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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

GEOVANE DE JESUS SANTOS


KAROLINE RANGEL SANTOS
WANDERSON DA SILVA GUSTAVO CONCEIÇÃO

PÊNDULO SIMPLES.

CRUZ DAS ALMAS, BA.


2023
GEOVANE DE JESUS SANTOS
KAROLINE RANGEL SANTOS
WANDERSON DA SILVA GUSTAVO CONCEIÇÃO

PÊNDULO SIMPLES.
Relatório apresentado ao curso de Bacharelado em
Ciência Exatas e Tecnológicas do Centro de
Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia como requisito
parcial de avaliação da disciplina GCET826 -
Física Experimental II (2022.2 - t07) sob a
orientação do Docente Ariston de Lima Cardoso.

CRUZ DAS ALMAS, BA.


2023

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Sumário:

1. Introdução ………………………………………………………..………………04
2. Movimento Harmônico Simples no pêndulo simples ………………..………….04
3. Objetivos ……………………………………………………………………..….05
4. Experimento ……………………………….…………………………….. .….…05
4.1 Materiais utilizados ………………………………………………………….05
4.2 Procedimentos experimentais Sistema massa-mola..……………………......06
5. Análise de dados experimentais …………………………………………………07
6. Análise dos dados obtidos ………………………………………………………08
7. Conclusão ………………………………………………………………….……09
8. Folha de Dados………………………………………………….……………….10
9. Referências ……………………………………………………………….……..11

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1.Introdução:

O pêndulo simples é um sistema físico que consiste em uma massa presa a um fio
inextensível e leve, que oscila livremente em torno de um ponto fixo. Esse sistema é de
grande importância na física, pois permite estudar diversos fenômenos, como a oscilação de
um sistema conservativo, a determinação da aceleração da gravidade e a medição de
intervalos de tempo.
A oscilação de um pêndulo simples é um exemplo clássico de movimento harmônico
simples, que ocorre quando a força restauradora é proporcional ao deslocamento do objeto em
relação à sua posição de equilíbrio. Nesse caso, o período de oscilação é constante e depende
apenas das características do sistema, como o comprimento do fio e a aceleração da
gravidade.
Devido à sua simplicidade e facilidade de montagem, o pêndulo simples é
frequentemente utilizado em experimentos didáticos, em escolas e universidades, para ilustrar
conceitos da física. Além disso, o pêndulo simples é utilizado em diversas aplicações práticas,
como em relógios de pêndulo e em dispositivos de medição de tempo e movimento.
Neste relatório, será apresentado um experimento realizado com um pêndulo simples,
no qual foram obtidos dados sobre o período de oscilação em função do comprimento do fio.
O objetivo é analisar os resultados obtidos e discutir as implicações desses resultados, a fim
de compreender melhor o comportamento desse sistema físico.

2. Movimento Harmônico Simples no pêndulo simples:

O movimento harmônico simples é um tipo de movimento oscilatório que ocorre


quando a força restauradora que atua sobre um objeto é proporcional ao deslocamento do
objeto em relação à sua posição de equilíbrio. Esse tipo de movimento pode ser observado no
pêndulo simples, no qual a força restauradora é a força da gravidade que age sobre a massa
pendurada.
Quando um pêndulo simples é afastado da sua posição de equilíbrio e solto, a força da
gravidade faz com que a massa pendurada comece a oscilar em torno do ponto de suspensão.
Durante o movimento do pêndulo, a força restauradora é a força da gravidade, que atua sobre
a massa da esfera. A aceleração resultante é, portanto, proporcional ao deslocamento da massa
em relação à sua posição de equilíbrio. Como resultado, o movimento do pêndulo é

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harmônico simples, com um período de oscilação determinado pelo comprimento do fio e
pela aceleração da gravidade.
O período de oscilação de um pêndulo simples depende apenas do comprimento do fio
e da aceleração da gravidade, sendo dado pela fórmula T = 2π√(L/g), onde T é o período de
oscilação, L é o comprimento do fio e g é a aceleração da gravidade. Essa relação é de grande
importância na física, pois permite medir a aceleração da gravidade a partir de observações do
movimento de um pêndulo simples. Além disso, o movimento harmônico simples é um
modelo importante para descrever o comportamento de outros sistemas físicos, como
osciladores mecânicos e elétricos.

3.Objetivos:

● Reconhecer o Movimento Harmônico Simples (MHS) executado pelo pêndulo simples


como o movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora
proporcional ao seu deslocamento angular.
● Obter relações entre o período de oscilação, a amplitude da oscilação, a massa
pendurada e o comprimento da corda.

● Determinar o valor da gravidade local por meio da medida do comprimento do fio e


do período de oscilação.

4. Experimento:
4.1 Materiais utilizados:

● 01 sistema de sustentação composto por tripé triangular, sapatas niveladoras, haste


principal e painel com saliência de posicionamento.
● 01 transferidor.
● 01 régua de 500mm.
● 02 massas pendulares de mesmo volume e massas diferentes.
● Balança digital.

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4.2 Procedimento experimental: Pêndulo simples.

1. Executou-se a montagem do aparato experimental, conforme foi apresentado, fixando


o pêndulo de massa maior ao painel através do parafuso central, encaixando o fio no
corte longitudinal.
2. Com o auxílio do dispositivo de variação contínua, ajustou-se o comprimento do fio
de modo que a distância entre o ponto de suspensão do pêndulo e o centro de
gravidade da massa pendular seja 20,0 cm.
3. Foi discutido sobre quais são as condições reais e necessárias que o movimento de um
pêndulo simples deve possuir para que o movimento possa ser representado através de
um movimento harmônico simples.
4. Deslocou-se o pêndulo da posição de equilíbrio em um ângulo de 10 graus e depois foi
abandonado. Em seguida, foi usado um cronômetro para medir o intervalo de tempo
que o pêndulo leva para realizar 5 oscilações completas e o valor obtido foi anotado.
5. Repetiu-se o processo anterior mais 4 vezes e os valores dos tempos das 5 oscilações
obtidos foram anotados .
6. Com o auxílio do dispositivo de variação contínua, o comprimento do fio que forma o
pêndulo foi alterado para a realização das outras medições e seus valores foram
anotados.
7. Construiu-se, no aplicativo SciDAVis, um gráfico do período de oscilação em função
do comprimento, em papel log, e foi obtido o tipo de relação existente entre essas duas
grandezas.
8. Obteve-se o valor experimental da aceleração da gravidade local(gE). E foi calculado
o erro relativo de gExp em relação ao valor teórico da aceleração da gravidade(gT=
9,78 m\s^2) na cidade de Cruz das Almas- BA e, em seguida, discutiu-se as causas da
possível diferença.
9. Foi reduzido a massa pendular do sistema, e repetiu-se os procedimentos 4 a 6
utilizando o comprimento do fio de 20, 60 e 100cm e fpo anotado os valores dos
intervalos de tempo das 5 oscilações.
10. Obteve-se o período de oscilação do sistema e foi comparado com os valores obtidos
com a massa pendular maior e, em seguida, foi explicado fisicamente qual a relação
existente entre o período de oscilação do sistema e a massa pendular.

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5.Análise de dados experimentais:

Massa Pendular Maior

Tempo das 5 oscilações (s) ± 0. 2𝑠


Comprimento do Fio Período (s)
(cm) ± 0. 1 𝑐𝑚 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª Valor ± 0.02s
Medida Medida Medida Medida Medida Médio

20 4.61 4.60 5.10 4.59 4.27 4.83 1.02

40 6.11 6.21 6.06 6.07 6.22 6.13 1.116

60 7.62 7.48 7.49 7.42 7.60 7.52 1.124

80 8.79 8.67 8.84 8.75 8.80 8.77 1.39

100 9.82 9.87 9.96 9.82 9.74 9.84 1.391


Tabela 1: Tabela dos dados coletados no estudo do pêndulo simples com massa pendular maior.

Massa Pendular Menor

Tempo das 5 oscilações (s) ± 0. 2𝑠


Comprimento do Fio Período (s)
(cm) ± 0. 1 𝑐𝑚 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª Valor ± 0.02s
Medida Medida Medida Medida Medida Médio

20 4.48 4.32 4.26 4.19 4.14 4.28 0.94

60 7.41 7.66 7.47 7.35 7.55 7.49 0.611

100 9.78 9.63 9.91 9.74 9.78 9.77 1.379


Tabela 2: Tabela dos dados coletados no estudo do pêndulo simples com massa pendular menor.

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Gráfico 1: Gráfico do período em função do comprimento do pêndulo.
https://drive.google.com/file/d/1S1OpwLkj3OQ0CvyDPT9oy_k0Gjpaq7iP/view?usp=share_link

6. Análise de dados obtidos:

Com base nos dados obtidos, verificou-se que o período de oscilação de um pêndulo
simples é diretamente proporcional à raiz quadrada do comprimento da corda, e independe da
amplitude e da massa pendurada. Essa relação é descrita pela equação T = 2π√(L/g), onde T é
o período, L é o comprimento da corda e g é a aceleração da gravidade local. Verificou-se
também que a aceleração da gravidade local pode ser calculada a partir do período de
oscilação e do comprimento da corda, utilizando a equação g = 4π²L/T².
Neste experimento, utilizamos um pêndulo simples para medir o período de oscilação.
Com base nas medidas do comprimento da corda e do tempo de 5 oscilações, utilizamos a
fórmula T = (t/5) / (L/2π)^0.5 para calcular o período do pêndulo.
● T é o período do pêndulo em segundos;
● t é o tempo de 5 oscilações em segundos;
● L é o comprimento da corda em metros
Essa fórmula é obtida a partir da fórmula geral do período de um pêndulo simples,
T=2π√(l/g), por meio de manipulações matemáticas. É importante destacar que a fórmula
assume que as oscilações são pequenas, ou seja, o ângulo máximo de oscilação é inferior a
cerca de 15 graus. Dessa forma, obtivemos o valor dos períodos do pêndulo utilizado neste
experimento.
Após calcularmos o período de um pêndulo simples utilizando a fórmula T = (t/5) /
(L/2π)^0.5, podemos obter a gravidade local por meio da manipulação da fórmula para isolar
o valor da aceleração da gravidade. Assim, temos que g = 4π^2 L / T^2. Faremos o cálculo da
gravidade para o período T= 0.98 segundos (foi feita média aritmética) e comprimento L= 0.2
metros.
Substituindo os valores, temos:

g = 4π^2(0.2)/(0.98)^2

g ≈ 9.85 m/s^2 ± 0. 04𝑚/𝑠^2

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Portanto, a gravidade local para os valores L= 0.2m e T= 0.98s é aproximadamente
9.85 m/s^2.
O desvio padrão do valor médio do tempo foi calculado a partir da fórmula:
var = (1/n) * Σ(xi - x_medio)^2

Onde n é o número de medidas, xi são as medidas individuais, e x_medio é o valor


médio.
Utilizando a propagação de erros, encontramos o erro nas equações g = (2π)^2 L /
T^2 e T = (t/5) / (L/2π)^0.5.
A fórmula é dada por:

σ_f = sqrt((∂f/∂x1)^2 σ_1^2 + (∂f/∂x2)^2 σ_2^2 + ... + (∂f/∂xn)^2 σ_n^2)

onde σ_f é o erro associado à função f, σ_i é o erro associado à variável x_i, e ∂f/∂x_i
é a derivada parcial de f em relação a x_i. Essa fórmula é válida para funções que são
diferenciáveis em relação às variáveis independentes x_i.
O valor médio da gravidade obtido através do experimento foi de 9.85 m/s^2, o que
representa uma diferença de 0.10 m/s^2 em relação ao valor padrão da gravidade na cidade de
Cruz das Almas. A diferença entre o valor obtido e o valor padrão pode ser atribuída a alguns
fatores, tais como a precisão das medidas realizadas, possíveis erros sistemáticos na
montagem do equipamento ou ainda a influência de fatores externos, como a presença de
correntes de ar no local.

7. Conclusão:

Em conclusão, o experimento do pêndulo simples permitiu a análise das relações entre


o período de oscilação, a amplitude da oscilação, a massa pendurada e o comprimento da
corda. Os resultados mostraram que o período de oscilação é diretamente proporcional à raiz
quadrada do comprimento da corda e inversamente proporcional à raiz quadrada da
aceleração da gravidade. Além disso, o período não depende da amplitude da oscilação ou da
massa pendurada.
Apesar da diferença entre o valor obtido e o valor padrão da gravidade, o experimento
de pêndulo simples se mostrou eficaz para a determinação da gravidade local. Para minimizar

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possíveis erros, sugere-se a realização de medidas adicionais e a utilização de equipamentos
mais precisos na montagem do experimento.
Durante o experimento, foram observados alguns desafios e limitações, como a
dificuldade em medir precisamente o comprimento da corda e o período de oscilação, que
resultaram em incertezas nos dados obtidos. No entanto, foram utilizados métodos para
minimizar essas incertezas, como a realização de múltiplas medições e a análise estatística
dos dados.
Em geral, os objetivos do experimento foram atingidos, fornecendo informações
valiosas sobre o comportamento do pêndulo simples e suas relações físicas. Esses resultados
podem ser aplicados em diversos campos, como na construção de relógios e na física teórica.

8.Folha de Dados:

Imagem 1: Folha de dados.

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9.Referências:

● HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Mecânica. 9.


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1.
● TIPLER, P. A; MOSCA, G. Física Para Cientistas e Engenheiros: Mecânica,
Oscilações e Ondas, Termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1

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