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METODOLOGIA DE
INVENTARIO DE
FAUNA
CURITIBA – PR
FEVEREIRO-2024
PORPOSTA PARA
METODOLOGIA DE
INVENTARIO DE
FAUNA
Sumário
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 4
2.1. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ......................................................................... 4
2.2. ÁREA DE AMOSTRAGEM ................................................................................................. 5
2.3. INVENTÁRIO DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO-VOADORES ................................. 7
2.4. INVENTÁRIO DE QUIROPTEROFAUNA ........................................................................ 8
2.5. INVENTARIO DE AVIFAUNA............................................................................................ 9
2.6. INVENTARIO DE HERPETOFAUNA .............................................................................. 10
3. REFERÊNCIAS .....................................................................................................11
4. OBJETIVO ............................................................................................................14
4.1. Objetivos específicos ........................................................................................................... 14
5. METODOLOGIA....................................................................................................15
5.1. Área de abrangência ............................................................................................................ 15
6. EQUIPE TÉCNICA E EXECUÇÃO........................................................................15
7. AFUGENTAMENTO OU RESGATE BRANDO DA FAUNA ..................................16
7.1. ESTRATÉGIAS DE AFUGENTAMENTO E RESGATE .................................................. 17
7.2. CAPTURA E RESGATE ..................................................................................................... 17
7.3. PROCEDIMENTO DE MARCAÇÃO DOS ANIMAIS..................................................... 17
7.4. ÁREAS DE AFUGENTAMENTO E SOLTURA ............................................................... 17
7.5. ATIVIDADES PREPARATÓRIAS PARA O RESGATE DA FAUNA .............................. 18
CURITIBA – PR
FEVEREIRO-2024
1. INTRODUÇÃO
Mamíferos desempenham papéis vitais na estrutura e funcionamento dos ecossistemas,
1988; Cuaron, 2000). São importantes nos sistemas florestais, atuando como presas e
predadores, havendo uma grande variação nas espécies em peso, habitat, hábitos alimentares,
glândulas mamárias e são, em maior ou menor grau, cobertos por pêlos (Sabino & Prado, 2003;
Kardong, 2016).
mundo, atualmente, cerca de 6.495 espécies (Burgin et al., 2018). Do ponto de vista evolutivo,
constituem o grupo mais derivado de vertebrados (Sabino & Prado, 2003), contendo animais
não voadores de pequeno porte, isto é, que pesam menos de 1 kg, animais terrestres de médio
e grande porte e animais aquáticos (Larsen, 2016). Além disso, a Ordem Chiroptera,
representada pelos morcegos, é considerada como outro grande grupo de mamíferos, sendo a
segunda ordem da Classe Mammalia com maior riqueza de espécies no mundo, ficando atrás
O Brasil, apontado como o país com a mais vasta biota continental do planeta (Brandon
et al., 2005), possui registros de 701 espécies de mamíferos, distribuídos em 242 Gêneros, 50
Famílias e 12 Ordens (Paglia et al., 2012). A maior parte dos mamíferos brasileiros está inserida
nas ordens Rodentia e Chiroptera (Paglia et al., 2012), sendo animais de pequeno porte e difíceis
de serem observados, devido aos hábitos que em sua maioria se iniciam ao começo da noite e
mamíferos (Paglia et al., 2012), com registro de 321 espécies (Graipel et. al, 2017). É
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considerada um Hotspot de biodiversidade pelo fato de ser um dos biomas mais ameaçados do
Brasil e possuir, ao mesmo tempo, alto grau de endemismos e uma vasta biota correlacionada
com sua vegetação heterogênea e complexa (Myers et. al, 2000; Pardini et al. 2006).
Aproximadamente 90% da vegetação original da Mata Atlântica foi perdida, sendo distribuída,
atualmente, em mais de 245 mil fragmentos florestais (Ribeiro et al., 2009). O maior desses
fragmentos está localizado na Serra do Mar, principalmente nas zonas costeiras dos estados de
São Paulo e Paraná (Ribeiro et al., 2009), indicando, assim, a importância de pesquisas de fauna
(e.g. Monteiro-Filho, 1999; Rocha-Mendes et al., 2005; Passos et al., 2006; Miranda et al.,
2008, Brocardo & Candido Junior, 2012). Entretanto, não há publicação de uma lista estadual
importância ecológica do grupo (Pardini et al. 2003), além de que levantamentos de fauna são
loteamento gaivotas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A localização em questão está no município de Arapongas, Paraná, e encontra-se a
Avenida Juscelino Kubitschek, onde se faz uma rotatória e continua pela Avenida Higienópolis.
Depois, vira-se à esquerda na Rua Guararapes, faz-se outra esquerda na Rua Monte Castelo,
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segue-se à esquerda na Rua Humaitá, continuando até alcançar a Rua Prefeito Faria Lima. Na
rotatória seguinte, toma-se a esquerda para a Avenida Aniceto Espiga, prosseguindo pela
Rodovia Celso Garcia Cid (PR-445) à direita, e após um contorno, segue-se pela esquerda na
PR-369, continuando pela Rodovia Melo Peixoto. Ao alcançar a Rodovia Maracanã (PR-170),
prossegue-se até Arapongas, onde se vira à esquerda na Rua Acantiso, depois à direita na Rua
área 2 com 0,76 hectares (Figure 2), totalizando 1,35 hectares. Foram ainda delimitados os
pontos de amostragem, onde foram instaladas armadilhas fotográficas, armadilhas do tipo pit
fall, armadilhas de redes, pontos de escuta e pontos para busca ativa por vestígios (Figure 3).
Estes pontos foram definidos como sendo os mesmos locais onde haveria o corte da vegetação,
afim de utilizar a estrutura das próprias arvores como apoio para a instalação das armadilhas
Figure 1:Localização da Ponte entre os bairros Jardim Santo Antônio e Jardim Novo Horizonte
(ÁREA 1)
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Figure 2:Localização da Ponte entre os bairros Jardim Santo Antônio e Conj. Habitacional
Ulysses Guimarães (ÁREA 2).
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2.3. INVENTÁRIO DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO-VOADORES
Pequenos mamíferos serão amostrados com a utilização de armadilhas não letais do
tipo folder (Sherman®). Em cada dia de amostragem serão utilizadas 30 armadilhas dispostas
As armadilhas devem ser revisadas uma vez ao dia, sempre no amanhecer diminuindo
as chances de exposição dos animais capturados ao calor do sol, bem como, permitindo a rápida
manipulação e soltura de espécimes que tenham enfrentado noites frias e chuvosas. Como isca,
será utilizada a mistura de banana, amendoim, sardinha, farinha de milho e óleo de fígado de
bacalhau.
Sexagem;
(2008).
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2.4. INVENTÁRIO DE QUIROPTEROFAUNA
O inventário de morcegos será realizado a partir de capturas com auxílio de redes de
neblina (mist nets). Irão ser conduzidas duas noites de amostragem com duração de cinco horas
após o pôr do sol. Em cada noite será possível utilizar seis redes de 6 x 2,5m, posicionadas em
e levados ao laboratório de campo para posterior triagem. A triagem dos exemplares se realizara
de acordo com a rotina apresentada por Bernardi & Passos (2012), como segue:
das epífises das falanges do terceiro, quarto e quinto dígitos, coloração e textura da pelagem e
desgaste dentário;
leite sob leve pressão ou mamas não intumescidas, mas desprovidas de pelos no entorno;
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2.5. INVENTARIO DE AVIFAUNA
Será utilizada a técnica de Transecções Lineares é ideal para estudos a pé ou com
veículos terrestres, onde são anotadas as aves observadas. O método de ponto de escuta também
será utilizado, onde o pesquisador identifica aves através dos seus cantos em uma área
delimitada. A técnica de Play-back será útil também, consistindo em reprodução dos sons
gravados, é será usada para atrair e identificar espécies. Serão instaladas redes de neblina
próximos a arbustos, aumentando a probabilidade de captura das aves, e após a captura será
feito a anilhagem, que envolve fixar uma anilha metálica no tarso da ave, utilizando alicates
e levados ao laboratório de campo para posterior triagem. A triagem dos exemplares se realizara
de acordo com a rotina apresentada por Bernardi & Passos (2012), como segue:
táxon terminal;
das epífises das falanges do terceiro, quarto e quinto dígitos, coloração e textura da pelagem e
desgaste dentário;
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2.6. INVENTARIO DE HERPETOFAUNA
A herpetofauna será amostrada de forma sistemática por meio de procura limitada por
tempo durante deslocamentos lentos dentro de cada um dos pontos amostrais, buscando
O registro dos indivíduos e espécies será feito também a partir de encontros ocasionais
espécies de difícil detecção. Este método consistiu de baldes plásticos de 20 litros enterrados
com as aberturas superiores interligadas por uma cerca-guia , dispostos em “y”, distanciados
dias, totalizando esforço amostral de 12 recipientes/dia. será utilizado como identificações das
espécies de anfíbios anuros vocalizações por meio de gravações. Estas metodologias foram
aplicadas em inventários da herpetofauna nos mais variados biomas brasileiros (e.g., Amazônia:
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3. REFERÊNCIAS
Bernardi, I. P., & Passos, F. C. (2012). Estrutura de comunidade de Morcego em
relictos de floresta estacional decidual no Sul do Brasil. Mastozoología neotropical,
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Monteiro-Filho, E. L. A., Bonin, C. A., & Rautenberg, M. (1999). Interações
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Paglia, A. P., Da Fonseca, G. A., Rylands, A. B., Herrmann, G., Aguiar, L. M.,
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Biodiversidade, 4(2), 19-28.
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Secção II- RESGATE E AFUGENTAMENTO DE FAUNA
4. OBJETIVO
O processo de resgate e afugentamento de fauna tem como objetivo, a prevenção e a
legislações pertinentes.
reprodutivo;
Resgatar o maior número possível de espécimes afetados pelas atividades das obras;
encaminhá-los a uma clínica veterinária do litoral, para fins de tratamento e relocação, quando
possível;
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5. METODOLOGIA
5.1. Área de abrangência
O Resgate e Afugentamento da fauna deverá ser realizado por uma equipe técnica
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7. AFUGENTAMENTO OU RESGATE BRANDO DA FAUNA
deslocamento para as áreas no entorno, antes das atividades de supressão de vegetação, sem a
necessidade de capturas.
áreas pré-determinadas onde haverá supressão da vegetação e intervenção direta pela obra,
(normalmente abrigos como tocas, embaixo de troncos, rochas, ninhos e ninhegos, entre
outros).
Após a vistoria prévia, a equipe segue numa mesma direção, emitindo ruídos
vertebrados terrestres.
Será seguida a premissa de que a captura e o manuseio de animais apenas serão feitos
em último caso, quando comprovada a impossibilidade destes se deslocarem por seus próprios
meios ou quando as áreas seguras para o deslocamento destes animais estejam a uma grande
distância ou que seja necessário atravessar alguma rua. No caso de visualização de algum
animal, as atividades de supressão deverão ser interrompidas e esforços deverão ser feitos de
modo a possibilitar que ele se desloque para outro local, sendo esta avaliação feita caso a
caso.
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7.1. ESTRATÉGIAS DE AFUGENTAMENTO E RESGATE
Durante o afugentamento os animais serão direcionados para as áreas desejadas,
através do uso de barreiras feitas com sombrite, para evitar que os animais se desloquem para
a rua ou para o mar. Nos locais aonde não há possibilidade de afugentamento para outra área,
o local será cercado com o sombrite e todos os animais, que necessitem de resgate, serão
translocados.
que deverá orientar sobre as capturas de animais que não conseguirem deslocar-se por conta
própria para áreas seguras ou que estiverem feridos. Caso a equipe visualize pequenos
animais, como lagartos, anfíbios, ou roedores, os mesmos deverão ser capturados e mantidos
em caixas de transporte ventiladas e umidificadas até que possam ser soltos em áreas
próximas não afetadas. A equipe deve estar equipada com um conjunto de instrumentos
2018.
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Essas áreas possuem a vegetação sendo uma continuidade daquelas que serão
de também fazerem parte do home range de algumas espécies, o que ajuda a diminuir o impacto
do afugentamento.
-Instruções de como serão realizadas as coletas e o que fazer caso um animal seja
avistado;
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