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Potencial bioindicador de formigas


em áreas de preservação permanente

Junir Antônio Lutinski


UNOCHAPECÓ

Cladis Juliana Lutinski


UFFS

Carin Guarda
UNOCHAPECÓ

Maria Assunta Busato


UNOCHAPECÓ

10.37885/210203019
RESUMO

Introdução: Áreas de preservação permanente contribuem para a recuperação de am-


bientes impactados. Formicidae é um grupo potencialmente bioindicador, utilizado para
descrever a complexidade estrutural de habitats. Objetivo: caracterizar a diversidade
das assembleias de formigas que ocorrem em sitos com diferentes históricos de uso do
solo na APP do reservatório da UHE Foz do Chapecó, bem como avaliar o potencial
bioindicador da das espécies amostradas. Métodos: A amostragem foi realizada no
mês de janeiro de 2017 em cinco sítios, três em Santa Catarina e dois no Rio Grande
do Sul. Foram utilizados pitfall, guarda-chuva entomológico, isca de sardinha, isca de
glicose e coleta manual. Para avaliar o potencial bioindicador foi utilizada uma Análise
de Espécies Indicadoras (ISA). Foram consideradas indicadoras as espécies com valor
de indicação ≥25% e probabilidade estatística p≤0,05. Resultados: Ao todo foram amos-
tradas 101 espécies. Foram encontradas dez espécies indicadoras distribuídas entre os
sítios. Conclusão: A riqueza observada neste estudo reitera o potencial de utilização
das formigas como bioindicadoras do estado de conservação ambiental.

Palavras-chave: Biodiversidade, Conservação, Recuperação Ambiental.

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza - Volume 2
INTRODUÇÃO

A biodiversidade brasileira é uma das maiores do mundo graças à complexidade de


habitats oferecidos pelos Biomas encontrados no Brasil (RIBAS et al., 2012a). A fragmen-
tação representa uma das principais ameaças à conservação da diversidade biológica da
Mata Atlântica (GALINDO-LEAL; CÂMARA, 2003) e decorre de atividades antrópicas como
a agricultura, pecuária, instalações industriais, produção de energia e urbanização. Estas
atividades são conhecidas pelo impacto que causam sobre a biodiversidade (GARDNER,
2010) ao alterarem componentes abióticos como a temperatura e umidade local e homo-
geneizarem as comunidades de organismos (FREIRE et al., 2012). Insetos, em especial as
formigas, são afetados de diferentes formas pelas alterações ambientais e podem predi-
zer o grau de degradação ou o estágio de recuperação em que um ambiente se encontra
(LUTINSKI et al., 2016).
A preocupação com os impactos ambientais cresce concomitantemente com a demanda
de energia (SAAD et al., 2017). A região sul do Brasil vem se consolidando na produção de
hidroeletricidade contando, atualmente, com 48 Usinas Hidrelétricas (UHE) e 146 Pequenas
Centrais Hidrelétricas (PCH) em operação (ANEEL, 2016). A construção de barragens pres-
supõe a supressão de vegetação, desalojamento de espécies, o revolvimento e a compac-
tação do solo (BARBOSA FILHO, 2013; KLIEMANN; DALARIVA, 2015). Neste processo
ocorre a perda de habitas, o desalojamento de espécies, alterações microclimáticas locais
e uma reestruturação do ecossistema adjacente ao lago formado, composto pela nova Área
de Preservação Permanente (APP), prevista pelo código florestal brasileiro (BRASIL, 2012;
CAMPAGNOLO et al., 2017).
A APP contribui para a manutenção da hidrodinâmica das bacias hidrográficas re-
gulando os ciclos hidrológicos e biogeoquímicos e para o equilíbrio ecológico (TUNDISI;
TUNDISI, 2010). Juntamente com os fragmentos florestais remanescentes, as APP possi-
bilitam a instalação de espécies pioneiras e o início do processo de recuperação ambiental
(KWON; LEE; SUNG, 2014), culminando no restabelecimento da flora e da fauna (ULYSHEN,
2011). Da necessidade de monitoramento dos impactos ambientais causados pela instalação
de hidrelétricas (RIBAS et al., 2012b) e, sobretudo, da contribuição da APP para o restabe-
lecimento de uma nova condição de equilíbrio do ecossistema afetado, emerge a demanda
pelo biomonitoramento de espécies indicadoras. Organismos que, pela riqueza, abundância,
resiliência e produtividade, permitem estabelecer predições sobre o estágio de regeneração
de um dado ambiente (RAPPORT; CONSTANZA; McMICHAEL, 1998).
Formicidae é um grupo reconhecido pelo seu potencial bioindicador (ANDERSEN;
MAJER, 2004) e onipresença nos ecossistemas terrestres (HÖLLDOBLER; WILSON,
1990; TAUSAN et al., 2017). A variedade morfo-funcional, ampla distribuição geográfica,
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especialização dos táxons (BOLTON et al., 2006; PETTERS et al., 2011), dominância eco-
lógica (HÖLLDOBLER; WILSON, 1990), elevada riqueza mesmo em estudos localizados
(LUTINSKI et al., 2014) e taxonomia relativamente bem estabelecida (BOLTON, 2003) po-
tencializam o uso das formigas como bioindicadoras (ANDERSEN; MAJER, 2004; BHARTI;
BHARTI; PFEIFER, 2016). Com amostras relativamente simples e baratas e, considerando
o papel ecológico desses insetos nos mais variados niveis tróficos, o uso das formigas como
bioindicadores tem se tornado frequente (PAKNIA; PFEIFFER, 2011; BHARTI; BHARTI;
PFEIFER, 2016) e a inclusão das formigas em estudos de impacto ambiental (EIA) e rela-
tórios de impacto ambiental (RIMA) já vem ocorrendo, como no caso do Estado do Paraná
(LUTINSKI et al., 2016). Ainda, as formigas têm sido utilizadas para descrever a complexi-
dade estrutural do habitat (FREIRE et al., 2012), distúrbios ambientais (BHARTI; BHARTI;
PFEIFER, 2016) e mudanças na estrutura do habitat, microclima e disponibilidade de re-
cursos (PHILPOTT et al., 2010). No contexto das APP, podem representar uma importante
ferramenta para a avaliação do processo de recuperação do ambiente e da reconstituição
da comunidade biológica.
Apesar da mirmecofauna da região austral do bioma Mata Atlântica ser bem conhecida
(ULYSSÉA et al., 2011; LUTINSKI et al., 2014; 2016), há uma carência de estudos acerca
das assembleias de formigas que ocorrem em APP no entorno dos lagos das hidrelétricas e
sobre o potencial bioindicador desses insetos para o biomonitoramento das comunidades de
organismos direta e indiretamente afetadas por empreendimentos desta natureza. Os estudos
já realizados nesta região permitem supor a existência de assembleias ricas de formigas
presentes nos mais variados ambientes (LUTINSKI; GARCIA, 2005; LUTINSKI et al., 2008)
e um estudo sobre a riqueza e abundância destes insetos na APP do lago formado por uma
das maiores UHE do sul do Brasil poderá contribuir para a compreensão do processo de
consolidação das APP e para subsidiar planos de conservação da biodiversidade.

OBJETIVO

Caracterizar as assembleias de formigas que ocorrem em diferentes sítios da APP e;


avaliar o potencial bioindicador da mirmecofauna.

MÉTODOS

Área de estudo

A realização do estudo foi autorizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da


Biodiversidade – ICMBio, “Autorização para atividades com finalidade científica” n° 50739-2
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de 16/09/2016. O estudo foi conduzido durante o mês de janeiro de 2017, na área de APP
do reservatório da UHE Foz do Chapecó, divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. A região está inserida no Bioma Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Mista) e
o clima é do tipo superúmido mesotérmico subtropical úmido, sem estação seca definida e
com distribuição regular da pluviosidade (INMET, 2009).
O reservatório tem uma área de 79,2 km2 e possui uma capacidade instalada de 855
MW. Atingiu os municípios de Águas de Chapecó, Caxambú do Sul, Guatambu, Chapecó,
Paial e Itá em Santa Catarina e Alpestre, Rio dos Índios, Nonoai, Faxinalzinho, Erval Grande
e Itatiba do Sul no Rio Grande do Sul (FOZ DO CHAPECÓ, 2015). Foi formado no ano
de 2010 e a APP contava, no período das amostras, com seis anos de formação. Foram
amostrados cinco sítios, com área de dois hectares cada um, sendo três em Santa Catarina,
municípios de Águas de Chapecó (27°14’51”S; 53°03’55”W), Caxambu do Sul (27°15’35”S;
52°42’40”W) e Guatambú (27°14’59’S; 52°41’06’W) e dois no Rio Grande do Sul, município
de Rio dos Índios (27°17’38’S; 52°44’58”W e 27°20’41’S; 52°43’51”W).
O sítio 1, localizado no município de Águas de Chapecó (ACH), consiste no canteiro
de obras da hidrelétrica. Dentre os ambientes amostrados, representa aquele que sofreu o
impacto mais acentuado durante a construção do empreendimento, já que a vegetação foi
toda removida e o solo sofreu intensa compactação pelas máquinas. Após a conclusão das
obras, o sítio foi isolado para recuperação. A vegetação, durante o período das amostras,
era composta majoritariamente por gramíneas e por arbustos esparsos, não superiores a
três metros de altura.
O sítio 2, localizado no município de Caxambu do Sul (CXS), se refere a uma área de
cultivo agrícola, que após a formação do lago, foi isolada para regeneração. A vegetação
é composta majoritariamente por gramíneas e arbustos esparsos com até seis metros de
altura. A área é cortada por uma antiga estrada que dá acesso a veranistas até o lago o que
faz com que a presença de lixo (isopor, vidro, garrafas pet e plásticos) seja frequente. Não
se observa serrapilheira.
O sítio 3, localizado no município de Guatambú (GUA), encontra-se coberto por uma
plantação de eucalipto (Eucalyptus grandis Hill ex Maiden) com idade de aproximadamente
11 anos. Quando da formação do lago, a vegetação já estava presente na área demarcada
como APP e não foi suprimida. É possível se observar a presença de um sub-bosque, com-
posto por vegetação nativa, com uma altura de até seis metros. Não se observa a formação
de serrapilheira e a área é cortada por diversas trilhas ocupadas por pescadores.
O sítio 4, situado no município de Rio dos Índios (RI1), se trata de um ambiente que ou-
trora fora pastagens. Assim como o sítio 2, foi isolado para auto-regeneração. Neste ambiente

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são encontradas árvores nativas, de porte adulto, esparsas, que já existiam antes da forma-
ção do lago. Além desta vegetação, o ambiente se encontra coberto por pequenos arbustos.
O sítio 5, também situado no município de Rio dos Índios (RI2) apresenta estágio mais
avançado de regeneração em relação aos demais. Encontra-se coberto por uma vegetação
densa, com aproximadamente 20 anos de idade. O solo é coberto por uma serrapilheira
bem formada. Trata-se de um fragmento florestal que, após a formação do lago, encontra-se
inserido na área demarcada pela APP.

Amostragem

A amostragem foi conduzida no mês de janeiro de 2017 em um único evento amostral.


Foram utilizadas armadilhas pitfalls, iscas de sardinha, iscas de glicose, guarda-chuva ento-
mológico e coleta manual. Ao todo, 10 pitfalls e 20 iscas (dez de cada) foram distribuídas em
transectos perpendiculares ao reservatório, equidistantes 20 metros entre si, sendo utilizado
o mesmo número em cada ambiente. As armadilhas de solo (pitfall) consistiram em copos
plásticos de 250 ml (10 cm de diâmetro por 12 cm de altura), enterrados, de maneira que
sua borda fique ao nível do solo. Dentro de cada armadilha foram adicionados 150 ml de
água com uma gota de detergente neutro para quebrar a tensão superficial da água. As is-
cas sardinha (~1 g) e glicose (~1 mL) foram dispostas em retângulos de papel de 20x30
cm, sobre o solo. Os pitfalls permaneceram no ambiente por 48 horas e as iscas por uma
hora (LUTINSKI et al., 2013). O guarda-chuva entomológico consistiu em um retângulo de
tecido com tamanho de 1m2, suportado por um sarrafo de madeira em forma de “X”, preso
nos quatro cantos. Em cada sítio, o guarda-chuva foi utilizado sob arbustos (10), escolhidos
de forma aleatória, os quais foram sacudidos por dez vezes cada um. A amostra manual foi
conduzida utilizando-se pinça e frasco com álcool (70%), onde os espécimes amostrados
foram acondicionados. Ao todo, foi empregado um esforço amostral de uma hora de amos-
tragem manual em cada sítio e esta amostra foi realizada sobre troncos (até 1,5 metros de
altura), pedras e galhos.

Identificação e análise de dados

A identificação das amostras foi realizada através das chaves propostas por Fernández
(2003) e Baccaro et al. (2015). A classificação foi baseada em Bolton (2003).
A riqueza foi definida como o número de espécies de formigas que ocorreram em cada
uma das amostras. A abundância foi definida com base na frequência relativa (número de
registros de uma dada espécie em cada armadilha ou isca) e não com base no número de
indivíduos, posto que o número de registros minimiza o efeito dos hábitos de forrageamento
e do tamanho das colônias (ROMERO; JAFFE, 1989). 197
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A associação das espécies de formigas com os sítios foi obtida por meio de Análise
de Espécies Indicadoras (ISA), obtendo-se o valor de indicação para cada espécie. As es-
pécies foram consideradas indicadoras quando obtiveram o valor de indicação ≥25% e
probabilidade estatística p≤0,05. Para esta análise foi utilizado o programa PC-Ord 5.31
(McCUNE; MEFFORD, 2006).

RESULTADOS

Foram registradas 101 espécies pertencentes a 29 gêneros e oito subfamí-


lias. As subfamílias mais ricas foram Myrmicinae (S=49), Formicinae (S=19), Ponerinae
(S=15), Dolichoderinae (S=7), Pseudomyrmicinae (S= 5), Ectatomminae (S= 3), Dorylinae
(S=2) e Heteroponerinae (S=1). Os gêneros mais ricos foram Pheidole (S=21), Camponotus
(S=13) e Acromyrmex (S=7). O sítio RI2 apresentou a maior riqueza (S=44), seguido de
CXS (S=39) e RI1 (S=39). Apenas cinco espécies ocorreram em todos os sítios, sendo
Camponotus alboannulatus Mayr, 1887, Camponotus mus Roger, 1863, Camponotus rufipes
(Fabricius, 1775), Nylanderia fulva (Mayr, 1862) e Pachycondyla striata F. Smith, 1858. A as-
sembleia RI2 apresentou o maior número de espécies exclusivas (S=18), seguido da CXS
(S=12), RI1, (S=11), GUA (S=8) e ACH (S=7) (Tabela 1).

Tabela 1. Abundância relativa das espécies de formigas por sítio de amostra na área de Preservação Permanente da Foz
do Chapecó, nos municípios de Águas de Chapecó (ACH), Caxambu do Sul (CSX) e Guatambu (GUA) em Santa Catarina e
no município do Rio dos Índios (RI1 e RI2) no Rio Grande do Sul. Janeiro de 2017.

Táxon ACH CXS GUA RI1 RI2


Subfamília Dolichoderinae
Tribo Leptomyrmecini
Dorymyrmex brunneus Forel, 1908 0,02
Dorymyrmex pyramicus (Roger, 1863) 0,01
Linepithema angulatum (Emery, 1894) 0,03
Linepithema inacatum Bolton 1969 0,03
Linepithema humile (Mayr, 1868) 0,01
Linepithema sp. 1 0,01
Linepithema sp. 2 0,02
Subfamília Dorylinae
Labidus coecus (Latreille, 1802) 0,01 0,02
Labidus praedator (F. Smith, 1858) 0,03
Subfamília Ectatomminae
Tribo Ectatommini
Gnamptogenys striatula Mayr, 1884 0,03 0,02
Gnamptogenys sp. 1 0,01
Gnamptogenys sp. 2 0,01
Subfamília Formicinae
Tribo Camponotini
Camponotus alboannulatus Mayr, 1887 0,02 0,02 0,01 0,01 0,02
Camponotus blandus (F. Smith, 1858) 0,01
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Táxon ACH CXS GUA RI1 RI2
Camponotus cameranoi Emery, 1894 0,01 0,01 0,01
Camponotus crassus Mayr, 1862 0,02
Camponotus lespesii Forel, 1886 0,02 0,01
Camponotus melanoticus Emery, 1894 0,01
Camponotus mus Roger, 1863 0,01 0,02 0,04 0,01 0,01
Camponotus rufipes (Fabricius, 1775) 0,06 0,09 0,01 0,09 0,01
Camponotus sexguttatus (Fabricius, 1793) 0,01 0,01
Camponotus sp. 1 0,01
Camponotus sp. 2 0,01
Camponotus sp. 3 0,01 0,01
Camponotus sp. 4 0,01
Colobopsis personata (Emery, 1894) 0,01
Tribo Myrmelachistini
Brachymyrmex coactusMayr, 1887 0,01 0,01
Brachymyrmex cordemoyiForel, 1895 0,04
Tribo Lasiini
Nylanderia fulva (Mayr, 1862) 0,40 0,05 0,01 0,01 0,03
Nylanderia sp. 1 0,01
Nylanderia sp. 2 0,02 0,01
Subfamília Heteroponerinae
Tribo Heteroponerini
Heteroponera inermis (Emery, 1894) 0,01
Subfamília Myrmicinae
Tribo Attini
Acromyrmex ambiguus (Emery, 1888) 0,01 0,02 0,01
Acromyrmex aspersus (F. Smith, 1858) 0,04 0,02 0,01
Acromyrmex disciger (Mayr, 1887) 0,01
Acromyrmex lundii (Guérin-Méneville, 1838) 0,02
Acromyrmex subterraneus (Forel, 1893) 0,01
Acromyrmex sp. 1 0,01 0,01
Acromyrmex sp. 2 0,01
Apterostigma pilosum Mayr, 1865 0,03
Cephalotes pusillus (Klug, 1824) 0,01 0,01 0,03 0,03
Cephalotes sp. 0,01
Cyphomyrmex rimosus (Spinola, 1853) 0,01
Cyphomyrmex strigatus Mayr, 1887 0,01 0,01
Cyphomyrmex sp. 0,01
Pheidole aberrans Mayr, 1868 0,02 0,06 0,03 0,01
Pheidole dyctiota Kempf, 1972 0,05 0,06 0,11
Pheidole laevifrons Mayr, 1887 0,07 0,05 0,03
Pheidole lignicola Mayr, 1887 0,03
Pheidole megacephala (Fabricius, 1793) 0,03 0,23 0,02 0,03
Pheidole pubiventris Mayr, 1887 0,02 0,01
Pheidole punctatissima Mayr, 1870 0,14 0,09
Pheidole risii Forel, 1892 0,02 0,01
Pheidole tristis (F. Smith, 1858) 0,02
Pheidole sp. 1 0,07 0,03 0,01 0,01
Pheidole sp. 2 0,01
Pheidole sp. 3 0,05 0,01

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Pheidole sp. 4 0,01

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Táxon ACH CXS GUA RI1 RI2
Pheidole sp. 5 0,01
Pheidole sp. 6 0,04
Pheidole sp. 7 0,02
Pheidole sp. 8 0,04 0,06
Pheidole sp. 9 0,01
Pheidole sp. 10 0,01 0,02
Pheidole sp. 11 0,04
Pheidole sp. 12 0,07
Procryptocerus adlerzi (Mayr, 1887) 0,01
Strumigenys cultrigera Mayr, 1887 0,01
Wasmannia auropunctata (Roger, 1863) 0,01 0,02
Wasmannia sp. 0,01
Tribo Crematogastrini
Crematogaster acuta (Fabricius, 1804) 0,01 0,01 0,01
Crematogaster corticicola Mayr, 1887 0,01 0,01 0,02
Crematogaster magnifica Santschi, 1925 0,01
Crematogaster sp. 0,01 0,01 0,01 0,01
Tribo Pogonomyrmecini
Patagonomyrmex angustus Mayr, 1870 0,01 0,01
Pogonomyrmex naegelii Forel, 1878 0,04 0,01
Tribo Solenopsidini
Monomorium pharaonis(Linnaeus, 1758) 0,01
Solenopsis saevissima (F. Smith, 1855) 0,01 0,02 0,01
Solenopsis stricta Emery, 1896 0,01 0,01
Solenopsis sp. 1 0,01
Solenopsis sp. 2 0,01
Subfamília Ponerinae
Tribo Ponerini
Dinoponera australis Emery, 1901 0,01 0,03
Hypoponera distinguenda (Emery, 1890) 0,01
Hypoponera opaciceps (Mayr, 1887) 0,01
Hypoponera trigona (Mayr, 1887) 0,01
Hypoponera sp. 1 0,01
Hypoponera sp. 2 0,01
Neoponera crenata (Roger, 1858) 0,01
Neoponera vilosa (Fabricius, 1804) 0,02
Pachycondyla striata F. Smith, 1858 0,04 0,05 0,12 0,08 0,05
Pachycondyla harpax (Fabricius, 1804) 0,01 0,01
Pachycondyla sp. 1 0,01
Pachycondyla sp. 2 0,01
Odontomachus affinis Guérin-Méneville, 1844 0,01
Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) 0,04 0,08 0,08
Odontomachus sp. 0,01
Subfamília Pseudomyrmecinae
Tribo Pseudomyrmecini
Pseudomyrmex flavidulus (F. Smith, 1858) 0,01 0,01 0,01
Pseudomyrmex gracilis (Fabricius, 1804) 0,07 0,03
Pseudomyrmex phyllophilus (F. Smith, 1858) 0,01 0,01
Pseudomyrmex termitarius (F. Smith, 1855) 0,02

200
Pseudomyrmex sp. 0,03 0,03

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Todas as assembleias apresentaram espécies com valor de indicação superior a 25%
e com significância estatística (p ≤0,05). O sítio ACH apresentou duas espécies (N. fulva e
Pheidole sp. 6) com tal valor, CAX duas (Pheidole sp. 1 e Pseudomyrmex gracilis (Fabricius,
1804), GUA (Pheidole megacephala (Fabricius, 1793) e RI 1 (Pheidole punctatissima Mayr,
1870) apenas uma cada e RI2, quatro espécies pertencentes ao gênero Pheidole (Tabela 2).

Tabela 2. Lista das espécies de formigas com valor de indicação VI ≥25% e probabilidade estatística p ≤0,05 associadas
aos cinco sítios de coleta na área de preservação permanente Foz do Chapecó, nos municípios de Águas de Chapecó
(ACH), Caxambu do Sul (CSX) e Guatambu (GUA) em Santa Catarina e no município do Rio dos Índios (RI1 e RI2) no Rio
Grande do Sul. Janeiro de 2017.

Sítio Táxon VI (%) p


ACH Nylanderia fulva (Mayr, 1862) 78 0,0002
ACH Pheidole sp. 6 30 0,028
CAX Pheidole sp. 1 36 0,008
CAX Pseudomyrmex gracilis (Fabricius, 1804) 37.5 0,004
GUA Pheidole megacephala (Fabricius, 1793) 61.2 0,0002
RI1 Pheidole punctatissima Mayr, 1870 53.2 0,0002
RI2 Pheidole lignicola Mayr, 1887 30 0,0312
RI2 Pheidole sp. 8 30 0,023
RI2 Pheidole sp. 11 30 0,03
RI2 Pheidole sp. 12 60 0,0002

DISCUSSÃO

A riqueza amostrada nos sítios catarinenses (S = 58) representa 28,1% da mirmecofau-


na já descrita para a região oeste do estado (ULYSSÉA et al., 2011). Já a riqueza amostrada
nos sítios gaúchos (S = 61) representa 56,5% da mirmecofauna registrada por Cantarelli
et al. (2015) para ambientes da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. De acordo
com o esperado, os sítios com histórico de regeneração mais avançado (RI2) e com ve-
getação nativa (CXS, RI1 e RI2) apresentaram maior riqueza e abundância em relação ao
sítio que sofreu o maior impacto (ACH) e ao sítio coberto por reflorestamento de eucalipto
(GUA). As dez espécies que apresentaram valores significativos de indicação (VI>25%;
p≤0,05) pertencem a gêneros comuns e frequentes nos diversos ambientes já amostrados
na região sul do Brasil (ULYSSÉA et al., 2011; LUTINSKI et al., 2014).
A subfamília Myrmecinae é a mais rica no Bioma Mata Atlântica, tanto em número
de gêneros quanto de espécies (ULYSSÉA et al., 2011; BACCARO et al., 2015). Além da
diversidade, os hábitos alimentares diversificados caracterizam este grupo (HÖLLDOBLER;
WILSON, 1990). As subfamílias Formicinae e Ponerinae também se destacam pela riqueza
e abundância nos estudos realizados no sul do Brasil (ULYSSÉA et al., 2011; LUTINSKI
et al., 2014; CANTARELLI et al., 2015).
As espécies registradas de Dorymyrmex (S = 2) e de Linepithema (S = 5) são caracte-
rísticas de ambientes antropizados, apresentam ocorrências frequentes nos mais diversos
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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza - Volume 2
ambientes do sul do Brasil (ULYSSÉA et al., 2011), se caracterizam pela dominância e são
comumente encontradas em ambientes perturbados ecologicamente (SILVESTRE et al.,
2003; LUTINSKI et al., 2014). A riqueza amostrada neste estudo indica e pode ser explica-
da pelo estado de recuperação em que os sítios se encontram. O gênero Camponotus (S
= 13) apresentou a segunda maior riqueza. Formigas deste gênero podem ser observadas
forrageando desde o solo até a copa das árvores. A defesa química e o mutualismo são
comumente observados nas relações dessas formigas com outros organismos (SILVESTRE
et al., 2003). Formigas deste gênero são comuns em ambientes antropizados (LUTINSKI
et al., 2014), contudo, a riqueza observada neste estudo pode indicar diversidade de vege-
tação e de nichos disponíveis (SILVESTRE et al., 2003; LUTINSKI; GARCIA, 2011).
O gênero Pheidole apresentou a maior riqueza (S = 21) e, juntamente com os gêne-
ros Crematogaster (S = 4), Solenopsis (S = 3) e Wasmannia (S = 2), compõe uma guilda
descrita como epígeas, onívoras e dominantes (SILVESTRE et al., 2003). A diversidade
destes gêneros no Brasil (BACCARO et al., 2015) explica a frequência nas amostras e
os valores de indicação obtidos para oito espécies de Pheidole. Estes gêneros nidificam
no solo, formam colônias grandes e apresentam comportamento generalista e agressivo.
São frequentemente encontradas em ambientes antropizados (LUTINSKI; GARCIA, 2005,
LUTINSKI et al., 2014) e a riqueza amostrada caracteriza o grau inicial de regeneração em
que quatro sítios se encontram. A associação pela análise de Indicação de quatro espécies
de Pheidole com o sítio RI2 pode ser explicada pela diversidade deste táxon e também pela
capacidade de ocupar nichos de ambientes em estágio mais avançado de regeneração ou
até mesmo áreas conservadas. A onivoria e o hábito generalista também caracterizam as
formigas Brachymyrmex (S = 2) e Nylanderia (S = 4) (SILVESTRE et al., 2003). O recru-
tamento massivo e o tamanho diminuto dos espécimes destas espécies (BACCARO et al.,
2015) favorecem o domínio pelas fontes de alimento e podem explicar a ocorrência nos
sítios amostrados. Formigas dos gêneros Solenopsis e Pheidole também possuem papel
importante como predadoras de insetos, contribuindo no controle biológico conservativo de
muitas populações de insetos (GARCIA et al., 2017).
Os gêneros Acromyrmex (S = 7), Apterostigma (S = 1) e Cyphomyrmex (S = 3) estão
associados à massa vegetal, verde ou morta, sobre a qual cultivam fungos e obtêm alimento.
Formigas destes gêneros são frequentes e abundantes nas amostras realizadas na região
(LUTINSKI et al., 2008; ULYSSÉA et al., 2011; LUTINSKI et al., 2014; CANTARELLI et al.,
2015). Tais formigas exercem importante papel na manutenção do solo onde as galerias
dos seus ninhos contribuem para a aeração e infiltração da água enquanto que seus excre-
mentos o enriquecem (SILVESTRE et al., 2003). Considerando o tempo decorrido desde a

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza - Volume 2
formação do lago e o isolamento dos sítios, a vegetação arbustiva já existente na APP pode
explicar a riqueza amostrada destes gêneros.
Os gêneros Dinoponera (S = 1), Gnamptogenys (S = 3), Heteroponera (S = 5),
Hypoponera (S = 1), Labidus (S = 2), Neoponera (S = 2), Pachycondyla (S = 4), Odontomachus
(S = 3) e Strumigenys (S = 1) têm em comum o hábito predador (BACCARO et al., 2015). A ri-
queza destes gêneros nas amostras destaca o processo de regeneração em que os sí-
tios se encontram, materializado na formação de serrapilheira onde estas formigas cons-
troem seus ninhos e forrageiam (SILVESTRE et al., 2003). Formigas Cephalotes (S = 20),
Procryptocerus (S = 1) e Pseudomyrmex (S = 5) se destacam pelo hábito arborícola e pela
associação com a vegetação (BACCARO et al., 2015). A riqueza destes táxons no estudo
caracteriza a regeneração da vegetação e a oferta de uma variedade de nichos para a nidifi-
cação e para o forrageio. Já, as formigas Pogonomyrmex (S = 2) são coletoras de sementes
(SILVESTRE et al., 2003) e frequentemente encontradas em ambientes abertos no Sul do
Brasil (LUTINSKI et al. 2014). Estas podem estar contribuindo para a regeneração da APP
ao dispersarem sementes.
Os resultados das espécies indicadoras chamam a atenção para associação de es-
pécies do gênero Pheidole com os sítios amostrados. Além de formigas deste gênero,
apenas N. fulva no sítio ACH e P. gracilis no sítio CAX apresentaram valores de indicação.
Além de P. gracilis que é encontrada frequentemente associada com a vegetação, todas
as demais são descritas como generalistas, associadas com ambientes perturbados ou em
processo de regeneração (SILVESTRE et al., 2003; BACCARO et al., 2015). Este resultado
reforça a hipótese de que as assembleias de formigas da APP encontram-se em um processo
dinâmico em que espécies mais generalistas que se destacam em riqueza e abundância no
atual estágio de recuperação dos sítios amostrados poderão ser substituídas à medida que
a APP for evoluindo rumo a estágios mais avançados de regeneração.

CONCLUSÃO

As assembleias de formigas que ocorrem em ambientes de APP de lagos artificiais


formados por hidrelétricas diferem entre si quanto à riqueza e abundância. Maiores índices
foram obtidos em sítios com histórico mais antigo de conservação. Sítios que passaram por
um processo mais intenso de antropização ou que se encontram ocupados por plantação
de eucalipto, após seis anos de isolamento, apresentam indicadores ecológicos menores
quando comparados com sítios que eram ocupados por agricultura ou pecuária.
Os resultados corroboram o potencial de utilização das formigas como bioindicadores
do processo de regeneração de APP. As espécies que apresentaram valores significativos de

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Silvicultura e Manejo Florestal: Técnicas de Utilização e Conservação da Natureza - Volume 2
indicação são conhecidas por ocorrerem em ambientes antropizados, o que está de acordo
com o estágio de regeneração dos sítios amostrados.

AGRADECIMENTOS

À Universidade Comunitária da Região de Chapecó pelo apoio à pesquisa.

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