpe. A vítima miraculosamente sobrevive, mas terá que ficar meses longe de
batalhas para se recuperar da grande ferida. Só há mais um ponto de destino e a vítima
provavelmente sobreviverá ao efeito da maldição, a não ser que seja particularmente azarada.
Além do Agora (8*) Pre-requisito Adivinhar, Determinação 9+. Confrontado com o inexorável
avanço do tempo, o demônio sai do fluxo de tempo por um momento. Demônios podem usar
este arcana para escapar de inimigos, passar por sentinelas, esquivarem-se de incontáveis
flechas, apunhalar um inimigo pelas costas ou literalmente ganhar tempo para pensar em algo
importante. O jogador gasta um ponto de Determinação, mais um ponto adicional para cada
“passageiro” que queira trazer junto consigo. Estes passageiros precisam estar no alcance
visual do demônio, mas não precisam ser voluntários. Na verdade alguns demônios usam este
poder para travar duelos com seus inimigos fora do fluxo do tempo, deixando de lado as
inconveniências de ter de suportar a resistência de lacaios ou exércitos. Faça uma jogada da
Determinação do demônio (dif 8), somando o número de sucessos adicionais igual ao número
de pontos de Determinação gastos (adicionando os pontos gastos para ativar este Arcana e
para trazer passageiros). O demônio cria um número de turnos iguais ao número de sucessos
atingidos. Da perspectiva daqueles afetados por este poder, o resto do mundo parece
completamente imóvel. Quando estes turnos terminam, os personagens entram novamente no
fluxo normal do tempo. Aqueles que passam turnos no Além do Agora podem fazer o que
quiserem, mas retornarão imediatamente ao fluxo do tempo normal caso firam fisicamente
alguém que esteja imóvel no fluxo do tempo normal. Se alguém permanecer no Além do Agora,
testemunharão o personagem violento subitamente ficar imóvel tal como o resto do mundo.
Palpite Afortunado (2) O personagem ganha uma intuição excepcional sobre o destino e suas
possibilidades. Ele pode deduzir o resultado de um evento aleatório pouco antes de seu
desdobramento com um teste de raciocínio + Prontidão (dif 6). O jogador não determina o
resultado, mas sabe qual será o resultado, saberá quem tirará o menor palito e assim por
diante.
Abrir portal (7*) Pre-requisito: Passar entre, Maestria do portal. O demonio dobra ou rasga o
espaco criando um portal efemero conectando o lugar onde esta com outro lugar. Se obtiver
sucesso, um dos “fins” do portal aparecera em ate 3 jardas, e o outro se abrira no destino. O
diametro dos portais pode ir ate 3 jardas, mas naopodem fazer intersecao com um objeto
solido. Um portail aberto dura por um turno antes de se contrair e fechar.
Maestria do Portal (3) O personagem coloca sua mao numa porta, janela ou qualquer outro
ponto de entrada que deseje abrir ou fechar. O jogador rola Determinacao (dif 6-9 dependendo
da constituicao do portal). Sucesso abre e destranca aberturas, ou as fecha e tranca.
Visão a distância (5): O personagem se concentra e diz um lugar,objeto ou pessoa que lhe
seja familiar. O personagem precisa ter visitado o lugar, ter tocado o objeto ou ter conhecido a
pessoa anteriormente. O alvo precisa estar dentro de um número de milhas igual a sua
pontuação de Determinação, ou este poder falhará automaticamente. Este alcance pode ser
cumulativamente duplicado para cada ponto de Determinação gasto com este propósito. O
jogador faz um teste de Determinação (dif 7 para locais ou – dif igual a força de vontade do
alvo no caso de pessoas), cada sucesso dará uma visão do alvo e do local que o cerca por um
turno. Este período pode ser estendido por uma cena pelo custo de um ponto de Determinação.
O personagem pode usar o mesmo número de sucesso conseguidos na rolagem, como
número de sentidos para perceber o alvo.
Sentidos aguçados (2): O personagem refina sua prontidão sobrenatural para descortinar os
detalhes ocultos e segredos do mundo. Cada compra deste arcana fornece um modificador
cumulativo de -1 em todas as dificuldades de Percepção. Um personagem não pode comprar
este arcana mais vezes do que sua pontuação de Determinação, e não pode reduzir dificuldade
de uma rolagem para menos do que 4.
Encurtar caminho (5): o personagem usa sua força de vontade pela realidade para encurtar
uma jornada especifica. O personagem escolhe seu destino e o seu jogador rola determinação
(dif 8), adicionando um sucesso automático para cada ponto de Determinação gasto. Se obtiver
sucesso o personagem sente um puxão em direção a seu destino e precisa começar a se
mover para lá. Enquanto o personagem não parar de se mover, e se mova com recursos
próprios (andar, nadar ou até voar caso tenha asas, a duração da viagem é dividida por
(sucessos rolados +1) . O personagem também pode reflexivamente usar a rapidez concedida
por Encurtar o caminho em pequenas façanhas de velocidade, multiplicando a distância viajada
numa única ação de movimento por (número de sucessos + 1).
Toque a distância: Pre-requisito Visão a distância, Determinação 6+. O demônio estende sua
força de vontade sobrenatural para usar arcana num alvo distante . Toque a distância funciona
exatamente como o uso do arcana Visão a Distância, incluindo as limitações de alcance e
dificuldade, mas a rolagem de ativação é feita com a determinação do demônio, e cada
tentativa custa um ponto de Determinação. O alcance deste arcana é ilimitado caso o alvo seja
outro demônio na Terra cujo Nome Verdadeiro o usuário do poder conheça. Se obtiver
sucesso, o demônio pode usar qualquer outro arcana para afetar seu alvo, desde que a vítima
seja um alvo válido para o arcana específico sendo usado. Sem o uso de Visão a distância ou
algum outro poder similar, o demônio não tem como saber quão bem sucedido foi o uso de
arcanas enviados desta forma que possuem uma área de efeito centralizado no alvo.
Invisibilidade (5): O personagem aparece como uma imagem embaçada e depois desaparece
a plenas vistas, oculto de quaisquer olhares. O jogador reflexivamente rola Determinação dif 7,
desaparecendo da visão por um número de turnos igual ao número de sucessos rolados. Esta
duração se estende para uma cena por um custo de um ponto de Determinação, personagens
invisíveis deixam um fraco embaçamento por onde passam, permitindo a observadores
extremamente astutos avistá-los com uma rolagem reflexiva de percepção + prontidão dif 9,
rolagens feitas no início de cada turno. Uma vez que o observador encontre o embaçamento, a
dificuldade de detecção no próximo turno cai para 6 e permanece assim até que o observador
falhe em alguma rolagem ou de outra forma falhe em continuar rastreando personagem por um
turno. A menos que encontrem o personagem invisível, oponentes que tentem atacá-lo
adicionam +2 nas dificuldades de ataque a curta distância e não conseguem realizar qualquer
ataque a longa distância.
Curiosidades
Escravos sobrenaturais
Vampiros: Embora mesmo demônios não estejam certos se os vampiros têm alma ou não,
cainitas podem se tornar em Escravos. A maldição de deus dada aos próprios cainitas fornece
uma vasta fonte imunda de Tormento para os demônios que os governem. Estas criaturas
duplamente amaldiçoadas abandonam toda a esperança de redenção.
Magos: Assim como os humanos comuns, magos podem fazer pactos com demônios e se
tornarem escravos. Laços demoníacos interferem negativamente no uso de magia, tornando a
mágica mais perigosa e com muito mais probabilidade de fugir do controle.
Fadas: A maioria das fadas não pode ficar sob serviço de um demônio. Changelings são a
única exceção. Seus laços prolongados com a humanidade possibilita a escravidão.
Fantasmas: Espíritos não podem ser escravizados. Os mortos estão além do alcance dos
demônios.
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Escravos são tão suscetíveis ao abraço como qualquer outro mortal. Quando um vampiro
abraça um Escravo, a alma deste foge e o pacto com o demônio é quebrado. Se o demônio e
Escravo desejarem continuar com o laço, devem fazer um novo pacto. O demônio então
remolda a maldição do Escravo ao invés de sua (agora inexistente) alma. Se o escravo liberto
não desejar um novo acordo com seu antigo mestre, o demônio pode se ver arrependido de
confiar num servo com tantos segredos. Embora os abençoados achem, e até os próprios
cainitas possam se considerar amaldiçoados, muitos grupos de mortos vivos caçam e destroem
tanto demônios como seus servos. A trilha das lágrimas e A Trilha do demônio (descritos
respectivamente noCaminho do céu e no Caminho do Pecado) são dois destes grupos.
Pág 66 devils due
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Eu não ia comentar nada sobre Taumaturgia Negra, mas decidi traduzir apenas este texto:
Para os narradores que estejam usando as regras opcionais de custos para Taumaturgia
Negra, sugerimos os seguintes custos para as Trilhas do Guia do Sabá. Aqueles que
considerem que estes custos são muito benevolentes deve se sentir encorajados a torná-los
tão terríveis como assim desejarem. Afinal, o demônio não faz uma barganha em que não vá
sair favorecido no final.
Ao atingir o nível 2 nesta trilha, o personagem sofre uma mudança em sua aura. Fica
imediatamente visível no personagem, um sinistro verde flamejante, para aqueles que estejam
usando Percepção da Aura. Esta aura é visível a qualquer um que use o Percepção da Aura
com sucesso no personagem, e não faz parte das informações recebidas de acordo com o
número de sucessos no uso do poder.
As forças oníricas que o personagem usa em terceiros passam a forçar seu caminho até a
mente do personagem enquanto este dorme. Qualquer personagem que aprenda esta trilha
adquire o defeito Pesadelos (pág 299 do Livro básico) sem receber pontos adicionais em
função disto.
Por estar muito acostumado a ver a Força de Vontade alheia desaparecer diante da sua
própria, aqueles que praticam esta trilha sofrem os efeitos da perturbação Megalomania (livro
básico pág 223) por toda a duração da cena em que os poderes desta trilha sejam invocados.
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Auspícios e Demônios
Como filhos do pai da mentira, demônios são astutos e sutis. Visão da aura revela uma aura
negra ou sombria num demônio possuindo um mortal. Toque do espírito quando usado em
objetos ligados a atividade infernal podem revelar visões de satanás e outros horrores em que
estes objetos frequentemente estão envolvidos. O cainita pode precisar ter pelo menos
ocultismo 2 para perceber que está vendo coisas infernais.
Nota do tradutor: mais detalhes sobre fraquezas demoníacas podem ser vistas no
Vampiro Idade das trevas pág 266
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Laço de Sangue Infernalista
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O vazio da danação não inspira a esperança – e portanto não existe uma “anti-fé”. Os
infernalistas preenchem esta lacuna em suas vidas com a mágica que seus demônios os
ensinam e com a fé em seus patronos profanos.
Algumas relíquias de poder infernal foram criadas por luciferianos dedicados trabalhando em
conjunto com artesãos demoníacos. Os resultados dessa alquimia maculada são variados e
mantidos em ciumento segredo por aqueles que os produziram. Alguns objetos infernais são
conscientes – e nem sempre fica claro quem é o mestre e quem é o servo.
As relíquias profanas mais poderosas são as Garras de Satan, supostamente as garras
retiradas dos dedos do próprio Satanás quando este se agarrou na Terra em seu mergulho até
o inferno. Os infernalistas dizem que existem 5 destas garras, cada uma escondida em um dos
continentes conhecidos, e mais uma em terras ainda por ser descobertas. Estas garras, se
puderem ser encontradas, seriam relíquias de poder quase ilimitado, permitindo que aquele
que as use remoldar a Europa e as terras além. Por sorte elas estão perdidas.
Muitas relíquias menores existem, assim como pingentes e amuletos de infernalistas
específicos; estes talismãs místicos dão a seus donos poderes equivalentes a níveis baixos de
certas disciplinas, mas frequentemente possuem efeitos colaterais danosos, as vezes
induzindo o usuário ao Supplicii.
Dark ages companion 166
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Lilith e Satanás
De acordo com o folclore, Lilith, a mãe dos vampiros, foi expulsa do éden antes de Eva ter sido
criada e se tornou a esposa do demônio, dando a luz a vários monstros. Alguns vampiros
antigos dizem que se lembram de histórias nas quais Lilith é descrita como a mãe de todos os
sobrenaturais, que ela foi o primeiro mago, que ensinou aos lobos como se transformar e que
ainda lidava com os mortos e com as fadas.
Lilith é reverenciada como a mãe dos vampiros, a entidade que despertou os poderes sombrios
de Caim. Se ela é um representante de Satanás ou não, é fruto de um acalorado debate entre
estudiosos cainitas, que desesperadamente buscam os fragmentos do livro de Nod e o lendário
testamento de Lilith. Alguns anciões falam de um tempo quando Lilith era igual a jeovah e
dizem que estes manuscritos lendários contém mágicas antigas perdidas no tempo. Um cainita
que encontre estes documentos pode ganhar acesso ao poder dos deuses – ou ser outro tolo
nos jogos da jyhad.
Set e Satanás
Os seguidores de set conhecem muito bem os truques dos demônios, na verdade eles usam
estes truques em seus próprios propósitos. Isso não significa dizer que os seguidores de set
são servos do inferno. Lendas setitas falam de jeovah, cristo, allah e todos os outros deuses
como sendo apenas alegorias inventadas para pacificar a humanidade, e os vários demônios
como sendo apenas um meio de aterrorizá-los. Sua dedicação é para com seu lorde Set e eles
não se desviarão deste caminho
A Wyrm
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Muitos séculos atrás um renomado koldun era conhecido por negociar diretamente com
poderosos espíritos malignos e acabou sendo destruído por tais traiçoerias criaturas . Embora
pareça insensato arriscar a vida para recrutar o serviço de um demônio “verdadeiro”, os
benefícios conseguidos pelo koldun que não é feito em pedaços quase que totalmente eclipsa
este perigo. Seguinso esta lógica de pensamento, alguns koldun das noites modernas
readaptaram este ritual de conjuração de demônio acrescentando o corpo de um neófito recém-
criado, um sob laço de sangue com o koldun. Quando invocado, o demônio habita o corpo
morto, assim removendo a criatura de seu elemento natural e reduzindo seu poder total. Isso
assegura que o demônio não terá poder suficiente para simplesmente destruir o koldun com um
pensamento. Entretanto o corpo hospedeiro garante energia mística suficiente para a execução
da maioria das tarefas “requisitadas”
Sistema: O koldun precisa sacrificar um neófito sob laço de sangue. Este neófito não pode ter
mais de 20 anos como vampiro (de outro modo o cadáver irá se decompor muito rápido para
que possa adequadamente hospedar um demônio). Em seguida o jogador koldun faz sua
rolagem, gasta um ponto de sangue e executa seu ritual, tudo isso enquanto entoa o nome do
demônio que deseja invocar. O demônio será retirado de seu reino infernal e forçado a habitar
o corpo do neófito. Desde que o vampiro esteja sob lao de sangue com o koldun antes de ser
destruído, o demônio invocado para dentro de seu corpo não terá a capacidade de
prontamente desafiar seu mestre
Uma vez dentro do corpo hospedeiro, o demônio pode realizar quaisquer tarefas, desde agir
como um guarda costas eficiente até servindo como mentor para ensinar novas disciplinas. Ele
possuirá todas as características físicas (atributos, talentos etc) do neófito hospedeiro e todas
as capacidades mentais e sobrenaturais do demônio (Disciplinas, atributos etc). A criatura é
considerada sob laço de sangue com o koldun e não pode atacar seu mestre, embora seja
quase certo que tenha por ele ressentimentos.
O demônio será fisicamente fraco nas primeiras noites depois da invocação, conforme se
acostuma a existência sem a total abrangência de seus tremendos poderes e estará restrito
aos limites do corpo. Dentro de uma semana, ele se adaptará ao corpo, e isso provocará o
aparecimento de características demoníacas. Seus atributos e poderes também podem
aumentar com o tempo (a critério do narrador). Dentro de um mês o corpo irá degenerar e se
tornará um receptáculo inadequado, isso acontece tanto pela degeneração do cadáver como
sua inabilidade de acomodar os poderes em crescimento do demônio. Depois de um mês da
invocação do demônio, o corpo se decomporá, a criatura será solta de sua servidão e
imediatamente enviada do lugar de onde veio.
Um demônio invocado para um corpo que não esteja sob laço de sangue com o koldun pode
tentar se libertar dos termos de sua servidão. O koldun precisa fazer uma rolagem de força de
vontade para cada noite que o demônio permaneça habitando o corpo do neófito. Enquanto
uma falha resulte na perca do controle do koldun sobre o demônio, soltando-o imediatamente
de sua prisão, uma falha crítica culminará num conflito sangrento entre o demônio e o koldun,
cujo resultado será quase sempre em favor do demônio.
Corpos de meros mortais são completamente inadequados para hospedar um demônio por
qualquer período de tempo, e qualquer teste feito a esta restrição sempre resultará no
derretimento do corpo em uma poça de carne e vísceras quase que imediatamente depois da
execução do ritual.
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No milênio que os demônios infestaram a criação, nunca foram capazes de possuir um corpo
mortal sem que isso garantisse a destruição do mesmo. Mas as coisas mudam.
Uma das ferramentas de barganha que Lúcifer usou para trazer os demônios a seu serviço foi
uma poderosa variante do ritual de invocação, o ritual da alma calcinada. Ninguém sabe como
lúcifer desenvolveu tal coisa. O que importa é que o ritual existe, e que os demônios podem
usá-lo para atacara a Criação de uma forma totalmente diferente.
O objetivo original do ritual era permitir a um demônio separar uma pequena porção de sua
própria alma do resto de sua substância espiritual. Como uma gota de água retirada de um lago
tóxico, esta parcela da alma, o espírito do demônio em miniatura conteria uma fração de seu
poder e consciência. Esta parcela então possuiria o corpo de um mortal voluntário e se uniria a
alma mortal. As duas almas se fundiriam – a energia negra do demônio invasor afastando a
fagulha divina da essência de deus no mortal.
O ritual não funciona exatamente da maneira que Lúcifer planejou, ou pelo menos não funciona
do modo que os outros demônios acharam que funcionaria.
Ao invés de permitir a possessão verdadeira, o ritual permite uma fusão entre o demônio e o
mortal, drasticamente reduzindo o poder do anjo caído que o realize. Pior, o demônio se vê
como divino e a criação divina também o vê – uma monstruosidade, uma zombaria de tudo que
deus criou. Esta perspectiva pode enlouquecer o demônio, e o ritual pode potencialmente
destruir permanentemente o demônio se for executado incorretamente.
Um mortal possuído desta forma se torna um ser estranho, combinando uma parte do poder e
consciência do demônio com as memórias e personalidade do hospedeiro. Muito menos
poderoso do que o seu “pai” demoníaco, tal ser ainda são poderosos agentes meio-demônios
que compreendem os desejos de seus progenitores e possuem um entendimento da criação de
uma perspectiva tanto mortal como demoníaca
Embora ninguém saiba como e quando este ritual foi criado, os princípios básicos são uma
paródia do sacramento de confissão. Durante a possessão o demônio instintivamente empurra
a alma de seu hospedeiro para longe e usurpa seu corpo e memórias. Demônios que
conheçam o ritual da alma calcinada também pode usurpar a graça divina que deus colocou
em cada mortal. Por um momento terrível e glorioso, o demônio enxerga sua própria e pura
monstruosidade de uma perspectiva externa. Ele vê o que se tornou e quanto decaiu. A
revelação estilhaça a própria alma do demônio, retirando a maior parcela das partes maculadas
e as enviando novamente para o Abismo. Esta experiência é mais traumática do que a
compreensão humana é capaz de entender – o processo reduz significativamente o poder do
demônio mesmo aliviando o peso dos pecados do Caído.
Do ponto de vista das regras, qualquer demônio que possua tanto ocultismo como teologia
acima de 2 conhece que o ritual da alma calcinada é possível de ser executado. Realizar o
ritual requer uma rolagem de Determinação no turno seguinte a possessão bem sucedida do
mortal (dif 6 menos a quantidade de vezes que o demônio tentou este ritual no passado). Cada
sucesso retira um ponto permanente de Tormento e de Determinação, além do ponto de
Determinação por meramente tentar o ritual. O sucesso também remove todos os Arcanas.
Este ritual não pode reduzir o tormento abaixo da pontuação de Determinação, mas pode
reduzir a Determinação até zero, resultando na imediata e irremediável destruição do demônio.
Uma falha crítica nesta rolagem expele o demônio de seu hospedeiro e o envia novamente ao
inferno.
Devido ao perigo extremo da execução do ritual da Alma Calcinada, poucos demônios arriscam
uma possível destruição e enfraquecimento garantido em troca de algo tão tênue e abstrato
como a moralidade. Demônios com Tormento 10 são monstros que não desejam ter nenhum
arrependimento, decaindo tanto no pecado que acabaram tornando a si mesmos no próprio
pecado. Destes monstros, os poucos que cautelosamente tentam o ritual da Alma Calcinada o
fazem por razões pragmáticas, ou porque não entendem completamente os riscos envolvidos.
Assim como os vampiros e suas trilhas, a redução do Tormento permite ao demônio se mover
de forma mais aberta entre mortais e fornece uma “camuflagem moral” contra os abençoados e
outros seres capazes de sentir máculas infernais.
O ritual da alma Calcinada, torna os demônios em personagens jogáveis como protagonistas.
Tais criaturas são dramaticamente mais fracas do que os de sua espécie, estando mais perto
dos humanos tanto em poder como em moralidade. Eles permanecem amaldiçoados, mas o
ritual abre uma pequena possibilidade de arrependimento. Um demônio de Tormento 10 não
tem desejo de obter graça e nunca buscará a redução de seus enormes pecados. De modo
oposto um demônio de Tormento 5 tem a oportunidade para uma segunda chance. Tais
personagens podem se segurar na sua moralidade redescoberta e até se arrependerem mais a
caminho do evasivo objetivo de redenção, mas também podem cuspir diante da misericórdia de
deus e retornar para a sombria glória da danação. Em última análise, demônios penitentes são
raros. Talvez uma dúzia exista em toda a Europa, portanto um jogo envolvendo muitos
demônios penitentes é um milagre por si só.
Jogadores e narradores familiares com Demônio a Queda podem estar olhando para o ritual da
Alma Calcinada e pensando “Ei, eu não vi nada disso em Demônio a Queda”. Isto acontece
porque o ritual não existe no moderno mundo das trevas. Ou melhor, porque não funciona
nesta época.
A era Sombria Medieval é notável tanto pelo “background level” de fé mortal e do poder
reduzido destes demônios na Criação. Mortais no século 13 têm muito mais fé em deus e nos
demônios, no bem e no mal, do que terão no século 21. Esta maior presença de fé torna
possível aos demônios evocar milagres que se tornam impossíveis no futuro – assim como
algumas coisas que os demônios podiam fazer facilmente durante a Guerra no céu são
impossíveis na era medieval.
De forma oposta, no século 13, os demônios já haviam passado por um enfraquecendo de
séculos, com seus seguidores diminuindo a medida que a igreja se tornava dominante. Não
obstante, há o atual “último grito” dos demônios que estão perdendo seu controle da Criação.
NO cânone da linha de tempo de Demônio,a maioria se retirou para uma estase pelos próximos
poucos séculos. Apenas quando os portões do inferno se abrem, mudando a natureza da
Criação, que estes demônios conectados a terra ressurgem, e o fazem com um grande poder
renovado, significativamente mais forte do que era na sombria era medieval.
O ritual da alma Calcinada só funciona devido a estes dois fatores. A predominância da fé
mortal na sombria era medieval torna o ritual possível; a fraqueza relativa dos demônios nesta
era to0rna possível possuir parcialmente um hospedeiro mortal sem destruí-lo num período de
alguns dias. É uma conjunção de fatores única, que não vai durar. No século 21, o ritual da
Alma Calcinada não funciona, e os demônios conectados a terra, com razão o desconsideram
como não mais do que uma curiosidade histórica.
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Rito Menor de Invocação (metadisciplina)
Daimonion 5 + Presença 3
Apenas anciões Baali podem comandar completamente a hostes do inferno com seus poderes
amaldiçoados, mas até os de sangue mais fraco podem abrir rachaduras no abismo para
invocar um demônio. Assim como em todos os rituais de invocação de demônios, o baali
precisa conhecer o nome celestial ou verdadeiro do demônio que deseja invocar. Munido deste
nome o vampiro pode desenhar um círculo de sangue e invocar o Caído para este mundo.
Como um benefício adicional o vampiro pode consagrar um hospedeiro potencial, uma relíquia
preparada ou um lugar para facilitar a possessão do demônio. Esta técnica de disciplina
apenas invoca demônios; o vampiro precisa invocar outros meios de controlar ou barganhar
com os monstros que soltar no mundo.
Sistema: o vampiro passa uma hora preparando um círculo de sangue que requer o uso de 5
pontos de sangue de sua própria vitae. No fim do ritual o jogador rola inteligência + Ocultismo.
A dificuldade padrão é a determinação do demônio +5, ou +2 se usar o nome verdadeiro. Uma
dificuldade acima de 10 torna o ritual impossível. Uma falha crítica impede para sempre a
invocação do demônio específico com o uso desta técnica de disciplina pelo mesmo vampiro.
Uma falha implica que o vampiro gastou o sangue e o esforço, mas poderá tentar novamente.
O sucesso abre um vortex incandescente no centro do círculo, do qual o demônio emerge. O
demônio ignora o puxão do abismo enquanto permanecer dentro do círculo ou até que a luz do
sol toque o sangue usado como tinta. Se uma destas condições for desrespeitada, o círculo
perde todo o seu poder e o demônio precisa lidar com o puxão do inferno. Preparar um
hospedeiro, relíquia ou lugar requer que o vampiro pinte símbolos profanos na pessoa ou
objeto consagrado, usando um ponto de sangue de sua própria vitae, enquanto o jogador faz
uma jogada separada de Inteligência + ocultismo dif 8. Esta preparação também leva uma
hora. Hospedeiros em potencial precisam estar de livre vontade para a realização do ritual.
Cada sucesso reduz a dificuldade da primeira tentativa do demônio de possuir a pessoa ou
objeto consagrado em 1
Obs.: Convém dar uma olhada nas observações interessantes sobre os poderes de
Daimonion segundo a ótica infernal nas págs 146 a 148 do mesmo livro.
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QUARTA PARTE
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Os associados
Os membros sabá do grupo Rosa Rubra acharam estar sendo engraçados quando pegaram Arnold
Fleschner, o abracaram e o trancaram num caminhão frigorifico junto com uma dúzia de outros “recrutas”
durante um abraco em massa. Eles nunca esperariam que ele sobrevivesse. Arnold era um refinado e
valorizado advogado no começo dos anos 70 e defendia os ricos e infames nos salões de justiça de
Detroid. Esse defensor astuto era feroz como um tigre na corte, e metodicamente vencia casos onde seus
clientes eram acusados de agressão, roubo, estupro e até assassinato. Os promotores se referiam a ele
como tendo um estilo de justiça “culpado até a hora do pagamento”. Arnold era um adição perfeita para a
espada de caim.
Desnecessário dizer, os Rosas Rubras ficaram boquiabertos quando Arnold foi o primeiro a emergir do
caminhão, batendo a poeira do seu terno indignado e exigindo saber o que estava acontecendo enquanto
fechava a porta bem na cabeça de uma mulher, empurrando seu corpo para dentro. Desde aquela noite o
Lasombra Arnold tem sido um membro do sabá, embora algumas vezes se questione o porquê. A fé cega
e fervor religioso da seita pareciam muito estranhos para ele, e embora participasse da valderie e de vários
ritae, nunca se sentiu conectado ao sabá. Os Rosas Rubras por sua vez não conseguiam transformá-lo em
algo mais monstruoso porque ele já era uma pessoa distante, abrupta e “sangue frio” segundo sua própria
definição. Ele matava e torturava friamente com desapego e raramente exibia algum comprometimento
emocional com algo que não fosse a alimentação. A existência para ele era vazia.
Tudo isso mudou quando os Rosas Rubras adotaram Marylenna, uma tremere antitribu. Ninguém
percebeu que Marylenna era uma infernalista que havia sacrificado seus companheiros de grupo a seus
mestres demoníacos. Ela não podia arriscar matar mais cainitas sem levantar suspeitas, mas conseguiu
trazer os Rosas Rubras, um a um, para a influência demoníaca – até chegar no astuto advogado.
Entretanto Arnold não era estúpido e percebeu a lenta mudança que estava dominando seus aliados. Com
sua frieza característica, ele confrontou Marylenna, não para condenar ou expor sua corrupção, mas para
entender suas atividades infernais. Encantada por encontrar alguém disposto a aprender (e pronta para
destruí-lo no minuto em que a traísse), Marylenna explicou sua aliança com demônios e os pactos que fez
em troca de poder. Arnold imediatamente percebeu que os demônios estavam dando a Marylenna a ponta
do menor palito infernal e a aconselhou como lidar com futuras negociações subsequentes. Em troca da
ajuda de Arnold e habilidade com barganhas contratuais, Marylenna o ensinou Taumaturgia Negra.
Arnold descobriu que embora o infernalismo não tivesse nada que o encantasse, por outro lado a
possibilidade de barganhar e negociar com os mais habilidosos demônios era tão excitante como era
trabalhar como mortal num empresa humana. Arnold percebeu que sentia falta do desafio intelectual de
enfrentar oponentes de mesmo nível ou até de nível superior, e por isso continuou aprendendo as nuances
da taumaturgia negra para melhor representar os Rosas Rubras durante negociações. Pelo fato de Arnold
estar sempre barganhando pelo interesse de terceiros, descobriu métodos de não se envolver com seus
anfitriões corrompidos. Na verdade, até o dia de hoje, ele justifica seus serviços aos clientes como algo
altruísta e necessário. “Afinal”, ele dizia ”Se alguém está disposto a condenar sua alma e servir demônios,
então eu devo ajudá-los a fazer o melhor acordo possível”. Poucos percebiam que Arnold estava fazendo
barganhas sem seus consentimentos.
Marylenna ensinou Taumaturgia Negra para acólitos voluntários enquanto Arnold negociava por seus
interesses, transformando os Rosa Rubras num empreendimento infernal. Durante a próxima década,
Arnold abracou advogados, formando um grupo underground de conselheiros especializados em assuntos
infernais. Chamando a si mesmos de Os Associados, eles agiam como advogados defendendo interesses
de clientes cainitas que não possuíam a habilidade de barganhar com demônios. O negócio estava indo
bem, mas as coisas mudaram quando Marylenna e os Tremere antitribu desapareceram. O que muitos
considerariam uma tragedia, os Associados viram como uma oportunidade. Sem os Tremere antitribu,
muitos vampiros querendo ser infernalistas não conseguiam aprender novas trilhas de taumaturgia negra
nem evitar as armadilhas que os demônios usavam contra amadores. Os associados perceberam que
poderiam preencher o vácuo do desaparecimento dos tremere antitribu. Sua clientela não incluiria apenas
infernalistas, mas também aqueles cainitas que não queriam o fedor de enxofre vindo do envolvimento
com demônios. Os associados agiriam como conselheiros, intermediários e negociadores. Por um alto
preço, eles até barganhariam em interesse de clientes (tanto mortais como cainitas) que não quisessem
contato direto com taumaturgia negra.
Pouco tempo depois de Marylenna ter desaparecido, Arnold e os Associados estabeleceram empresas de
fachada que usavam financiamento por baixo dos panos vindo de alguns de seus clientes mais antigos. O
grupo de Rosas Rubras ainda existe e atua como guarda-costas e companheiros de Arnold em suas
negociações com o sabá. Entretanto os associados agora mantêm escritórios em Nova York, Las Vegas,
Miami, Detroit, Washington e Atlantic City com diversos nomes de fachada como Prescott e Childers
Legal Services, Habbib e Habbib Conselheiros financeiros , Atlantic Union e Partners e Leituras de Torot
de Madame lua. Estes negócios são de fachada com endereços falsos, contudo com linhas de telefones
verdadeiras conectadas a secretárias eletrônicas. Os associados ouvem as mensagens a partir de diversos
terminais e respondem apenas as mensagens que comecem com “tal pessoa me indicou você”. Até mesmo
os pagamentos e financiamentos destas empresas são feitos automaticamente por bancos suíços, com
depósitos anônimos e uma trilha de falsos nomes. Tal esquema se provou inestimável contra a inquisição,
a qual sabe um pouco sobre os associados, embora tenha sido incapaz de rastreá-los.
Enquanto isso, os associados apenas lidam diretamente com seus clientes mais antigos, mais ricos e de
maior confiança. Todos os outros descobrem seus serviços através de uma rede de rumores, e mesmo
assim terão sorte se conseguirem um número de telefone. Embora os Associados sejam muito cuidadosos
em evitar a Inquisição, o segredo também é mantido por infernalistas que guardam seus contatos em
segredo absoluto.
O que a maioria não sabia, exceto Arnold e seus principais parceiros, era que eles estavam sendo bem
sucedidos por uma única razão.. os demônios queriam que eles parecessem bem sucedidos. A alma de um
cainita já esta condenada, mas a chance de redenção embora frágil, ainda existe. Infernalistas sacrificam
esta esperança na busca por poder, acreditando que a barganha compensa. A verdade está bem longe
disso, mas pelo menos a maioria dos cainitas possuem um senso de auto preservação suficiente para que o
mero sinal de danação os apavore a ponto de se manterem numa distância segura. Entretanto os
Associados supostamente oferecem uma avenida segura para se lidar com demônios, prometendo
absorver os riscos e os perigos de máculas infernais em benefício de seus clientes, em troca de
pagamentos substanciais. Esta oferta atrai cainitas para fora de seus esconderijos – certamente mais do
que normalmente praticariam o infernalismo – a maioria dos quais acredita que os perigos de se lidar com
demônios estão portanto diminuídos. Isto agrada a hierarquia do inferno porque a verdade é que, qualquer
negociação com o maligno, direta ou indireta, ainda resultam em danação. É por causa da intenção, e os
tijolos do inferno são intenções. A diferença é que os que lidam diretamente sabem que estão abdicando
sua existência. Os outros não percebem até que já seja tarde demais.
` Os associados sabem desta verdade porque Arnold a percebeu assim que aprendeu taumaturgia negra, o
único modo de aplacar os demônios, salvar a própria pele e ainda ganhar mais poder é botar alguém como
bode expiatório. Arnold mantem sua corrupção infernal em nível minimo porque usa um cordeiro de
sacrifício em seu lugar. Ao negociar indiretamente em favor de um cliente, ele estabelece qualquer
contrato que queira com demônios em troca de oferecer poder aos clientes , poupando sua existência e
avançando suas habilidades em taumaturgia negra. O contrato permanece válido porque nunca é o
demônio que mente ou quebra as cláusulas contratuais. Quem faz isso são Os Associados.
Atualmente os associados contam com apenas 12 agentes, incluindo Arnold, que possui refúgios através
da América do norte - apenas estes lidam diretamente com demônios. Seu centro de operações é em
Detroit, lar do grupo dos Rosas Rubras, mas eles não limitam suas atividades as cidades do sabá. Embora
também lidem com a Camarilla, suas conexões limitadas com a seita dificultam seus esforços. Eles estão
procurando por membros simpatizantes, crédulos ou ambiciosos para que sirvam como uma abertura até a
seita. Dada a limitada experiência da Camarilla com infernalistas, consideram que Os Associados lidem
apenas com cainitas, mas Arnold e diversos outros ainda se consideram leais a Espada de Caim devido
tanto a Vaulderie como as efetivas propagandas do sabá. Ainda assim Os Associados não podem negar a
atração que uma seita sem uma força interna como a Inquisição para atrapalhar suas atividades.
Servindo a cada advogado estão 3 ou 4 membros sabá que apresentam a marca do inferno em diversos
níveis de intensidade. Todos estes homens considerados como mão direita dos advogados devem grandes
favores aos associados por ajudarem a lidar com acordos difíceis ou por livrá-los de cometer erros
terríveis. Estes reforços conduzem todas as investigações sobre os antecedentes dos clientes em potencial,
agem como advogados intermediários nos primeiros encontros e vão atras de pagamentos atrasados.
Adicionalmente os reforços também eliminam clientes que exibem marcas infernais e deformidades
demoníacas, uma vez que tais evidencias diretas de mácula infernal não refletiriam bem aos associados
que supostamente estão fazendo bons acordos em beneficio de terceiros. Destruir tais clientes também
impede que a Inquisição venha ter testemunhas em potencial.
Abaixo destes reforços estão os batedores – mortais e carniçais involuntários. Antes da queda de Nova
York, Os Associados receberam pagamentos do bispo da cidade na forma de 8 revenantes Zantosa. Estes
carniçais haviam fugido do massacre de Nova York que matou 2 dúzias de membros de sua família, e que
agora serviam o bispo em troca de refúgio. Já degenerados eles são alvos fáceis para ainda mais
corrupção nas mãos de seu patrono, e agora servem aos associados com a mesma capacidade. Os
revenantes servem como batedores em Washington ao explorar os férteis pontos fracos, e ao ajudar Os
Associados a determinar quais políticos são prontos para serem usados. Ao contrário dos reforços, estes
carniçais não sabem nada sobre Os associados e lidam com estes através de intermediários. Os Zantosa
apresentam máculas infernais menores, mas dado o desdém do sabá em relação a eles, a seita facilmente
não percebe estas peculiaridades como algo além da sua típica procriação consanguínea.
Enquanto os Associados têm sido muito cuidadosos para evitar chamar atenção, a inquisição os conhece
pelo menos de nome. Inicialmente os juizes investigadores da Inquisição acreditavam que a sociedade
infernal residia apenas em Detroit, mas suas informações mais recentes indicam que os Associados
moram em diversos enclaves sabá na América do Norte. Esta informação preocupa os inquisidores, que
acreditam ter uma epidemia em suas mãos. Obviamente a inquisicao precisa conduzir suas investigações
sob segredo absoluto. Se novatos do sabá descobrirem que os Associados oferecem acordos como o
inferno “sem risco direto”, os cainitas podem se aglomerar com os advogados do inferno e arriscar a
danação pessoal.
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Um grupo de Toreador que chama a si mesmo de Irmandade da Rosa Negra, ou simplesmente “Rosa
Negra” reside numa abadia remota em flandres, Os poucos cainitas que se encontraram com membros
desta irmandade comentam sobre seu comportamento como sendo característico do clan: grandes
patronos das artes e amantes de todos os objetos e criaturas de beleza, mas com uma perspectiva religiosa
pois todos são ferrenhos seguidores do Caminho do Céu. Entretanto este é um disfarce para seu
verdadeiro propósito. Os membros estão longe de ser os cainitas devotos amantes da paz que aparentam
ser. Na verdade são um grupo militar de guerreiros, mestres nas artes da espada e de cercos, que lançou
sua guerra particular contra os cainitas que buscam as bençãos do demônio. Sua tarefa é árdua , suas
motivações são simples – a Rosa Negra quer erradicar da criação de deus todos os membros desprezíveis
do clan Baali e aqueles que seguem o Caminho do Diabo. Membros da Rosa Negra acreditam que
chegará a noite em que a humanidade se levantará contra os filhos de Caim e os exorcizarão da Terra;
aqueles que seguem o Caminho do demônio serão os precursores desta destruição.
Poucos príncipes estão cientes desta seita secreta de vampiros, e sabem menos ainda sobre seus atos.
Apesar disso a irmandade está ativamente recrutando vampiros de outros clans e abraçando novos
recrutas para a sua guerra contra os seguidores do demônio.
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Os Angellis Ater
O posicionamento do Arcebispo Moncada é compartilhada por outros Lasombra, mas há os que levam
isso de maneira literal. Buscando a redenção ao deixar fluir as profundezas da danação, ou possivelmente
ver pecados adicionais como uma forma de autoflagelação , eles se aprofundam ainda mais na
depravação. Não satisfeitos em apenas zombar os ritos da igreja, estes que trilham o caminho da danação
começaram a criar seus próprios rituais envolvendo sacrifícios, banhos de sangue, compartilhamento de
sangue em cálices e outros atos imundos.
Desprezados como hereges por aqueles que temem a ira da igreja, estes Lasombra satânicos seguem a
depravada trilha da Via Diabolis (a qual possui muito em comum com a Via Caeli, colocando o cainita
como um servo do mal, ao invés de ser servo de deus). Apesar da maioria das concepções do sombrio
mundo medieval sobre infernalismo referirem-se a buscas solitárias, os Angellis Ater, ou anjos negros,
atuam com uma cooperação sem precedentes, com o objetivo de servirem seu mestre profano. Muitos
Angellis Ater organizam-se em grupos de 5 a 13 membros. Estes grupos encorajam ativamente o
infernalismo e a blasfêmia, e não é desconhecido que Angellis particularmente eficientes tragam vilas
inteiras ao comando de Satanás, usando coerção sutil e com demonstrações exageradas de poderes
vampíricos. Os Angelli Ater são comprovadamente os maiores proselitistas vocais dos Lasombra, lidando
com mais convertidos em potencial do que a própria igreja
A tenebrosidade é a principal manifestação da vontade de Satanás na Terra através do corpo de um
cainita, de acordo com a doutrina dos Angellis Ater. As sombras conjuradas com esta prática não
possuem a origem em lamento como apenas “trevas interiores” como muitos Lasombra acreditam (a
maioria dos Angellis acha isso ridículo), ao invés disso são sombras negras trazidas do próprio inferno.
Do mesmo modo outras disciplinas cainitas são extensões da benção de Lúcifer. Portanto o vampiro
existe somente para disseminar o mal no mundo físico.
E eles o fazem sem preocupações. Os Angelli Ater são uma mancha para os outros Lasombra,
corrompendo ativamente os dogmas da igreja católica numa paródia negra distorcida em escala
monumental.
Surpreendentemente os Angelis Ater sobrevivem ao expurgo da inquisição que está por vir. Isto é irônico,
pois a inquisição considera a destruição deste tipo de grupo satânico como algo primordial a seus
propósitos. Contudo, os anjos negros escapam da ira da igreja por possuírem um perspicaz discernimento
sobre as movimentações da Sociedade de Leopoldo. Alguém poderia até supor que eles possuem contatos
dentro desta sociedade
Os Angelli Ater se unem discretamente com o sabá em sua formação depois da revolta anarquista. A
vulgaridade anárquica e maligna da facção contribui imensamente com a resultante tendência destrutiva
da seita, e muitos neófitos Lasombra (assim como os outros “convertidos” de outras seitas) encaram com
positividade as doutrinas dos anjos negros. Lasombras anciões, particularmente aqueles que datam de
antes da formação do sabá, consideram esta filosofia como uma “fase passageira”, tal como a
adolescência mortal. Contudo o número de adoradores do demônio Lasombras permanece assombroso no
século 20.
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Nota do tradutor: Uma outra excelente história com participação demoníaca de peso (dentre as
muitas outras que não citei) pode ser encontrada no Transilvânia Chronicles III Omens – trata-se
da possibilidade da soltura de Kupala e de como Drácula quis escravizar o demônio usando
sua espada mística criada com a ajuda de DurgaSyn. Infelizmente o texto é muito grande (são 3
capítulos completos do livro) para ser resumido adequadamente de modo a caber neste post. Mas
fica a dica - e os links dos post de durga syn, drácula e de sua espada - para quem quiser conferir.
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Via Dolorosa
É dito que os Salubri lidaram com demônios e que tinham sua própria trilha. O clan Tremere tenta
argumentar que fizeram um grande serviço ao mundo livrando-o de um grupo de infernalistas; a verdade
é ainda mais estranha.
De fato os Salubri lidavam com demônios, fazendo pactos e aceitando poderes infernais. Isto levou a sua
má reputação, a qual os Tremere prontamente exploraram para justificar o crime de seu fundador.
Entretanto aqueles que conheciam os Salubri percebiam que esta interação com demônios tinha um
propósito: Os Salubri buscavam acorrentar os demônios a si próprios através de pactos, em seguida
destruiriam a si mesmos destruindo os demônios ligados a eles usando mágicas secretas. Estes rituais para
destruir demônios foram perdidos com a queda do clan, mas ainda podem ser redescobertos com os
remanescentes do clan e em manuscritos ancestrais.
A trilha que o clan seguia era a trilha Via Dolorosa – o Caminho das Lágrimas. Seus dogmas incluíam
oferecer ajuda aos feridos e proteção àqueles sob maus tratos. A trilha desafiava seus seguidores a
combater o mal no mundo numa tentativa de remover a corrupção que outros cainitas trouxeram para a
Terra. O dever final de um Salubri que alcança o ápice desta trilha era criar uma progênie, e esta deveria
diablerizar seu senhor. Os Salubri sabiam que a escapatória da condição vampírica conhecida como
Golconda era uma tarefa demasiado árdua para a maioria deles, portanto ao invés disso se sacrificavam
através do amaranto, removendo assim todo o mal que conseguiam do mundo.
Nota do tradutor: É, eu sei que o clanbook salubri insinua que essa trilha não existiu. Mas como
narrador a decisão é sua. Eu particularmente achei a ideia bem interessante de ser postada aqui.
Seria legal se amatusalém Tiamat a tivesse conhecido.
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Embora demônios escravizem tanto mortais como seres sobrenaturais, outras facções no
Sombrio Mundo das Trevas escolhem barganhar com o inferno segundo seus próprios termos.
Os dois grupos mais proeminentes destes diabolistas são os vampiros Baali e os magos que
pertencem ao Círculo Vermelho. Estas facões frequentemente se provam rivais perigosos e até
inimigos dos demônios que erroneamente acreditam servir, pois em última análise se
preocupam mais sobre seu próprio poder do que auxiliar anjos caídos que com alegria iriam
destruí-los ou escravizá-los. Quando demônios e demonologistas se aliam em assuntos de
interesse mútuo, ambos os lados tentam levar a melhor sobre seus antigos parceiros.
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Os Baali
Um clan de vampiros que se dedica inteiramente ao inferno. São conhecidos como os Baali e
sua história remonta há milênios nas lendárias noites da primeira cidade.
Shaitan
O Baali mais antigo se chama Shaitan (embora outrora tivesse outro nome) e foi a primeira cria
do mítico antediluviano Ashur. De acordo com as lendas ele era o mais belo dos cainitas de 4a
geração; e tão grande era seu orgulho que ficou com ciúmes de Arikel, a fundadora do clan
Toreador e até mesmo de Zillah a Bela, esposa de Caim. Em vida ele havia sido um escravo
que cantava hinos nos templos para todos os deuses do cosmos, e sua beleza e voz melodiosa
se mantiveram com seu abraço. Entretanto a amargura se alastrou no coração de Shaitan, pois
sabia que sempre seria um poder menor se comparado a seu senhor e ao senhor de seu
senhor. Ele se lamentava pelo fato de ser para sempre um reflexo de uma luz maior, e não a
própria fonte de iluminação – e assim ele caiu. Muitas histórias contam sobre esta queda, mas
é dos fragmentos de Nod, o mais antigo registro dos filhos de Caim, que o seguinte conto se
origina.
A primeira guerra
Na grande guerra que sacodiu a primeira cidade e destruiu a segunda geração, Shaitan era o
mais furioso dos de sua geração. Ele reuniu os insatisfeitos de outros clans para a sua causa e
cercaram o templo do próprio Caim no coração de Enoque. Amaldiçoando a todos os deuses
que um dia adorou, ele invocou os poderes das trevas para se fortalecer, e então Shaitan e
seus seguidores se lançaram contra o próprio Caim. A batalha despedaçou o templo, trazendo
abaixo suas antigas pedras e incendiando o chão das proximidades das ruínas com fogo do
inferno. Contudo Shaitan não podia vencer, pois tal era a força de Caim que nem mesmo as
forças do inferno podiam fazer frente ao primeiro vampiro.
As forças de Shaitan haviam acabado, mas Caim não conseguiu se forçar a destruir sua cria
insolente. Caim olhou para a beleza de seu bisneto e disse:
“Você é belo como as faixas douradas que eu uso, como o bosque de árvores de agradável
cheiro em meu jardim, como a pele de minha adorável esposa. Entretanto você é maligno em
seu interior, como o sangue contaminado pela doença, como o vinho que já azedou na adega,
como uma espada quebrada deixada no chão de um campo de batalha. Eu não posso matá-lo,
pois foi meu sangue maculado, minha ira que o fez provar deste cálice amargo; mas também
não posso deixá-lo andar pela terra com esta beleza, com seus longos cílios, seus cabelos
dourados e olhos pálidos. Portanto eu lhe permitirei a não-vida mas tirarei de ti sua beleza.”
Caim levantou suas mãos e agarrou Shaitan, e seu cabelo caiu de sua cabeça, seus olhos
queimaram em suas órbitas e sua pele coçava pelo aparecimento de feridas. Caim ergueu suas
mãos e agarrou Shaitan uma vez mais, e seus ossos se retorceram e quebraram de modo que
Shaitan não podia mais ficar de pé. Caim levantou suas mãos uma última vez e agarrou
Shaitan e todo o poder deste desapareceu. Em seguida Caim se virou e foi embora, para nunca
mais ser visto por suas crias até a noite da Gehenna, quando todos os segredos serão
revelados.
A guarda de guerra de Shaitan, constituída de um membro de cada um dos grandes clans – se
reuniu em volta dele, o levantaram, e lamentando carregaram-no daquele lugar, sabendo que
seus sonhos de rebelião estavam acabados e que a partir de então seriam párias. Eles olharam
para a floresta e lá se preparam para morrer, pois sua vontade estava abalada.
A queda
Mas Caim cometeu um erro, havia deixado em Shaitan sua bela voz. Nas florestas Shaitan
chorou, primeiro a seus companheiros e depois para as trevas que o haviam ajudado. As trevas
responderam, num rompante como um redemoinho. Shaitan e seus seguidores foram
envolvidos e mudaram para sempre. Os sombrios viram a sua criança agora distorcida e
choraram lágrimas amargas, e no lugar onde estas lágrimas caíam, a carne se alterava. Eles
deram a Shaitan e a seus seguidores o veneno como o de uma serpente, deram garras como
as do leão da montanha, deram presas e chifres como as dos lagartos das rochas, deram uma
carapaça como a do escorpião – e os ergueram muito acima do chão.
“Nós erguemos a vocês que caíram” , eles sussurravam – suas vozes eram como gelo. “Nós
consertamos seus ossos distorcidos, unimos sua pele rasgada e abrimos seus olhos para as
trevas, pois te amamos mais intensamente do que qualquer um poderia amar. Em troca nos
adorem, nos amem e lhes daremos domínio sobre tudo isso”.
E os reinos do mundo apareceram diante de Shaitan e seus seguidores como uma tapeçaria.
Shaitan olhou para a terra com seus novos olhos e os cobiçou por sua beleza – assim, como
uma estrela cadente, ele entrou no abismo.
Shaitan e seus seguidores deixaram a floresta e viram o trabalho de seus primos, os vampiros
de outros clans. Eles viram novas civilizações surgindo das ruínas da Primeira Cidade e
perceberam que haviam sido esquecidos. Como cada um de seus seguidores viera de um dos
grandes clans, Shaitan os ordenou que gerassem crias e se infiltrassem em seus antigos clans
cuidando para ocultar sua nova natureza. Shaitan construiu para si mesmo uma fortaleza num
lugar chamado Chorazin, onde se dedicava a seus mestres infernais. Este lugar, agora perdido
soterrado nas areias, se tornou o centro de um culto infernal de adoração a Satanás. Seu nome
entrou na história humana como o Adversário, o líder das forças das trevas. Seus seguidores,
ocultos e infiltrados nos outros clans, levavam vampiros até ele, para serem convertidos ou
destruídos.
Séculos se passaram e a Jyhad rugia pelo mundo antigo. Shaitan espalhava seu poder e fazia
planos contra a geração de seu senhor. Ele foi adorado por muitos nomes e em muitos lugares.
Na Grécia ele foi o marido de Hecate e lambeu o sangue espirrado no chão; em Ur crianças
foram atiradas no fogo em seu nome; na Babilônia astrólogos fizeram sacrifícios em seu nome
na lua nova; mesmo na longínqua Hibérnia ele era conhecido e sangue era derramado em seu
nome. O culto de Shaitan invocava demônios e dedicava lugares para as forças infernais – seu
poder cresceu até estar pronto para abrir os portões do inferno e entregar o mundo a seus
mestres infernais.
A grande guerra
Apenas os vampiros mais antigos da Europa lembram do tempo em que os Baali subiram ao
poder pela primeira vez, e são avessos a revolver estas lembranças de tempos sombrios.
Conforme os Baali aumentavam em força novamente, alguns anciões precisaram alertar suas
crias contra os filhos do demônio e precisaram recontar as histórias da grande guerra travada
contra eles.
Shaitan mudou o centro de poder para Creta, o centro de cultura e comércio do mediterrâneo,
chamando seus seguidores para que fossem a seu encontro. Expulsando os antigos
governantes da ilha, ele delegou tarefas para a construção de um intricado labirinto a ser
construído, uma mandala sombria que daria foco a seus poderes e permitiria aos Lordes do
Inferno caminhar no mundo mais uma vez. Os minóicos se voltaram para a guerra e exigiam
tributos das outras civilizações. Tanto escravos como filhos de reis eram enviados para
alimentar os rituais sangrentos dos Baali. Coisas inumanas andavam pelo labirinto, e o palácio
de Knossos era como uma tumba neste período. Os poderes infernais eram tão fortes que
vampiros podiam andar a luz do dia, e Shaitan tinha planos de um império de sangue que
mergulharia o mundo inteiro em trevas.
Mas as ações de Shaitan irritaram seus rivais na Jyhad, suas exigências de tributos do Egito
enfureceu o próprio Set. O General Meneleus veio de Atenas com heróis mortais para destruir
o senhor dos escravos do mediterrâneo, e o Ventrue Balthazar retornou de suas viagens a
Índia, onde os presságios mostravam o céu se enchendo de trevas. Outros peões da Jyhad
assumiram seus lugares: os Gangrel das estepes, o Malkaviano Dionísio e a sacerdotisa de
Baco, Toreadores e Lasombras da África. Eles travaram guerra contra Shaitan até que o mar
ao redor de Creta estivesse tingido de vermelho sangue, de mortais e imortais.
A guerra durou nove dias e nove noites, Shaitan permaneceu no centro de seu labirinto,
conduzindo rituais para abrir um portal para o inferno. Embora as forças de Shaitan estivessem
dispersas, ninguém conseguiu penetrar em seu labirinto para alcançá-lo. Os heróis mortais
acharam ter matado o monstro de Creta quando se confrontaram com os carniçais de Shaitan,
tão deformados no corpo como o seu mestre era deformado no coração
Os guerreiros exaustos se reuniram e disseram “Nós não conseguimos chegar até Shaitan e
estamos cansados – o que faremos?”. Uma cria de Set, especialista em magia do Egito disse
“Se nós não podemos destruí-lo, devemos destruir seu labirinto. Vamos chamar a tempestade,
vamos invocar o fogo , vamos criar um terremoto, vamos partir esta ilha como se fosse um figo
maduro”. Os vampiros concordaram com este curso de ação e convocaram seus poderes – e a
ilha próxima de Santorini respondeu, explodindo num cataclismo de erupção . O choque trouxe
abaixo o palácio de Knossos, o fogo queimou a Shaitan e seus seguidores, e o mar se ergueu
para lavar toda a mácula. A cria de Set sorriu, pois agora sabia que apenas o Egito se isolaria
no poder, já que Creta havia sido destruída. Shaitan urrou em fúria e angústia, pois mais uma
vez havia sido derrotado.
Desde então ninguém mais viu Shaitan pessoalmente. Seus discípulos dizem que Shaitan fala
com eles através de sonhos – que ele foi carregado nas asas da tempestade para uma terra
distante onde pudesse descansar e curar suas feridas – e que ele voltaria para reclamar o que
era seu por direito. Seus seguidores se dispersaram, mas não foram destruídos, e retornaram a
seus antigos postos secretos, ocultos entre os clans. Os Baali assistiram dos bastidores
impérios surgirem e caírem, ganhando tempo e esperando para que a Jyhad os tivesse
esquecido.
Os Baali hoje
Na Idade das Trevas os Baali estão subindo ao poder mais uma vez. Embora seu grande
labirinto de poder esteja despedaçado em Creta, muito de seus sítios infernais maculados
permanecem intactos. Com o poder retirado da matança das cruzadas, os Baali ergueram
Chorazim das areias do deserto, e um fluxo constante de candidatos começou a seguir a
peregrinação sombria novamente.
Neste exato momento, os 12 seguidores originais de Shaitan despertaram de seu longo sono
para começar a corrupção de seus clans mais uma vez
Dark Ages Companion 169
Usando os Baali
Embora regras para se jogar de Baali possam ser encontradas no livro Companheiro do
Narrador Idade das Trevas, estes vampiros diabolistas não interagem bem em grupos mistos
com vampiros de outros clans. Os Baali são muito mais úteis como personagens de narrador,
seja como antagonistas ou misteriosos e terríveis benfeitores.
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Círculo Vermelho
O círculo vermelho é uma ordem de demonologistas e diabolistas. Eles são a antítese das
Vozes Messiânicas, construindo uma fundação na corrupção e subversão dos conceitos
judaicos cristãos como o pecado. Os Veneficti, maneira como estes magos chamam a si
mesmos, acreditam que nenhum conhecimento deva ser proibido, não importa qual seja sua
natureza ou propósito. Praticantes desta arte não se consideram como uma ordem maligna,
justificando suas ações com alegações de que a indulgência deliberada ao pecado remove a
habilidade da tentação de exercer seu controle passivo, colocando portanto o mago fora das
restrições da ordem natural. Assim como deus existe além do pecado por uma vontade
infalível, membros desta ordem buscam a liberdade e poder da divindade ao ascender além do
controle do pecado.
A ordem infernal de magos do Círculo Vermelho pode ser a mais bem sucedida e melhor
organizado grupo de mortais diabolistas. Financeiramente apoiados por uma guilda mercante, o
Círculo Vermelho tem os recursos disponíveis para localizar e adquirir textos e artefatos
arcanos, dando rapidez a projetos de pesquisas extensivas que de outro modo levariam meses
ou até anos. Grupos inteiros de Veneficti se devotam apenas a leitura, tradução e interpretação
de literatura infernal, enquanto outros grupos estudam e catalogam artefatos infernais. O
sistema de classes cuidadosamente organizado do Círculo Vermelho permite a ordem se
expandir em muitas direções sociais e econômicas e ainda manter-se secreta o suficiente para
o diabolismo.
Embora a sociedade do Círculo seja principalmente mercantil, os membros mercantes ocupam
a mais baixa das 3 classes da ordem. Mercantes constituem a frente permanente para a
organização, assim como um fonte fixa de acesso a negociações e meios de fuga para
membros diabolistas do Círculo. Esta aparente confiança no mercantilismo pode dar a falsa
impressão de que os feiticeiros existem para proteger só interesses mercantis, mas na verdade
é o contrário. Os mercantes ervem como mensageiros e servos dos magos infernais do Círculo,
fornecendo acesso a dinheiro e conexões sociais, assim como um Escravo fornece estes
serviços para seu mestre demoníaco.
A próxima classe, chamada de os Facilitadores, é constituída principalmente de espiões e
assassinos contratados. Variando de ladrões baratos a assassinos altamente habilidosos, os
Facilitadores fornecem ao Círculo a força de segurança. Eles acompanham os Veneficti em
missões de intimidação ou sequestro das vítimas necessárias aos ritos infernais do Círculo.
Facilitadores também fornecem força física durante invasões nos remotos vilarejos da Bavaria
que recentemente trouxeram atenção da Inquisição Sombria a respeito do Círculo Vermelho.
Estas invasões servem a dois propósitos. Primariamente o Círculo Vermelho pretende destruir
quaisquer cultos demoníacos que existam na região. Cultistas escondem ou destroem
manuscritos chave para a elaboração de rituais necessários para rituais de ligamento,
interferindo com as tentativas do Círculo de invocar e controlar os mestres demoníacos dos
cultos. Uma fonte conveniente e fresca de vítimas de sacrifício é um bônus adicional.
Os Veneficti são o escalão superior do Círculo Vermelho, magos devotados ao domínio do
pecado através da difamação da ordem natural de deus. Suas magias frequentemente se
focam no sangue e na carne, até mesmo no sacrifício humano. Como dito anteriormente,
demônio não requerem sacrificios de sangue, mas muitos sentem prazer com ele. Veneficti não
consideram suas práticas diabólicas como sendo malignas porque acreditam estar além do
escopo do poder de deus, e portanto se consideram acima de tais estreitos conceitos de bem e
mal. Associação com o círculo requer a adoção de um estilo de vida extremamente organizado,
onde mesmo momentos de extrema devassidão são cuidadosamente planejados na rotina.
Veneficti acreditam que a indulgência calculada ao pecado dá aos mortais domínio sobre suas
mentes, corpos e espíritos. Pecado deliberado remove o poder da tentação.
Estes magos são distantes e frios, mesmo dentro de sua própria ordem. A habilidade de
prender e controlar os habitantes do inferno deixou o Círculo arrogante e entediado. Com tal
controle sobre as próprias necessidades, eles olham com desprezo para mortais mais fracos. A
despeito das consideráveis contribuições da classe mercante, os Veneficti raramente se
dignam a comunicar-se diretamente com seus subordinados no Círculo, confiando nos
Facilitadores para instruir os mercantilistas e impor a ordem
O Círculo Vermelho representa tudo que os diabolistas e demônios odeiam. Os Veneficti não
apenas sabem segredos demais para o gosto dos Caídos, mas também devotam um Pilar
inteiro ao objetivo final de escravizar demônios. Por causa disso, os membros do Círculo
Vermelho são excelentes antagonistas para narradores com crônicas envolvendo personagens
escravos ou demônios. Os Veneficti são protagonistas interessantes numa história centralizada
no diabolismo, com poderosos demônios como inimigos buscando destruir esta insolente
ordem de magos.
Origens: Como os Veneficti se tornaram diabolistas tão habilidosos? Narradores numa crônica
usando protagonistas diabolistas devem encontrar meios de explicar a fonte do Poder do
Círculo Vermelho. Talvez membros antigos da ordem fizeram pactos com demônios em troca
destes segredos arcanos, negociando suas próprias almas para que seus descendentes
pudessem obter este controle. As crenças dos Círculo sobre sua própria superioridade aos
planos de deus possuem raízes nas tentativas de antigos Veneficti de explicar as novas
sensações de Tormento e Determinação? Ficariam estes magos satisfeitos com qualquer
verdade que os colocasse como escravos ao invés de mestres de sua própria vontade?
Caerns perdidos: os magos do Círculo Vermelho são excelentes adversários para Dark Ages:
lobisomem. O Círculo Vermelho atacou diversos caerns por toda Europa, destruindo os
habitantes garou e muitas vezes infestando os caerns com a mácula da Wyrm. Alguns ritos do
Círculo Vermelho usam sangue e carne de garou como foco. Os Veneficti inclusive usaram
suas magias infernais para deformar os corpos e espíritos de lobisomens. Veneficti não
hesitam em caçar garou que interfiram com as tentativas do círculo de macular um caern. O
grupo de jogadores encontra um lobisomem morrendo com membros terrivelmente deformados
que os conta sobre o ataque dos Veneficti ao caern. Com seu último suspiro ele conta a terrível
notícia de que os atacantes também infectaram o caern, implorando aos jogadores que o
recuperem das garras da Wyrm. O grupo precisará decidir se irão tentar enfrentar os
diabolistas e como purificarão o caern caso consigam expulsar os magos infernais.
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QUINTA PARTE
Personagens Demônios:
Nenhum humano pode enumerar todas as forças do inferno. Ainda que feiticeiros
reúnam e acumulem os nomes e patentes dos demônios como se fossem verdadeiros
tesouros, é uma tarefa fútil. Aqueles que exploraram o lado sombrio do mundo
acreditam que não há somente um inferno tal como a igreja alega, mas sim incontáveis
níveis de dor e danação. Para a mente medieval, o inferno não era um lugar estruturado
com reinos diferenciados para as punições, mas sim um desolado vazio no qual os anjos
caídos e demônios construíram suas habitações.
Lúcifer
Lúcifer é o primeiro anjo caído. Ele liderou a rebelião no céu e continua a agir contra o
bem no mundo. No livro de Jó ele é retratado como um servo de deus enviado para
testar a humanidade. De acordo com a igreja ele era o príncipe do mundo até que cristo
fez uma nova aliança com a humanidade. Depois disso ele se tornou o Adversário,
resistindo violentamente aos planos de deus, numa batalha que só será resolvida no Dia
do Julgamento. Seu nome no céu era Samael, o anjo da luz; ele se tornou Lúcifer
quando caiu, recebendo também o nome de Abaddon, o destruidor – e de Apollyon, o
anjo do fosso sem fim.
Em eras passadas, foi dada a ele a autoridade sobre a Terra e sobre a humanidade, mas
com a vinda de cristo e a nova aliança, Lúcifer foi destituído e condenado ao inferno.
Por volta do século XII, a população aceitou que Lúcifer é o inimigo de deus e do
homem, dedicado a destruição da Terra. Por sorte ele está preso no inferno até o fim do
mundo.
A idéia de Lúcifer como um antiherói, uma figura de Prometeu que poderia ser digna de
pena ou alvo de adoração, não surgira até o século XVII. No sombrio mundo medieval
ele é o vilão mais terrível, o demônio sem piedade que deseja pisotear a tudo que é bom
com seus cascos fendidos. Ele não está liberto para que possa entrar no mundo e
portanto conta com seus servos, os príncipes do inferno, para que levem adiante o seu
trabalho.
O anticristo e o fim do mundo
Chegará um tempo em que Lúcifer estará livre no mundo para exercer sua vontade. Isto
será o fim dos dias e preconizará a vinda do anticristo. O anticristo será a antítese de
cristo, um homem entregue completamente aos poderes do mal, no qual Satan
depositará toda sua confiança e poder. Ele não sera um demônio e nem o filho do
demônio, e sim um homem que tentará entregar o mundo ao inferno.
De acordo com a lenda ele nascerá (ou já nasceu) na cidade de Chorazin e chegará até a
grandeza através de sua inteligência, sua postura imponente e sua justiça. Ele unirá as
facções cristas em guerra e será proclamado tanto Papa quanto imperador, liderando as
forças do cristianismo a uma grande guerra Santa que destruirá os Judeus, muçulmanos
e pagãos. Seu império unirá o mundo inteiro e ele será visto como o novo messias.
Tudo isso será uma mentira. Em seguida ele mergulhará o mundo numa era de
devastação que durará mil anos, uma era onde não haverá nenhuma esperança e onde as
pessoas considerarão os mortos como pessoas de sorte. É dito que eventualmente seu
reino chegará ao fim conforme o mundo já cansado implorará por um fim a seu
sofrimento. Cristo retornará em poder e a história chegará a um fim quando o Dia do
Julgamento começar.
Este sera o dia derradeiro, e todas as almas serão postas diante do trono de deus.
Aqueles cujos nomes estejam no livro da vida receberão um novo céu e uma nova terra,
os demais serão expulsos para sempre.
Os infernalistas acreditam que o resultado desta batalha final não está decidido, e que
seus mestres podem vencer e entregar-lhes o domínio sobre todo o mundo. Cainitas
sussurram suas próprias lendas, registradas no Livro de Nod do tempo de Enoch, que
diz que o mundo será entregue a seus anciões na noite da Gehenna: os antediluvianos,
que se levantarão para alimentar-se de sua progênie e estabelecer um império de sangue
que durara 1000 anos. Depois deste milênio não haverá julgamento, meramente as o que
restou de um sol moribundo iluminando um mundo destruído e vazio onde as cidadelas
dos anciões durarão para sempre.
Os príncipes do inferno
Estudiosos e santos tentam enumerar as forças do inferno. Alguns alegam que existem
133.306.668 demônios no inferno; outros dizem que 66 príncipes comandam 6.660.000
demônios. A Conclusão destas estimativas e que a mente humana não pode conceber a
amplitude das forças infernais agindo contra o mundo. A hierarquia do inferno e vista
como um reflexo sombrio das hostes angelicais do céu, com as seguintes ordens de
anjos caídos liderando as legiões profanas.
Primeira Hierarquia
Os mais poderosos dos anjos caídos são os serafins. Os serafins são governados por
Belzebu que tenta ao homem com o orgulho; Leviatan que e o líder dos hereges e leva
ao homem ao pecado repugnável contra a fé ; e Asmodeus que e o príncipe dos devassos
e tenta o homem com o ímpeto dos pecados de luxúria. Abaixo dos serafins estão os
querubins,liderados por Balberith que incita o assassinato e a blasfêmia. Os mais baixos
na primeira hierarquia são os Thrones, governados por Astaroth que promove a preguiça
e ociosidade; Verine, que casa impaciência para levar o indivíduo ao pecado; Gressil,
que quer que a humanidade mergulhe na imundície; e Sonneilon que tenta o homem
com ódio contra seus inimigos.
Estes Duques e Arqueduques do inferno apresentam poucas características semelhantes
com as de um ser humano, ao invés disso aparecem como misturas perversas de
criaturas – grandes bestas ou dragões, ou se manifestando em formas sombrias. É
virtualmente impossível a estas criaturas chegar ate a terra; eles influenciam a
humanidade através de visões e sonhos. Os infernalistas os contatam em função de seu
grande conhecimento e para aconselhamento, mas temem procurar por tais
manifestações do mal, preferindo trabalhar sozinhos.
Kaiser
Kaiser é servo de Sonneilon. Ele aparece como um cadaver ambulante, vestido com
roupas espalhafatosas em trapos, com sua carne queimada e com cicatrizes. Suas orbitas
oculares são vazias e uma fumaca parece sair delas. Foi dado a Kaiser o comando sobre
as ultimas coisas, ele é o recenseador do inferno/ seu trabalho é estar presente no fim
das coisas, sejam assuntos de fe, raca ou ideias. As vezes ele é enviado por seu lorde
para encontrar aqueles que desejam escapar dos poderes do inferno, por ser um
excelente cacador e rastreador. Ele supostamente foi enviado por cainitas na época da
diablerie de saulot, e é dito que ele parecia perturbado por causa dos eventos que havia
acabado de testemunhar (nota do tradutor: Se você leu o House Tremere deve estar
com mesma sensação de “puta merda” que eu estou agora ao ter lido isso). Ele
praticamente não se comunica, preferindo executar suas tarefas em silencio, mas
respondera caso falarem com ele em latin erudito.
Pontos de sangue: 20
Força de Vontade: 9
*****************
Segunda Hierarquia
Estes Lordes do inferno são os governantes, comandados por Oeillet, que tenta as
pessoas para que quebrem seus votos; e Rosier, a rainha das Succubi, que abre o
caminho para a trilha dos prazeres pecaminosos e amores maculados. Seus trabalhos são
apoiados por Verrier, príncipe das principalidades, aquele que sussurra a rebeliao contra
as autoridades e incita o povo a rejeitar seu lordes. O nível final desta hierarquia são os
Powers, liderados por Carreau, que endurece os corações dos homens contra o amor e a
fé; e Carnivean, que faz as pessoas amarem a obscenidade.
A segunda hierarquia é muito ativa na terra. Seus príncipes as vezes são capazes de
quebras suas correntes e aparecer a seus servos. Eles frequentemente tomam formas
humanas de grande beleza (especialmente Rosier, que se manifesta como um belo
homem ou mulher). Estes lordes do inferno são muito orgulhosos para se envolverem
em combate vulgar e outras disputas de poder e retornarão a seus domínios caso sejam
desafiados, colocando grandes maldições naqueles que ousarem se opor a eles.
O Caçador
O caçador se apresenta como um nobre bem vestido. Ele tem muitos amigos e sabe tudo
sobre a última moda e os últimos escândalos. Um fofoqueiro inveterado, ele parece
saber mais sobre o personagem do que o próprio. Ele propõe jogos de azar nais quais as
apostas gradualmente aumentam, ou desafia suas vítimas a fazerem com ele alguma
indiscrição. (Seria divertido talvez espiar as freiras tomando banho? Ou invadir uma
igreja e beber o vinho da comunhão? Você gostaria de visitar o prostíbulo local? Lá ele
tem muitos contatos. Quer se vingar de um inimigo? Ele sabe como trapacear num
duelo.)
Apenas quando sua vítima não tem mais amigos e está isolada da sociedade, ele a
convidará até sua casa para ver o que mais ele tem a oferecer.
Pontos de Sangue 15
Força de Vontade 7
******************
Terceira Hierarquia
Os últimos dentre os Lordes do inferno são os Virtuosos, Governados por Belias, que
leva a humanidade para a arrogância e materialismo, os afastas das virtudes com maus
costumes e ensina as crianças a serem libertinas e avessas ao evangelho. Olivier, dos
arcanjos, é o lorde da crueldade e se delicia em abusar dos pobres e fracos. Por fim os
anjos infernais, liderados por Luvart são meros servos e vassalos dos outros lordes do
inferno.
Maligno
Maligno, um servo de Belias, se manifesta como um gato comum. Ele aparece para uma
família com crianças e se torna seu bicho de estimação, para sussurrar coisas em seus
ouvidos enquanto dormem. Suas maquinações insidiosas começam com pequenas
maldades (pelas quais usa seus poderes para botar a culpa em terceiros), que vão
aumentando em nível de crueldade, e finalm,ente induz a criança a matar outras crianças
ou a tentar sexo com adultos. A não ser que a criança demonstre potencial, Maligno
então a abandonará diante da lei e da danação. Se considerar que a criança pode se
provar útil, ele a levará para outros infernalistas, que treinarão a criança no caminho do
mal.
Os demônios
Demônios flamejantes
Para a mentalidade medieval, o mundo é rodeado numa aura de fogo na qual os planetas
e estrelas se movem. Os demônios que vivem nesta vastidão de trevas entre as estrelas
são de variados tipos. A maioria tem pouco interesse na humanidade, preferindo dar
atenção a seus próprios assuntos – é dito que os deuses pagãos ficam no vazio
lembrando de seus dias de glória – é dito também que existem estranhos demônios
baseados em ideias, construções matemáticas, manifestações de razão e emoção
humanas. Eles são chamados de daemons para diferenciação de seus parentes mais
compreensíveis.
Infernalistas possuem pouco poder sobre estes seres; eles só podem ser invocados
usando magika verdadeira. Astrólogos dizem que alguns poucos destes daemons
demonstraram interesse no estudo crescente da matemática e de outras ciências naturais
na universidade de Paris.
Daemons estelares
Estes seres se manifestam como uma faixa distorcida de luz e sombra. As formas
emergem de seu ser sem forma, se parecendo com padrões geométricos ou de escrita.
Olhar para estes seres por muito tempo deixa o observador incerto de seu lugar no
universo, conforme começa a sentir o grande vazio que a cerca. Se o observador fizer
uma jogada de força de vontade (dificuldade 12 menos a inteligência, máximo de 10),
ganhará uma visão sobrenatural (ganha um bônus nas paradas de dados envolvendo uma
habilidade escolhida pelo narrador, um bônus que será igual aos sucessos na rolagem de
força de vontade e que durará um número de dias equivalente a pontuação de
inteligência do personagem. Este daemon fica irritado com qualquer tentativa de
dispersá-lo, e usará sua Taumaturgia ou Tenebrosidade contra o agressor.
De acordo com traduções de mágicas caldeias e egípcias, existe um tipo mais poderoso
de daemon estelar, que assim como os cometas, cruzam com o mundo apenas em épocas
específicas. É dito que a Esfinge e alguns entalhes babilônicos descrevem estes seres. O
poder do intelecto inumano destes seres só pode ser especulado.
Este daemon estelar não tem presença física. Só pode ser ferido por ataques
envolvendo forças naturais como fogo ou raio, e resiste usando sua fortitude.
Demônios aéreos
Estes demônios infestam invisíveis o mundo espiritual, buscando uma passagem para o
mundo material para tentar ou atacar humanos. Eles conspiram com infernalistas para a
destruição da humanidade.
Os demônios terrestres são os mais perigosos, pois foram expulsos do mundo espiritual
e vivem na Terra entre os humanos. São frequentemente confundidos com lobisomens e
fadas, pois são capazes de mudar de forma e criar ilusões. O mais fracos entre eles
possuem corpos de animais dando origem a bestas do inferno (veja vampiro idade das
trevas págs 266 e 267) enquanto os mais poderosos posam como seres humanos e
executam seus atos corruptores em segredo. Se um demônio terrestre for morto, ele
estará realmente destruído ao invés de meramente disperso.
O Monge Negro
Lendas e relatos sobre o monge negro são encontrados por toda a Europa. Alguns dizem
que ele é da Alemanha, outros da Escócia. Ele foi visto em Roma, na companhia de
cardeais; no sul da França com hereges; e nos salões da universidade de Paris,
discutindo filosofia com estudantes.
Aparentemente um monge normal de idade mediana, o monge negro corrompe através
da sugestão de heresias a grupos vulneráveis. É dito que ele levou crianças para longe
de suas casas, as dizendo que haviam sido escolhidas para entrar no paraíso. As crianças
desapareceram e nunca mais foram vistas.
Ele está frequentemente rodeado por ratos, e doenças seguem os seus passos.
Demônios Aquosos
Estes demônios vivem em rios, lagos e nas profundezas do oceano. Eles adoram afogar
humanos, especialmente crianças – usam tanto engano como força bruta para atingir
seus objetivos. Os demônios aquosos do oceano são monstros colossais capazes de
esmagar navios em seus tentáculos.
Jenny é um cadáver inchado com unhas longas e dentes afiados. Ela é vista apenas
quando sai da superfície do rio para agarrar uma vítima. É dito que ela pode assumir
formas mais agradáveis para atrair os descuidados, formas tais como um cavalo de raça
ou uma bela mulher.
Atributos: Força 7, destreza 3, vigor 6, carisma 4, manipulação 3, aparência 0,
percepção 3, inteligência 2, raciocínio 3
Demônios Subterrâneos
Demônios Subterrâneos vivem nas profundezas da terra em cavernas, eles atacam quem
perturba seus domínios (especialmente mineradores e caçadores de tesouros), de outro
modo só são vistos pela humanidade quando são invocados até a superfície. Eles são
lentos e malignos, se manifestando numa mistura de carne, pedra e armadura.
Gergimoth, o gnomo
Pontos de Sangue: 15
Força de Vontade: 8
Demônios acorrentados
Familiares
Barliagus, o Cataboligne
Natureza: Valentão
Comportamento: Justo
Idade Aparente: Nenhuma
Atributos Físicos: Força 9, Destreza 4, Vigor 9
Atributos Sociais: Carisma 3, Manipulação 5, Aparência 1
Atributos Mentais: Percepção 4, Inteligência 4, Raciocínio 6
Talentos: Prontidão 2, Representação 4, Briga 7, Intimidação 7, Liderança 2, Lábia 6
Perícias: Etiqueta 1, Armas Brancas 5
Conhecimentos: Burocracia 4, Investigação 2, Lingüistica 4, Ocultismo 7, Política 2
Disciplinas: Auspícios 4, Celeridade 1, Quimerismo 2, Daimoinon 5, Demência 2,
Dominação 1, Fortitude 5,
Necromancia 5, Ofuscação 2, Tenebrosidade 1, Potência 5, Presença 5, Metamorfose 2
Investimentos Pessoais: Cauda Chicote, Sentir Magia, Indícios do Medo, Inferno na
Pele, Convocar Infernais.
Antecedentes: Aliados 3, Influência 1, Mentor 6, Lacaios 5, Status 3
Virtudes: Deslealdade 3, Crueldade 5, Coragem 5
Qualidades: Sentidos Aguçados, Vontade de Ferro, Corpo Grande
Defeitos: Auto Confidente
Força de Vontade: 9
Pontos de Danação (Sangue): 20 / 4 (Recupera pontos de Danação quando destruir o
corpo de um humano ou receber sacrifícios de sangue)
Equipamentos: Barliagus é conhecido por carregar um chicote farpado e o usa quando
esta nervoso.
Dicas de Interpretação: Você é o representante máximo da força bruta do Inferno.
Conhecido por seus serviços bem sucedidos para com os seus superiores. Você é frio e
demonstra isso. O sofrimento humano é prazer para você, e quando mata ou tortura
alguém é seu maior prazer. Você raramente fala. As pessoas te obedecem sem que você
precise manipulá-las. Mesmo os mortais mais fortes, seguem suas ordens e fazem seus
serviços em troca de suas promessas de grandes recompensas. Você não tem piedade
alguma daqueles que se opõem as suas ordens.
Grantel, o Mandragora
Grantel é um criado de um demônio mais poderoso. Ele como um vínculo entre seu
mestre e os seguidores deste na Terra. Grantel também ajuda de boa vontade qualquer
outro servo de seu mestre, desde que seja ordenado para isto. O objetivo final de Grantel
é corromper a alma de um indivíduo. Durante os séculos ele foi servo dos Infernalistas
mortais, e agora gostaria de servir novamente, especialmente se seu mestre for tão
poderoso como um vampiro. Grantel aparece em duas formas: ou como um homem
baixo, velho, com barba grande ou como uma boneca qualquer.
Lucricia é uma Succubus, e isto assegura o fato de que ela é um demônio que ganha
poder pelo prazer do sexo com os mortais. Lucricia prefere os humanos do que os
sanguessugas mortos-vivos, mas ela aprendeu recentemente que pode prender vampiros
à ela por meio do Laço de Sangue. Eles parecem não obter nenhum alimento do sangue
de Lucricia, mas recebem um enorme prazer ao sugá-lo. Ela resolveu então, envolver
Vampiros e mortais em seus jogos vis, sempre em busca do prazer e da dor.
Natureza: Bon Vivant
Comportamento: Galante
Idade Aparente: Aproximadamente 20 anos
Atributos Físicos: Força 6, Destreza 7, Vigor 5
Atributos Sociais: Carisma 8, Manipulação 8, Aparência 9
Atributos Mentais: Percepção 5, Inteligência 5, Raciocínio 4
Talentos: Representação 6, Esportes 4, Briga 2, Empatia 5, Sedução 6, Lábia 6
Perícias: Boêmia 5, Dança 3, Etiqueta 4, Máscara 3, Furtividade 4, Estilo 3, Condução
5
Conhecimentos: Astrologia 2, Burocracia 3, Direito 4, Lingüistica 6, Ocultismo 5,
Política 1, Ciências 2
Disciplinas: Auspícios 6, Celeridade 4, Quimerismo 3, Daimoinon 2, Dominação 6,
Fortitude 2, Necromancia 5, Ofuscação 3, Potência 2, Presença 6, Metamorfose 2,
Serpentis 6
Investimentos Pessoais: Beijo de Hades, Poderes de Pheromone, Vestígios Psíquicos,
Inferno na Pele, Teleporte.
Antecedentes: Aliados 4, Contatos 3, Mentor 5, Recursos 5, Status 2, Rebanho 4
Virtudes: Deslealdade 5, Crueldade 4, Coragem 1
Qualidades: Ambidestria, Ousadia
Defeitos: Marca da Corrupção
Força de Vontade: 10
Pontos de Danação: 15 / 2 (Recupera quando faz sexo com mortais ou compartilha seu
sangue com os vampiros)
Equipamentos: Nenhum
Dicas de Interpretação: Quando você busca uma vítima, você busca ela de corpo e
alma. Ofereça seu lindo corpo para a alma da vítima. Qualquer homem (ou mulher) que
você queira seduzir, você conseguirá. Seduza principalmente os mais ingênuos e
inocentes. No princípio dê prazer à vítima, muito prazer, depois prepare ela para morrer.
Ou então, faça com que a vítima conceda alguns favores à você. Eventualmente, você
poderá prometer ficar a eternidade ao lado da vítima, se ela lhe entregar a alma dela.
Tivilio é um demônio secundário que tira seu poder do sacrifício de gatos, prática
conhecida entre os demônios como Taigheirm. Antes Tivilio possuía muitos seguidores
nas Ilhas Escocesas, mas com o tempo tudo foi perdido. Ele sempre tentou conceder aos
seus seguidores um número grande de Investimentos, mas nunca ganhou um número
muito grande de almas em troca. Por esse e outros motivos, ele passou a aumentar seu
poder e seu prestígio com o sacrifício de animais.
Tivilio prefere o sacrifício de gatos, e geralmente se apresenta na Terra na forma de um
grande gato negro, ronhento e só caminha neste plano mediante um número bem alto de
sacrifícios destinados à ele. Ele está sempre a procura de indivíduos que possam fazer
sacrifícios com gatos, mas de uns tempos pra cá passou a almejar sacrifícios maiores em
prova de adoração à ele, principalmente após ver como os vampiros do Sabbat podem
ser cruéis e maus.
Natureza: Conspirador
Comportamento: Investigador
Idade Aparente: Desconhecida
Atributos Físicos: Força 3, Destreza 4, Vigor 3
Atributos Sociais: Carisma 3, Manipulação 4, Aparência 2
Atributos Mentais: Percepção 5, Inteligência 3, Raciocínio 3
Talentos: Prontidão 6, Briga 3, Esquiva 3, Intimidação 3, Intriga 3, Lábia 3
Perícias: Acrobacia 4, Empatia com Animais 3, Alpinismo 4, Etiqueta 2, Furtividade 6
Conhecimentos: Burocracia 2, Lingüistica 3, Ocultismo 2, Política 3
Disciplinas: Animalismo 7, Auspícios 2, Celeridade 5, Fortitude 2, Necromancia 4,
Ofuscação 4, Potência 1, Presença 3, Metamorfose 4, Quietus 1
Investimentos Pessoais: Invisível para Animais, Inferno na Pele.
Antecedentes: Aliados 2, Contatos 1, Lacaios 3, Status 1
Virtudes: Deslealdade 4, Crueldade 5, Coragem 3
Qualidades: Olfato Aguçado, Audição Aguçada, Ambidestria, Equilíbrio de um gato,
Nove Vidas
Defeitos: Repulsa à Cruzes
Força de Vontade: 8
Pontos de Danação: 15 / 2 ( Recupera mediante o sacrifício de gatos)
Equipamentos: Nenhum
Dicas de Interpretação: Você clama pelo status que você merece. Seu desejo é
impressionar os mortais. Você deseja o poder, mas seus superiores sempre te barram e
não o deixa desenvolver seus interesses. Acima de tudo, você deseja mais status e
poder. Você usa tudo e todos para alcançar este seu objetivo.
P.S.: Pontos de Danação funcionam de forma parecida com os Pontos de Sangue dos
vampiros
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Bezariel
O Exército do Vácuo
Depois do exército do desespero, este é o menor exercito de Baba Yaga, embora esteja
em crescimento. Este exercito consiste nos mais sombrio e estranhos espíritos, todos sob
o comando de Bezariel, um demônio.
Sua tarefa é capturar espíritos e sugar sua energia, para que Baba Yaga a consuma em
seus rituais taumatúrgicos ou de de alimento aos Zmeis. Encontrar este exercito é algo
raro, pois ele se localiza e atua principalmente do outro lado da realidade, nos reinos
sombrios da umbra.
Baba Yaga não é tão tola a ponto de achar que o demônio não tem seus próprios planos.
Ela simplesmente trabalha com ele por enquanto, sabendo que esta situação pode não
durar muito. O demonio faz seu trabalho com entusiasmo e eficiência, mas Baba Yaga
ainda não conseguiu supor quais são seus interesses.
O próprio Bezariel é uma criatura linda com um rosto que evoca tanto confiança como
pensamentos de inocência. Isto simplesmente torna muito pior os seus cuidados
dolorosos com suas vitimas. Ele nunca esta sozinho e sempre viaja na companhia de
quatro criaturas que ele criou. Estas criaturas são chamadas de Fades.
Eles aparecem como sombras altas e magras. Cada um veste uma túnica cinza escuro e
carrega uma espada fina. Embora as espadas pareçam frágeis do tipo que quebra no
primeiro contato, já se provaram a céticos em mais de uma ocasião que são ótimas para
o combate. Qualquer um que ameace Bezariel irá descobrir quão efetivas elas são.
Os Fades podem ficar invisíveis a qualquer momento que quiserem. Alguns Garou
insistem que os Fades não ficam invisíveis, que não verdade deixam de existir. Seja o
que for, mesmo quando Bezariel parece estar sozinho, seus Fades estão por perto.
Poderes:
Teleporte (Bezariel pode se mover para qualquer lugar que possa ver num piscar de
olhos. Ele precisa se concentrar um pouco para fazer isso; como consequência qualquer
ação feita logo após se teleportar de Bezariel recebem dif +2. Teleportar é considerado
como uma ação.
Desmaterializar: (com um turno de concentração, Bezariel pode simplesmente deixar
de existir para todas as intenções e propósitos, apenas magicas ou rituais podem afetar
um demônio desmaterializado)
Criar um Fade: Bezariel pode criar ate 4 guarda costas. Demora um dia inteiro e mais
uma noite para criar cada Fade. É necessário um corpo vivo de um ser sobrenatural ou
desperto ( um lobisomem, mago, fomori etc – vampiros e zumbis não podem ser usados,
pois já estão mortos. O processo é absurdamente doloroso e resulta na infusão de certos
poderes e a remoção de toda identidade e senso próprio. Estatísticas para Fades estão
listadas abaixo)
Armazenar espirito: Este poder permite a Bezariel armazenar a energia de suas vitimas
para Baba Yaga. O demônio mata o espirito e suga sua essência espiritual ( o poder da
gnose) numa pequena esfera de vidro que brilha quando esta cheia. Bezariel ficou
surpreso quando viu que era possível a qualquer um simplesmente entrar numa loja
mundana e comprar centenas destas valiosas esferas de vidro.
Detectar essência: Bezariel pode detectar qualquer espirito nas proximidades que tenha
Poder ou Gnose.
Conjurar espada: Bezariel e seus Fades podem conjurar suas espadas a partir do nada.
A espada conjurada é muito longa e fina, com aproximadamente 1,5 metros em
comprimento e uma polegada de largura. Nas sombras elas brilham com um tom azul
pálido. Elas são magicas e infligem dano agravado. Bezariel conjura uma espada mais
poderosa do que a de seus Fades, sua espada causa dano de forca + 4. A espada deixa de
existir se for derrubada ou deixada de lado e não pode ser dada a outra pessoa. Conjurar
uma espada é algo instantâneo.
Regenerar: Bezarial recupera um nível de vitalidade por turno. Ele pode absorver dano
agravado com seu vigor
Imagem: o homem mais belo imaginável.
Dicas de interpretação: você é o mestre da tortura. É um dos poucos prazeres que lhes
restam. Você também se agrada de ver outros olhando para você com uma mistura de
medo e horror. Você é apavorante, muito mais do que podem suspeitar.
Você respeita a Baba Yaga, uma criatura maligna com um propósito. Talvez respeito
seja o termo errado. Afinal, ela tem o poder para te matar, mas você não permitirá que
isso aconteça.
Você sempre sorri da forma mais doce quando esta prestes a matar alguém. Você é o
anjo de sangue, o assassino com a face da inocência. Eles têm todas as razões para ter
medo...
Fades
Dicas de interpretação: você não fala. Você vê tudo ao seu redor. Você observa, você
espera. Quando é permitido, você mata. Isso é tudo. Fazer mais é lembrar, e lembrar é
viver tudo aquilo de novo. Você observa, você espera.
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Metathiax e Bothothel
Os pastores acreditam que a ameaça infernal de Montreal foi eliminada com a destruição de
Sangris em 1992. Eles estão terrivelmente enganados, a corrupção que fermentou na ilha por
séculos está se preparando para retornar. A aura negra de Montreal, suas sombras animadas e
as monstruosidade que rastejam em suas profundezas são as criações do demônio Metathiax,
um dos demônios do decanato de lordes infernais de doenças.
Metathiax, em busca de novas terras para conquistar, enviou um acólito mortal chamado
Terrence DeBouville para o novo mundo com Jacques Cartier em 1535. Enquanto Cartier
pregava na ilha para os Habitantes hurons de Hochelaga, DeBouville estava ocupado
consagrando o solo a seu mestre demoníaco. O grupo de Cartier descobriu os atos do
infernalistas e o abandonou. Ele espalha pragas entre as pessoas do local e colhe almas para
seu lorde. Contudo os hurons não estavam indefesos e usaram poderosos rituais arcanos para
aprisionar as forças demoníacas. Ao se sacrificarem completamente, conseguiram ligar e
aprisionar Metathiax a própria ilha.
O demônios do decanato são pura corrupção. Com o tempo Metathiax transformou sua prisão
num tumor. Ganhando controle sobre a ilha, ele agia através de DeBouville ( a quem
sobrenaturalmente manteve jovem) para corromper os iroqueses que vieram ao lugar, e
posteriormente fazer o mesmo com os europeus que fizeram o mesmo.
Metathiax ficou sabendo do sabá quando DeBouville foi abraçado por um tzimisce chamado
Connaught em 1653. Connaught colocou DeBouville numa tumba na inclinação do monte Royal
e nunca o viu emerger. Metathiax descobriu então seu poder de reclamar aqueles enterrados
na montanha, clamando a alma de seu acolito e criando um receptáculo vazio no qual colocar
sua própria essência. Deste momento em diante, o corpo de Debouville se tornou a porta de
Metathiax para o mundo mortal. O demônio vem andando nas ruas de Montreal há séculos,
guiando mortais e membros sabá com sua influência sombria – tudo isso enquanto mantém a
esperança de escapar de sua prisão.
A lista de adoradores de Metathiax é longa, mas o demônio sempre teve cuidado para não
manter um número muito grande de acólitos. Ele sabe que existem forças capazes de ferí-lo,
sobretudo a fé mortal que surgiu em resposta a sua presença maligna. No século 20 os
seguidores mais poderosos de Metathiax são o Brujah antitribu Pierre Bellemare (do Les
Orphelins) e a malkaviana antitribu Cedilia of the Tongue (que corrompeu seu companheiro de
clan Carlyle e seu grupo, os Miserables). Metathiax tinah esperanças de fazer de Cedilia um
segundo receptáculo perfeito, mas no último momento esta recusou ser destruída gritando “Eu
não sou DeBouville”. El fugiu de Metathiax e seus adoradores, indo para o Haiti buscar outro
demônio do decanato, Bothothel.
No caribe, a salvo de Metathiax persuadiu uma serpente da luz chamada Sangris para que
também entrasse num pacto com Bothothel. Ele respondeu a própria destruição exatamente
como fez Cedilia com Metathiax, e seguindo as instruções de Cedilia, fugiu de seu mestre
demoníaco. Entretanto, ele foi para Montreal. Chegando lá, Sangris firmou um pacto com
Metathiax para tentar ganhar a liberdade de Bothothel. No processo, ele conseguiu chegar ao
posto do Arcebispo do sabá. Em 1992 ele foi exposto como sendo um infernalista e foi
destruido com fogo. Contudo, durante sua imolação ele se aproveitou da batalha de força de
vontade entre Metathiax e Bothothel e usou sua taumaturgia negra para trocar de alma com a
de DeSoto, o inquisidor que o executou. A alma de DeSoto foi injustamente enviada para o
reino canceroso de Metathiax, enquanto Sangris se abrigou no corpo de DeSoto.
Durante a breve batalha com Bothothel, Methathiax percebeu que juntos eles poderiam quebrar
a prisão. Bothothel não tinha nenhuma intenção de ver Metathiax livre, memso assim
Methathiax suplicou para que este o ajudasse. A chave para a liberdade de Metathiax era a
alma imortal de Sangris.
Sangris se deu bem. Ele está livre da ira de Metathiax enquanto não usar poderes demoníacos
em seu novo corpo. Na esperança de ludibriar Sangris a fazer exatamente isso, Metathiax
armou uma série de planos. Desde a “destruição” de Sangris, Metathiax assumiu forma física
na Terra e enganou os pastores e a inquisição a acreditarem que a influencia infernal que
sentiam na ilha havia sido derrotada. Com o retorno de Ezekiel, cria de Sangris, a Montreal, o
demônio do Decanato ordenou que seu acólito Pierre Bellemare corrompesse o jovem setita.
Metathiax sabe que Sangris provavelmente se sacrificará a ter que ver seu único feito puro no
mundo ser corrompido. Bellemare também tem usado seu servo Midget para contatar os
Tremere de Quebec e usar seus jogos de poder como uma distração adicional para os
vampiros de Montreal.
Por fim, Metathiax concordou em enviar a alma torturada de DeSoto de volta para a Terra no
corpo de DeBouville para a caçada de Sangris. Metathiax prometeu que daria a alma de
Sangris a Bothothel. Sem que Bothothel soubesse, Methathiax afetou a mente e o novo corpo
de DeSoto, fazendo com que este acredite ser Sangris., O demônio espera que desta forma,
Bothothel seja enganado e reclame a alma errada. Methathiax portanto colocou o inquisidor
aos cuidados da acadêmica do sabá Marie-Ange Gagnon. Gagnom está sendo corrompida pela
alma confusa que ela acredita ser Sangris. Agora Metathiax espera que seus peões cumpram
suas partes e que seu prêmio se entregue no final.
Além de seu escravo DeSoto e do infernalista Bellemare, Metathiax ainda conta com os servos
de Bellemare: Midget e o ravos antitribu Cairo. O dançarino da espiral negra Cabeça Leprosa e
uma enigmática filha da cacofonia chamada Musa também servem ao demônio. Estes dois
últimos guardam o recurso físico mais importante de Metathiax. O sabá abraçado que está
enterrado no monte Royal. Estas pobres almas se tornaram os cães de caça de guerra de
Metathiax. Eles foram distorcidos em monstruosidades ferozes e são soltos em cainitas tolos o
bastante para irem até a montanha. As criaturas também são usadas para espalhar doenças
entre a população mortal. Estes horrores vampíricos são mantidos nos mais profundos esgotos
da cidade. Os seres variam em poder de acordo com sua linhagem de sangue, mas a maioria
tem pelo menos um nível de potência, rapidez, fortitude e Ofuscação. Metathiax também
exerce uma poderosa influência mística sobre a montanha que também é sua prisão. As
árvores sussurram sua voz e seus galhos se esticam para atrasar uma presa. O solo está
faminto e pode engolir o sabá inteiro. Os servos ferais de Bellemare e Metathiax pelas artérias
cancerosas da montanha, saindo do solo pútrido como larvas saindo de carne em
decomposição. Contudo o demônio é cuidadoso e mantém a natureza de seus escravo oculta
nas sombras. Ele geralmente os comanda a atacar cainitas e mortais solitários, criando um
medo e incerteza muito mais intensos do que se destruíssem a todos que pusessem os pés em
sua prisão.
A única manifestação de seu poder que Metathiax não tem controle são os Tremere antitribu
Jacob. Quando foi enterrado na montanha, jacob emergiu, mas como um conduíte distorcido
para os medo e psicoses do demônio. Jacob fala em línguas conforme sua mente fraturada luta
em vão para se livrar do fardo demoníaco. A fala confusa de Jacob seria valorosa para o
discernimento de Metathiax se pudesse ser decifrada.
Ritos Infernais
Façanhas infernais
___________________
Belial
Talvez pela exceção do próprio Satanás, não há nenhum demônio mais poderoso e
inconcebivelmente maligno do que Belial. Ele é Leviatã, a grande besta, o corruptor de tudo
que é sagrado, e seus poderes estão além da compreensão humana. Se ele se unisse a
Lúcifer na cruzada para destronar deus, o apocalipse não estaria mais longe do que um
punhado de anos. Felizmente para a humanidade e para toda a criação, Belial está obcecado
em seu ódio por Lúcifer, e está mais preocupado em encontrar e destruir seu antigo lorde e
mestre acima de qualquer outra coisa, acima até de usurpar o trono do céu. Para destruir
Satanás e reclamar seu poder, Belial desistiria do domínio sobre toda a criação, ou a reduziria
a cinzas.
Belial é um imensamente poderoso demônio do orgulho, cuja arrogância nunca o permitirá
aceitar a superioridade de Satanás na hierarquia infernal. Ele tem a capacidade de casar e
controlar todo tipo de desastre natural, especialmente tempestades e terremotos. Ele é também
uma criatura de trevas e de ira, capaz de controlar sombras e despertar ira, terror e loucura
incontroláveis na mente humana. Entretanto, pelo fato de que Belial mantém apenas cultos
pequenos, o demônio raramente gasta seus preciosos recursos em tais milagres sombrios. Ao
invés disso ele prefere agir através de seus Escravos e peões, deixando demonstrações
evidentes de poder para emergências.
Por se focar somente em buscar o maligno, os cultos de Belial são pequenos e dispersos.
Cada novo adorador, enquanto ferramenta útil, requer direcionamento e recursos preciosos,
portanto Belial mantém apenas um pequeno número de cultos secretos e isolados, que
raramente buscam novos membros. O que falta em quantidade aos Escravos de Belial, sobra-
lhes em qualidade. Belial busca mortais que sejam obcecados com segredos e com o arcano,
feiticeiros e mágicos pagãos que já possuem algum controle sobre o poder divino que reside
em suas almas. Belial os promete poder e conhecimento em troca de seus serviços, e a chance
de usar este terrível poder contra seus inimigos (tais indivíduos sempre têm inimigos, e Belial
sacia sua fome por poder e alimenta-lhes a arrogância em suas próprias habilidades, pois é um
demônio do orgulho). Depois que os candidatos passam a fazer parte dos que servem a Belial,
este os “abençoa” com terríveis poderes e máculas, em troca de lealdade absoluta. Se um de
seus adoradores se voltar contra ele, independente de quão poderoso, Belial instantaneamente
o mata e devora sua alma.
Um dos maiores e mais abominável culto de Belial é uma ordem de druidas conhecidos como
Filhos de Myrrdin, que assombram as Florestas de Gales e de Cornwall. Embora fizessem
parte da Velha Fé, estes magos deixaram sua irmandade séculos atrás para seguir os
ensinamentos de Belial. Através dos anos os Filhos de Myrrdin mantiveram seus números,
recrutando novos aprendizes quando membros antigos ficavam muito velhos e insanos para
continuar com sua devoção. Os Filhos de Myrrdin executam rituais obscenos e blasfemos de
canibalismo, estupro e tortura, distorcendo a magia da terra e das árvores para criar servos
deformados e estender suas vidas de modo não natural.
Contudo o culto busca acima de qualquer coisa, descortinar os segredos das linhas retas que
cruzam o mundo, conduítes e poder místico que os anjos estabeleceram a eons atrás para
ajudar na criação de toda a realidade. Os Filhos de Myrrdin usam estas linhas para ver coisas a
distância, e para enviar energias místicas para destruir e distorcer lugares distantes. O maior
desejo de Belial é que os Filhos de Myrrdin usem as linhas para descobrir a localização de
Lúcifer, para que possa finalmente encontrar e destruir seu odiado inimigo. Os Filhos de
Myrrdin não sabem o que procuram, tudo que sabem é que existe um poder que é rival de seu
mestre, uma divindade sombria que precisa ser encontrada e destruída.para conseguir
encontrá-lo, os Filhos de Myrrdin precisam ganhar acesso a um grande nexus numa destas
linhas retas, como as de Stonhenge , mas a maioria destes lugares já são controlados por
magos da antiga fé ou por seitas garou, que resistirão a qualquer tentativa dos adoradores do
demônio de usurpar seus sítios de poder.
Atividades
Ao contrário dos outros arqueduques e da maioria dos demônios menores, a alma de Belial
reside numa relíquia pequena e portátil. Uma estátua deformada esculpida em rocha negra que
desconcerta e incomoda a todos que a vêem. Isso o deixa com muito mais mobilidade do que
outros demônios, mobilidade que usa em sua vantagem. Depois da queda de Roma a relíquia
de Belial foi movida pela Europa e pela Ásia menor, transportada aos cuidados de diferentes
cultos.
Séculos atrás belial decidiu parar com as jornadas e construir uma fortaleza num sítio de poder,
um lugar de onde pudesse direcionar seus servos e observar seu odiado rival. Este lugar foi
Jerusalém, o nexus das 3 fés abraâmicas. Os escravos de Belial secretamente construíram um
templo abaixo das ruas da Cidade Santa, depositando sua estátua sombria num altar maligno.
Desta fortaleza secreta no oriente médio, os tentáculos de controle de Belial alcançam toda
Europa e Ásia, desde os Filhos de Myrrdin na Inglaterra até os cultos Gaki-Daishi no Japão (e
qualquer lugar entre um e outro). Este poder é sutil mas onipresente ,e sua relíquia permanece
em segurança longe da atenção de seus rivais.
No despertar da Sexta cruzada, Jerusalém ainda é uma cidade de tensão e intriga, com
cruzados e sarracenos ainda se enfrentando esporadicamente sob uma trégua tênue. Embora
Belial não tenha interesse na sociedade mortal ou no destino de Jerusalém, reconhece a
importância da cidade para a civilização européia – e o interesse que outros demônios têm pela
cidade. Pelo fato de que outros demônios buscam controlar os exércitos tanto do cristianismo
como do islã para seus próprios propósitos – propósitos em parte desenvolvidos por Satanás –
Belial pretende fazer seu caminho até a estrutura de poder de tais exércitos, e para as forças
diplomática e mercantis da cidade. Com agentes alertas a sinais de envolvimento demoníaco,
ele será capaz de atacar qualquer demônio que ouse aparecer em Jerusalém, e arrancar
qualquer informação do paradeiro de Lúcifer de sua vítima. Belial está portanto incomumente
ativo na busca de adoradores na terra santa – seus escravos estão buscando novos
candidatos, homens e mulheres consumidos pela arrogância e ganância, para servirem a seu
lorde sombrio.
Abbadon
Outros dos arqueduques, o primeiro a escapar do confinamento do inferno. Abaddon é uma
gangrena infeccionada dentro da Criação, uma força de pestilência. Tal como Belial, ele tem
poucos que o rivalizam em poder, mas ao contrário da Grande Besta, está disposto a cooperar
com seus companheiros demônios e com Satanás. Junto com Asmodeus, Abaddon tomou o
controle de Roma e trabalhou para transformar a cidade num coração doente de um império
corrompido, comandando demônios menores e cobrando tributos destes na forma de
seguidores e de fé. Os dias do império agora chegaram ao fim, e Abaddon tem pouca
confiança em seus companheiros demônios; mas consegue tolerar a presença dos que lhe são
inferiores – e está preparado para trabalhar com eles mais uma vez se isso trouxer grandes
devastações a seu alcance.
Abaddon é um lorde da carne, e de sua corrupção e degradação. Abbadon controla doenças e
pragas - assim como venenos cânceres e feridas. Ele pode moldar a carne de seus escravos,
ou de inocentes indefesos, por mero capricho, infestando-os com tumores ou destruindo-os
com espasmos musculares. Ele é um demônio de ira, embora uma inteligência sobrehumana
mantenha o equilíbrio – para que seus alvos verdadeiro sejam os primeiros a tombar diante de
suas terríveis devastações.. Abaddon frequentemente abençoa seus escravos com força ou
resistência sobrehumanas, assim como imunidade a doenças e a capacidade de transmití-las a
terceiros.
Culto
Quando Roma caiu, Abaddon foi para o norte da Europa, e estabeleceu uma base de poder
entre diversas tribos degeneradas de vikings invasores. Agrupados nas terras desoladas da
Noruega, estas tribos reverenciam Abaddon, que se disfarça como sendo Loki, e massacram
vilarejos vizinhos em ataques inacreditavelmente selvagens que mesmo seus companheiros
Vikings consideram abominável. Entretanto com a vinda do cristianismo para o norte, estas
tribos começaram a enfraquecer tanto em poder como em número – atualmente apenas
algumas centenas de noruegueses reverenciam a Abaddon e a seus cavaleiros doentios.
Conhecidos como a tribo do Sangue Negro, são os guerreiros enormes e deformados, que
vivem apenas para a destruição.
A tribo nômade viaja pela Groenlândia, Noruega e Escandinávia em grupos de invasores e com
pouca bagagem, pois viajam apenas para explodir em ataques violentos em vilarejos isolados e
ocasionalmente a cidades maiores. Seu propósito principal é a pura destruição, glorificar-se em
estupros e assassinatos irracionais. Com sua passagem, doenças se espalham entre os
sobreviventes, o solo fica corrompido e maculado, o lugar perfeito para o horror. Diversas
seitas de Fenrir entraram em contato com os grupos invasores de Sangue Negro; os
lobisomens os consideram servos da wyrm, não percebendo a verdadeira natureza do mal que
motiva os guerreiro meio-humanos.
Outro culto que reverencia o lorde da imundícia é mais discreto e menos violento, mas talvez
seja muito mais perigoso. Os Santos Maculados são um grupo de leprosos espalhados por
toda e Europa, que adoram a Abaddon e as doenças que devastam sua carne. Membros do
culto pregam que a lepra é a grande igualitária, um julgamento divino sendo aplicado na classe
dominante e nos lordes da Europa. Quando a doença infectar a todos, todos serão iguais, e os
que sofreram por mais tempo governarão seus companheiros num reino de pestilência e
decadência. A lepra aflige quase todos os grandes reinos da Europa, grupos de leprosos se
deterioram e apodrecem pelo Sombrio Mundo Medieval. A mensagem dos Santos Maculados,
sussurrado de ouvido apodrecido para ouvido apodrecido, é muito tentadora e poderosa; o
culto de Abaddon cresce cada vez mais na escuridão.
Atividades
Abaddon conhece o modo de agir do homem e de como administra sua civilização, ao ter
usado sua corrupção em Roma no passado. Mas Roma caiu e o império demoníaco que
Abaddon construiu acabou apodrecendo. O lorde demoníaco aprendeu algo com isso, bem
como nas tentativas fracassadas em construir impérios que bagunçaram a idade das trevas.
Ele ainda deseja curvar os impérios a sua vontade, espalhar sua corrupção pela sociedade
humana, mas agora o faz com cautela. Sua raiva o atrapalha, pois o força a atos precipitados e
atrocidades imprudentes, mas faz o que pode para dominar esta raiva e direcioná-la para longe
dos prêmios que deseja conquistar. Seus peões possuem poder e comandam fileiras entre os
exércitos da Sexta Cruzada, e enviam suas tropas para massacrar inocentes e cometer crimes
terríveis com seus prisioneiros, permitindo a seus mestres um pouco de catarse.
No último século, o Lorde da Imundície começou a ter grande interesse por cainitas e nos
impérios de sangue que eles controlam. Amaldiçoados por deus, vampiros não possuem a
fagulha divina que os mortais têm, e portanto não podem fornecer fé nem força divina aos
demônios. Mas enquanto outros demônios ignoram os cainitas por esta razão, Abaddon vê um
potencial diferente para os mortos vivos, principalmente com sua necessidade de sangue e
imunidade a doenças. Se conseguisse seguidores cainitas, estes poderiam espalhar suas
pragas pela eternidade e sem fraquejar, corrompendo a carne e sangue de toda a humanidade.
Tentativas anteriores de convencer vampiros a adorá-lo não tiveram sucesso, pois Abaddon
tem pouco a oferecê-los como incentivo em troca de se tornarem seus anjos disseminadores
de pragas. Atualmente Abaddon conduz experimentos monstruosos com o sangue de seus
escravos, com o objetivo de torná-los tanto infeciosos como viciantes para o gosto cainita – e
planeja soltá-los nas ruas de Paris e Londres.
Vassago
Conhecido como Senhor do Desprezo, Vassago foi invocado do inferno por um culto janaista
em Golconda na Índia e conectado a um enorme diamante de valor sem paralelo. De sua
prisão cintilante ele liderou seu culto, os Devoradores de Açafrão, a prosperidade e poder sobre
seus vizinhos na região da Chalukya. Mas o jainismo começou a diminuir, ficando dividido em
três lados no Hinduísmo, Budismo e Islã – com isso o poder do culto definhou. Numa tentativa
de reascender sua base de poder além de Golconda, Vassago ordenou que seu culto cortasse
fragmentos de sua relíquia diamante, e os imbuiu com seu próprio e terrível poder. Seus
cultistas transportaram muitos dos fragmentos para fora da índia levando-os para a Ásia menor,
no curso de séculos eles foram comprados, vendidos e negociados, com isso fazendo seu
caminho até as casas de tesouros de reis e papas. Cada fragmento é um conduíte para o
espírito de Vassago, permitindo e ele perceber e manipular mortais que estejam na presença
do diamante. Muitos fragmentos foram colocados em jóias, anéis e coroas usadas por mortais
ricos e poderosos - que escutam os sussurros e tentações de Vassago em seus sonhos e
pesadelos.
Vassago é um demônio de inveja, que tem um prazer doentio em ver os sonhos e esperanças
de mortais virarem cinzas e amargura. Seus poderes são mais sutis do que os da maioria dos
outros demônios – mas não menos efetivos a despeito da ausência do espetáculo sangrento e
inflamado. Ele tem o poder de predizer o futuro, em termos incertos, e pode perceber o destino
e objetivos dos mortais (e como prevenir que estes destinos sejam realizados). Ele possui
poder sobre sonhos e pesadelos, visões e presságios, pode ler os pensamentos e memórias de
mortais, e amaldiçoá-los com desgraça e com a loucura
Cultos
Heresia flagrante pública pecaminosa de alguns cultos demoníacos não condiz com Vassago.
Ele é um monstro sutil, e assim também são os que o reverenciam. Assim como os
Devoradores de Açafrão de Golconda, ele tem alguns cultos discretos e influentes espalhados
pela Europa. A maioria destes cultos se foca num indivíduo rico e poderoso – um homem (ou
ocasionalmente uma mulher) que possui um diamante e valor e cor excepcional. O culto prega
não somente a ganância como também a vingança; a aquisição de poder e humilhação e
destruição de qualquer um que ouse competir com os membros do culto. A maioria dos grupos
são independentes, mas alguns na Europa ocidental interagem e cooperam em serviço de seu
mestre
Poder político e econômico são as armas dos cultistas de Vassago, em detrimento da feitiçaria
evidente e força militar. Direcionados por visões, seus escravos fazem investimentos com
sabedoria e ganham ainda mais riquezas financeiras, enquanto seus inimigos morrem e
enfraquecem como resultado de acidentes desafortunados e contratempos. Tais modificações
no padrão do destino deixa marcas no tecido da realidade, e vários membros da Ordem de
Hermes detectaram a presença de algo interferindo com a ordem natural das coisas. Os
cainitas ricos dos Altos Clans, enquanto cegos as tais poderes mágicos, percebem rivais
tomando partes de seus impérios financeiros e se mexem para impedir os servos de Vassago –
mas estão se abrindo a perigos muito maiores do que imaginam.
Atividades
A relíquia de Vassago ainda reside na Índia, protegida por cultistas fanáticos, mas o culto vem
sofrendo cada vez mais ataques pelos Califas de Qutb-ud-Din, que os considera uma seita
repugnante e mal vinda de blasfemadores. Para se manter em segurança, Vassago deseja que
sua relíquia seja retirada da Índia e levada mais provavelmente para a Europa. Embora o
diamante seja relativamente pequeno, a supressão do culto torna difícil transportá-lo em
segurança; e a falta de uma linha de negociação e viagens entre a Índia e Europa atua como
outra grande barreira. Portanto, o objetivo primário de Vassago na Europa é abrir as relações
com a Índia, para que seus escravos europeus possam receber e transportar sua relíquia. Seus
escravos em Paris e Bruxelas trabalham para a realização desta meta, e um navio de cargo –
cuja tribulação inteira é de escravos, com um templo nefasto construído em seu interior – pode
estar pronto para zarpar dentro de um ano. A outra principal atividade de Vassago é aumentar
o tamanho e poder de seus cultos na Europa, para assegurar que hajam muitos seguidores se
e quando finalmente chegar.
Orobas
Uma força primal distorcida de gulodice e luxúria física, Orobas se manifesta numa forma
grotesca semelhante a um sapo, ao mesmo tempo levemente cômica e visceralmente
repugnante. Invocado um milênio atrás e conectado numa estátua úmida e viscosa de arenito,
Orobas passou boa parte dos últimos 500 anos em estase sonhando, seu culto foi destruído,
sua adoração esquecida. Foi há apenas 30 anos que um historiador waldensiano persistente e
muito curioso , depois de ter lido documentos antigos da igreja sobre um culto abominável,
descobriu a relíquia do demônio enterrada num pântano na Alemanha. A insistência insana foi
a fagulha de fé distorcida que o demônio precisava para voltar a sua vida não natural
novamente. Agora Orobas está diante de um mundo muito diferente daquele que se lembrava,
mas não se importa com isso. Tudo que o importa é seu desejo de se alimentar.
Orobas é um demônio de gulodice, não é um demônio de complexidade nem de ações sutis.
Obcecado com prazeres (e horrores) da carne, Orobas ferve com desejos insaciáveis e
inumanos. Seus poderes abrangem principalmente os aspectos brutos da natureza, e os
apetites de humanos e bestas. Ele é o Senhor dos Sapos e pode conjurar grupos de sapos,
ratos, moscas e outras pragas. Ele também tem domínio sobre venenos, poluição e
excrementos corporais – e pode despertar fome e desejos incontroláveis em mortais. Sua
presença afasta a maioria dos animais e insetos daninhos, deixando os demais deformados e
agressivos.
Cultos
Orobas atualmente tem apenas um culto, mas este é expandido e razoavelmente visível.
Chamados de Luciferianos pelos que são de fora do culto, estes degenerados se escondem
nos vilarejos e cidades da arquidiocese de Mainz na Alemanha. Culto não prega nada mais
complexo do que a supremacia da carne e do direito de seus membros de dar indulgência a
cada desejo bruto e nojento. O culto começou como um grupo de waldesianos, um movimento
cristão herege similar aos cátaros na França, mas a influência de Orobas os levou a
degeneração e loucura no curso de duas décadas.
A maioria dos habitantes de Mainz sabem dos luciferianos, de suas orgias em massa e dos
rituais de beijar sapos. O culto faz pouco esforço em ocultar sua existência (embora os
membros mantenham seu envolvimento em segredo); nestes tempos de dificuldades e de
fome, Orobas acredita que os mortais virão correndo compartilhar uma fé que ativamente os
encoraja a se entregar a seus desejos. Outros aspectos do culto são ainda mais
desagradáveis. Estupro, assassinato, sadismo; há muitas luxúrias nas trevas que tentam os
mortais, e Orobras permite a realização de todas elas. A igreja vê os luciferianos como o pior
tipo de hereges e adoradores do demônio (e com razão), e está prestes a apontar o infame
Conrad de Marburg, um cruzado pregador que incitava seus soldados a cometerem
atrocidades em nome de cristo durante a sexta cruzada, para que destrua o culto na região. Se
isto acontecer, membros da inquisição sombria sem dúvida se juntará a cruzada “oficial” contra
esta vilania.
Orobas parece ser uma criatura de pouco pensamento e perspicácia, agindo abertamente e
com isso convidando uma retribuição da igreja. Mesmo seus adoradores reverenciam sua
maldade e seus apetites, não o seu intelecto – o vêem como uma entidade do corpo e não da
mente. Mas enquanto Orobras não esteja no mesmo nível de genialidade inumana de Belial,
também não é nem um pouco tolo e possui algum plano por trás de sua brutalidade evidente.
Pelas mentes de seus seguidores Orobas soube do poder da igreja e de sua intolerância a
heresia – mas também conhece sua arrogância e de como suprime os desejos de seus
membros. O demônio sabe que a luxúria e gulodice nunca é totalmente removida da alma
humana, é apenas controlada e momentaneamente ignorada. E este controle é frágil
Orobas quer que a Inquisição venha para Mainz e a destruição dos luciferianos; ele não dá a
mínima para seus seguidores, e ganha fé principalmente daqueles que o adoram em segredo.
Mas para conseguir mais seguidores precisa de poder e influência, e nenhuma organização
mortal possui mais poder do que a igreja. Ao fazer as atividades do culto serem tão públicas,
Orobas o transforma num alvo – e quando a igreja vier destruí-lo ele a estará esperando,
prometendo aos inquisidores a chance de se entregarem a cada desejo reprimido e negado
dentro de seus corações. Se tiver sucesso a igreja deixará Mainz ainda mais corrompida do
que quando chegou, e cada inquisidor carregará um sapo em suas túnicas.
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Obs.: Se eu neste post esqueci de mencionar algo important sobre o assunto, deixe um
comentário citando o livro em que se encontra, para que o material possa ser traduzido e
adicionado – seu nome constará nos créditos do post.
Observação Final; Se você conseguiu ler este post até o final de uma só vez, sua alma
vai direto pro inferno hehehe.