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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II

UFCG / CCT / UAF - DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II


PROFESSOR: Pedro Luiz DATA: 18/ 09 / 2021 PERÍODO: 2020.2
ALUNO(A): Lindemberg Costa Luna TURMA: 08

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL - BALANÇA DE CORRENTE

INTRODUÇÃO
A balança de corrente é um dispositivo que permite detectar e medir variações nas forças às
quais um condutor é submetido enquanto é percorrido por uma corrente elétrica.

Um imã permanente com o formato de ferradura suspenso por um eixo produz um campo
magnético em uma espira por onde passa uma corrente I. A interação entre a corrente elétrica I e o
campo magnético B (gerado pelo imã) no qual o condutor desta corrente é imerso, resulta numa força
dF, que neste caso, atua no trecho dL do condutor e é dada por dF = I dL x B. Essa força que aparece no
condutor é capaz de desequilibrar a haste a qual o imã está preso. O momento mecânico gerado por essa
força pode ser compensado por um momento oposto resultante de uma massa colocada na haste.
Através desse fenômeno podemos obter o campo magnético do imã utilizado.
OBJETIVO
Análise da Força magnética de um campo magnético uniforme sobre um segmento retilíneo de
corrente
MATERIAL UTILIZADO:
Balança;
Blocos polares;
Placas com espiras condutoras retangulares;
Fonte;
Amperímetro;
Cabos;
Teslômetro.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1. Foram feitas as ligações conforme a figura ou o diagrama de bloco do kit.

1 Montagem Balança Corrente

2. Pendurou-se a espira escolhida no braço da balança e a equilibrou de modo que a seção


horizontal do condutor fique perpendicular às linhas de campo – sendo a seção horizontal do condutor
ajustada, no CENTRO do campo uniforme (ajustando o fino com parafuso no tripé).
3. Ajustou-se a balança e ajustou a massa inicial das espiras. A massa inicial m0 das espiras é
determinada sem campo magnético. O campo magnético é então inserido, e a massa mi (aparentemente
aumentada) é medida, a Força Magnética é igual à Força obtida pela diferença entre as duas leituras de
massas (m - m0), que corresponde ao peso necessário para equilibrar a força magnética provocada pela
corrente I. mo = 38,12 g.

4. Variando a corrente no condutor em intervalos de 0,5A, utilizando o ajuste da fonte de


corrente. Foi anotado os valores obtidos na Tabela 1.
L=100mm fixo e i variável

I (A) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0


mo (g) 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12
m1 (g) 38,55 38,95 39,41 39,82 40,22 40,70 41,07 41,72
M=(m1 - mo)g 0,43 0,83 1,29 1,70 2,10 2,58 2,95 3,60

P = Mxg (mN) 4,21 8,13 12,64 16,66 20,58 25,28 28,91 35,28

Tabela 1

a) Foi traçado o gráfico da Força peso (P) versus a corrente (I), obtendo o gráfico semelhante ao gráfico
esperado.

5. Agora com a corrente fixada em I = 2,5 A, substituindo os condutores de corrente por outro e
repetindo os procedimentos 3 e 4 e anotando os valores de m o (g) e m (g). Repetiu-se para os
outros condutores de corrente. Anotando os dados na Tabela 2.

Comprimento da Espira Massa (mo) Massa (mi) Massa diferença (M) Fpeso (N)

12,5 mm 32,34 32,56 0,22 2,16

25 mm 31,26 31,74 0,48 4,70

50 mm 36,59 37,46 0,87 8,53

100 mm 38,12 40,22 2,10 20,58

Tabela 2

b) Foi traçado o gráfico da Força peso (F) versus o comprimento da Espira (L), obtendo o gráfico semelhante
ao gráfico esperado.

6. Usando o teslômetro foi efetuado a medida do campo magnético no CENTRO da abertura de 1 cm


do imã permanente. Observando que antes de efetuar a medida o teslômetro deve ser “zerado” e
colocado na posição de medição de campo contínuo, isso se faz colocando a ponta de prova
tangencial distante do campo de atuação do imã e ajustando o cursor de zeramento. Foi anotado o
valor de B (mT).
Valor do campo magnético na espira medido.
B = 85 mT.
c) A partir do primeiro gráfico, foi determinado o valor do campo magnético B = 88 mT e comparando com o
valor medido diretamente na experiência com o Teslômetro de B = 85 mT, percebe-se uma pequena
alteração de valor entre eles, mas o resultado foi satisfatório, pois se prolongarmos o gráfico, é possível
perceber que o mesmo passa pela origem.

d) Os resultados com as discrepâncias foram bastante satisfatórios e foram calculados os desvios percentuais
dos gráficos I e II, logo abaixo, mostrando erros consideráveis.

Gráfico I:

δ ( % ) =¿ 85−88∨ ¿ x 100=3 ,53 % ¿


85
Gráfico II:

δ ( % ) =¿ 85−84,32∨ ¿ x 100=0,8 % ¿
85
e) Gráficos se encontram em anexos.
CONCLUSÃO

Através do experimento realizado, bem como do relatório apresentado foi possível notar que
há certa discrepância entre os gráficos de F x I e de F x L. No segundo, o resultado obtido foi mais
satisfatório.
O lado inferior da espira retangular contribui para a força magnética que atua em toda a espira,
pois nas duas seções verticais da espira os elétrons fluem em direções opostas, e as duas forças se
cancelam. A dispersão dos valores determinados pela indução magnética é devido a influência da
variação do campo magnético pela extremidade não ser perfeitamente uniforme, mostrando forças na
parte horizontal da espira, onde os efeitos são maiores com espiras curtas desde que as forças de
Lorentz medidas forem pequenas.
Sabendo que os erros obtidos foram muito pequenos e percebendo que esta experiência está
muito disposta a influências externas, erros de leitura e de observação, conclui-se que o objetivo de
analisar as forças e os campos magnéticos obtidos pela presença do imã e da corrente elétrica foi
cumprido.
REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliar do Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da


Universidade Federal de Campina Grande, 2021.
Anexos

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