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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Centro de Ciências e Tecnologia – CCT


Unidade Acadêmica de Física
Disciplina: Física Experimental II

PROFESSOR: Marcos Gama DATA: 14/05/2021


ALUNO(A): Vinicius Damasceno Leão TURMA: 09

Balança de corrente

1-Introdução
Campos magnéticos uniformes, indução magnética, força magnética e etc. Na
magnetostática podem-se considerar dois tipos de problemas fundamentais o primeiro
sobre a força entre um campo magnético e cargas em movimento. O segundo estuda as
relações entre o campo magnético e suas fontes; partículas carregadas sem movimento
ou distribuições de correntes. O experimento abordará o primeiro caso. A força
magnética F que atua a em uma partícula com carga que q e velocidade v em um campo
magnético E. A direção da força será determinada como função da corrente e da direção
do campo magnético.
F = q.v x B
Algumas vezes,esta força é utilizada envolvendo corrente elétrica ao invés do
movimento de cargas individuais.
A equação acima toma a seguinte forma:
F = i.L x B → F = i.L.B.sen θ
Quando L é perpendicular a B; θ = 0 → F = i.L.B
Se L é paralelo a B, F = 0
A equação a seguir será utilizada nesse experimento:
F = i.L x B → B = F / i.L
Espiras de vários tamanhos são suspensas em posição de equilíbrio, e a força
magnética é determinada como função da corrente e da indução magnética. O campo
magnético uniforme é gerado por um imã permanente.

2-Objetivos

Tem-se como objetivo nesta prática a análise da força magnética de um


campo magnético uniforme sobre um segmento retilíneo de corrente.

3- Materiais utilizados

-Balança LGN;
-Placas com espiras condutoras retangulares de 12,5mm, 25mm,
50mm e 100mm;
-Blocos polares;
-Fonte de tensão;
-Amperímetro;
-Cabos de ligação;
-Teslômetro;
4-Desenvolvimento

4.1- Procedimentos experimentais:

Para dar início ao experimento, realizou-se a seguinte montagem:

Figura 1: Montagem para experimento de balança de corrente


Após montada, pendurou-se a espira de 50mm no braço da balança e a
equilibrou-se de modo que a seção horizontal do condutor ficasse
perpendicular as linhas de campo – sendo a seção horizontal do condutor
ajustada, no centro do campo uniforme. Ajustou-se a balança e medimos a
massa inicial da espira escolhida. A massa inicial m o da espira foi determinada
sem campo magnético. A massa obtida para a espira de 50mm foi:

Uma vez medida essa massa, ligou-se a fonte de tensão e variou-se a


corrente elétrica na na espira em intervalos de 0,5A, anotando os novos valores
de massa para a espira na Tabela I.

Tabela I
I (A) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
m (g) 38,63 38,90 39,10 39,40 39,65 39,90 40,15 41,40
Δm (g) 0,23 0,50 0,70 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00
Após esse procedimento, fixou-se a corrente em 2,5A, utilizando várias
espiras de tamanhos diferentes e anotando os valores de massa inicial e
massa após a ação da força magnética para cada espira. Os resultados
constam na Tabela II.

Comprimento m0 (g) m (g) Δm (g)


da espira
(mm)
12,5 33,40 33,70 0,30
25,0 32,60 33,25 0,65
50,0 38,40 39,65 1,25
100,0 40,20 42,65 2,45

Feito esse procedimento, efetuou-se a medida do campo magnético


utilizando-se um teslômetro, colocando-o no centro da abertura de 1cm do imã
permanente, obtendo o valor:

4.2- Análise e discussão dos dados:

Com os dados obtidos, é possível realizar a análise quantitativa do


processo físico. Primeiramente, plota-se um gráfico F x I com os dados obtidos
na Tabela I para a espira de 50mm. Considerando a aceleração da gravidade
como g = 10m/s²:

Tabela I-A
I 0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
(A)
m 0 0,0002 0,0005 0,0007 0,001 0,0012 0,0015 0,0017 0,002
(kg 3 0 0 0 5 0 5 0
)
F 0 0,0023 0,0050 0,0070 0,010 0,0125 0,0150 0,0175 0,020
(N)
Gráfico F x I
0.025

0.02
f(x) = 0.00503666666666667 x − 0.000151111111111111
R² = 0.99943428217894
0.015
Força (N)

0.01

0.005

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5
Corrente (A)

Utilizando a equação , é possível determinar o campo


magnético. Como nesse gráfico, a força é somente função da corrente, então é
possível afirmar que:

Onde α é o coeficiente angular da reta e é dado por .


Temos que L = 50,0mm = 0,050m e α = 0,005 (calculado pelo gráfico).
Assim, o valor do campo magnético é:

Assim, calcula-se o desvio percentual:

Da mesma forma, com os dados obtidos na Tabela II, plota-se um


gráfico F x L para espiras de tamanhos variados.

Tabela II-A
Comprimento da espira Δm (kg) F (N)
(m)
0,0125 0,00030 0,0030
0,0250 0,00065 0,0065
0,0500 0,00125 0,0125
0,1000 0,00245 0,0245
Gráfico F x L
0.03

0.025
f(x) = 0.245 x + 0.0001125
0.02 R² = 0.999616973088196
Força (N)

0.015

0.01

0.005

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12
Comprimento da espira (m)

Utilizando a equação , é possível determinar o campo


magnético. Como nesse gráfico, a força é somente função do comprimento da
espira, então é possível afirmar que:

Onde α é o coeficiente angular da reta e é dado por .


Temos que I = 2,5A e α = 0,245 (calculado pelo gráfico). Assim, o valor
do campo magnético é:

Assim, calcula-se o desvio percentual:

5-Conclusão

Analisando os gráficos F x I e da F x L e levando em consideração os


erros sistemáticos dessa experiência, podemos considerá-la como sendo
bastante satisfatória. Embora o gráfico da força versus o comprimento não ser
tão retilíneo em alguns pontos.
Comparando o valor do campo magnético obtido experimentalmente com o
teórico obtivemos um erro de 2,45% e 0,3%, da tabela 1 e 2, respectivamente.
Tal desvio percentual pode ser explicado devido as fontes de erros da
experiência como: torques que vieram a prejudicar o andamento do
experimento, posicionamento das fitas condutoras, correntes de vento,vibração
da mesa, etc

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