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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA FLORESTAL

FÍSICA B - Turma 03

JADE CRISTINY DA SILVA LIMA - 21953077

KARLA CRISTINA OLIVEIRA - 21951640

VITÓRIA SILVA DA SILVA - 21952920

RELATÓRIO DE FÍSICA B

DEMONSTRAÇÃO DA FORÇA DE LORENTZ

MANAUS – AM

2021
1. INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVOS

Estudar o funcionamento da balança de corrente, determinando os


parâmetros que influenciam na força sobre o braço na balança. Aplicar os
conceitos envolvidos na Força de Lorentz para calcular a indução magnética.

1.2 TEORIA

Comumente a força de Lorentz é atribuída a Joseph John Thomson e Oliver


Heaviside. Em partículas que possuem carga elétrica líquida, atuam as forças de
atração ou de repulsão, quando colocadas na presença de um campo elétrico. A
intensidade da força é proporcional à intensidade da carga elétrica 𝑞 e do campo
elétrico 𝐸. Desta forma, na Eletrostática, a força sobre a respectiva carga elétrica em
um campo elétrico é dada pela expressão:

𝐹𝑒 = 𝑞 × 𝐸

Quando uma carga elétrica se movimenta em um campo magnético, sofre a ação da


força magnética. Esta força é perpendicular à direção do deslocamento e também
perpendicular à direção do campo magnético no qual ela está inserida. A
intensidade desta força depende do módulo, da direção e do sentido da velocidade
da carga e, é claro, da intensidade da carga.

A expressão matemática para a intensidade da força magnética sobre uma carga


em movimento é:

𝐹 = 𝑞 × (𝑣 × 𝐵) - (vetorialmente)

𝐹𝑏 = |𝑞| × 𝑣 × 𝐵 × 𝑠𝑒𝑛θ

onde v é o vetor velocidade e B o vetor campo magnético. Pode-se escrever o


módulo dessa força sobre a carga i que atravessa o fio condutor, como:

𝐹 = 𝑞𝑣𝐵→𝐹 = 𝑁𝑒𝑣𝐵 →𝐹 = 𝑖𝐿𝐵→𝐹 = 𝑖(𝐿 × 𝐵)


onde 𝑁é o número de elétrons que atravessam o condutor, e a carga do elétron, 𝑖é a
corrente elétrica e L é o comprimento do fio.

A força de Lorentz pode ser observada através da corrente elétrica, pois os campos
magnéticos individuais das cargas elétricas que compõem a corrente se combinam
para gerar um campo magnético ao redor do fio, que pode repelir ou atrair um
campo magnético externo. Uma partícula carregada em um campo magnético só
sentirá uma força devido ao campo magnético se estiver se movendo em relação a
esse campo. Já uma partícula carregada em um campo magnético só sentirá uma
força devido ao campo magnético se estiver se movendo em relação a esse campo.
A soma desses dois efeitos sobre uma partícula cria a relação de força de lorentz.
Então o Lorentz é a força experimentada por uma carga de ponto móvel, um
resultado das forças combinadas elétricas e magnéticas na carga. A equação
matemática da força de Lorentz é:

𝐹 = 𝑞𝐸 + 𝑞(𝑣 × 𝐵)

Onde 𝐹 é a força experimentada pela partícula e, como é um valor, possui direção


sentido e módulo; que é a carga em Coulombs; 𝐸 é a força do campo elétrico em
que a partícula está; 𝑣 é o vetor de velocidade da carga; 𝐵 é a densidade de fluxo
do campo magnético, que por sua vez também é grandeza vetorial, para indicar sua
magnitude e direção. A expressão 𝑣 × 𝐵 é chamada de produto interno dos vetores
de densidade de velocidade e fluxo. Para que uma força seja imposta a partícula, a
força resultante deve ser sempre perpendicular ao campo B e a direção do
deslocamento da partícula.

2. PARTE EXPERIMENTAL

2.1 MATERIAIS USADOS

● 1 balança de corrente
● 1 fonte CC variável
● 1 teslâmetro digital
● 1 imã formato U
● fios de conexão
● 1 espira, L = 50,0 mm, n = 1
● 1 espira, L = 50,0 mm, n = 2

2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Experimento se refere a lei de Lorentz. Com a fonte de tensão e corrente, sai um fio
do pólo positivo, este segue e entra num conector. O conector está ligado a um
outro fio, e o mesmo se conecta a um aparato que contém uma espira. Após a
corrente chegar na espira, a mesma sai por outro fio e segue entrando em um outro
fio e retorna para a fonte, no polo negativo. Com um teslâmetro (aparelho que mede
o campo magnético de algum objeto) e um imã formato U, vamos calcular o campo
magnético de uma haste que foi introduzida entre as duas extremidades do imã.
Com a balança, é feito da seguinte forma: É passado a corrente de zero para meio
amper. Conforme foi variando a corrente, é possível notar que o valor da balança
saiu do zero, ocorreu um desbalanço de massas, devido a variação no sistema. Em
seguida, a balança é resetada e é ajustada com uma nova massa com a situação
atual. A balança é sempre ajustada e resetada, pois vai ter uma nova massa e a
situação atual irá mudar novamente, e assim sucessivamente. A cada novo ajuste é
passado um novo valor de massa. Na segunda parte do experimento, a espira foi
trocada, antes estavam usando espira de uma volta, e a mesma foi trocada para
uma de duas voltas. Por fim, a sequência do experimento é exatamente a mesma
da anterior.

3. RESULTADO E DISCUSSÕES

3.1 TABELA

Resultado do experimento nas placas L = 50 mm, n = 1 e n =2

L = 50mm, n = 1 L = 50mm, n = 2

Corrente Tensão Massa (g) Corrente Tensão Massa (g)

0,0 0,0 33,85 0,0 0,0 35,40

0,5 0,6 34,04 0,5 0,5 35,75


1,0 1,1 34,14 1,0 0,9 36,05

1,5 1,4 34,30 1,5 1,1 36,35

2,0 1,8 34,45 2,0 1,4 36,65

2,5 1,8 34,60 2,5 1,7 37,00

3,0 2,0 34,73 3,0 2,0 37,30

3,5 2,4 34,90 3,5 2,3 37,52

4,0 2,7 35,05 4,0 2,6 37,85

Primeiramente subtraiu-se o valor real de cada placa (𝑀𝑜 = 33, 85da n = 1 e


𝑀𝑜 = 35, 40da n = 2) e o valor foi transformado de gramas (g) para quilogramas
2
(kg) e calculou-se a força com o valor de gravidade 𝑔 = 9, 8𝑚/𝑠

L = 50mm, n = 1 L = 50mm, n = 2

Corrente Massa Força Corrente Massa Força


𝑀 − 𝑀𝑜(kg) 𝐹=𝑚 ×𝑔 𝑀 − 𝑀𝑜(kg) 𝐹=𝑚 ×𝑔
(N) (N)

0,5 0,00019 0,001862 0,5 0,000350 0,003430

1,0 0,00029 0,002842 1,0 0,000650 0,006370

1,5 0,00053 0,005194 1,5 0,000950 0,009310

2,0 0,00058 0,005684 2,0 0,001350 0,013230

2,5 0,00075 0,007350 2,5 0,001600 0,015680

3,0 0,00088 0,008624 3,0 0,001900 0,018620

3,5 0,00105 0,010290 3,5 0,002120 0,020776

4,0 0,00120 0,011760 4,0 0,002450 0,024010

3.2 Gráficos 𝐹 × 𝑖
L = 50mm, n = 1

L = 50mm, n = 2
● A dependência funcional de 𝐹 e 𝑖

Conforme a 𝐹 = 𝑖𝐿𝐵, a força é diretamente proporcional à corrente que


atravessa o condutor. A dependência funcional obtida pelos gráficos se equipara
com a espera, pois a força aumenta conforme a corrente elétrica aumenta.

● Campo magnético B

Teslâmetro B = 58,5 mT

❖ Coeficiente angular de n = 1 α = 0, 00283; n = 2 α = 0, 00567


❖ Logo, 2,83 mT e 5,67 mT
❖ Portanto, o valor do campo magnético obtido pelo teslâmetro é
diferente de n=1, mas é próximo de n=2.

3.3 Gráfico 𝐹 × 𝐿

Corrente fixa 2,0

● A força é diretamente proporcional ao comprimento L do fio do condutor. A


dependência funcional obtida pelos gráficos se equipara com a espera, pois a
força aumenta conforme o comprimento aumenta.
● Coeficiente angular = 0,15092
4. CONCLUSÃO

Por fim, consideramos que a Força de Lorentz, a partir dos resultados


obtidos, que conforme o comprimento do fio condutor e a corrente elétrica
aumentava, maior era a força aplicada sobre a placa condutora, em vista
dessa relação 𝐹 = 𝑖𝐿𝐵, onde F é força, i a corrente, L é o comprimento do fio
e B é o campo magnético.

Ademais, foi possível encontrar o valor do campo magnético a partir


dos Gráficos F x i com as duas espiras, onde um deles teve um resultado
satisfatório.

O relatório e o experimento no geral proporcionaram maior


compreensão no estudo da Força de Lorentz, reforçando a teoria.

5. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 3,


volume 2, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 384 p.

Thomson, Sir J. J.. "On the Electric and Magnetic Effects Produced by the
Motion of Electrified Bodies", Philosophical Magazine and Journal and
Science 11: 229-49, 1881

RIBEIRO, José Edmar Arantes. Sobre a força de Lorentz, os conceitos do


campo e a essência do eletromagnetismo clássico. 2008. Dissertação
(Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, [S. l.], 2008. Disponível
em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-27082008-172025
/publico/Dissert.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.

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