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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

ANA EMÍLIA LOBO E MARTFELD MUTIM


CARLOS ALBETO LIMA BARRETO
GABRIELLA REIS SOUZA SANTOS
RAFAEL NUNES DA CUNHA

MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES: PÊNDULO SIMPLES

Cruz das almas


2023
ANA EMÍLIA LOBO E MARTFELD MUTIM
CARLOS ALBERTO LIMA BARRETO
GABRIELLA REIS SOUZA SANTOS
RAFAEL NUNES DA CUNHA

MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES: PÊNDULO SIMPLES

Atividade apresentada aos cursos de Engenharia


Sanitária e Ambiental e Interdisciplinar em Ciências
Exatas e Tecnológicas do Centro de Ciências Exatas e
Tecnológicas da Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia como requisito parcial de avaliação da disciplina
GCET 826 – Física Experimental II (Turma 06) sob a
orientação do docente Ariston de Lima Cardoso.

Cruz das almas


2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................…………4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................…5
3. OBJETIVOS.........................................................................................................7
4. MATERIAIS UTILIZADOS..........................................................................….8
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...............................................................10
6. ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................11
7. CONCLUSÕES .......................................................................................……...16
8. REFERÊNCIAS ...................................................................................………...17
1. INTRODUÇÃO

Considerado o pai da física, Galileu Galilei, foi quem deu início aos estudos relacionados
ao pêndulo simples. De acordo com alguns biógrafos do mesmo, isso se deu em 1583 ou 1588,
em decorrência da observação das oscilações de um candelabro no Domo de Pisa. Galileu
observou que os candelabros com amplitude oscilação maior levavam o mesmo tempo para
percorrer a mesma distância que os candelabros de amplitude menor.
Ainda segundo Galileu, a oscilação do pêndulo é dependente apenas do comprimento do
referido pêndulo e é totalmente independente da sua massa.
Porém, apenas em 1602 apresentou a um amigo a sua ideia relacionada ao isocronismo
dos pêndulos, ou seja, que o período de oscilação de um pêndulo não depende de sua amplitude
(apenas para pequenas oscilações). Foi então que se deu início ao estudo do Movimento
Harmônico Simples.
O pêndulo acaba então sendo considerado como qualquer corpo rígido que gira em torno
de um determinado ponto fixo. Atualmente existem alguns tipos de pêndulo, como o pêndulo
simples que contém um corpo que oscila em torno de duas posições extremas, sendo que o fio
forma um ângulo pequeno. O período desse pêndulo pode ser calculado por meio da Lei do
Pêndulo, proposta por Galileu. E o pêndulo composto, onde um corpo oscila em torno de um
ponto que pertence ao próprio corpo.
Embora existam alguns tipos de pêndulo, o objetivo desse relatório é reconhecer o
Movimento Harmônico Simples através do Pêndulo Simples, buscando demonstrar que a
oscilação do pêndulo não depende da massa do corpo que se encontra no sistema e sim do seu
comprimento do fio.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O pêndulo simples é um objeto que consiste em uma massa geralmente uma esfera, mas
no nosso caso foi feiro com duas esferas maciças suspensas por um fio inextensível de
comprimento fixo. Quando a massa é deslocada da sua posição de equilíbrio e depois solta, ela
oscilará de um lado para o outro. Essa oscilação é conhecida como movimento harmônico
simples (MSH).
O pêndulo simples é um sistema composto por uma massa pontual suspensa por um fio
inextensível e sem massa, que oscila em um plano vertical sob a ação da gravidade. A posição
de equilíbrio do pêndulo simples é quando a massa está diretamente abaixo do ponto de
suspensão, e a força gravitacional é a única força atuante. Segundo Richard Feynman, “O
pêndulo é uma coisa extraordinária. O balanço de um relógio é um exemplo perfeito do que é
um pêndulo. É incrivelmente simples e, ao mesmo tempo, completamente surpreendente em
sua riqueza de comportamento.”
A equação do movimento do pêndulo simples é uma equação diferencial que pode ser
obtida a partir da segunda lei de Newton. A força restauradora que atua no pêndulo é
proporcional ao seno do ângulo de deslocamento em relação à posição de equilíbrio. Essa
equação diferencial é conhecida como equação do pêndulo simples e é dada por:

θ''(t) + (g/L)sin(θ(t)) = 0,

Onde θ(t) é o ângulo de deslocamento em função do tempo, g é a aceleração devida à


gravidade e L é o comprimento do fio do pêndulo.
Uma solução geral para essa equação é difícil de ser obtida analiticamente, mas é
possível fazer aproximações para pequenos ângulos de deslocamento, onde o seno pode ser
aproximado por seu argumento (θ(t) ≈ sin(θ(t))) e a equação do pêndulo simples se torna uma
equação diferencial linear, resultando em um movimento harmônico simples.
A solução para o movimento harmônico simples do pêndulo é uma função senoidal, e a
frequência desse movimento é chamada de frequência angular do pêndulo, dada por:

ω = √(g/L),

Onde ω é a frequência angular, g é a aceleração devida à gravidade e L é o comprimento


do fio do pêndulo. A frequência angular depende apenas das características do sistema, como o
comprimento do fio e a aceleração devida à gravidade, e não depende da amplitude do
movimento.
A lei das oscilações do pêndulo simples foi descoberta por Galileo Galilei em 1583, mas
foi desenvolvida matematicamente por Christiaan Huygens em 1673. Esta lei afirma que o
período de oscilação de um pêndulo simples é independente da massa da esfera, mas depende
apenas do comprimento do fio e da aceleração da gravidade.
O movimento simples harmônico do pêndulo simples é um tipo de movimento periódico
que ocorre quando uma força restauradora proporcional ao deslocamento age sobre uma massa
suspensa em um fio, resultando em um movimento oscilatório descrito por uma função
senoidal. O estudo do pêndulo simples é fundamental para compreender os princípios do
movimento harmônico. Tem várias aplicações práticas, como em relógios de parede e na
determinação da aceleração da gravidade em experimentos laboratoriais. Além disso, sua
equação de movimento é utilizada como modelo em diversos fenômenos físicos, tais como a
vibração de moléculas em química e o movimento de um elétron em um campo elétrico.
3. OBJETIVOS

 Reconhecer o Movimento Harmônico Simples executado pelo pêndulo simples como o


movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional
ao seu deslocamento angular;
 Obter as relações entre o período de oscilação, a amplitude de oscilação, a massa
pendurada e o comprimento da corda;
 Definir, graficamente, a relação entre o período de oscilação do pêndulo e o
comprimento do fio;
 Determinar o valor da gravidade local por meio da medida do comprimento do fio e do
período de oscilação;
 Comparar o valor da aceleração da gravidade local encontrado com o valor teórico da
aceleração da gravidade na cidade de Cruz das Almas - BA.
4. MATERIAIS UTILIZADOS

Para resolução do experimento utilizamos os seguintes materiais: transferidor de 180°, 2


massas pendulares cronômetro digital, fio presente no tripé, tripé, réguas milimetradas e uma
balança digital.

Figura 1 – Réguas milimetradas junto ao transferidor de 180°utilizados no procedimento


experimental.

Fonte: Autoria própria.

Figura 2 – Massas pendulares e transferidor de 180°.


Fonte: Autoria própria.

Figura 3- Sistema montado, utilizado para fazer a experimentação.

Fonte: Autoria própria.


5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para realização deste experimento, primeiramente foi medido com o uso da balança
digital, a massa dos dois cilindros, os quais foram considerados pêndulos, que possuíam mesmo
volume, porém massa distintas. Após isso houve a montagem do equipamento então foi fixado
o cilindro de maior massa através do parafuso central no fio presente no tripé, afim de iniciar a
experimentação.
Logo após fixar o cilindro ao fio, foi medido a distância que o centro de massa do cilindro
estava do ponto de suspensão do pêndulo, até que alcançasse 20 centímetros. Em seguida, um
dos membros da equipe segurou o corpo de prova que estava solto na vertical, e com o uso do
transferidor, colocou o pêndulo numa inclinação de 10°, logo após o pêndulo foi solto e com a
ajuda de um cronômetro digital foi medido 5 vezes o tempo que esse corpo de prova levou para
realizar 5 movimentos harmônicos simples e foi calculado a média desses valores
posteriormente. Vale afirmar, que esse teste foi realizado mais 4 vezes com o cilindro de maior
massa, variando sempre a distância entre o centro de massa do cilindro e o ponto de suspensão,
sendo que as medidas que foram usadas mais 4 vezes, foram 40, 60, 80 e 100 centímetros de
distância e os dados obtidos foram anotados.
Para finalizar a experimentação foi realizado o mesmo procedimento já feito
anteriormente, mudando apenas o corpo de prova, que foi alterado para o cilindro de massa
menor e as medidas de distância entre o centro de massa do pêndulo e do ponto de suspensão
do pêndulo foram 20, 60, 100 centímetros respectivamente, porém a angulação usada foi a
mesma de 10° e a quantidade de oscilações completas medidas também foi igual. Sendo assim,
os dados foram anotados para a análise do movimento harmônico simples.
6. ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para que o movimento de um pêndulo simples possa ser representado por um


movimento harmônico simples, algumas condições devem ser satisfeitas. As principais
condições são: Amplitude pequena: a amplitude do movimento do pêndulo deve ser pequena o
suficiente para que a aproximação do movimento harmônico simples seja válida. Isso significa
que a amplitude deve ser muito menor do que o comprimento do fio, ou seja, θ < 15°
aproximadamente, ter restrição da amplitude a uma pequena faixa angular: O movimento do
pêndulo deve ser restrito a uma pequena faixa angular. Isso pode ser alcançado através da
suspensão do pêndulo a uma altura adequada em relação ao ponto de pivô, ter ausência de
elasticidade: Para que o movimento do pêndulo seja harmônico simples, o pêndulo deve ser
rígido ou inelástico. Se o pêndulo for elástico, por exemplo, ele pode vibrar e deformar,
resultando em um movimento desarmônico, ter Ausência de atrito: O sistema do pêndulo deve
ser livre de atrito e deve conservar a energia mecânica. Se houver fricção ou dissipação de
energia, o movimento não será harmônico simples.
Os dados obtidos com a realização do experimento são expressos na tabela a seguir, bem
como o período de oscilação do movimento para cada comprimento de fio utilizado. Deve-se
considerar o erro instrumental do cronômetro de 0,01 s.

Tabela 1 – Dados coletados no estudo do pêndulo simples.


Massa Pendular Maior (Kg): 0,02451
Tempo das 5 oscilações
Comprimento do fio (s) Período
(m) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª (s)
Valor médio
medida medida medida medida medida
0,20 4,46 4,34 4,30 4,44 4,45 4,398 ± 0,073 0,880
0,40 5,95 5,93 6,11 6,05 5,81 5,97 ± 0,12 1,19
0,60 7,41 7,89 7,52 7,84 7,68 7,67 ± 0,20 1,53
0,80 8,70 8,83 8,80 9,02 8,83 8,84 ± 0,16 1,77
1,00 9,73 9,91 9,63 9,95 9,80 9,80 ± 0,13 1,96
Fonte: Autoria própria.

Diante dos resultados obtidos, é possível representar, em escala logarítmica, um gráfico


do período de oscilação em função do comprimento do fio.
Gráfico 1 – Relação entre o comprimento do fio e o período de oscilação do movimento.

Fonte: Autoria própria.

Com os valores de comprimento do fio e período obtido experimentalmente, é possível


𝐿 2π
calcular o valor da aceleração da gravidade local gE, definida por T = 2π√ => gE = ( )2
𝑔 𝑇

∙ L.
𝐿
A relação entre essas duas grandezas é definida por T2 = 4π2 , de modo que, após o
𝑔
4π2
ajuste linear do gráfico, a parcela possui o mesmo valor de a da equação de linearização,
𝑔
4π2
dada por y = 3,92x – 0,052. Assim sendo, a aceleração da gravidade local é gE = ≈ 10,05
𝑎
m∙s-2.
De outro modo, utilizamos também o Método dos Mínimos Quadrados para encontrar a
equação do ajuste linear, dada pela seguinte forma:
Figura 4 – Método dos Mínimos quadrados.

Fonte: Autoria própria.

Ao comparar o valor obtido de gE com o valor teórico da aceleração da gravidade local


na cidade de Cruz das Almas – BA, gT = 9,78 m∙s-2, observamos a semelhança bem próxima
com o valor encontrado. A pequena diferença está provavelmente relacionada ao erro
experimental do cronômetro utilizado e do manuseio dos equipamentos, como o tempo de atraso
para ativação e desligamento do cronômetro e a ausência de garantia de simultaneidade entre a
liberação do pêndulo e o tempo de contagem, bem como da exatidão do ângulo de soltura do
pêndulo.
O erro relativo entre as constantes é obtido por:

Erro relativo (ER) = [(Valor medido – Valor verdadeiro) / Valor verdadeiro] X 100
ER= [(10,05-9,78) /9,78] X 100
ER= 2,76%

Para calcular o erro relativo referente ao valor da constante elástica do fabricante usando
a formula: Erro relativo = | (valor medido - valor verdadeiro) / valor verdadeiro| x 100%. Onde
o valor verdadeiro é o valor da constante elástica do fabricante, que é igual a 9,78 m∙s-2, e o
valor medido é a nova constante gE, que é igual a gE = 10,05 m∙s-2.
Como o erro relativo indica a precisão em relação ao valor verdadeiro, nesse caso o valor
indicado pelo fabricante, e o valor do erro é pequeno, como foi ocorrido neste experimento,
indica que o procedimento experimental foi preciso e quase completamente fiel à realidade, o
que é demonstrado pela baixa diferença entre a medida obtida na experiência e o valor
verdadeiro.
Após reduzirmos a massa pendular do sistema, repetimos o processo para o comprimento
de fio de 20, 60 e 100 cm e anotamos os valores de oscilação na tabela a seguir.

Tabela 2 – Dados coletados no estudo do pêndulo simples.


Massa Pendular Menor (Kg): 0,0085
Tempo das 5 oscilações
Comprimento do fio (s) Período
(cm) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª (s)
Valor médio
medida medida medida medida medida
0,20 4,41 4,73 4,69 4,80 4,81 4,69 ± 0,16 0,938
0,60 7,68 7,78 7,58 7,45 7,44 7,59 ± 0,14 1,518
1,00 9,81 9,68 9,61 9,55 9,71 9,672 ± 0,099 1,934
Fonte: Autoria própria.
Tratando-se um sistema de pêndulo simples, o período de oscilação dependerá apenas
do comprimento do pêndulo e da aceleração, decorrente da gravidade. E não da massa do
pêndulo. Ou seja, não existe relação entre o período de oscilação e da massa pendular, devido
a isso, o período encontrado para os dois corpos de massa é semelhante. A massa pendular
acaba afetando apenas a amplitude do movimento, não interferindo na duração do período de
oscilação.
7. CONCLUSÕES

Com base nos dados e nos cálculos que obtivemos nesse experimento, em que foi
possível realizar o estudo do movimento de um pêndulo simples. Os valores de comprimento
do fio variaram de 20 cm a 100 cm, com incrementos de 20 cm para o pêndulo mais pesado e
o comprimento do fio variam de 20 a 100 cm, com incremento de 40 cm para o pêndulo mais
leve, tiramos as conclusões a seguir.
Ao calcular o período, foi possível observar que o valor do período aumentou com o
aumento do comprimento do fio. Esse resultado está de acordo com a teoria do pêndulo simples,
que estabelece que o período é diretamente proporcional à raiz quadrada do comprimento do
fio. No primeiro pêndulo, como visto na tabela 1, com massa de 0,02451 kg, os valores médios
do período de oscilação foram de 0,880 s para o comprimento do fio de 20 cm, 1,19 s para o
comprimento do fio de 40 cm, 1,53 s para o comprimento do fio de 60 cm, 1,77 s para o
comprimento do fio de 80 cm e 1,96 s para o comprimento do fio de 100 cm. Já no segundo
pêndulo, como visto na tabela 2, com massa de 0,0085 kg, os valores médios do período de
oscilação foram de 0,938 s para o comprimento do fio de 20 cm, 1,518 s para o comprimento
do fio de 60 cm e 1,934 s para o comprimento do fio de 100 cm.
Dessa forma, podemos concluir que o período de oscilação do pêndulo simples está
diretamente relacionado com o comprimento do fio e não sofre uma influência significativa da
massa do pêndulo, o que teoricamente não sofreria nenhuma interferência, mas por
consequência de fatores atmosféricos e fatores presentes na hora do experimento, bem como o
ar do ar condicionado entre outros ocasionaram atritos. Podemos ainda verificar que a relação
entre o período de oscilação e o comprimento do fio segue um comportamento linear, o que
sugere uma relação direta entre essas grandezas. Além disso, podemos afirmar que o
comportamento do pêndulo simples pode ser modelado como um movimento harmônico
simples, desde que a amplitude seja pequena e o ângulo inicial não seja muito grande. Essas
condições foram satisfeitas no nosso experimento.
Os resultados experimentais obtidos para o pêndulo simples são coerentes com as
previsões teóricas e confirmam a relação entre o período de oscilação e o comprimento do fio.
O estudo do pêndulo simples é importante para a compreensão de diversos conceitos
fundamentais da física, como a oscilação, o movimento harmônico simples e a lei da gravitação
universal.
8. REFERÊNCIAS

Feynman, RP. The Feynman Lectures on Physics, Vol. I, 1963.


GONÇALVES, Wanderley. Movimento Harmônico Simples. Teresina: Universidade
Federal do Piauí - Centro de Ciências da Natureza, 2010.

PENEREIRO, Júlio César. A influência de Galileu Galilei no desenvolvimento da


engenharia civil. Revista de Ensino de Engenharia„ Campinas-sp, v. 29, n. 2, p.44-56, 2010.

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