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Universidade de Brasília

Instituto de Física
Física 1 Experimental (Turma 15)

Relatório 02:
Trabalho e energia cinética

Grupo 1
Daniel Dezan Baby 232046097
Emanuel Messias de Oliveira Souza 232012983
João Carlos Amorim Feitosa 231028970

Professor:
Bernardo Forton Odlavson Gonçalves

07 de outubro de 2023
1 Introdução
A compreensão da relação entre trabalho e energia cinética desempenha um papel
fundamental no estudo da física e na análise de diversos fenômenos naturais e artificiais. O
conceito de trabalho, como realizado por uma força sobre um objeto, e a energia cinética,
associada ao movimento desse objeto, são pilares essenciais na mecânica clássica. Este
relatório se propõe a explorar e elucidar as interações intricadas entre trabalho e energia
cinética, destacando sua importância na descrição do comportamento dos corpos em
movimento. Através de experimentos e análises teóricas, buscamos aprofundar nossa
compreensão desses conceitos, reconhecendo como as forças aplicadas afetam a energia
cinética e, por conseguinte, influenciam o comportamento dinâmico de sistemas físicos.
O trabalho realizado por uma força em um objeto é uma medida da transferência de
energia, desempenhando um papel crucial na análise de sistemas físicos. Para compreender a
relação entre trabalho e energia cinética, é essencial examinar a definição matemática de
trabalho, que envolve a aplicação de força ao longo de uma distância. Paralelamente, a
energia cinética, associada ao movimento de um objeto, representa uma forma fundamental de
energia mecânica. A relação entre esses dois conceitos é revelada na lei fundamental do
trabalho e energia cinética, que estabelece como o trabalho realizado por forças externas
resulta em alterações na energia cinética do sistema.
Diante da relevância desses conceitos, este relatório tem como objetivo principal
investigar como as forças atuam sobre corpos em movimento, analisando o trabalho realizado
e as consequentes alterações na energia cinética. Utilizando métodos experimentais e análises
teóricas, buscaremos elucidar padrões, estabelecer relações matemáticas e proporcionar uma
compreensão mais profunda da mecânica envolvida. A metodologia adotada abrange
experimentos práticos, apoiados por cálculos teóricos, visando não apenas a compreensão
conceitual, mas também a aplicação prática desses princípios em contextos do mundo real.

2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Investigar e compreender, de maneira aprofundada, a relação fundamental entre a
variação da energia cinética em um sistema e o trabalho realizado por forças externas. Este
estudo tem como propósito central estabelecer, por meio de análises teóricas e experimentais,
a consistência matemática e conceitual entre as alterações na energia cinética de um sistema e
o trabalho realizado por forças externas, proporcionando uma compreensão abrangente e
precisa dessa relação essencial na mecânica clássica. O objetivo é elucidar como a energia
cinética de um sistema é intrinsecamente ligada ao trabalho realizado, contribuindo para uma
base sólida de conhecimento aplicável em diversos contextos científicos e tecnológicos.

2.2 Objetivos Específicos


1. Verificar a importância da utilização de medidas físicas;
2. Manusear os instrumentos de medição, principalmente o cronômetro digital;
3. Analisar a definição matemática do trabalho;
4. Investigar a influência das forças na energia cinética;
5. Verificar a conservação de energia cinética;
6. Comparar resultados experimentais;

3 Materiais e métodos
Ao desenvolver a Prática 2 da disciplina Física 1 Experimental, a qual tem o intuito de
determinar a densidade de uma placa metálica, de modo a conceber o estudo de medidas e
erros, fez-se o uso de recursos específicos para executar a atividade em questão. Dessa forma,
teve-se como base teórica o material didático disponibilizado na plataforma Aprender3, da
disciplina, como o Roteiro do experimento, além do conteúdo expositivo disponibilizado pelo
professor Bernardo Forton Odlavson Gonçalves durante a aula expositiva. Outrossim, para a
realização do experimento prático, fez-se o uso dos materiais elencados a seguir.

3.1 Carrinho
O carrinho foi o objeto principal do experimento. O carrinho foi posicionado em um
trilho de ar, que faz com que o experimento busque atrito mínimo do carrinho com o meio. O
carrinho foi a peça principal para chegarmos as conclusões feitas.
3.2 Massa suspensa
A massa suspensa foi utilizada para realizar o movimento, por meio do uso da força
peso, do carrinho em questão. A massa suspensa é o conjunto da massa do suporte com a
massa adicional.
3.3 Fio de tensão
O fio de tensão, ou simplesmente fio, foi utilizado para a interligação entre o carrinho
e a massa suspensa. Ele foi responsável pela realização de experimento, pois sem ele, não
poderia ser experimentado o trabalho.
3.3 Balança digital
Uma balança digital é um dispositivo de medição utilizado para pesar objetos ou
substâncias com alta precisão. Ela opera através de sensores eletrônicos que convertem o peso
em uma leitura digital exibida em um visor digital. As balanças digitais são amplamente
utilizadas em uma variedade de contextos, desde uso doméstico em cozinhas para medir
ingredientes até aplicações comerciais e industriais para pesar produtos, materiais ou
embalagens. Além disso, o erro instrumental da Balança Digital é dado somente pela menor
divisão, ou seja, a menor precisão, que é 0,1g. Esse é um erro instrumental de um aparelho
digital.
3.4 Cronômetro digital
Um cronômetro digital é um dispositivo eletrônico que mede intervalos de tempo com
precisão, apresentando o resultado de forma numérica em um display digital. Diferentemente
dos cronômetros mecânicos tradicionais, os cronômetros digitais utilizam circuitos eletrônicos
para contar o tempo com alta exatidão. Esses dispositivos geralmente oferecem recursos
adicionais, como a capacidade de pausar, reiniciar e armazenar múltiplos tempos. Os
cronômetros digitais são comumente empregados em várias atividades, como esportes,
laboratórios, como foi utilizado neste experimento, competições e outras situações em que
uma medição precisa do tempo é crucial. Eles proporcionam uma leitura clara e fácil de
interpretar, facilitando a monitorização e gestão do tempo em diversas aplicações. Utilizou-se
o cronômetro na função F3 para medição de tempo, necessária para o calculo de velocidade
instantânea.

4 Dados experimentais
A princípio, para determinar o Trabalho e Energia Cinética para o experimento em
questão, foi necessário definir alguns dados para realizar o cálculo em questão, dentre eles,
podem-se destacar as massas utilizadas, e as velocidades instantâneas calculadas para cada
posição final de deslocamento do carrinho no trilho.
Dessa forma, como analisado experimentalmente, as massas adotadas no experimento
foram as elencadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Massas utilizadas
Massa total suspensa 0,0404 ± 0,0001 kg
Massa do conjunto (carrinho + suspensa) 0,2167 ± 0,0001 kg
Na sequência, dado que o experimento prático possibilitou a verificação das
velocidades médias e instantâneas do carrinho para determinadas distâncias ΔS, as quais
variam em 10cm por 8 vezes, foi possível definir a sua velocidade instantânea para cada
posição final do deslocamento. Nesse sentido, o carrinho teve 25cm definido como a posição
inicial do seu deslocamento, e a sua posição final foi definida 10cm seguidos, por 8 vezes.
Assim, para calcular a velocidade instantânea do carrinho a cada final de deslocamento,
utilizou-se o artifício de um pino de (0,650 ± 0,003) cm de espessura, calculando o tempo de
sua passagem completa na posição final de cada deslocamento. Com isso, a velocidade
instantânea foi calculada da seguinte forma:

( 0,00650 ± 0,00003 ) m
V i=
Δt

Nessa equação (0,00650 ± 0,00003) m corresponde à espessura do pino, e Δt


corresponde ao tempo para que o pino passasse na posição final do deslocamento. Nesse
sentido, para cada posição final do deslocamento, a velocidade instantânea foi calculada,
como demonstra a Tabela 2.

Tabela 2 – Velocidade instantânea (V) no final de cada deslocamento (Sx )


Sx ± 0 , 1cm Δ t ±0,001s
Δ S ± 0 , 0 000 3 m Vi(m/s) ± Δ Vi (m/s)
S0=25 , 0 cm
35,0 cm 0,00650 m 0,013 s 0,49 ± 0,05 m/s
45,0 cm 0,00650 m 0,011 s 0,55 ± 0,07 m/s
55,0 cm 0,00650 m 0,009 s 0,72 ± 0,08 m/s
65,0 cm 0,00650 m 0,007 s 0,8 ± 0,1 m/s
75,0 cm 0,00650 m 0,006 s 1,0 ± 0,2 m/s
85,0 cm 0,00650 m 0,005 s 1,1 ± 0,2 m/s
95,0 cm 0,00650 m 0,005 s 1,2 ± 0,03 m/s
105,0 cm 0,00650 m 0,005 s 1,3 ± 0,3 m/s

5 Análise dos dados

Uma vez coletados os dados para a determinação do trabalho e da energia cinética no


movimento do carrinho pelo trilho mediante a ação da força exercida, partiu-se para o cálculo
da verificação desses. Assim, a priori, calculou-se o peso da passa total suspensa, a qual é a
força atuante para a determinação do trabalho relacionado às distâncias percorridas durante o
experimento, considerando que a gravidade é 9,79 ± 0,07 m/s²:
2
P= ( 0,0404 ± 0,0001 ) Kg × ( 9 ,79 ± 0 , 07 ) m/s

P=¿

P= ( 0,396 ±0,004 ) N

Na sequência, para calcular o trabalho realizado pela força peso, utilizou-se a seguinte
fórmula:

W =⃗
F ×⃗
∆S

Considerando que P= ⃗
F = ( 0,396 ±0,004 ) N , calculou-se o trabalho W para cada
deslocamento. Dessa forma, para ∆ S=0,100 ± 0,001 m, o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0,100 ±0,001)m

W =¿

W =( 0,0396 ± 0,0008 ) J

Para ∆ S=0,200 ± 0,001 m, o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0,200 ±0,001)m

W =¿

W =(0,079 ± 0,001)J

Para ∆ S=0 , 3 00 ±0,001 m , o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0 ,3 00 ± 0,001)m

W =¿

W =(0,120 ± 0,002)J

Para ∆ S=0 , 4 00± 0,001 m, o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0 , 4 00 ± 0,001)m

W =¿

W =(0,160 ± 0,002)J

Para ∆ S=0 , 5 00 ±0,001 m, o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0 ,5 00 ± 0,001)m

W =¿
W =(0,198 ± 0,002)J

Para ∆ S=0 , 6 00 ± 0,001m , o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0 , 6 00 ±0,001)m

W =¿

W =(0,238 ± 0,003)J

Para ∆ S=0,700 ± 0,001 m, o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0,700 ±0,001)m

W =¿

W =(0,277 ± 0,003)J

Para ∆ S=0,800 ± 0,001 m, o trabalho W foi calculado como:

W =( 0,396 ± 0,004 ) N ×(0,800 ±0,001)m

W =¿

W =(0,317 ± 0,004 ) J

Assim, a Tabela 3 elenca os dados do trabalho W para cada deslocamento do


experimento.

Tabela 3 – Trabalho para cada deslocamento


ΔSm ± 0,001 (m) Wm ± ΔW (J)
0,100 0,0396 ± 0,0008
0,200 0,079 ± 0,001
0,300 0,120 ± 0,002
0,400 0,160 ± 0,002
0,500 0,198 ± 0,002
0,600 0,238 ± 0,003
0,700 0,277 ± 0,003
0,800 0,317 ± 0,004

O próximo passo desta análise foi verificar a variação da energia cinética de todo o
conjunto, considerando a massa do carrinho e a massa suspensa, para cada deslocamento.
Assim, tendo em vista que a variação da energia cinética ΔK é a diferença entre a energia
cinética final K e a energia inicial K 0 , mas K 0=0, haja vista que o carrinho se encontra em
repouso, ΔK corresponde a K. Nesse sentido, K é calculado da seguinte forma:

2
mc × v
K=
2
Nessa equação mc corresponde à massa de todo o conjunto, que é 0,2167 ± 0,0001 Kg
e v corresponde à velocidade instantânea do carrinho para a posição final do deslocamento.
Assim, para S=35 ,0 cm e ∆ S=0,100 ± 0,001 m, temos a velocidade v=0 , 49 ± 0 , 05 m/s,
podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(0 , 49± 0 , 05 m/s )2


K=
2

( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 0 , 49 ×0 , 49 ) ± ( 0 , 49 × 0 ,05+ 0 , 49 ×0 , 05 ) )


K= J
2

K=¿ ¿

K= ( 0,026 ± 0,005 ) J

Para S=4 5 , 0 cm e ∆ S=0 , 2 00± 0,001 m, temos a velocidade v=0 , 55 ±0 , 07 m/ s,


podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(0 , 55 ± 0 , 07 m/s)2


K=
2

( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 0 ,55 × 0 ,55 ) ± ( 0 , 55 ×0 , 0 7+0 , 55 ×0 , 07 ))


K= J
2

K=¿ ¿

K= ( 0,033 ±0,008 ) J

Para S=55 ,0 cm e ∆ S=0 , 3 00 ±0,001 m, temos a velocidade v=0 , 72± 0 , 08 m/s ,


podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(0 , 72 ± 0 ,08 m/ s)2


K=
2
( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 0 ,72 × 0 ,72 ) ± ( 0 ,72 ×0 ,0 8+ 0 ,72 ×0 , 0 8 ))
K= J
2

K=¿ ¿

K= ( 0 , 06 ±0 , 01 ) J

Para S=65 ,0 cm e ∆ S=0 , 4 00± 0,001 m, temos a velocidade v=0 , 8 ± 0 ,1 m/s ,


podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(0 , 8 ± 0 , 1m/ s)2


K=
2

( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 0 , 8× 0 , 8 ) ± ( 0 ,8 × 0 ,1+0 ,8 × 0 ,1 ) )


K= J
2

K=¿ ¿

K= ( 0 , 08± 0 , 02 ) J

Para S=75 ,0 cm e ∆ S=0 , 5 00 ±0,001 m, temos a velocidade v=1 ,0 ± 0 , 2 m/s,


podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(1 , 0 ± 0 ,2 m/s )2


K=
2

( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 1, 0 ×1 , 0 ) ± ( 1, 0 × 0 ,2+1 , 0 ×0 , 2 ) )


K= J
2

K=¿ ¿

K= ( 0 ,13 ± 0 , 04 ) J

Para S=85 , 0 cm e ∆ S=0 , 6 00 ± 0,001m , temos a velocidade v=1 ,1 ± 0 , 2m/ s,


podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(1 , 1± 0 , 2 m/s)2


K=
2

( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 1, 1 ×1 , 1 ) ± ( 1 ,1 ×0 , 2+1 , 1× 0 ,2 ))


K= J
2
K=¿ ¿

K= ( 0 ,14 ±0 , 06 ) J

Para S=95 , 0 cm e ∆ S=0 , 7 00 ± 0,001m , temos a velocidade v=1 ,2 ± 0 , 03 m/s ,


podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(1 , 2± 0 , 03 m/s )2


K=
2

( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 1, 2 ×1 , 2 ) ± ( 1 ,2 × 0 ,03+ 1 ,2 ×0 , 03 ))


K= J
2

K=¿ ¿

K= ( 0 ,16 ± 0 , 07 ) J

Para S=105 ,0 cm e ∆ S=0 , 8 00 ± 0,001m , temos a velocidade v=1 ,3 ± 0 , 3 m/s,


podendo calcular K como:

( 0,2167 ± 0,0001 ) Kg×(1 , 3 ±0 , 3 m/s )2


K=
2

( 0,2167 ± 0,0001 ) ×( ( 1, 3 ×1 , 3 ) ± ( 1 , 3 ×0 , 3+1 ,3 × 0 ,3 ))


K= J
2

K=¿ ¿

K= ( 0 ,18 ± 0 , 08 ) J
Finalizados os cálculos da variação de energia cinética ΔK para cada deslocamento,
inseriu-se os dados na Tabela 4, a qual elenca os dados de variação de energia cinética ΔK
para cada deslocamento do experimento.
Tabela 4 – Variação de Energia Cinética
ΔS ± 0,001 (m) ΔK ± Δ(ΔK) (J)
0,100 0,026 ± 0,005
0,200 0,033 ± 0,008
0,300 0,06 ± 0,01
0,400 0,08 ± 0,02
0,500 0,13 ± 0,04
0,600 0,14 ± 0,06
0,700 0,16 ± 0,07
0,800 0,18 ± 0,08

Nesse sentido, ao realizarmos a diferença entre o trabalho e a energia cinética para


todas os deslocamentos aferidos no experimento em questão, comparando o valor obtido com
a soma dos erros do trabalho e da variação da energia cinética para cada deslocamentos e,
posteriormente, realizando a diferença entre os dois valores, é possível obter o valor da
discrepância entre as medidas. Assim, se |W −ΔK |≤ Δ W + Δ ( ΔK ), o valor da discrepância
entres os valores não é significativa. A Tabela 4 elenca os valores obtidos para cada
deslocamento de |W −ΔK |, Δ W + Δ(ΔK ) e a discrepância de |W −ΔK |−( Δ W + Δ ( ΔK ) ).

Tabela 4 – Análise comparativa entre Trabalho e Energia Cinética


W - ΔK (J) ΔW + Δ(ΔK) (J) Discrepância (J)
0,0136 0,0058 0,0078
0,046 0,009 0,037
0,06 0,012 0,048
0,08 0,022 0,058
0,068 0,042 0,026
0,098 0,063 0,035
0,117 0,073 0,044
0,137 0,084 0,053

Como observado na Tabela 4, verifica-se que em todos os casos |W −ΔK | foi maior
que Δ W + Δ(ΔK ) e, por consequência, a discrepância entre esses valores fugiu ao valor ideal
que deveria ser 0 ou menor que ele, haja vista que o Teorema Trabalho Energia Cinética prevê
que W =ΔK , o que não foi validado no experimento desenvolvido. Nessa perspectiva, há
alguns motivos para que isso tenha ocorrido, dos quais podemos destacar: perda de energia
mecânica, ineficiência do sistema, erros de medição e condições não ideais para a execução
do experimento.
6 Conclusão

Neste experimento, buscou-se determinar o trabalho realizado pela força externa e a


variação da energia cinética no sistema, comparando esses dois valores, uma vez que ambos
deveriam ser iguais. Dado que havia dados necessários para calcular as duas grandezas, as três
primeiras etapas de análise dos dados foram realizadas com êxito, mas houve problema ao
determinar comprovar o Teorema Trabalho Energia Cinética, pois os valores do trabalho e da
energia cinética se divergiram. Isso pode ter acontecido pelos motivos a seguir:

Em relação às perdas de energia mecânica, considera-se que é inevitável que ocorra


esse tipo de perda devido a interferência como o atrito entre as superfícies, presente entre o
carrinho e o trilho, e a resistência do ar, presente em todo o sistema, além de outras formas de
dissipação de energia. Essas interferências diminuem a quantidade de energia cinética total do
sistema.

Ademais, a ineficiência do sistema experimental pode ser considerada como um dos


motivos para perda de energia cinética, pois qualquer ineficiência na transferência de energia
pode colaborar para que haja discrepância no cálculo final da energia cinética. Na sequência,
há a contribuição de erros de medição durante o experimento, onde imprecisões nas medições
de distância, velocidade e tempo, o qual foi medido de forma limitada, haja vista a precisão de
0,001s do cronômetro, podem se acumular, afetando os resultados do trabalho e da energia
cinética.

Por conseguinte, as condições ambientais encontradas para a realização do


experimento também colaboram para a alteração do comportamento do sistema, uma vez que
variações de ventilação, como ocorreu com o trilho de ar, temperatura e umidade corroboram
para que haja diferenças nos resultados, como também ocorre com deformações elásticas no
sistema ou variações na tensão da polia ou no fio do experimento.

Portanto, para estudos futuros, é fundamental realizar uma análise mais aprofundada
desses fatores, implementar medidas para reduzir as perdas de energia e melhorar a precisão
das medições, a fim de obter resultados mais precisos e confiáveis.

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