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Composição e diversidade de anuros


em áreas alteradas no sudoeste do
estado de São Paulo

Júlio Cesar Lima de Araújo1

Vinicius de Avelar São Pedro1*

1 Universidade Federal de São Carlos – UFSCar/Centro de Ciências da Natureza, Campus Lagoa do Sino. Laboratório de Estudos Zoológicos do Alto
Paranapanema – LEZPA
*Autor correspondente: vasaopedro@gmail.com

10.37885/210906163
RESUMO

Alterações no uso do solo para benefício humano constituem um dos principais processos
causadores de perda e/ou alterações da biodiversidade. Por sua grande dependência
e exigência quanto ao habitat, anfíbios anuros são um dos grupos mais afetados por
estas alterações. Neste trabalho, tivemos o intuito de explorar a distribuição da abun-
dância e os perfis de diversidade e equitabilidade da anurofauna presente no sudoeste
do estado de São Paulo, e inferir sobre os padrões que determinam esta diversidade.
Foram amostrados sete pontos distribuídos em quatro municípios, sendo utilizado o mé-
todo de busca ativa, no período de Outubro/2018 e Fevereiro/2019 e de Agosto/2019 a
Outubro/2019. As análises de diversidade foram feitas a partir do perfil de Renyi e do perfil
de equitabilidade derivado da diversidade. Os perfis apresentaram uma boa alternativa
para avaliação da diversidade, apresentando resultados mais ordenáveis em comparação
com a utilização de índices separados. As curvas geradas para o perfil de diversidade
mostraram que em todos os locais a abundância teve grande influência no resultado, o
que foi comprovado pelos baixos valores encontrados no perfil de equitabilidade. Também
foi observado que a riqueza aumentou na presença de cobertura florestal, podendo estar
vinculado a heterogeneidade ambiental e ocorrência de distúrbios intermediários, porém
metodologias específicas e estatísticas mais refinadas precisam ser empregadas para
confirmação. A região apresenta uma alta diversidade e ainda há muito a ser descoberto
sobre o comportamento e alterações da biodiversidade e do que é oferecido por ela em
paisagens antropizadas.

Palavras-chave: Anurofauna, Agricultura, Paisagens Antropizadas,, Biodiversidade.

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INTRODUÇÃO

Cada vez mais são conhecidos os efeitos e impactos causados pela intensificação e
alterações no uso do solo gerados pelo setor rural de larga escala (ZHANG et al., 2007;
LAURANCE; SAYER; CASSMAN, 2014; CLARK; TILMAN, 2017). Tais efeitos alteram de
diversas formas as características naturais da paisagem e fatores abióticos tendo, como
consequência, a perda ou a alteração da biodiversidade local e dos serviços providos por
ela (HOOPER et al., 2005; LAURANCE; SAYER; CASSMAN, 2014; NEWBOLD et al., 2015;
GASCON et al., 2015).
Dentre os vários grupos que compõem as entidades biológicas destas áreas desta-
cam-se os anfíbios. Por apresentarem características biológicas singulares, como ciclo de
vida bifásico e modos reprodutivos variados (ROSSA-FERES et al. 2018, HADDAD et al.
2013), os anfíbios possuem alta suscetibilidade a alterações do ambiente e constituem bons
modelos em estudos de monitoramento ambiental (MACHADO et al., 1999; MOREIRA et al.,
2012; PRESTES; VINCENCI, 2019).
Por outro lado, este grupo possui uma grande ausência de informações, principalmen-
te taxonômicas, e quanto a sua distribuição geográfica e resposta a distúrbios antrópicos
(STUART et al., 2004; VERDADE et al., 2012; ROSSA-FERES et al., 2017). Essas lacunas
dificultam a elaboração de estratégias para a conservação, causando também a incompreensão
dos processos e funções executadas, alteradas ou perdidas conforme as comunidades são
pressionadas pelas atividades do entorno, assim como quais processos controlam a ocor-
rência e abundância deste grupo e os padrões da dinâmica dessas espécies com o ambiente
(ROSSA-FERES et al., 2011; HOCKING; BABBITT, 2014; ROSSA-FERES et al., 2017).
Os efeitos dessas alterações dentro da diversidade existente podem ser observados
através de medidas de riqueza, abundância e equitabilidade através de índices de diversida-
de. Cada um desses índices descreve de forma diferente o que existe em um determinado
local e os efeitos dos impactos sobre a diversidade da comunidade estudada (MELO, 2008).
Dada a discussão sobre qual índice seria mais indicado, o uso de perfis de diversidade é
abordado na forma de alternativa a essa questão, além de apresentar de forma mais orde-
nável dados de diferentes locais (KINDT et al., 2001; KINDT; VAN DAMME; SIMONS, 2006).
Dessa forma, o uso de perfis podem trazer novas observações quanto à dinâmica das partes
que compõem a diversidade de ambientes modificados pela ação humana.
Esses parâmetros de diversidade podem auxiliar no monitoramento ambiental, assim
como no desenvolvimento de medidas para a conservação de áreas antropizadas. O sudoeste
do estado de São Paulo é um cenário amplo para estudos de conservação, demonstrando
alto potencial para pesquisas de composição e distribuição de espécies, uma vez que tem
passado por um processo de intensificação do uso do solo e é uma das principais lacunas
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de conhecimento sobre os anfíbios do estado (ROSSA-FERES et al., 2011; ARAUJO;
MATSUKUMA; ALMEIDA-SANTOS, 2013). A partir disso este trabalho teve o intuito de
explorar a distribuição da abundância e os perfis de diversidade e equitabilidade da anuro-
fauna presente na região do sudoeste paulista, e inferir sobre os padrões que determinam
esta diversidade.

MÉTODOS

Área de estudo

Localizado entre as coordenadas 23°24’00” e 24°24’15” S e 49°37’45” e 47°57’15” O, a


região do Sudoeste do Estado de São Paulo contempla uma área de aproximadamente
10.063 Km2. A vegetação presente refere-se ao bioma Mata Atlântica, com resquícios de
Cerrado, possuindo características de transição entres estes. A presença dos dois biomas
faz com que a área apresente diferentes fitofisionomias, sendo a maior parte composta por
florestas estacionais semideciduais (INSTITUTO FLORESTAL [S.d]; CBH-ALPA, 2014).
Possui uma população de 312 mil habitantes, na qual 22% residem no meio rural,
sendo cerca de 20 mil ocupados com agricultura familiar. A economia da região é baseada
na silvicultura, especialmente para resinas, cultivo em larga escala de grãos como feijão de
cor, milho, trigo e soja e a agropecuária (FAVARETO, 2007). O clima é caracterizado como
mesotérmico estando entre Cfa (clima temperado úmido com Verão quente) e Cfb (clima
temperado úmido com Verão temperado), segundo a Classificação de Köppen. A tempera-
tura média anual varia entre 18ºC e 20ºC, superando 22ºC nos meses quentes e inferior a
18ºC nos meses frios, enquanto a pluviosidade é estimada em 1200 mm/ano (INSTITUTO
FLORESTAL, [S.d]; CBH-ALPA, 2014).
Para a execução deste estudo foram selecionados seis ambientes aquáticos, distribuídos
em quatro municípios: Buri, Campina do Monte Alegre, Angatuba e Capão Bonito (Figura 1).

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Figura 1. Mapa da área de estudo, sendo destacados em amarelo os municípios que a compõem e seus limites e com
os pontos vermelhos os locais em que foram realizadas as coletas. 1) Angatuba 2) Campina do Monte Alegre 3) Buri 4)
Capão Bonito.

Dentre os ambientes amostrados, a característica mais variável foi o grau de preserva-


ção do entorno do corpo d’água, como pode ser visto na descrição apresentada na Tabela 1.

Tabela 1. Locais que foram amostrados durante o estudo, com suas respectivas siglas, localização e breve descrição do
ambiente que foi encontrado em cada um.

Local Localização Descrição


Composto por corpos d’água com área alagável e formação de poças
Mata do Guareí Velho 23°28.679’S temporárias. O entorno é composto por pastos que fazem divisa com um grande
(MaGV) 48°30.559’O fragmento florestal, os corpos d’água se encontram espalhados na borda e
dentro do fragmento.

Composto por um lago, pequenos córregos com formação de poças temporárias


e uma poça permanente. O entorno é composto por um fragmento florestal em
Rancho do Nilson 23°34.166’S
região de barranco, na qual a poça temporária está inserida, que se estende
(RaNN) 48°26.426’O
até uma das margens e cobre parte dos córregos encontrados, e uma área
de uso recreativo e lazer, sem vegetação e com presença de construções.

Composto por um lago com área alagável, contendo apenas vegetação


Fazenda Minerva 23°34.772’S
arbustiva e aquática no entorno do corpo d’água. A área de cultivo e o pasto
(FaMi) 48°31.263’O
do entorno se estendia até a borda do corpo d’água.
Composto por um lago e áreas alagáveis com formação de poças devido a
Fazenda Lagoa do Sino 23°36.136’S presença de uma estrada em todo entorno. A área de cultivo se estende até
ponto 1 (FaLS1) 48°32.232’O a borda do corpo d’água em uma das margens enquanto na outra existe área
de regeneração natural em estágio inicial.
Composto por um lago com canal de escoamento, uma nascente intermitente
Fazenda Lagoa do Sino 23°35.933’S e formação de poças temporárias espalhadas. O entorno é composto por
ponto 2 (FaLS2) 48°31.550’O pequenas áreas florestais, revitalização de APP em estágios iniciais, área
produtiva intensificada e um SAF.
Composto por três lagos espalhados. O entorno é composto por um fragmento
Clube de Campo Ca- 23°36.153’S florestal, onde está inserido um dos lagos, e uma área aberta com construções
pauva (ClCa) 48°28.703’O espalhadas próximas às margens usadas de forma recreativa e para lazer, onde
são encontrados os demais lagos.

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Local Localização Descrição
Composto por um único lago com uma grande área alagável. A margem é
Floresta Nacional de 23°54.949’S composta por vegetações arbustivas e gramíneas enquanto o entorno é
Capão Bonito (FlCb 48°30.224’O formado por formações florestais naturais e talhões de Pinus sp. e Araucária
abandonados.

Coleta de dados

A amostragem dos anuros foi feita através de busca ativa, realizada entre Outubro/2018
e Fevereiro/2019 e de Agosto/2019 a Outubro/2019, com quatro observadores, com duração
de quatro horas, nos períodos diurno e noturno, totalizando 72 horas de esforço amostral por
observador, cada local foi amostrado de duas a quatro vezes. Em conjunto com as buscas
visuais foram gravadas as vocalizações presentes no ponto de coleta, utilizadas para facilitar
o processo de identificação, principalmente quando a captura do espécime não foi possível.
Durante as observações, foram coletados dados de abundância das espécies encontradas
em atividade reprodutiva e durante o percurso (HEYER et al., 1990; SERAFIM et al., 2008;
SÃO-PEDRO; FEIO, 2011).
Os espécimes testemunhos coletados para identificação em laboratório foram foto-
grafados e armazenados em sacos plásticos para serem levados ao laboratório onde foram
eutanasiados com aplicação de pomada anestésica (Lidocaína 50 mg/g). Posteriormente,
foram fixados com solução de formalina 10% e então preservados em álcool 70%. Todos
os animais coletados foram depositados Coleção Herpetológica Lagoa do Sino, do campus
Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos, Buri. As coletas foram feitas sob as
permissões do Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de São Carlos,
nº 2211040618, e do Sisbio, nº 58132-1.
A identificação das espécies foi feita através dos registros das vocalizações e ca-
racterísticas morfológicas, comparadas aos dados presentes na literatura especializada
(e.g. HADDAD et al. 2013, HEYER et al. 1990, RIBEIRO; EGITO; HADDAD, 2005). A no-
menclatura e classificação das espécies neste trabalho baseia-se na lista apresentada por
Segalla et al. (2019).

Análise dos resultados

Dados de distribuição de riqueza e abundância entre os locais amostrados foram abor-


dados através de gráficos, facilitando a visualização dos dados. Já o perfil de diversidade
dos pontos amostrados foram obtidos através do Perfil de Renyi. Esse perfil foi escolhido
por apresentar de forma mais ordenada a diversidade presente em várias dimensões, sendo
que quando não existirem intersecções entre as linhas, os perfis com valores mais elevados
podem ser considerados mais diversos (MELO, 2008).
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Os índices propriamente ditos podem ser observados nos pontos 0, 1, 2 e infinito (∞)
do eixo alfa (α), neste ponto temos os valores representativos: o logaritmo natural (ln) da
riqueza, do Índice de diversidade de Shannon-Wiener, o ln do Índice de Diversidade de
Simpson e o ln do Índice de Berger-Parker, respectivamente (KINDT; COE, 2005; KINDT;
VAN DAMME; SIMONS, 2006).
A inclinação do perfil de diversidade também fornece informações sobre equitabilidade
e dominância daquele determinado local amostrado, quanto mais horizontal é o perfil, maior
é equitabilidade existente e menor é a dominância, quanto mais inclinado menor é a equitabi-
lidade e maior é a dominância. Dessa forma, também foi aplicado um perfil de equitabilidade
a partir do perfil de diversidade resultante. Este perfil de equitabilidade é dado pela subtração
do valor apresentado por alpha=0, resultado do perfil de diversidade de Renyi, de todo os
valores resultantes do perfil de diversidade, colocando de forma ordenada a equitabilidade
dos locais amostrados (KINDT; COE, 2005; KINDT; VAN DAMME; SIMONS, 2006).
Todas as análises foram feitas utilizando o ambiente de programação R (4.0.3) e os
pacotes BiodiversityR 2.12-1 e Vegan 2.5-6.

RESULTADOS

Riqueza e abundância

Foram encontradas 32 espécies, pertencentes às famílias: Bufonidae (2), Craugastoridae


(1), Hylidae (16), Phyllomedusidae (1), Leptodactylidae (9), Microhylidae (2), Odontophrynidae (1).
As espécies com maior frequência dentro das áreas amostradas foram: Scinax fusco-
marginatus, Boana albopunctata, Dendropsophus nanus e Leptodactylus fuscus, todas elas
estiveram em seis dos sete locais amostrados. Contudo S. fuscomarginatus foi a espécie
com maior abundância neste estudo (Figura 2), inclusive sendo a espécie mais abundante
em cinco dos sete locais, com abundância variando de 25% a 51% da abundância local,
com um total de 417 indivíduos registrados. S. fuscomarginatus foi seguida por D. nanus
(225 indivíduos) e P. cuvieri (164 indivíduos).

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Figura 2. Distribuição da abundância observada dentre as espécies encontradas em todos os locais amostrados.

Dentre todos os ambientes, o que mais se diferenciou com relação a espécie mais
abundante foi a Floresta Nacional de Capão Bonito, onde foi presenciado um estouro repro-
dutivo da espécie B. faber, alcançando um total de 115 indivíduos observados, e a mata do
Guareí Velho, na qual a maior parte dos indivíduos registrados eram da espécie D. nanus,
localizados na borda entre um fragmento e uma pastagem.

Perfil de diversidade e equitabilidade

A Figura 3 mostra o resultado do Perfil de Renyi para os locais amostrados. Em um


primeiro momento nota-se que ocorreram muitas intersecções entre os perfis, na qual apenas
dois dos sete perfis podem ser propriamente ordenados, e a relevância quanto a dominância
das espécies nestas comunidades. Na Figura 4, apresentamos o perfil de equitabilidade
resultando do perfil de diversidade apresentado na Figura 3. Também é possível notar que
existem muitas intersecções entre os perfis, dificultando a ordenação por equitabilidade.
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Contudo, observa-se três grupos, de acordo com as intersecções dos perfis, que podem
facilitar a ordenação. Por fim, a Tabela 1 mostra valores mais precisos para os pontos 0,
1, 2 e ∞, referentes a riqueza e os índices de diversidade de Shannon-Wielner, Simpson e
Berger-Parker, do perfil de diversidade.

Figura 3. Perfil de diversidade de Renyi para os locais amostrados, destaca-se que de todos os perfis apenas dois não
apresentaram intersecções. RaNN: Rancho do Nilson, FaLS2: Fazenda Lagoa do Sino ponto 2, FlCB: Floresta Nacional de
Capão Bonito, FaMi: Fazenda Minerva, FaLS1: Fazenda Lagoa do Sino ponto 1, ClCa: Clube de campo Capuava, MaGV:
Mata do Guareí Velho.

Com os perfis é possível observar que a distribuição da abundância tem um grande


peso sobre a diversidade dos locais amostrados, sendo distinguível através das inclinações
das curvas dos perfis. Nota-se índices mais altos nos locais com cobertura vegetal, com ex-
ceção de FlCb, onde o estouro reprodutivo da espécie B. faber foi presenciado, aumentando
a inclinação da curva, ocorrendo a intersecção com ClCa. No total de espécies, o RaNN foi
o local que apresentou maior riqueza (S=17), seguido por FaLS2 (S=16), sendo também os
dois locais mais diversos deste estudo. Já FlCb apresentou a terceira maior riqueza (S=14)
sendo mais diverso que os pontos FaMi, FaLS1 e MaGV, e não ordenável com relação a ClCa.
Os demais perfis formaram intersecções, o que não permite ordenar sua diversidade,
contudo é possível observar que existe dominância, com exceção de MaGV e ClCa, e meno-
res riquezas nestes perfis. Dos perfis com maior riqueza RaNN refletiu a menor abundância
da espécie dominante local, com 58 indivíduos enquanto os outros dois tiveram mais de 100
indivíduos da espécie mais abundante. RaNN também foi o local com maior número de es-
pécies raras, sendo seis espécies com a abundância menor que cinco indivíduos, enquanto
os demais tiveram quatro espécies, contudo, como FaLS2 apresentou maior riqueza, está
se mostrou mais diversa que FlCb.
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Essas características apresentadas pelos ambientes mais ricos influenciaram na forma
de seus perfis. A inclinação da curva é responsável por indicar o peso da dominância dentro
do perfil, assim como dos efeitos dos índices de diversidade de Shannon-Wiener (mais sen-
sivel a espécies raras), Simpson (indiferente a espécies raras) e Berger-Parker (considera a
abundância máxima). FlCb é um bom exemplo de como a dominância afeta a diversidade,
uma vez que tendo a terceira maior riqueza seu α = 1 é muito mais próximo dos locais com
menos riquezas do que dos dois mais diversos, sendo inferior no α = 2 ao ClCa, causando
a interseção, tendo seu α = inf próximo a FaLS1. Esse padrão de inclinação também é visto
FaMi, na qual foi encontrado uma riqueza média que decaiu resultando no menor valor de
α = inf observado, e FaLS2 e está refletido na perfil de equitabilidade (Figura 4).

Figura 4. Perfil de equitabilidade derivado da diversidade exibida na Figura 3. RaNN: Rancho do Nilson, FaLS2: Fazenda
Lagoa do Sino ponto 2, FlCB: Floresta Nacional de Capão Bonito, FaMi: Fazenda Minerva, FaLS1: Fazenda Lagoa do Sino
ponto 1, ClCa: Clube de campo Campuva, MaGV: Mata do Guareí Velho.

Quanto ao perfil de equitabilidade, os locais FaMi e FlCb não foram intersectados por
nenhum outro perfil e se encontram como primeiro e segundo locais com menor equitabilda-
de deste estudo. Logo após temos um grupo intermediário, formado pelas intersecções dos
locais FaLS2, RaNN e FaLS1, e o grupo de maior equitabilidade formado pela intersecção
dos locais MaGV e ClCa.

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Tabela 2. Valores dos pontos 0, 1, 2 e ∞, referentes a riqueza e os índices de diversidade de Shannon-Wielner, Simpson
e Berger-Parker do perfil de diversidade.

Os locais com maior diversidade segundo os perfis apresentados na Figura 3 (RaNN e


FaLS2) também apresentaram perfis de equitabilidade relativamente altos, estando abaixo
apenas de FlCb e FaMi, mostrando que, em algum grau, não há uma distribuição equivalente
de abundância entre as espécies. Enquanto os locais MaGV e ClCa formaram o grupo na qual
existe maior equitabilidade, o que também pode ser visto na Figura 3, através da reduzida
inclinação com que a curva decai no eixo alfa, sendo também o motivo pela qual seus res-
pectivos perfis intersectam os demais, com exceção dos dois mais diversos descritos acima.

DISCUSSÃO

Os perfis são construídos a partir da combinação das características dos diferentes perfis
que a compõem. A abundância, riqueza e raridade dos locais amostrados, principalmente
abundância e raridade como foi visto com FlCb, se mostraram mais efetivos na formação
dos perfis, justificando a ordenação de RaNN e FaLS2 como mais diversos, assim como as
características dos demais perfis.
Scinax fuscomarginatus foi a espécie dominante deste estudo, influenciando a equi-
tabilidade de espécies (Figura 2),. Esta dominância é resultado da vasta disponibilidade de
habitat composto por áreas abertas contendo apenas vegetações arbustivas e rasteiras, tanto
na margem quanto dentro do corpo d’água, condizentes com seu hábitos de vida (TOLEDO;
HADDAD, 2005a, 2005b). A perda de habitat nativo, em conjunto com outras intervenções
antrópicas, são as maiores causas de perda de riqueza de anfíbios anuros (SILVANO;
SEGALLA, 2005; ROSSA-FERES et al., 2011, 2017) e que locais com uma disponibilidade
de habitats mais simplificados possuem menor capacidade de suporte, mantendo grandes
abundâncias de poucas espécies geralmente generalistas (CARDOSO; ANDRADE, 1989;
VASCONCELOS; ROSSA-FERES, 2005; CUNHA et al., 2010). Em nossa área de estudo,
essas alterações levam a uma explosão de S. fuscomarginatus influenciando os perfis de
diversidade e equitabilidade.
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Collins e Fahrig (2017) mostram que, em paisagens agrícolas, tanto a riqueza quanto a
abundância de anuros aumentam quando existe cobertura florestal, sendo que as florestas
em si são fortes preditores da diversidade de anuros. Florestas também apresentam o maior
número de espécies exclusivas (CUNHA et al., 2010; FIORILLO et al., 2018; FIGUEIREDO
et al., 2019) e Becker et al. (2007) mostra que a presença de fragmentos florestais também
é importante para espécies de áreas abertas, pois dentro destes fragmentos podem encon-
trar ambientes para refúgio, forrageio, hibernação e dispersão. Isso explica a ocorrência
de mais espécies nos pontos FlCb e RaNN e possivelmente o alto nível de equitabilidade
dos locais MaGV e ClCa, assim como a composição de espécies destes locais. Já o ponto
FaLS2, apresenta uma riqueza característica de ambiente abertos, porém pode se encaixar
também neste caso devido a presença de pequenos fragmentos que podem ser usados
como refúgios descritos acima.
Apesar disso, os pontos FaLS2 e RaNN, sendo os dois pontos inseridos em áreas an-
tropizadas, tiveram a maior riqueza e os dois perfis mais diversos deste estudo, enquanto
o ponto FlCb, composto por matriz florestal, não pode ter seu perfil ordenado e o segundo
menor perfil de equitabilidade. Dessa forma, tem-se que o conjunto de características locais
são os principais responsáveis pela diversidade de espécies.
Dos locais amostrados, estes foram os que mostraram maior heterogeneidade, apre-
sentando diferentes sítios reprodutivos, usos do solo, variedade e quantidade de vegetação
em sua margem. São Pedro e Feio (2011) discutem duas possíveis explicações para a
maior riqueza encontrada em um ambiente com características intermediárias de vege-
tação florestal e uso humano, sendo elas a heterogeneidade ambiental e a hipótese do
Distúrbio Intermediário. Sabe-se que a composição de espécies de anuros é positivamente
correlacionada a heterogeneidades ambiental e suas variáveis, disponibilizando uma maior
variedade de habitats dando suporte para uma maior diversidade de espécies (CONTE;
ROSSA-FERES, 2007; VASCONCELOS et al., 2009; SILVA; MARTINS; ROSSA-FERES,
2011; SOUZA; MARTINS; RAIZER, 2014; FIGUEIREDO et al., 2019), assim como a hipó-
tese do Distúrbio Intermediário, na qual uma perturbação moderada resultaria em espécies
com diferentes exigências e características compartilhando o mesmo local, aumentando a
diversidade geral de espécies (CONNELL, 1978; CONTE; ROSSA-FERES, 2006; SOUZA;
SOUZA; MORATO, 2008)
Para os pontos FaLS2 e RaNN é proposto que, assim como apresentado por São
Pedro e Feio (2011), a hipótese do Distúrbio Intermediário explique uma parte do padrão
observado, devido a constante atividade humana no entorno. Contudo a outra parte da di-
versidade encontrada pode ser considerada resultado da heterogeneidade ambiental, uma
vez que a criação de novos ambientes aumentam a oferta de habitats, suportando assim
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uma maior riqueza de espécies de ambos os ambientes. Dessa forma a ação conjunta das
duas hipóteses se torna a explicação que mais encaixa nos resultados observados. Porém
uma metodologia específica e estatísticas mais refinadas devem ser empregadas para testar
o real efeito destas variáveis sobre a comunidade.

CONCLUSÃO

O uso de perfis se mostrou efetivo na comparação dos locais amostrados, sendo


possível a interpretação adequada do efeito da equitabilidade dentro das comunidades.
Assim como inferir sobre os efeitos de alguns aspectos que podem controlar a diversidade
presente em fazendas do sudoeste paulista. Contudo estudos mais detalhados precisam
ser feitos para descobrir o real impacto das variáveis abordadas, assim como o que muda,
o que é perdido e o que é incorporado quando alteramos as características de habitats ofe-
recidos pelo ambiente.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico pelo financiamento do projeto de iniciação científica, nº 128635/2018-5. Agradeço
também a todos que participaram das atividades de campo, especialmente ao João Emilio de
Almeida Jr., cuja a disponibilidade permitiu diversas expedições, e ao Ibrahim K. R. Nehemy
e Thayllon O. Gomes, figurinhas carimbadas em várias atividades feitas neste trabalho.

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