Você está na página 1de 23

Catapulta Lançadora de Projéteis Biodegradáveis Portadores

de Sementes para Reflorestamento da Mata Atlântica


E.E. Estação Dona Catarina – Diretoria de Ensino de São Roque

GONÇALVES, Héverlin D.; PEREIRA, Luís A. R. E. B.; CRISTINO, Wesley


M.B.
wesleyboracchi@prof.educacao.sp.gov.br

Resumo
Este presente projeto apresenta a proposta de um protótipo de uma catapulta construída
especialmente para disparar projéteis capazes de transportar sementes de embaúba para
promover o reflorestamento da Mata Atlântica. Os projéteis desenvolvidos foram de dois
tipos: o primeiro construído a partir da confecção de plástico biodegradável obtido a partir
do amido extraído de batatas e o segundo a partir de folhas vegetais. O projeto visou
promover a dispersão de sementes de embaúba de forma ecológica e que não gerasse
resíduos poluidores. A embaúba (Cecropia hololeuca) foi a espécie nativa escolhida para
a promoção do reflorestamento, uma vez que é uma espécie pioneira da Mata Atlântica.
Este bioma é o mais degradado do Brasil, restando apenas cerca de 12% de sua cobertura
original. Apesar disso, a Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos do planeta em
biodiversidade, superando em número de espécies vegetais mais que alguns continentes
inteiros. A constante prática de queimadas, especialmente as dos últimos anos, ameaça a
subsistência da Mata Atlântica, colocando em risco de extinção inúmeras espécies, tanto
animais, quanto vegetais. Este projeto buscou semear e promover o reflorestamento em
áreas da Mata Atlântica degradadas por queimadas e que possui importante relevância
ecológica e inclusive turística. O primeiro lançamento foi realizado nas encostas do Morro
do Saboó, alvo de recente queimada localizado no município de São Roque (SP). O
segundo lançamento foi realizado em áreas florestais degradadas da Serra do Voturuna,
localizada em Santana de Parnaíba (SP), áreas também afetadas por recentes queimadas.
Ao todo, foram dispersadas por meio da catapulta, sementes que após germinarem, podem
culminar na existência de 300 novas árvores pioneiras e nativas. Estas por sua vez, darão
continuidade à sucessão ecológica, permitindo assim a recuperação destas áreas florestais
que nos são tão importantes e preciosas.

Palavras-chave: Reflorestamento, Mata Atlântica, Sustentabilidade.


I- Introdução
A Mata Atlântica é um dos seis biomas brasileiros (IBGE, 2019), sendo um dos
locais de maior biodiversidade do planeta, abrigando mais de 20 mil espécies vegetais.
Dentre essas espécies vegetais, cerca de 8 mil são endêmicas, isto é, só ocorrem neste
bioma (TABARELLI, et ali, 2005). A Mata Atlântica é tão rica em biodiversidade, que
supera em número de espécies vegetais continentes inteiros, como a América do Norte e
toda a Europa, que possuem respectivamente 17 mil e 12,5 mil espécies vegetais (RBMA,
2019). Apesar desta enorme biodiversidade vegetal, a Mata Atlântica abriga cerca de 35%
da flora do Brasil (RBMA, 2019), indicando que somado aos outros biomas brasileiros, a
riqueza vegetal de nosso país é maior ainda.
A riqueza da Mata Atlântica também é expressa em sua abundante fauna,
abrigando 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350
de peixes (CAMPANILI E SCHÄFFER, 2010). Esta exuberante fauna conta ainda com
uma infinidade de espécies de invertebrados (ALVES, et. Ali, 2017), entre eles os insetos
e os aracnídeos. Toda essa fauna é dependente das florestas da Mata Atlântica, que as
abrigam e constituem seus habitats naturais (Figura 1).

Figura 1: Floresta da Mata Atlântica. Serra do Voturuna,


Santana de Parnaíba (SP). Fonte: Os Autores, 2021.

Originalmente, a Mata Atlântica possuía uma extensão de 1 milhão e 300 mil


quilômetros quadrados, ocupando cerca de 15% do território nacional e abrangendo 17
estados brasileiros. Era o segundo maior bioma do continente, perdendo apenas para a
Amazônia (WWF Brasil, 2021). A degradação deste bioma se iniciou com a exploração
do pau-brasil (Paubrasilia echinata) realizada pelos portugueses, espécie nativa da Mata
Atlântica. A exploração desta espécie em nossos territórios além de constituir-se em um
marco histórico, que resultou no nome de nosso país, foi também o início da destruição
de um dos biomas mais importantes do mundo. Atualmente, e infelizmente, restam apenas
12% da cobertura original da Mata Atlântica (RBMA, 2019), tornando-a um dos hotspots
do mundo, isto é, pontos ricos em biodiversidade em estado de degradação crítica
(AMDA, 2017).
As causas da degradação da Mata Atlântica são variadas, mas igualmente
destrutivas para a preservação deste bioma. As causas vão desde a superexploração do
pau-brasil pelos portugueses no século XVI, passando pela prática da agricultura, a
expansão da industrialização, do turismo e da urbanização de modo não sustentável (IBF,
2021). Outro problema ambiental que se agravou, sobretudo, a partir de 2020, foram as
queimadas (ECO, 2021). Principalmente provocadas de forma criminosa, as queimadas
(Figuras 2 e 3) representam grande ameaça à Mata Atlântica, colocando em risco a
sobrevivência de milhares de espécies vegetais e animais, além de também pôr em risco
de extinção diversas espécies, sobretudo as endêmicas.

Figura 2: Queimada registrada em setembro de Figura 3: Queimada registrada em setembro de


2021, na zona de Mata Atlântica do Morro do 2021, na zona de Mata Atlântica da Serra do
Saboó, São Roque (SP). Fonte: Os Autores, 2021. Voturuna, Santana de Parnaíba (SP). Fonte: Os
Autores, 2021.

Especificamente na região de São Roque, estado de São Paulo, em 2020 restaram


de Mata Atlântica original as respectivas áreas ainda preservadas (AQUI TEM MATA?
2020): Mairinque (18,6%), São Roque (20,5%), Araçariguama (22,11%), Santana de
Parnaíba (23,6%). Ante a tamanha degradação, algumas ações devem ser implementadas
a fim de preservar os focos de mata originais restantes, as chamadas florestas primárias,
e de recuperar as áreas destruídas deste bioma.
Uma ação importante para a recuperação da Mata Atlântica é o reflorestamento
com espécies nativas. Para tanto, é importante identificar áreas de florestas primárias
afetadas pela ação do ser humano e selecionar espécies que podem reocupar essas áreas
degradadas. São chamadas espécies pioneiras aquelas que são as primeiras a colonizar
um ambiente e possuem crescimento rápido (ECYCLE, 2021). A sequência de
comunidades de espécies vegetais que surgem em um ecossistema é denominada sucessão
ecológica (NEVES E PEREIRA, 2012). O máximo desenvolvimento de uma floresta, ou
seja, sua completa renovação e evolução é chamado de clímax.
As plantas do gênero Cecropia, popularmente conhecidas genericamente como
embaúba, são espécies pioneiras e nativas da Mata Atlântica (SANTANA E SILVA,
2009). As espécies deste gênero são capazes de crescer em áreas abertas da floresta, já
que necessitam de muita luz solar para se desenvolverem e sobreviverem. Além disso,
possuem crescimento rápido e seus frutos servem de alimento a fauna local, como aves e
mamíferos, que além de alimentarem de seu fruto, ajudam a dispersar suas sementes para
outros pontos da floresta. As espécies de embaúba (Figura 4) são muito comuns em
florestas da Mata Atlântica e são indicadoras de áreas que estão naturalmente em
recuperação ecológica. A espécie Cecropia hololeuca, conhecida como embaúba
prateada, pode se desenvolver em ambientes com altitudes de até 1400 m, possui taxa de
germinação média e sua emergência se dá em 2 ou 3 semanas (EMBRAPA, 2021). Esta
espécie é facilmente reconhecida na floresta devido à coloração esbranquiçada de suas
folhas, sendo por isso também apreciada em aplicações de paisagismo.

Figura 4: Embaúbas nativas na Mata Atlântica,


Serra do Voturuna, Santana de Parnaíba (SP).
Fonte: Os Autores, 2021.

De acordo com SANTANA E SILVA (2009), o plantio de embaúbas em áreas


ecologicamente perturbadas da floresta é uma opção interessante, já que podem iniciar o
processo de recolonização do ambiente degradado e permitir que comunidades vegetais
possam se instalar e dar continuidade à sucessão ecológica.
A dispersão de sementes de espécies nativas pode ser realizada de diversas formas,
desde as manuais, até as mecanizadas, como a utilização de aeronaves. É muito
importante que os invólucros que embalam as sementes sejam biodegradáveis para que
não agridam o ambiente durante o reflorestamento. Embalagens de plástico
biodegradáveis são interessantes para esta finalidade, já que este material é facilmente
decomposto na natureza (devido à ação de fungos e bactérias), e ao romperem-se podem
liberar as sementes no solo. Este tipo de dispersão de sementes é especialmente
interessante para o reflorestamento em áreas de difícil acesso.
Uma catapulta, que é um sistema mecânico, pode ser utilizada para disparar
pacotes biodegradáveis de sementes e promover um reflorestamento ecologicamente mais
sustentável, sem deixar dejetos indesejáveis no meio ambiente. Como trata-se de um
dispositivo puramente mecânico, as características do lançamento de projéteis pela
catapulta são descritas pelas equações da cinemática e da dinâmica. O trabalho mecânico
realizado pela catapulta durante o lançamento é da do pela Equação 1:
Eq. 1
𝜏 = 𝐹. 𝑑. cos 𝜃

Onde F é o módulo da força que impulsiona o projétil e d é o módulo do deslocamento


do projétil durante a aplicação da força (GASPAR, 2005). A variável 𝜃 é o ângulo entre os
⃗⃗⃗ , que para a catapulta será sempre igual a zero, pois ambos os vetores
⃗⃗⃗ e 𝑑
vetores 𝐹
possuem a mesma direção.
O trabalho mecânico permite conhecer a energia cinética transferida ao projétil
durante o lançamento. Essa relação é conhecida como Teorema Trabalho-Energia
cinética, expresso pela Equação 2:

𝜏 = ∆𝐸𝑐 Eq. 2

Sabendo-se a energia cinética é possível se conhecer a velocidade inicial do projétil


imediatamente após ser lançado pela catapulta, essa velocidade inicial (v0) é dada pela Equação
3, a seguir:

2𝐸𝑐 Eq. 3
𝑣0 = √
𝑚

Onde m é a massa do projétil (GASPAR, 2005). A velocidade inicial do projétil permite


a determinação da altura máxima atingida pelo projétil (Hmáx) e seu alcance horizontal máximo
(A). Essa modalidade de movimento é denominada lançamento oblíquo(GASPAR, 2005),
descrito pelas Equações 4 e 5:

𝑣0 2 (sin 𝛼)2 Eq. 4


𝐻𝑚á𝑥. =
2𝑔

𝑣0 2 sin(2𝛼) Eq. 5
𝐴=
𝑔

Onde g é a aceleração da gravidade local e 𝛼 é o ângulo do lançamento em relação ao


plano horizontal. Além disso, é interessante analisar a potência mecânica (P) desenvolvida pela
catapulta durante o lançamento. Essa potência mecânica é calculada através da Equação 6, abaixo:

𝐸𝑀 Eq. 6
𝑃=
∆𝑡
A potência mecânica da catapulta depende do intervalo de tempo de lançamento (∆𝑡).
Esse tempopode ser calculado através da aceleração (a) imprimida no projétil durante o
lançamento, calculada através da 2ª Lei de Newton, também chamada de Princípio Fundamental
da Dinâmica (GASPAR, 2005) , Equação 7:

𝐹 Eq. 7
𝑎=
𝑚
Assim é possível determinar o ∆𝑡 através da Equação 8, do Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado (MRUV):

𝑣 − 𝑣0 Eq. 8
∆𝑡 =
𝑎

A determinação destes parâmetros físicos possibilita ajustes das variáveis pertinentes


durante a construção da catapulta, a fim de melhorar seu desempenho. Além disso, a
caracterização dinâmica da catapulta permite a comparação do desempenho de diferentes modelos
a ser planejados e construídos.

2- Justificativa
A preservação e a recuperação da Mata Atlântica é uma ação que urge ante à
crescente degradação que este bioma vem sofrendo ao longo de séculos, e mais
ultimamente, com a constante prática das queimadas das florestas. Mais que afetar a
economia e a qualidade de vida dos milhões de brasileiros que residem em áreas ocupadas
por este bioma, a recuperação da Mata Atlântica é uma ação de respeito e de cuidado para
as outras espécies de seres vivos que dividem o planeta conosco. É imprescindível a
preservação das mais de 8 mil espécies vegetais endêmicas, que são genuinamente
brasileiras, e que levaram milhões de anos de adaptações evolutivas para serem o que são.
Recuperar nossas matas é dar-lhes a oportunidade de continuarem a subsistir em seus
ambientes nativos, que são suas “casas” naturais. Nós seres humanos não temos o direito
de extinguir espécies inteiras, animais ou vegetais, quer seja por descuido inadvertido,
quer seja de forma irresponsavelmente proposital.
Nossa proposta de semear através projéteis biodegradáveis vem de encontro à essa
demanda, onde buscamos não promover nenhum impacto no meio ambiente. Nossa
proposta difere de outras semelhantes, principalmente dos projetos escolares que usam
foguetes de garrafas PET existentes, pois estes podem cair em áreas distantes da floresta,
não podendo ser resgatados e consequentemente poluindo-as. Além disso, esses foguetes
de garrafa PET usam bicarbonato de sódio e vinagre como propelentes. O ácido acético
que compõe o vinagre é danoso aos vegetais, podendo matar gramíneas e arbustos
pequenos, como verificamos em testes. Em nosso projeto entretanto, utilizamos apenas
energia elástica para propulsionar os projéteis que carregam sementes através de uma
espécie de catapulta, ou seja, a propulsão é estritamente mecânica, resultando em impacto
nulo sobre o ambiente.
A espécie que escolhemos para reflorestar, a Cecropia hololeuca, é nativa da Mata
Atlântica, apropriada para áreas degradadas, pois é espécie pioneira, e ainda serve de
alimento à fauna local. As áreas escolhidas para os lançamentos das sementes foram
aquelas em que comprovamos existir uma degradação antrópica, principalmente àquelas
provocadas por queimadas. Acreditamos que a preservação e a recuperação da Mata
Atlântica é um dever de todos nós brasileiros, já que é uma riqueza admirável de nosso
país. A preservação de nossas riquezas naturais é urgente para termos uma vida de melhor
qualidade e para as gerações futuras.

3- Questão problema
O projeto se concentra na busca da resolução da seguinte questão: “É possível
reflorestar regiões degradadas da Mata Atlântica de difícil acesso e sem poluir o meio
ambiente?”
Para a resolução desta questão problema, buscamos construir uma catapulta
lançadora de projéteis biodegradáveis portadores de sementes (construídos com folhas de
vegetais e plástico obtido através de amido de batata).

4- Metodologia
O projeto foi desenvolvido em 3 partes distintas. Na parte 1, projetamos e
construímos a catapulta de lançamento. Na parte 2, elaboramos o plástico biodegradável
e construímos os projéteis com sementes. Finalmente, na parte 3, fizemos o lançamento
dos projéteis em áreas da Mata Atlântica degradas por queimadas.

Parte 1: Construindo a Catapulta.


A catapulta proposta foi idealizada para que fosse essencialmente mecânica, não
gerando, portanto, nenhum resíduo que poluísse o meio ambiente. A ideia difere da
maioria dos projetos escolares que envolvem foguetes semeadores recicláveis, geralmente
feitos de garrafas PET, que utilizam bicarbonato e vinagre, ou ainda água pressurizada.
Em vez disso, a catapulta proposta neste projeto utiliza a energia mecânica de elásticos
tensionados, como ocorre em estilingues.
Essencialmente, este protótipo de catapulta é uma espécie de gaiola (construída
com madeira e pregos) que sustenta quatro tubos de látex que impulsionam a carga, que
neste caso, será um projétil biodegradável. Esta gaiola por sua vez, é fixada em uma base
de madeira, através de dobradiças, podendo se inclinar em ângulos específicos de
lançamento. O tensionamento dos elásticos é realizado através de uma catraca rotacionada
por uma manivela. Por fim, o lançamento é ativado através de um gatilho, que ao ser
acionado, libera os elásticos que impulsionam a carga a ser disparada.
As dimensões da gaiola da catapulta e o momento de sua construção é mostrado
na Figura 5 e 6, a seguir:

Figura 5:Dimensões da gaiola da catapulta. Figura 6: Gaiola sendo construída e


Fonte: Os Autores. pintada. Fonte: Os Autores.

A base de madeira da catapulta foi construída de acordo com as dimensões


indicadas na Figura 7. O acoplamento da gaiola à base foi feito por meio da fixação de
duas dobradiças, conforme indicada na Figura 8.

Figura 7:Dimensões da base da catapulta. Fonte: Figura 8: Gaiola acoplada à base através das duas
Os Autores. dobradiças (destaques em vermelho). A seta azul
mostra o sentido de giro que a gaiola pode fazer.
Fonte: Os Autores.

A gaiola pôde se inclinar em relação à base horizontal no sentido anti-horário


através das dobradiças em qualquer ângulo arbitrário entre 0° (totalmente apoiada na
base) e 70° (inclinação máxima devido à forma da gaiola, indicada na Figura 5). Para
fazer a inclinação fixa em ângulos específicos, foi construída uma peça auxiliar de
madeira que denominamos de “inclinador”. Escolheram-se os ângulos notáveis de 30º,
45º e 60º para que o inclinador fixasse a gaiola. As dimensões do inclinador construído
seguem mostradas na Figura 9, abaixo:
Figura 8:Dimensões do inclinador da catapulta (em Figura 9: Dimensões do inclinador (perfil). Fonte:
perspectiva). Fonte: Os Autores. Os Autores.

O inclinador foi fixado à base através de uma dobradiça, de modo que, quando a
gaiola se inclina, ele tenha mobilidade para se ajustar à nova posição assumida por ela.
Cada uma das três extremidades de madeira horizontal mostradas na ilustração das
Figuras 8 e 9, são travas que fixam a gaiola nos ângulos de 30°, 45° e 60°, de baixo para
cima, respectivamente. Acoplou-se um transferidor de lousa para referenciar os ângulos
e amarram-se 4 elásticos, cada um em uma aresta do retângulo superior que forma a
gaiola. A Figura 10 mostra este estágio da construção da catapulta:

Figura 10:Gaiola inclinada na base. O inclinador é mostrado na


parte direita, fixando a base no ângulo de 45°. O transferidor de
lousa auxilia na leitura do ângulo obtido. Fonte: Os Autores.
Utilizou-se um tampão de encanamento de PVC com diâmetro de 50 mm como
suporte de lançamento dos projéteis. Essa peça foi chamada de copo disparador e foi presa
às quatro extremidades dos elásticos de modo que ficasse ao centro da gaiola.
Por fim, fixou-se por meio de pregos, uma catraca na base para o tensionamento
dos elásticos. Furou-se o centro do fundo do copo disparador e passou-se uma corda fina
por ele. Deu-se um nó na extremidade superior da corda de modo que ela não pudesse
passar mais pelo furo. Na extremidade inferior da corda, após o furo, amarrou-se um
pequeno mosquetão. Independentemente, enrolou-se na catraca 1 m de corda e deixou-se
uma extremidade livre. À esta última extremidade solta amarrou-se um pequeno prego
que foi previamente entortado na forma de gancho. Esse prego foi chamado de gatilho.
Finalmente, para acionar a catapulta, isto é, para esticar os elásticos, bastou
encaixar o gatilho no mosquetão e girar a catraca para tencioná-los. Para disparar,
amarrou-se outros 30 cm de corda ao corpo do gatilho, de modo que, a ser puxada, este
desliza pelo mosquetão que se liberta e libera o movimento. As Figura 11, 12 e 13
mostram a catapulta finalizada e armada para um disparo.

Copo disparador
Mosquetão

Gatilho
Catraca

Corda do gatilho

Figura 11:Catapulta concluída e armada para um disparo. Fonte: Os Autores.

Figura 12: Catapulta armada. Fonte: Os Figura 13: Corda do gatilho a ser puxada e liberar o
Autores. lançamento. Fonte: Os Autores.
Parte 2: Construindo os Projéteis Biodegradáveis.
Os projéteis biodegradáveis propostos são basicamente pequenos pacotes de
material biodegradável contendo um fragmento de rocha (para aumentar a massa e
melhorar a dinâmica do lançamento), uma pequena massa de terra adubada e as sementes
de embaúba (Cecropia hololeuca). Montaram-se dois tipos de projéteis que diferenciaram
quanto ao material do invólucro: plástico biodegradável de amido de batata e outro feito
de folhas de árvores. Estes dois tipos de projéteis construídos serão descritos a seguir.

i) Projéteis com invólucro de plástico biodegradável.


A primeira etapa para a confecção deste tipo de projétil consistiu na produção de
um tipo de plástico biodegradável oriundo do amido de batata. O primeiro passo para essa
produção foi a obtenção das batatas para extração do amido. As batatas obtidas foram
descascadas e cortadas. Inseriu-se em um liquidificador a massa resultante de 4 unidades
de batatas e 1,5 litro de água. Acionou-se o liquidificador e as batatas foram trituradas,
conforme mostra a Figura 14, abaixo:

Figura 14: Batatas sendo trituras com água em um


liquidificador. Fonte: Os Autores.

O líquido e a poupa de batata triturada obtidos na trituração foram separados


através de um pano que serviu como filtro. Utilizou-se um funil de vidro para auxiliar a
coleta deste líquido obtido. A poupa foi descartada e o líquido foi armazenado em uma
garrafa PET para sofrer decantação, como mostra a Figura 15.
Figura 15: Batata triturada com água sendo
filtrada. Fonte: Os Autores.
Figura 16: Líquido com amido de batata
armazenado em uma garrafa PET. Fonte:
Os Autores.

Aguardaram-se 3 dias para que o amido presente no líquido da garrafa pudesse


decantar, formando corpo de fundo. O líquido restante foi removido da garrafa por
derramamento. Para a remoção do amido, cortou-se a garrafa e utilizou-se uma colher. O
volume de amido de batata hidratado resultante foi de aproximadamente 100 mL (Figura
17), sendo esta adicionada a um béquer de 400 mL de capacidade (Figura 18 ).

Figura 17: Amido de batata decantado no fundo


de garrafa PET recortada. Fonte: Os Autores.

Figura 18: Amido de batata transferido ao béquer


de 400 mL. Fonte: Os Autores.

Adicionaram-se ao béquer onde estava o amido mais 125 mL de água, 25 mL de


vinagre de cozinha e 20 mL de glicerina. A mistura foi aquecida sobre a chama de uma
lamparina por meio de um tripé e tela de amianto, conforme ilustra a Figura 19.
Figura 19: Mistura de amido de batata, água,
vinagre e glicerina em aquecimento. Fonte: Os
Autores.

Mexeu-se a mistura durante o aquecimento durante cerca de 10 minutos, obtendo-


se então uma massa gelatinosa transparente (Figura 20). Essa massa foi transferida para
uma superfície lisa e plana para se resfriar e secar (Figura 21).

Figura 21:Massa de plástico biodegradável sendo


Figura 20: Massa gelatinosa de plástico transferida e espalhada em uma superfície lisa e plana.
biodegradável em resfriamento. Fonte: Os Fonte: Os Autores.
Autores.
Após 3 dias, a massa espalhada secou e se tornou uma fina película flexível e
translúcida (Figura 22). Essa película constituiu o plástico biodegradável produzido, que
posteriormente, foi recortada em retângulos de 8 cm x 10 cm (Figura 23) para a confecção
dos invólucros dos projéteis.

Figura 23: Plástico biodegradável recortado e


pronto para ser usado para embalar as sementes.
Fonte: Os Autores.
Figura 22: Plástico biodegradável seco e
pronto para ser recortado. Fonte: Os Autores..

Para a confecção do projétil, depositaram-se cerca de 10 gramas de terra adubada,


10 sementes de Cecropia hololeuca (Figura 24) e um fragmento de rocha (granito) de
diâmetro aproximado de 3 cm e de massa de 50 gramas (Figura 25).

Figura 24: As sementes de Cecropia hololeuca Figura 25: Projétil sendo preenchido com terra
possuem poucos milímetros de comprimento. adubada, sementes e fragmento rochoso. Fonte:
Fonte: Os Autores. Os Autores.
O invólucro de plástico biodegradável foi fechado com seu conteúdo, formando
uma pequena trouxa. Essa trouxa foi amarrada com uma tira do plástico biodegradável
produzido, concluindo assim a confecção deste tipo de projétil proposto (Figura 26).

Figura 26: Projétil de plástico biodegradável


pronto. Fonte: Os Autores.

Foram produzidos 15 projéteis deste tipo, com peso unitário de aproximadamente


65 gramas. Esse conjunto de projéteis foram projetados para transportar 150 sementes de
árvores para o reflorestamento.

ii) Projéteis com invólucro de folhas de árvore.


Este segundo tipo de projétil possui as mesmas características do anterior quanto
ao conteúdo, mas diferindo no material do invólucro. Esta segunda proposta de invólucro
também se aproveitou de matéria biodegradável, pois utilizou-se folhas de árvores como
envelope. Confeccionou-se pequenas trouxas de folhas de árvores presentes nas
dependências da própria escola. Coletou-se folhas principalmente de mangueiras
(Mangifera indica). A amarração das trouxas foi realizada por meio de caules de
gramíneas e arbustos também coletadas no terrena da escola. Os projéteis confeccionados
desta forma, seguem mostrados na Figura 27, a seguir.

Figura 27: Projétil com invólucro de folhas


pronto. Fonte Os Autores.
Foram confeccionados 15 projéteis deste tipo, cuja capacidade de dispersão de
sementes pode promover o plantio de 150 árvores.

Parte 3: Lançando os Projéteis com Sementes


O lançamento dos projéteis dos dois tipos de invólucros (plástico biodegradável e
folhas de árvores) foi o clímax do projeto. Ao todo, confeccionou-se 30 projéteis com
capacidade total para reflorestar uma quantidade máxima de 300 árvores.
A escolha dos locais para os lançamentos seguiu os seguintes critérios: (i) área de
ocupação original da Mata Atlântica, (ii) área degradada principalmente por queimadas,
(iii) área de grande elevação para lançamento de longo alcance e (iv) área de relativo
difícil acesso.
Alguns municípios localizados no entorno da cidade de Mairinque, e a própria
cidade, possuem diversos pontos que se enquadram nos requisitos adotados. O primeiro
ponto de lançamento escolhido foi o Morro do Saboó (Figura 28), importante ponto
turístico da cidade de São Roque, com altitude de 1092m, coberto pela Mata Atlântica e
alvo de recente queimada (ocorrida na mesma semana do lançamento). Outro ponto de
lançamento escolhido foram as encostas da Serra do Voturuna, na cidade de Santana de
Parnaíba (SP). A Serra do Voturuna (Figura 29) é uma importante unidade de
conservação, sendo uma Área Natural Tombada pelo (ANT) pelo Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo
(CONDEPHAAT). Recentemente, também foi alvo de queimadas e teve extensas áreas
degradadas, conforme fotografias mostradas na introdução teórica deste projeto. A Serra
do Voturuna também abriga a Mata Atlântica e possui ponto culminante de
aproximadamente 1200 m de altitude.

Figura 28: Silhueta do Morro do Saboó em São Figura 29:Contorno dos morros da Serra do
Roque (SP). Fonte Os Autores. Voturuna, Santana de Parnaíba (SP). Fonte Os
Autores.

O lançamento das sementes foi realizado em dois dias distintos. O primeiro


lançamento foi realizado no dia 21 de setembro de 2021 no Morro do Saboó, na cidade
de São Roque/SP. Foi presenciado neste mesmo dia uma queimada que avançou
destruindo a vegetação das encostas do morro (Figuras 30 e 31).
Figura 30: Vegetação das encostas do Morro do Figura 31: Vegetação destruída pela queimada
Saboó queimada. Fonte: Os Autores. no Morro do Saboó. Fonte: Os Autores.

A catapulta foi posicionada em pontos distintos no topo do Morro do Saboó, de


modo que os projéteis portadores de sementes caíssem nas áreas degradadas pela
queimada. Foram lançados 15 projéteis que dispersaram um total de 150 sementes nas
encostas do morro (Figura 32, 33 e 34).

Figura 32: Projéteis prontos para serem Figura 33: Lançamento dos projéteis no topo do Morro do
lançados. Fonte: Os Autores. Saboó. Em destaque vemos o projétil arremessado no ar.
Fonte: Os Autores.

Figura 34: Lançamento dos projéteis no topo do Morro do Saboó. Em destaque


vemos o projétil arremessado no ar. Fonte: Os Autores..
O segundo lançamento foi realizado no dia 25 de setembro de 2021 em pontos da
Serra do Voturuna. Durante o transporte da catapulta para os pontos altos da serra, foram
notadas áreas recentemente também degradadas por queimadas (Figura 35). Nesta
ocasião, foram lançados outros 15 projéteis portadores de sementes. Assim como no
primeiro dia de lançamento, foram dispersadas 150 sementes de embaúba nas encostas
degradadas dos morros da serra (Figura 36).

Figura 35: Área degradada por queimada recente na Serra do Figura 36: Lançamento de
Voturuna (Santana de Parnaíba). Fonte: Os Autores. projéteis em um dos pontos
selecionados (Serra do Voturuna).
Fonte: Os Autores.

5- Resultados
O primeiro resultado encontrado foi o desempenho dinâmico da catapulta
construída. Para tanto, mediu-se o peso necessário com diferentes objetos para se
conseguir a máxima extensão dos elásticos da catapulta, ou seja, a força necessária para
armar o lançamento. Esta força é importante, pois representa a mesma força que a
catapulta imprime nos projéteis a ser disparados. Através da força de lançamento e do
deslocamento vertical descrito pelo copo disparador que sobe acoplado aos elásticos
quando retornam à posição de relaxamento, pôde-se calcular o trabalho mecânico da força
elástica desempenhada pela catapulta durante o lançamento.
A força necessária para estender ao máximo os elásticos e armar o disparo foi de
12 kgf ou 120N. O deslocamento vertical do copo disparador foi de 25 cm. Assim, foi
possível determinar o trabalho mecânico, a velocidade final do projétil ao abandonar o
copo disparador (através do teorema trabalho-energia) e outras características físicas do
lançamento mediante as equações da cinemática (lançamento vertical e lançamento
oblíquo). Os resultados encontrados seguem expressos na Tabela 1, a seguir:

Tabela 1: Características Físicas da Catapulta e do Lançamento (projétil com


massa considerada de 100g e aceleração da gravidade local aproximada para
10 m/s²).
Características Quantidade
Força sobre o projétil
12 kgf ou 120 N
durante o lançamento
Deslocamento do copo
disparador durante o 0,25 m
lançamento
Energia Mecânica
30 Joules
transferida ao projétil
Velocidade inicial do
24,5 m/s ou 88 km.
projétil ao ser disparado
Duração do lançamento
0,02 s
(aprox.)
Aceleração do projétil
1200 m/s²
durante o lançamento
Potência mecânica de
1500 Watts ou 2 cavalos-vapor
lançamento
Altura máxima atingida
pelo projétil na
30,0 m
configuração horizontal
(0°).
Altura máxima atingida
pelo projétil na
configuração oblíqua 7,5 m; 15,0 m; 22,5 m
(30°, 45° e 60°,
respectivamente).
Alcance horizontal
máximo na
configuração oblíqua 52,0 m; 60,0 m; 52,0 m
(30°, 45° e 60°,
respectivamente).

A maioria dos lançamentos em ambas as localidades, Morro do Saboó e Serra do


Voturuna, foram realizados na configuração de 45°. Isto significa que os projéteis
transportadores de sementes tiveram um alcance horizontal de 60 m a partir dos locais de
fixação da base da catapulta. Este alcance é relativamente interessante, pois como os
lançamentos foram feitos no topo de grandes declives, foi possível atingir as áreas
pretendidas, sobretudo as degradadas por queimadas.
Conforme testes realizados, o plástico biodegradável se rompe e começa a se
decompor a partir de 15 dias na natureza. Isto significa que as sementes só entrarão em
contato com o solo após cerca de duas semanas do lançamento. No Morro do Saboó, a
partir do dia 5 de outubro e na serra do Voturuna, a partir do dia 9 de outubro de 2021.
As sementes de Cecropia hololeuca são capazes de resistir a este intervalo de tempo, já
que são naturalmente dispersas por animais na floresta e podem ficar por longo tempo
disponíveis no solo, fazendo parte de seu banco de sementes. Por outro lado, o tempo de
duas semanas é importante para que o solo se estabilize após as queimadas, evitando o
risco dos danos produzidos por possíveis brasas remanescentes.
O tempo de duas semanas também é compatível com o desmanche dos projéteis
de invólucro de folha de árvore, também verificado durante o projeto. Ao mesmo tempo
que protege as sementes, os invólucros servem como adubo, melhorando pontualmente o
solo para a germinação das mesmas. Como descrito na introdução teórica, o tempo de
emergência das sementes de Cecropia hololeuca é de 2 a 3 semanas. Logo o tempo para
que as primeiras árvores de embaúba comecem a brotar em seus locais de repouso é de
aproximadamente 1 mês após os lançamentos. A Tabela 2 mostra a previsão das datas:

Tabela 2: Datas previstas para o rompimento dos projéteis e emergências das sementes lançadas.

Data prevista para o Data da


Local do Data do rompimento/degradação emergência das
lançamento Lançamento dos invólucros dos árvores (Cecropia
projéteis hololeuca)
Morro do Saboó 21/09 05/10 26/10
Serra do Voturuna 25/09 09/10 30/10

Como se pode verificar, a emergência das árvores se realizará em datas além dos
prazos estabelecidos nesta feira de ciências. Portanto, não será possível demonstrar a
tempo os resultados reais do reflorestamento realizado. Por outro lado, mesmo nas datas
mostradas na Tabela 2, não será possível localizar com exatidão as mudas na área alvo,
pois além de estarem muito pequenas, foram lançadas em áreas de difícil acesso. Em
última análise, pode-se considerar que o resultado visível das possíveis árvores semeadas
levará um longo período do tempo, pois as árvores levarão meses ou até anos para
atingirem o tamanho necessário para serem visualizadas à distância. Mesmo assim, por
terem crescimento relativamente rápido, as embaúbas em breve se destacarão na
paisagem florestal degradada, podendo ser facilmente reconhecida devido suas copas
esbranquiçadas.

6- Contrapartida Social
A recuperação das florestas da Mata Atlântica é essencial para a melhoria da
qualidade de vida da população. Cerca de 60% da população do Brasil reside em área
ocupada por este bioma. Grande parte da sociedade brasileira depende dos recursos
naturais provenientes da Mata Atlântica, sobretudo da água proveniente de seus
mananciais. A preservação deste bioma implica diretamente em nossa própria
preservação, tanto no âmbito dos recursos naturais e da saúde, quanto no econômico.
O esgotamento dos recursos naturais e a destruição das florestas, não só as da
Mata Atlântica, colocam em grande risco nosso desenvolvimento e das gerações futuras.
O aquecimento global recrudescido pelas queimadas criminosas é um fato preocupante,
colocando o planeta a um passo de um desequilíbrio climático sem precedentes e com
consequências sociais e biológicas catastróficas.
O reflorestamento é uma saída urgente e a recuperação de áreas tão ricas em
biodiversidade como as da Mata Atlântica serão nosso legado para os brasileiros de agora
e do futuro.

7- Considerações Finais
Este projeto buscou contribuir para a recuperação de alguns pontos de um dos
biomas mais ricos do nosso país e do mundo. Além de permitir a semeadura de centenas
de árvores, a propagação das ideias aqui apresentadas poderá promover uma
conscientização social para a preservação da Mata Atlântica, que também é nosso lar.
Acreditamos que os protótipos desenvolvidos, catapulta e projéteis, apesar de
serem simples, sejam uma nova opção que possa ajudar na luta contra a degradação
ambiental. Assim, consideramos que pudemos responder a questão problema deste
projeto: os protótipos da catapulta e dos projéteis biodegradáveis podem promover o
reflorestamento de áreas de difícil acesso sem gerar poluição na natureza.
Estamos gratos pelo apoio do professor orientador e por todo o apoio dos
professores, direção e amigos que colaboraram ativamente para a execução deste projeto
e tentaram fazer deste mundo um lugar mais verde e melhor.

Referências
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística . 2019 Biomas e Sistema Costeiro-
Marinho do Brasil - 1:250 000. Brasil: IBGE, 2019.

TABARELLI, Marcelo. et al. Desafios e oportunidades para a conservação da


biodiversidade da Mata Atlântica brasileira. Megadiversidade, v. 1, n.1, p. 132 – 138,
julho de 2005.

RBMA- Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A Mata Atlântica. RBMA, 2019.


Disponível em: <https://rbma.org.br/n/a-rbma/quem-somos/>. Acesso em 20 de setembro
de 2021.

CAMPANILI, Maura; SCHÄFFER, Wigold Bertolo. Mata Atlântica: manual de


adequação ambiental. Biodiversidade, p. 96, Brasília, 2010.

ALVES, Agripino E. O. et al. Levantamento preliminar da entofauna e grau de


conservação de um remanescente de Mata Atlântica, Laranjeiras, Sergipe. Agroforestalis
News, v.2, n.1, Aracaju, 2017.
WWF BRASIL. Mata atlântica luta pela sobrevivência. WWF, 2021. Disponível em:
<https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/dia_do_meio_ambiente/mata_atl
antica_dia_do_meio_ambiente/>. Acesso em 20 de setembro de 2021.

AMDA- Associação Mineira de Defesa do Ambiente. Mata atlântica é hotspot mundial.


AMDA,2017. Disponível em:
<https://www.amda.org.br/index.php/comunicacao/informacoes-ambientais/5229-mata-
atlantica-e-hotspot-mundial>. Acesso em 22 de setembro de 2021.

IBF- Instituto Brasileiro de Florestas. IBF, 2021. Disponível em:


<https://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica?utm_source=google-
ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=biomas&keyword=mata%20atl%C3%A2ntica
&creative=519561022233&gclid=CjwKCAjwqeWKBhBFEiwABo_XBse5oZLNxmGt
mHP6SDUOZlEclx85hMGbfXjjh2H625RRe_i48x-C0RoC1aoQAvD_BwE>. Acesso
em 22 de setembro de 2021.

ECO. Focos de queimadas na Mata Atlântica superam em 13% índices do ano passado.
Eco, 2020. Disponível em: <https://www.oeco.org.br/reportagens/focos-de-queimadas-
na-mata-atlantica-superam-em-13-indices-do-ano-passado/>. Acesso em 22 de setembro
de 2021.

AQUI TEM MATA? SOS Mata Atlântica. Aqui tem Mata?, 2020. Disponível em:
<https://www.aquitemmata.org.br/#/>. Acesso em 23 de setembro de 2021.

ECYCLE. O que são espécies pioneiras? Ecycle, 2021. Disponível em:


<https://www.ecycle.com.br/especies-pioneiras/>. Acesso em 23 de setembro de 2021.

NEVES, Ana P. S. F. das; PEREIRA, João L. Alves. A sucessão ecológica e suas


implicações no processo de licenciamento ambiental no estado de São Paulo. Rev.
Acadêmica Oswaldo Cruz, ano 1, n.2, São Paulo, 2014. Disponível em:
<https://oswaldocruz.br/revista_academica/content/pdf/Ana%20Paula%20Scherer%20F
erreira%20das%20Neves.pdf>. Acesso em 25 de setembro de 2021.

SANTANA, Cláudio A. de A.; SILVA, Antônio Torres. Manual de identificação de


mudas de espécies florestais. Prefeitura do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1ª edição, p.36-
37, 2009.
EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias. Embaúba. Embrapa, 2021.
Disponível em: <https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-
ecologica/especies/embauba>. Acesso em 25 de setembro de 2021.

GASPAR, Alberto. Física. Ática, São Paulo, 2005.

ESTADO DE SÃO PAULO. Currículo paulista: Etapa Ensino Médio. 2020. p.8.
Disponível em: <https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/>. Acesso dia 25 de
setembro de 2021.

Você também pode gostar