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INTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO SONGO

ENGENHARIA TERMOTÉCNICA T11

PENDULO BALÍSTICO
 FUNCIONAMENTO DO PENDULO BALÍSTICO E SEU USO NA
DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADE DE PROJETEIS.

DISCENTES:
ANTÓNIO MARCOS JOSÉ
DOMINGOS JOÃO ÂNGELO ERNESTO
GIL JOSÉ ALBERTO
RÚBEN RAIMUNDO GUIRRUGO

SONGO
2021
DISCENTES:
ANTÓNIO MARCOS JOSÉ
DOMINGOS JOÃO ÂNGELO ERNESTO
GIL JOSÉ ALBERTO

RÚBEN RAIMUNDO GUIRRUGO

PENDULO BALÍSTICO
 FUNCIONAMENTO DO PENDULO BALÍSTICO E SEU USO NA
DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADE DE PROJETEIS.

TRABALHO APRESENTADO AO
DOCENTE TACHO DA CADEIRA FÍSICA
APLICADA COMO REQUISITO PARCIAL
PARA AVALIAÇÃO.
ORIENTADOR: MSC FERNANDO TACHOS

SONGO

2021
Lista de figuras

Figura 1: Design de um pêndulo balístico. Fonte: (Nussenxveig, 2000) ................................... 3


Figura 2: Pêndulo balístico. Fonte: (Nussenxveig, 2000) .......................................................... 4
Figura 3: (Resnick, 1979) ........................................................................................................... 6
Figura 4: Momentos angulares. Fonte: (Tipler, 1985)................................................................ 7
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 1

Pêndulo balístico ........................................................................................................................ 2

Definição: ................................................................................................................................ 2

Pêndulo balístico – Dispositivo .............................................................................................. 3

Velocidade do projétil ............................................................................................................. 5

Método aproximado para cálculo da velocidade de fogo .................................................... 5

Método exato para calcular a velocidade de fogo ............................................................... 6

Determinação da velocidade do projeto pelo método aproximado ..................................... 9

Velocidade do projeto - método exato ................................................................................ 9

Velocidade do míssil - método exato ................................................................................ 10

Exercício 1: ........................................................................................................................... 10

Exercício 2: ........................................................................................................................... 11

Conclusão ................................................................................................................................. 13

Referências Bibliográfica ......................................................................................................... 14


Introdução
Desde os tempos mais primórdios o homem vem buscando soluções para problemas que o
rodeia, inventando métodos e instrumentos que se tornam peças importantes no seu cotidiano.
As armas foram criadas na antiguidade com o intuito de proteção para o homem, devido ao
sistema de vida da época. Era de extrema importância ter um jeito de se proteger dos predadores
naturais. Com o passar do tempo e a evolução das armas, elas começaram a ser usadas como
elemento de poder por pessoas que utilizavam a força para se sobrepor à sociedade. A partir
dessa utilização varias nações com intuito de expandir os seus domínios e engrandecer sua
supremacia começaram a estudar mais a fundo as leis da balística como hoje é chamado, para
poder desenvolver instrumentos cada vez melhores. Um desses estudos levou à criação de um
aparato que fosse capaz de medir a velocidade de saída de um projétil e, a partir disso, calcular
seu alcance, os estragos que possa causar, etc. Inventado em 1942, bem no meio da 2º guerra
mundial, época de grande avanço das leis da balística, o pêndulo balístico foi muito usado pelas
nações que pesquisavam formas de se salientar na disputa e fazendo com que ela tivesse um
termino rápido e favorável a sua nação. Hoje é muito utilizado a fim de demonstrar a teoria de
conservação do momento linear, facilitando o entendimento da mesma. Teoria esta muito
importante para um tecnólogo em mecatrônica industrial, e em outras áreas que trabalham com
estudos da mecânica. O desenvolvimento de um pêndulo balístico está diretamente ligado com
a atualidade.
Este trabalho tem como objetivo: Descrever o funcionamento do pêndulo balístico e seu uso na
determinação de velocidade de projeteis.

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Pêndulo balístico
Seu livro de 1742, New Principles In Gunnery (Novos princípios em artilharia), introduziu o
pêndulo balístico e explicou como ele poderia ser usado. Robins observou que também se pode
usar o dispositivo, anexando uma arma ao pêndulo, disparando-o e observando o movimento
do pêndulo após a explosão (Nussenxveig, 2000).

Com o século XIX, surgiu o desenvolvimento de dispositivos balísticos que pudessem medir
diretamente a velocidade, possibilitando medições mais precisas e fáceis.

No entanto, os princípios básicos por trás do pêndulo balístico ainda são sólidos e esses
dispositivos podem ser usados com uma variedade de projéteis, não apenas com balas.

Historicamente, os pêndulos balísticos eram usados para medir o momento de tudo, desde balas
a balas de canhão, fornecendo uma grande quantidade de informações que não estavam
disponíveis antes para os membros da comunidade balística.

Nas aulas de física, às vezes é mostrado aos alunos uma demonstração ou filme do pêndulo
balístico para aprender sobre conservação do momento e conservação de energia. Os alunos
podem ser questionados sobre os tipos de cálculos que podem usar para coletar informações
sobre o movimento da bala e sobre a física por trás do movimento da bala e do pêndulo
(Nussenxveig, 2000).

Um pêndulo balístico é um pêndulo com um prumo bifilarmente suspenso que retém objetos
que o atingem e registra a amplitude do balanço causado pelo impacto, a velocidade do objeto
(como uma bala de fuzil) penetrando no prumo sendo calculada pela aplicação dos princípios
de conservação do momento e energia.

Um pêndulo balístico é um dispositivo consistindo de uma grande massa pendurada em uma


barra horizontal por duas hastes, usada para medir a velocidade de um objeto, como uma bala,
retendo o objeto no impacto, sendo sua velocidade uma função do deslocamento da massa.

Um pêndulo balístico é um aparelho para determinar a velocidade de um projétil a partir da


quantidade de deflexão produzida quando atinge um alvo que está livre para oscilar
(Nussenxveig, 2000).

Definição:
Um pêndulo balístico é um dispositivo usado para chegar à energia cinética e velocidade de
uma bala (Nussenxveig, 2000).

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O desenvolvimento do pêndulo balístico foi um evento significativo na história da balística,
permitindo que esse campo de estudo avance significativamente. Hoje, outros dispositivos são
usados para estudar o movimento de balas, mas o pêndulo balístico vive nas salas de aula de
física em todo o mundo, onde é usado para fornecer uma introdução simples a conceitos como
momento (Nussenxveig, 2000).

O design de um pêndulo balístico é bastante simples.

Figura 1: Design de um pêndulo balístico. Fonte: (Nussenxveig, 2000)


O dispositivo consiste em um peso preso a um braço. O peso tem um bloco de madeira anexado,
que é projetado para pegar uma bala quando é disparado contra o bloco.

Segundo (Nussenxveig, 2000) conhecendo as propriedades do pêndulo e as propriedades da


bala, alguém pode disparar uma bala no pêndulo, anotar a distância que ela percorre e usar essas
informações como base de várias equações para determinar a velocidade e coletar outras
informações sobre a bala.

Este dispositivo parece ter sido desenvolvido na Inglaterra em 1700. Benjamin Robins, um
matemático britânico e especialista em balística, é frequentemente creditado com o
desenvolvimento do pêndulo balístico.

Pêndulo balístico – Dispositivo


Pêndulo balístico, dispositivo para medir a velocidade de um projétil, como uma bala. Um
grande bloco de madeira suspenso por dois cordões serve como o pêndulo (Nussenxveig, 2000).

Quando uma bala é disparada para dentro da bobina, seu momento é transferido para a bobina.

3
O momento da bala pode ser determinado a partir da amplitude do balanço do pêndulo. A
velocidade da bala, por sua vez, pode ser derivada de seu momento calculado.

O pêndulo balístico foi inventado pelo matemático e engenheiro militar britânico Benjamin
Robins, que descreveu o dispositivo em sua principal obra, Novos Princípios da Artilharia
(1742) (Nussenxveig, 2000).

O pêndulo balístico foi amplamente suplantado por outros dispositivos para testes de
velocidade de projéteis, mas ainda é usado nas salas de aula para demonstrar conceitos relativos
ao momento e à energia.

Figura 2: Pêndulo balístico. Fonte: (Nussenxveig, 2000)


O pêndulo balístico é um método clássico para determinar a velocidade de um projétil. Isso
também serve para demonstrar alguns princípios fundamentais da física.

A bola é lançada no pêndulo, que então oscila entre um ângulo mensurável. A partir da altura
atingida pelo pêndulo, podemos calcular sua energia potencial. Essa energia potencial é igual à
energia cinética do pêndulo no final do balanço, logo após bater na bola (Resnick, 1979).

Não podemos igualar a energia cinética do pêndulo após a colisão com a energia cinética da
bola antes da colisão, pois a colisão entre a bola e o pêndulo é inelástica e a energia cinética
não é conservada em uma colisão inelástica. Portanto, o momento da bola antes da colisão é
igual ao momento do pêndulo após a colisão.

Uma vez que o momento da bola e sua massa são conhecidos, a velocidade inicial da bola pode
ser determinada.

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Velocidade do projétil
A velocidade do projétil pode ser calculada de duas maneiras (Tipler, 1985):

 O primeiro método (método aproximado), que assume que o pêndulo e a bola atuam
juntos como uma massa pontual localizada em seu centro de massa combinado. Este
método não leva em consideração a inércia rotacional.
 O segundo método (método exato) usa a inércia rotacional do pêndulo nos cálculos. As
equações são um pouco mais complicadas e você precisa de mais dados para encontrar
o momento de inércia do pêndulo; isso torna os resultados obtidos geralmente melhores.

Método aproximado para cálculo da velocidade de fogo


Ele começa com a energia potencial do pêndulo no topo de sua oscilação:

Onde M é a massa combinada do pêndulo e da bola, g é a aceleração da gravidade e Δh é a


mudança na altura. Substituímos a altura:

ΔhCM = R(1 − cos 𝜃) (2)

ΔU = M g RCM(1 − cos 𝜃) (3)

Onde:

RCM: é a distância do pivô ao centro de massa do sistema (projétil + pêndulo).

𝜃 : é o ângulo de deflexão do pêndulo. A energia potencial U é igual à energia cinética K do


pêndulo imediatamente após a colisão:

O momento Pp do pêndulo logo após a colisão é:

Que podemos substituir na equação anterior restante:

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Resolver esta equação para o momento do pêndulo dá:

Este momento é igual ao momento da bola antes da colisão:

Equacionar essas duas equações e substituir KE pela energia potencial conhecida nos dá:

Resolvemos isso para a velocidade da bola e simplificamos para obter:

Figura 3: (Resnick, 1979)

Método exato para calcular a velocidade de fogo


A energia potencial é encontrada de forma idêntica à mostrada anteriormente (Tipler, 1985):

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Para energia cinética, usamos a equação para energia cinética angular em vez de linear e
substituímos na equação para momento angular.

Aqui, I é o momento de inércia do sistema pêndulo-bola e ω é a velocidade angular


imediatamente após a colisão.

Como feito anteriormente, esta última equação é resolvida para o momento angular:

Este momento angular é igual ao momento angular da bola antes da colisão, medido a partir do
ponto de articulação do pêndulo.

Onde: Rb é a distância do pivô do pêndulo ao projétil. (Este raio não é geralmente igual a Rcm,
que é a distância do ponto de articulação ao centro de massa do sistema de pêndulo / massa.)

Figura 4: Momentos angulares. Fonte: (Tipler, 1985)

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Esses dois momentos angulares são iguais para cada um assim:

Resolvemos para v:

Agora precisamos encontrar I, o momento de inércia do pêndulo e da bola. Para fazer isso
Começaremos com o equivalente rotacional da segunda lei de Newton:

Onde está o torque, I é o momento de inércia e α é a aceleração angular. A força no centro de a


massa do pêndulo é precisamente Mg e o componente desta força é direcionado para o centro
do pêndulo oscilador é:

O torque no pêndulo é:

Para ângulos pequenos 𝜃, sin 𝜃 ≈ 𝜃, se fizermos esta substituição e resolvermos, obteremos:

Esta equação tem a mesma forma que a equação para movimento harmônico linear simples:

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Se compararmos essas duas equações, linear e angular, vemos que o pêndulo exibe um
movimento harmônico simples e que o quadrado da frequência angular (ω2) para este
movimento é justo:

Resolver isso para I nos dá o resultado desejado:

Onde T é o período do pêndulo.

Nota: Aproximamos o pequeno ângulo para encontrar I, sendo que I não depende a partir de 𝜃.
Isso significa que devemos medir o período T usando pequenas oscilações; mas uma vez
calculamos I com este período, podemos usar este valor de I apesar da amplitude alcançada
durante outras partes do experimento.

Determinação da velocidade do projeto pelo método aproximado


A velocidade inicial da bola ao sair do lançador de projéteis é determinada pelo disparo da bola
dentro do pêndulo e observando o ângulo máximo que o pêndulo atinge (Resnick, 1979).

A velocidade aproximada da bola é encontrada usando a seguinte Equação:

Onde M é a massa combinada do pêndulo e da bola, m é a massa da bola, g é a aceleração de


gravidade, Rcm é a distância do pivô ao centro de massa do pêndulo, e Ө é o ângulo alcançado
pelo pêndulo.

Velocidade do projeto - método exato

Onde:

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I: é o momento de inércia do pêndulo com a bola no pegador. O valor de eu pode ser encontrado
medindo o período de pequenas oscilações do (pêndulo + bola), por meio da equação:

Onde: T é o período do (pêndulo + bola).

Velocidade do míssil - método exato


A equação para determinar a velocidade exata da bola é:

Onde:

I: é o momento de inércia do pêndulo com a bola no agarrador. O valor de I pode ser encontrado
medindo o período de pequenas oscilações do (pêndulo + bola), usando a equação:

Onde: T é o período do (pêndulo da esfera)

Exercício 1:
A figura é uma representação de um pêndulo balístico, um antigo dispositivo para se medir a
velocidade de projéteis.

Suponha que um projétil com velocidade Vp, de massa m = 10g, atinge o bloco de massa
M=990g inicialmente em repouso. Após a colisão, o projétil aloja-se dentro do bloco e o
conjunto atinge uma altura máxima h = 5,0 cm. Considerando g = 10 m/s2, calcule a velocidade
do projétil, em m/s.

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Resolução
𝑣² = 2𝑔. ℎ
𝑣² = 2 . 10 . 0,05 = 1
𝑣 = 1 𝑚/𝑠

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑚. 𝑉𝑝 = (𝑚 + 𝑀). 𝑣
10. 𝑉𝑝 = (10 + 990).1
𝑉𝑝 = 100 𝑚/𝑠

Exercício 2:
Uma bala de massa m é disparada com velocidade v contra um pêndulo balístico de massa 𝑀.
A bala atravessa o pêndulo e emerge com velocidade 𝑣/4.

a) Calcular a altura máxima de elevação do pêndulo.


É conservação de movimento.

b) Calcular a energia dissipada quando a bala atravessa o pêndulo.


Energia Cinética

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Exercício 3:

Uma bala de 10 g de massa choca com um pêndulo balístico com 2,0 kg de massa, alojando-se
neste. O pêndulo sobre uma distância vertical de 12 cm. Calcule a rapidez inicial da bala.

Resolução

A rapidez de embate da bala pode ser encontrada aplicando a conservação de energia mecânica
na subida do pêndulo e a conservação de momento linear no embate. Designando i e f como os
instantes imediatamente antes e após o embate e ‘topo’ como a situação de altura máxima do
pêndulo, temos:

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Conclusão
O pêndulo balístico mede as velocidades de projéteis por meio de colisões inelásticas comum
corpo de massa muito maior. Nestas colisões, os corpos seguem juntos, como um único corpo
com a massa igual à soma das massas de todos os corpos antes do choque e a energia cinética
não é conservada, pois na análise por comparação entre a velocidade inicial do pêndulo
balístico e a velocidade inicial cinética do lançamento horizontal foi possível constatar que a
energia mecânica e a conservação do momento linear acontecem neste sistema com eficácia.

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Referências Bibliográfica

1. Nussenxveig, M. (2000). Curso de física básica. Edgard Blücher.


2. Resnick, H. e. (1979). Física. Livros técnicos e científicos.
3. Tipler, P. (1985). Física (2ª ed., Vol. I). Espanha: Reverte.

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