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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE FÍSICA IIIE

UNIDADE 1: OSCILAÇÕES LIVRES

SANDRO DE MATOS SILVA

21551370

MANAUS/AM

2016

1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

SANDRO DE MATOS SILVA

ALESSANDRA RIBEIRO DE MENEZES

ISAÍAS VALENTE DE BESSA

MATHEUS CORTÊS DA SILVA

Relatório apresentado por


Sandro de Matos Silva como
parte da nota parcial da matéria
de Laboratório de Física IIIE, sob
orientação do Professor P.H.D
Oleg Grigorievich Balev.

MANAUS/AM

2016

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................................... 4

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................................ 7

3.1. METODOLOGIA........................................................................................................................ 7

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................................ 8

3.2.1. EXPERIMENTO I.............................................................................................................. 8

3.2.2. EXPERIMENTO II ............................................................................................................ 8

4. RESULTADOS .............................................................................................................................. 9

4.1. EXPERIMENTOS I ........................................................................................................... 9

4.2. EXPERIMENTO II .......................................................................................................... 11

5. CONCLUSÕES E QUESTÕES ................................................................................................ 15

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 15

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1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho, que se desenvolverá em duas etapas, o sistema


oscilatório consistirá de uma mola presa em uma de suas extremidades.
Na primeira etapa da experiência determinaremos a constante elástica
através do método estático, e na segunda etapa, através do método
dinâmico.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Dos vários tipos de movimentos encontrados na natureza, um tem


despertado profundo interesse por parte dos físicos: o movimento
oscilatório ou vibracional. A razão para tal interesse deve-se ao fato de
que muitos sistemas físicos vibram ou oscilam na natureza. Os átomos
nas moléculas ou em uma rede cristalina, as moléculas do ar quando
atingidas por uma onda sonora, ou as rápidas oscilações dos elétrons
numa transmissora ou receptora, são exemplos de movimento oscilatório.

As oscilações ocorrem quando um sistema é perturbado a partir


de uma posição de equilíbrio estável. Um tipo de movimento oscilatório
comum, básico e muito importante, e o movimento harmônico simples, tal
qual o movimento de um objeto preso a uma mola. Em equilíbrio a mola
não exerce forca no objeto. Quando o objeto e deslocado de uma
distância x a partir da posição de equilíbrio, a mola exerce a força -kx,
segundo a lei de Hooke:

𝐹𝑥 = −𝑘𝑥

Onde k é a rigidez da mola. O sinal negativo indica que a forca é


uma forca de restauração, ou seja, é oposta a direção de deslocamento a
partir da posição de equilíbrio.

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Figura 1

Por definição, dizemos que um corpo executa um movimento


harmônico simples quando seu deslocamento x, em relação a origem do
sistema de coordenadas, é dado, como função do tempo, pela relação:

𝑥 = 𝐴. 𝑠𝑖𝑛 (𝑤𝑡 + 𝛼)

A grandeza 𝜔𝑡 + 𝛼 é o argumento da função seno e o parâmetro


α é denominado fase inicial, isto é, o valor do argumento no instante 𝑡 =
0. Como a função seno (ou cosseno) varia de -1 a 1, então a posição x
varia entre -A e +A. O deslocamento Máximo, A, em relação a origem, e
denominado amplitude do MHS. A função seno repete-se cada vez que o
seu argumento aumenta de 2𝜋, logo, o deslocamento da partıcula repete-
2𝜋
se apos um intervalo de .
𝜔

5
Em uma posição genérica conforme a Figura 2, as forças
atuantes sobre o corpo são o seu peso P e a força F exercida pela mola,
que é igual ao produto da constante k pelo deslocamento.

Figura 2

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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Figura 3 – Materiais utilizados

3.1. METODOLOGIA

Material utilizado:

 1 mola;
 1 porta-peso de 10g;
 5 massas de 50g;
 1 régua milimetrada com 2 cursores;
 1 haste;
 Garras de montagem.

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3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.2.1. EXPERIMENTO I

1. Adotamos um referencial na régua com o cursor na


extremidade da mola;
2. Colocamos um porta-peso mais uma massa de 50g na
extremidade da mola, anotamos esta massa m com sua
correspondente distensão y. Neste caso a distensão
medida é devido a massa do porta-peso + massa
adicionada;
3. Repetimos este procedimento para outros cinco valores de
massa.

3.2.2. EXPERIMENTO II

1. Utilizamos a mesma montagem do experimento I;


2. Colocamos uma massa de 50g no porta-peso. Lembrando
que a massa desse sistema é igual a massa do porta-peso
+ massas adicionadas. Anotamos a massa do sistema;
3. Determinamos o período dessa massa da seguinte forma:
adotando uma amplitude da ordem de 3cm,
cronometramos o tempo correspondente a 10 oscilações
completas, e dividimos por 10;
4. Repetimos este procedimento para outros cinco valores de
massa.

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4. RESULTADOS

4.1. EXPERIMENTO I

A partir dos dados obtidos de distensão da mola, foi montada a


tabela a seguir, contendo a distensão em metros, a massa do peso usado
e a intensidade da força produzida. Foi adotado 𝑔 = 9,8𝑚/𝑠 2 .

Distensão y (m) Massa (kg) F=mg (N)


0.01 0.0315 0.3087
0.02 0.0519 0.5086
0.03 0.0714 0.6997
0.04 0.0918 0.8996
0.05 0.1107 1.0849
0.06 0.1312 1.2858

Calculando a regressão linear no gráfico 𝐹 = 𝑓(𝑦):

𝑋=𝑦 Y = 𝐹 (𝑦) 𝑋2 X.Y

0.01 0.3087 0.0001 0.003087

0.02 0.5086 0.0004 0.010172

0.03 0.6997 0.0009 0.020991

0.04 0.8996 0.0016 0.035984

0.05 1.0849 0.0025 0.054245

0.06 1.2858 0.0036 0.077148

Total 0,21 4.7873 0.0091 0.201627

9
B
Linear Fit of Data1_B
1.4

1.2

1.0
F (N)

0.8
[31/08/2016 23:13 "/Graph1" (2457631)]
Linear Regression for Data1_B:
Y=A+B*X
0.6
Parameter Value Error
------------------------------------------------------------
A 0.11645333 0.00360654
0.4
B 19.46942857 0.09260728
------------------------------------------------------------

0.2
0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06
y (m)

Gráfico 1: Regressão Linear do Experimento I

Pelo gráfico de Regressão Linear, a equação da reta é:

𝐹 = 19.469𝑦 + 0.116

Em que a representa a inclinação da reta, logo é equivalente


ou valor da constante elástica da mola:

𝑲 = 𝟏𝟗. 𝟒𝟔𝟗 𝑵/𝒎

Nos cálculos realizados até então, a massa da mola foi


desprezada. Podemos considerar essa massa pela equação abaixo:

𝑚′
𝑀=𝑚+
3

10
Onde M é a massa total: objeto + mola. Podemos calcular a
massa da mola m’ pelo método gráfico na seguinte maneira:

Substituindo M em 𝑚𝑔 = 𝐾𝑥, temos:

𝑚′
(𝑚 + ) 𝑔 = 𝐾𝑥
3

𝑚′
𝑚𝑔 + 𝑔 = 𝐾𝑥
3
𝑚′
𝑚𝑔 = − 𝑔 + 𝐾𝑥 ou 𝐹 = −𝐹′ + 𝐾𝑥
3

Fazendo uma comparação com a já encontrada equação da


reta, 𝐹 = 19.469𝑦 + 0.116, temos que:

𝐹 ′ = 0.116

𝑚′
𝑔 = 0.116
3

0.116𝑥 3
𝑚′ =
9,8

𝒎′ = 𝟎, 𝟎𝟑𝟓𝒌𝒈

4.2. EXPERIMENTO II

Os resultados das medições estão tabelados abaixo. Para medir os


períodos realizamos contagens referentes a 10 oscilações completas,
cinco vezes, e tiramos uma média.

Dividimos esse valor por 10 e encontramos os períodos


mostrados a seguir:

11
Para encontrar a equação da reta, foi feita regressão linear no
gráfico 𝑇 = 𝑓(𝑚):

B
Linear Fit of Data1_B
2.6

2.4

2.2

2.0
[31/08/2016 23:36 "/Graph1" (2457631)]
t (s)

1.8
Linear Regression for Data1_B:
Y=A+B*X

1.6 Parameter Value Error


------------------------------------------------------------
A 0.98978626 0.06763593
1.4 B 13.82890758 0.88105935
------------------------------------------------------------

1.2
0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12
m (kg)
Gráfico 2: Regressão Linear do Experimento II

12
De acordo com a Regressão Linear, a equação da reta é:

𝑇 = 13.829𝑚 + 0.990

Para encontrar os valores da forma logarítma da equação


𝑛
𝑇 = 𝐶𝑚 , aplicamos log nos dois lados da equação:

log 𝑇 = log 𝐶𝑚𝑛

log 𝑇 = log 𝐶 + log 𝑚𝑛

log 𝑇 = log 𝐶 + n log 𝑚

Igualando os componentes dessa equação com os


componentes da equação da reta, temos que:

log 𝐶 = 𝑏

log 𝐶 = 0.990

C = 100.990

C = 9.772

nlog m = 𝑎

nlog m = 13.829𝑚

n = 13.829

13
Portanto:

𝑇 = 9.772𝑚13.829

𝑚
Comparando essa equação com a teórica, 𝑇 = 2𝜋√ 𝐾 , temos
que:

√𝑚
9.772𝑚13.829 = 2𝜋
√𝐾

√𝑚
9.772 m14 = 2𝜋
√𝐾

𝑚
95.492𝑚28 = 4𝜋²
𝑘

4𝜋²
95.492𝑚27 =
𝑘

4𝜋²
𝑘=
95.492𝑚27
5. CONCLUSÕES E QUESTÕES

O valor medido pelo método estático foi bem consistente,


enquanto o do método dinâmico foi bem discrepante. O método dinâmico
é mais suscetível a esses tipos de erros por trabalhar com períodos na
escala de milésimos de segundos, podendo conter erros de medição e
imperfeições na instrumentação. Já o estático não sofre tantas variações,
mas é influenciado por considerar a massa da mola desprezível, pois o
valor de massa entra no cálculo da intensidade da força.

A massa suspensa terá maior energia mecânica no ponto de


maior distensão da mola, pois esta nesse momento é a soma entre as
energias potencial e cinética. A maior velocidade é atingida no ponto 0 da
trajetória, pois ela acelera até 0 e retarda até 0. A aceleração nos sistema
será constante 9,8m/𝑠 2 . As curvas obtidas foram lineares (retas).

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

YOUNG, H.D.; FREEDMAN, R.A. Física I: Mecânica. São Paulo:


Pearson. Addison Wesley, 2003. 10ª Edição.

GUSMÃO, M.; SEIXAS, S.; GUERREIRO, H.; BRITO, M.; DE


FREITAS, M.; MACHADO, W.; CASTRO Jr, W.; DE OLIVEIRA, G.;
BESSA, H. Manual de Física I. Manaus, 2013. 3ª Edição.

NUSSENZVEIG, HERCH MOYSÉS. Curso de Física Básica 1:


Mecânica. São Paulo: Blucher, 2013. 5ª Edição.

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